Deficiência
Dizer que existe inclusão e igualdade para as pessoas com deficiência visual na sociedade é a mesma coisa que dizer que viajar de avião a jato supersônico é bom, pois somente pouquíssimas pessoas tiveram a oportunidade de adentrar nesses tipos de aviões.
Assim, são raras as pessoas com deficiência visual que têm a oportunidade de vencer na vida, de conquistar a sua tão sonhada independência financeira e de serem tratadas com dignidade. As pessoas com deficiência visual podem até chegar ao Mestrado e Doutorado, mas, elas não são valorizadas por seus conhecimentos, e sim, enxergam primeiro a deficiência antes da capacidade.
O que as pessoas com deficiência visual precisam é de OPORTUNIDADES.
As empresas e pessoas comuns evitam ter a sua imagem associada à deficiência física e mental. Isso é compreensível.
ACEITAÇÃO: essa é a senha para a família,
e, principalmente,
para a Pessoa
com DEFICIÊNCIA
ser FELIZ.
Caminhamos para tornar a pessoa com deficiência apenas uma PESSOA FORA DO PADRÃO, com competências, incompetências, capacidades, incapacidades, maldades e bondades cotidianas.
Uma pessoa com deficiência intelectual dificilmente entende porque duas pessoas se agridem fisicamente por causa de um líder político.
Os nomes dos bois no universo da pessoa com deficiência, sempre foram muito ruins. A própria "deficiência" é um deles.
No universo da deficiência há uma disputa surda, cega e insana, entre pessoas com deficiência visível ou invisível, moderada ou severa, genética ou adquirida, oral ou sinalizada, laudada ou sem laudo, vidente, monocular ou não. Tudo permeado por graus de importância e prioridades. Entenda-se que isso acontece, e é necessário, para ordenar e priorizar direitos, organizar destinação de verbas e evidenciar benefícios legais negligenciados historicamente por uma sociedade que estimula a competitividade, valoriza a beleza dos corpos como padrão de perfeição, e naturaliza um modelo de normalidade humana.
Não se trata de glamourização, romantização, muito menos de coitadismo em relação à deficiência, mas sim a Inteligentificação Solidária Adaptada, que fortalecerá a todos.
Se você veio para o universo da deficiência sem ser convidado pelo Destino, apenas para ser bonzinho, por culpa ou mercantilismo, você corre o risco de ter problemas mentais. Aí, você será aceito.
O Modelo Médico e o Modelo Social de Deficiência, já podem avançar para um Modelo Ético-Afetivo de Humanidade.
O Novo Modelo Ético-Afetivo da Deficiência, incorpora o Modelo Médico e o Modelo Social, como indissociáveis para a pessoa humana.
Um Novo Modelo Ético-Afetivo da Deficiência , pode aprimorar o Modelo Médico e o Modelo Social, tornando-os indissociáveis.
Quem tem deficiência física, sensorial ou intelectual; ou, convive com quem tem, aprende a viver com uma dor crônica que nunca passará.