Dedicatórias para Educadora Infância

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A peneira da seletividade não começa na infância, afinal lá temos a inocente mania de achar que família são todos que tem o mesmo sangue que a gente.
A vida adulta chega e com ela também chega o que a Bíblia chama de dia mal. E não queiram saber como esse dia dói, penso que a Ciência jamais explicará o que sente aquele que o vivenciou. Um vazio que nem a vasta imensidão das coisas criadas conseguiria preencher, uma dor que nem o mais eficaz dos remédios poderia resolver.
Nesse momento a consanguinidade se torna tão ínfima que uma mágica acontece, os lindos laços vermelhos da infância, representados pelo sangue, se transformam em laços brancos, representados pelo Espírito. Afinal aonde o sangue não se faz presente, o espírito não se faz ausente.

Inserida por pamellarodriiguess

⁠Por favor! Não sensualize a infância, não há nada tão puro quanto essa fase. Quando quebramos as correntes, damos a oportunidade de observar, quão bela é.

Inserida por monicamatiasaguiar

⁠Gosto de infância

E fazia do meu quintal
o meu reino encantado
E do meu pé de mangas,
o meu castelo alado.

Cada galho, era um aposento
cheio de personagens...
Num agrupamento
que se apresentavam um a um para mim.

No meu castelo eram realizados lindos bailes
Com direito a príncipes e reis,
pricesas e rainhas...
Dançando em plena harmonia.

Não existia nenhuma desavença
Acredite, ninguém queria correr o risco
de conhecer o calabouço
e se deparar com alguma doença...

Ficava horas me divertindo
com a realeza...
Até ser despertada
pelos gritos da rainha mãe
Me chamando para ir comprar o pão.

Eita mundo fantástico!
Mundo de criança. Mundo da imaginação...

Inserida por FrancyAndrade

⁠Havia uma nuvem pintada
Numa parede da minha infância
Eu olhava pra tela e pensava
Que nuvens pintadas não chovem
Não se movem com o vento
Não matam a sede e nem fazem crescer as flores
Passa o tempo, isso arrepia!
As pessoas partem noutras nuvens frias
E as imagens que trazemos
Vivem à margem dessa nossa realidade
Mas, como eu disse, o tempo passa
Enquanto isso, nós passamos juntos
Apesar de juntos, sós
As nuvens de verdade, elas choveram todas
Num ciclo eternamente interminável
O mar arrebenta
Mas aquela velha amiga nuvenzinha
Ainda ostenta a mesma idade
Meu Deus, se ela me visse agora
Talvez fosse a vez dela, então, se perguntar
Por que é mesmo que as pessoas choram
Por que o tempo não demora um pouco mais
Mas, cada coisa tem o seu lugar
no espaço e no tempo
Hoje, logo cedo, os dois sairam pra brincar
Lembrança guardada
Se meus braços te alcançassem
Se hoje meus olhos te vissem
Como a vejo em meus olhares
Hoje eu te diria, minha amiga nuvem
Que é bem pouca a diferença
Nessa dimensão, cá onde estou
O tempo lento passa mais depressa
Chego mesmo a ter a impressão
Que ele, cruel, nos atravessa
Enquanto isso, você
No perene silêncio do seu céu de nuvem pintada
Atravessou comigo um universo e a vida
Choveu nos meus dias
Regou sim, muitas flores
Em cada poesia que eu lia, era ela
Soprando, nos ventos que as moviam
E foram muitas as sedes saciadas
Sim, de alguma maneira e apesar da distância
Também veio junta
Desde aquela vez, na infância
Pois não há nada na vida
Cuja função seja nada.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

A infância logo passa,
feito avião de papel,
voa rápido no céu.
Brinque e de tudo faça,
pois logo perde a graça.
Solte pipa e peão,
com papel faça avião.
Essa fase passará,
um dia só haverá
lembranças no coração.⁠

Inserida por RomuloBourbon

⁠Nova Fátima.


Minha terra minha infância,
Nova Fátima das Fátimas,
Minha terra legal,
Suave foi eu viver aí,
Foram dias e madrugadas,
Capa de neve no capim,
Lugar fresco de águas mansas,
Suave cheiro de jasmim,
De manhã cedo era o leite que eu tirava,
Montava no alazão e no lambari,
Cavalo branco sereno,
Suas redias eram de cetim,
De tardezinha era o potro preto,
Seu nome era guarani,
Égua tigela,
Seu irmão baião e o ventania,
Populares da redondeza,
Vinham pedir frutas no pomar,
Minha terra que eu não esqueço
Lá da minha terra eu saí,
Minha terra meu amor,
Vivi anos sem terror,
Terra vermelha e terra roxa,
A poeira não tinha estopim,
Era chão batido de piçarra,
Troncos de cercas de angelim,
Peroba sem defeitos,
Madeira de lei e com verniz,
Terra minha terra nossa,
Na palhoça sem cupim,
Era paz era vida,
Naquele lugar era tudo,
Que sonhei e que eu quis para mim...


Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.


Inserida por JoseRicardo7

⁠O amor eu conheci criança, amar eu vivi na infância, fazer o amor com prazer.. aprendi com você..

Inserida por Dario1954

⁠Infância...

Deixarei os versos
Deixarei de ter o pensamento
De que nada sou além de um pensar
Tantas vezes tenho sido infantil e absurdo
O mundo hoje feito em pedras
Eu ainda moro num castelo de areia
Resistindo ao sofrer de coisas ridículas
Vejo nos olhares cegos dos que me rodeiam.

Nasci num ontem de muito tempo
Eu queria estar hoje aqui,
Hoje, gostaria de estar lá na criança de onde vim
Não contenta-me ver tanta gente que se afoga
Sem a gerência dos sentimentos.

Meus versos deixarei
Para que não me perturbem
Para que não sejam eu.
Não quero ser o que sinto
O que só os meus olhos veem
Pereço a dor de um sobrevivente
Um pedaço de cada dor do mundo
Não aprendi com a dor
Não mudei com a decepção
Não deixei de ser o meu pensar
Nem vejo o que "penso" ver.
Ainda um menino nas mãos de um gigante
Não são fadas e princesas
Apenas o morrer de um eu
É apenas o mar da ilusão a tocar o meu rosto.

[Onde está a Vó Madrinha Laura /?]
[Onde está o poço dos fundos/ ]
"A goiabeira do quintal e meu cão Duque?"
"Onde estão os figos/"
[Onde está o Padrinho Vô Luiz/ ]
...Onde estão todos Mãe/?

Minha casa não é mais portuguesa
Não há fadas príncipes e nem princesas.
Somente um pequeno Portugal em mim
O que me faz sentir uma Tia.
O que me faz viver e sonhar.
Talvez o verso que ainda vive em mim.

Mas...
Foi um delírio da alma.
Um estúpido delírio da antiga alma,
Que ainda é criança...
Que morrerá criança.

"Não posso mais guardar o tempo"
Ninguém pode!


Zé Poeta.

Inserida por henrique_santos_15

A nossa infância


Dizem que sou infeliz
Se alguém olha para o meu corpo abre a boca e diz:
Roupa rasgada
Os pés descalços
Terra na cara
Feridas e cicatrizes por todo o lado
Ele é realmente um necessitado!
O que não sabem, é como eu vivo
E de onde vem o sorriso nos meus lábios

Dizem que sou infeliz
Que estou desnutrido
Porque na minha mesa faltam cereais, leite, amido
Então venham comigo
Esse é o meu matabicho:
Pão e chá
Feitos de folhas medicinais
Com os melhores sabores que há
Lanche em casa?
Não tenho!
Isso depende do meu empenho
Manga, Safú, Jaca …
Já nem sequer almoço ao chegar em casa
O que ninguém esquece
É daqueles banquetes em que eu simplesmente era:
“O cozinheiro chefe”

Inserida por GS

⁠A nossa infância - Made in Casa

Dizes que sou pobre
Vens com brinquedos importados
Bonecas, Barbies
E carros telecomandados
Nas suas etiquetas dizem:
Made in China
Mas a mim
Fazê-los a todos é o que mais me fascina

Bonecas de folhas
Ou feitas de pano
Criteriosa é a minha escolha
Pois tudo é reciclado
Na minha garagem
Há um trote um trator e uma gualala
Nas suas etiquetas dizem:
Made in casa
E São Tomé e Príncipe está em suas placas

Dizem que somos pobres
Mas não somos os únicos
Os doutores e engenheiros
Professores e ministros
Ainda se lembram
E hão de falar-te sobre isso

Se agora são ricos ou pobres
Cheios de azar ou de sorte
Mesmo um bem-sucedido empresário
Declarar-te-á: como eu era rico
Como era um felizardo
Sem compromissos
E cheio de sorrisos nos lábios
Quão boa era a nossa infância!

Inserida por GS

⁠“Apesar de não ter livros para chamar de meus em minha infância, conheci levada pelas mãos da minha mãe, o santuário das histórias, que são as Bibliotecas Públicas! Aprendi a ler as palavras, apaixonei-me pelos livros, e com isso, sonhava em ter uma Biblioteca particular! Doce ilusão a minha... livros foram feitos para voar fora dos armários particulares.”

Inserida por Lauriana-Paiva

Desde a infância, eu temia desperdiçar qualquer felicidade que surgisse em meu caminho. Sempre queria guardar um pouco para mais tarde. Isso me fez perder muitas oportunidades.

Inserida por pensador

Melhor época é a infância, nela queremos ser tudo pra tudo e pra todos, somos mais felizes, mais perdoadores e inconstante.
Mas aí cê cresce, a sua luz não é mais a msm,
A felicidade vai se sucumbindo, os brilhos nos olhos vão se apagando e o menino e a menina q sonhava em ser " astronauta", " médica " etc... Para salvar o mundo e as pessoas q ama, hoje já não conseguem nem salvar a si msm...⁠

Inserida por vitor_santos_15

⁠O REFLEXO DO LOUCO

Não sou louco!
Perdi apenas a alma da minha criança.
Não tive infância.
Sou história da pele com cor.

Para que uns possam agora ser livres,
Eu sou dos que entregaram as suas vidas,
Para que o futuro desfrute dessa liberdade.

De dia, sento-me nesta bahia,
para ver o meu reflexo no céu.
Aos poucos vou perdendo o medo de partir.
Fui abençoado por Deus.

À noite, desperta a minha alma encurralada,
Presa nesta cabeça de memória farpada.
Sou monumento vivo de um conflito armado.

Mas eu não sou louco!
Sou dono para decidir o momento da minha viagem.
Vou ser uma estrela bonita e vou-te visitar!
Sem ordens de ninguém.
❤️

Filipa Galante in
Conversas com o "Louco" da Bahia de Luanda (2011)

Inserida por FilipaGalante

Pessoas boas não tem preconceitos,aprendemos errado desde a infância portanto devemos nos corrigir eliminando todo tipo de preconceito!

⁠"Não sou gay, não fui abusado na infância, nem tenho problemas hormonais. Eu simplesmente não gosto de relações sexuais"

Inserida por felipe_freitas_1

⁠VoAndo

No meio das minhas dores, desde tenra infância, eu fingia ter asas, pensava que era capaz de voar dali, e abandonar os seres terrenos que me machucavam.
No passar do tempo, no muito alçar vôos, enfrentar tempestades, perder penas e afiar as garras, meu ser voador preferiu as alturas. No alto era mais fácil bater as asar e ver despencando dissabores, traições, e deixar cair da plumagem as lágrimas contidas, as cascas das feridas, e lá esperar cicatrizar as carnes rasgadas pelas pedradas.
Aprimorei os sentidos, no alto.
Aprendi ver melhor, conviver com os infortúnios, e seguir o fluxo da ventania para relaxar.
Tracei rotas para as fugas, conheci desfiladeiros, grutas e cavernas, sempre mirando do alto, almejando o pouso certeiro, longe das presas, trazendo no bico cura para os doentes, liberdades para os cativos, carinho aos solitários, alegria para os tristes...e para os abandonados, que caminhavam a esmo, ensinava voar comigo, já que pleno vôo, o câncer não podia nos alcançar. Nem incredulidades, falta de fé, falta do amor.
Em liberdade de vôo, minha melhor companhia chama se milagres!!
G.M.

Inserida por g_n_rose_magalhaes

Constância,

O puro do coração de uma criança,
Todas as alegrias da infância,
Misturada à sabedoria da idade,
Ah!
Mas, que saudade...
Quando a morte bate na porta,
Já não se sente mais a aorta,
Em minhas mãos se foi,
Como a última partida da nossa escopa de quinze,
As brincadeiras de madrugada de caixa,
Nossa lanchonete,
Pesqueiro no teu tanque...
Tanta coisa,
Coisa de Vó,
No teu último suspiro,
Em mim foi quase um tiro,
A saudade aperta,
A lágrima é certa,
Nunca irá existir outra como a Senhora,
Apavora...
Nossas idas à praia,
As caminhadas pegando as conchinhas enquanto o sol ainda preguiçoso raiava,
E você lá comigo,
Meu abrigo,
Só pra me fazer sorrir,
Me ensinou o que é o sentir,
E sinto você na minha estrada,
Seus pezinhos marcados na areia,
Unhas sempre feitas,
Vermelhas,
Me dizia que eu era seu ouro,
Um tesouro,
Porque ela tem coração de criança,
Ela é minha Avó,
Ela é Constância,
Essa foi a minha infância.

Inserida por LeticiaDelRio1987

⁠Venho de uma infância
de poucas responsabilidades,
Quando pensava mais em ser criança,
saia pra rua brincar,
às vezes, até chegava tarde,
Carregava uma ingenuidade
que, hoje, faz muita falta
diante das tristes realidades.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠Voltei meus olhos as lembranças e vi a mais linda apresentação daquela infância...e isto me fez sorrir

Inserida por eliane_nochieri