Dedicatórias para Educadora Infância
A cultura da Barganha
Como é difícil desassociar padrões introjetados desde nossa infância.
Faça isso, para ganhar aquilo, ou se comporte de tal maneira, para não receber castigo.
Parece, que as recompensas geram nossas motivações, e que para quase que tudo que se faz, espera-se o retorno.
Ocorre na infância, adolescência e vida adulta, nos relacionamentos, vida profissional e sentimental.
Até que, descobrimos um amor não romântico, onde a reciprocidade, e espera por recompensas não prevalecem.
É o amor de pai ou mãe pelo filho, onde nada que ele faça, pode fazer a mãe amá-lo mais do que já ama, e não existe algo, que a faça deixar de amá-lo.
Cuida-se, sem esperar algo em troca, faz-se o bem, mesmo sem recompensas, tudo é feito porque se ama, um amor verdadeiro, não baseado na expectativa de troca, algo inédito para nós de forma ativa.
Ao mergulharmos no ambiente religioso, vem a tona o que aprendemos desde a infância, por isso, poucos compreendem o amor de Deus, e menos ainda são os que assim o amam.
Dessa forma, fica difícil compreender que a vida eterna não é recompensa, é uma consequência de quem crer.
Talhados na meritocracia, temos dificuldade em vivenciar o amor de Deus.
Qual é o resultado de ser amado, mas não se sentir amado? extrema Religiosidade.
Onde queremos impor, o que nos parece ser verdade.
Uma distorção de valores, que cria requisições divinas, provenientes de aspectos humanos, exigindo do próximo, aquilo que Deus não exigiu dos mesmos.
Um rigor excessivo, e ausência de misericórdia, permeiam a natureza desses religiosos.
A teologia do medo, e a cultura da Barganha, mantém pessoas sinceras aprisionadas, e longe de experimentar a plenitude do amor de Deus.
Um amor que constrange, não pede nada em troca, e nos aceita do jeito que somos.
Esse amor, transforma vidas e quem é por ele impactado, o transborda na vida do próximo.
Com Deus, não há barganhas, ele nos dá primeiro, sem esperar algo em troca.
E deseja que sejamos iguais a Ele.
Nem todos tiveram filhos, mas todos tiveram infância e ela é a base da saude física, mental e emocional do ser humano.
Desde a minha infância, que eu tenho o gosto peculiar de admirar os relâmpagos das noites de chuva, grandes flashes de luz na imensidão celeste, brilhando entre as nuvens, preso a uma satisfação momentânea, a qual fica ainda mais intensa quando os fortes trovões também se apresentam com a sua poderosa sonoridade e o que outrora era apenas um regalo divino aos meus olhos, hoje desperta por incrível que pareça algumas reflexões, emoções de tranquilidade, um pouco de estabilidade para minha mente agitada, às vezes, dispersa, nem sempre compreendida, trazendo ricas inspirações, as essencialidades que dão vida a certas palavras, poesia claramente expressiva, que possui sua alma poética, consistência significativa, que cativa e se liberta.
Sim, tudo o que vc viveu na infância, na adolescência, refletirão na vida adulta.
A rejeição, as escolhas feitas com emoção, mas sem nenhuma sabedoria, palavras semeadas no seu coração,e que sem conhecimento, você deixou crescer, e não arrancou, como se arranca uma erva daninha.
Aí, de repente a vida, o futuro chegou e não chegou como você imaginou.
É a hora da colheita.
De uma infância em uma família desestruturada.
De dores guardadas e não curadas.
De palavras jogadas sem cuidado.
E agora?
Nada a fazer?
Talvez, ainda haja esperança.
A terra ainda está aí.
Sementes na sementeira.
Água pra irrigar.
E o tempo, para fazer uma nova colheita, quem sabe chegar....
INFÂNCIA INCOMPLETA
Eu queria ser criança
de novo,
Para recuperar o tempo
perdido.
Eu queria ter a chance de brincar,
novamente com os amigos,
Eu queria que minhas preocupações,
Nunca tivesse existido.
Haa mas a vida é diferente,
Sonho com a infância, e
vivo no presente,
Tão consequente.
Fases da vida
Da minha infância que lembro mas prefiro não entrar em detalhes, passei direto para a fase adulta, não por escolha, mas por necessidade.
Amadureci com o trancos rudes da vida.
Será que alguém um dia se questionou se me dói alguma coisa? Já viram algumas coisas acontecendo comigo, mas será ser reflexo de algum momento passado? Vamos continuar olhando nosso próprio umbigo, e mais fácil ser egoísta.
O pânico na infância pode ser uma experiência profundamente angustiante tanto para a criança quanto para sua família. Crianças podem sofrer ataques de pânico, caracterizados por uma sensação repentina e intensa de medo ou desconforto, acompanhada de sintomas físicos como falta de ar, palpitações, tontura e suor excessivo. Esses episódios podem ocorrer sem um motivo aparente, mas são geralmente desencadeados por situações que a criança percebe como ameaçadoras.
Embora os ataques de pânico sejam mais comuns em adultos, eles também podem afetar crianças, especialmente aquelas que enfrentam altos níveis de estresse, ansiedade ou mudanças significativas em suas vidas, como a separação dos pais, bullying ou dificuldades escolares. Muitas vezes, a criança pode ter dificuldade em expressar o que está sentindo, o que torna essencial a atenção dos cuidadores para detectar sinais.
É importante buscar ajuda profissional caso uma criança esteja passando por crises de pânico, pois o tratamento adequado, incluindo terapia e, em alguns casos, medicação, pode ajudar a controlar os sintomas e prevenir complicações no desenvolvimento emocional e psicológico.
Se houver a suspeita de pânico na infância, oferecer um ambiente seguro, apoio emocional e compreensão são passos essenciais para ajudar a criança a se sentir protegida e acolhida.
"Fecho os olhos e posso sentir o cheiro da infância dos meus filhos, uma memória doce e dolorosa que nunca se apaga."
Há Muita Dor, Mas Há Mais Amor
Sorrateiramente memórias de infância me invadem e me fazem descumprir o cotidiano:
Na lembrança, apresenta-se uma figura aterrorizante que representa um clichê de tirano,
Do meu quarto, sinto o odor do cachimbo juntamente com o desprezo nos seus olhos exalando ódio,
Mas dar para ouvir da janela, apesar da tarde taciturna, as vozes das outras crianças brincando.
Do terceiro andar, eu fantasio-me brincando com elas no térreo, pois nem concebo a ideia se eu devo ir,
No instinto, aguardo o déspota desacordar ou sair de casa, para que possa me divertir.
De repente o interfone toca, ele atende, após uns berros, sai depressa pelas escadas, entra no carro e liberta-me.
Fiz meus afazeres escolares, minhas irmãs estão dormindo, minha mãe no trabalho e agora desobedecer é o mesmo que viver.
Viver é muito melhor que sonhar e me entrego de corpo e alma as brincadeiras, com minha pipa e meu pião,
Já estou todo sujo de terra como os amigos, ganhei pipas, não tenho mais o pião e acendi a chama do meu coração.
Minha a alma é invadida pela alegria de ser uma criança, sinto que venci o mau,
Porém subitamente escuto a cavalaria do inferno através do escape velho e barulhento.
Corro mais rápido que na brincadeira do pega-pega, subo as escadas para que não perceba que estive brincando,
Entro direto no banheiro, tomo banho e começo a chorar porque sei o que está acontecendo,
Você entra, espera eu terminar o banho e me surra com a mangueira que você usou para lavar o automóvel,
E sofro mais uma das infinitas violências do escárnio que um dia eu chamei de pai.
Por estes episódios, passei a minha vida crendo que não deveria ser pai, pois às vezes me deparei reagindo igual como inclemente.
Nas diversas escolhas, este pensamento sempre permaneceu, por achar que um dia eu seria como ele.
Arrependo-me profundamente, porque as opções que fiz anteriormente me castigaram a alma e me amaldiçoou até recentemente.
Mesmo que tardiamente, ser pai foi a melhor ventura que me aconteceu,
A importância de sê-lo é o mesmo que reconhecer a mudança e despejar a esperança na posterioridade,
Embora, o mais especial pra mim foi descobrir, mesmo com toda dor que possuo, o amor que ainda sou capaz de dar e receber.
O poeta é um ser que cresce sem sair da infância. Talvez seja por isso que apesar de crescidos continuam enxergando a vida com os mesmos olhos encantados das crianças.
AMOR E REVOLUÇÃO
Nasceu na quebrada, sem nada na mão
Na infância doente, só dor e solidão
Vendia gelinho pra ajudar a crescer
Nos campos de futebol, só queria viver
Engraxava sapato, sonhava em voar
Aos 16, se cansou de esperar
Viu a injustiça, não dava pra aguentar
Virou Punk anarquista, pronto pra lutar
Entre passeatas e brigas, quase se perdeu
Mas a chama da luta nunca se apagou
Com a moça Punk, o amor renasceu
Família e revolução, o caminho mudou
Caminhava nas ruas, a cabeça erguida
Na mão, o protesto, na alma, a ferida
Embates violentos, skinheads por perto
Mas o sonho de um mundo mais justo, mais certo
Aos 19, casou, sua Punk ao lado
Com 17, ela também tinha lutado
Três filhos vieram, mas a luta é viva
A revolução no sangue, a justiça ativa
Entre passeatas e brigas, quase se perdeu
Mas a chama da luta nunca se apagou
Com a moça Punk, o amor renasceu
Família e revolução, o caminho mudou
Agora mais fortes, ainda de pé
Na luta pelo povo, no que a vida é
Pelo socialismo, por um mundo de amor
Lutam por justiça, por um futuro melhor
Entre passeatas e brigas, quase se perdeu
Mas a chama da luta nunca se apagou
Com a moça Punk, o amor renasceu
Família e revolução, o caminho mudou
Na luta e no amor, o sonho floresceu
Com os filhos ao lado, o mundo renasceu
Por justiça e igualdade, ainda vão lutar
Família e revolução, prontos pra sonhar!
Não para trás...
Da infância à velhice, somos conduzidos pelo tempo, como um riacho que flui incessante, muitas vezes sem refletir, movidos por forças maiores que a nossa própria vontade. Vivemos os dias com a inércia de quem não deseja, e as noites com a hesitação de quem não ousa. Mas por que não retornar? E se o desejo de voltar no tempo e refazer aquela noite, que carrega o peso do arrependimento, se manifestar? Não... a vida insiste em seguir adiante, e, quando menos se espera, já teremos ultrapassado as pedras que moldam o curso do riacho, que se expande e transforma a cada novo verão.
Voltar-me sobre minha infância remota é um ato de curiosidade necessário.
Na velha infância, tempos de encanto e medo,
Onde o sol brilhava, mas havia um segredo.
Histórias contadas com voz grave e segura,
Revelavam um mundo de sombra e ternura.
Lá no bosque, o lobo mau espreita,
Com seus olhos famintos, a ameaça é perfeita.
Mentiras e contos de fadas nos guiavam,
Com promessas de perigos que nos amedrontavam.
O medo nos moldava, a moral se construía,
Com cada mentira, uma lição nos surgiria.
A manipulação camuflada em fábulas antigas,
Comelhava o pequeno a seguir regras e formas.
Na luz tênue da infância, o lobo era real,
Um fantasma dos contos, um aviso afinal.
Mas crescemos e vemos além da trama,
O medo e as mentiras, agora, perdem a chama.
Lembramos da velha infância com um sorriso e um olhar,
Entendendo que as sombras ajudaram a formar.
E na liberdade da verdade, buscamos entender,
Que o lobo e as mentiras eram só o começo de aprender.
Lidar com a natureza é lembrar de nossa infância na Terra...
e o objetivo de sua existência é nos manter despertos...
Ela sabe azedar, não duvidem, para isso fungos...
Mergulhar nas ondas do mar traz de volta a minha infância, onde a liberdade e a finitude se entrelaçam numa doce lembrança.
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