Dedicatórias para Educadora Infância
Jogo de Bola: Infância e Adolescência -
Numa tarde como esta,
há alguns anos,
eu era feliz.
A brisa no rosto,
alguns amigos,
um campinho de terra batida
e uma quase bola
eram o suficiente.
Às vezes olhamos para trás e relembramos a nossa infância. Às vezes queríamos voltar a ser criança, só para ficar longe dos problemas de adultos. Ser criança é ser feliz o tempo todo, é se alegrar com quase nada, é ter atenção toda hora, é amar, perdoar e nem ligar pro que falaram pra você.
Graças a Deus, Ele me deu você para voltar a ser criança; com você os dias de calor são frios, e os dias frios são calor.
CARROSSEL DE ESTRELAS
Em nossos sonhos de infância
onde jamais se apagam as chamas
rubras da charmosa inocência,
um carrossel de estrelas em flamas
girava com a dourada fantasia:
cavalinho à galope, alce que brama,
zebra pintada e girafa simpatia,
coloriam os traços desse panorama.
Tudo girava colorido, emoções
inesquecíveis e sorrisos galopantes,
no mundo de quantas diversões
tinha no parque de luzes brilhantes.
Ali havia paz e lindas canções,
guloseimas, brinquedos cintilantes,
incomparáveis às imaginações
das crianças em jogos fascinantes.
Eram sonhos reais, extasiantes,
a explosão de cores vivas, alegrias,
lazeres e músicas contagiantes.
Mas nesse mundo belo de euforias,
ainda não haviam degradantes
fantasmas que assombram os dias
no carrossel d’estrelas cadentes:
agora estão apagadas, tristes e frias.
Do seu Livro "Sua Majestade, o Circo Lírico" - 2018
Se na infância dedicado-nos com muita seriedade à primeira compreensão intuitiva das coisas, a educação esforça-se para nos transmitir CONCEITOS. Mas os conceitos não nos fornecem a verdadeira essência das coisas; esta, ou seja, o conteúdo profundo e autêntico de tudo o nosso conhecimento, reside antes na concepção INTUITIVA do mundo. Tal concepção, no entanto, só pode ser adquirida por nós, e de maneira alguma nos poderia ser ENSINADA. Donde resulta que o nosso valor, seja ele moral ou intelectual, não nos chega de fora, mas procede da profundeza do nosso ser, e nenhuma das artes pedagógicas pode transformar um simplório de nascimento num pensando: nunca! Simplório ao nascer, simplório ao morrer.
Lembranças de uma infância
Um ursinho de pelúcia,
Marrom e branco, todo peludinho.
Era um amigo para todas as horas dificies.
Minha querida avo é quem me presenteou,
O melhor presente que já ganhei.
Havia vários outros brinquedos,
Mas esse foi o melhor.
Tenho saudades da minha vida calma de criança,
Com brincadeiras e gargalhadas,
Mas quando aprontava, levava bronca.
Como era boa a minha infância,
Carinhos e caricias para todos os lados,
Sempre tirando risos e sorrisos das pessoas.
Poderia eu voltar no tempo?
INFÂNCIA
Quem sabe um dia eu voltarei
Para terra onde eu nasci
Reviver minhas lembranças
De quando eu era criança
Do bom tempo que eu vivi
Quem sabe um dia eu voltarei
A morar no lugar onde cresci
Matar aquela saudade
Das brincadeiras
De todas as tardes
Que me fazia feliz
Quem sabe um dia eu voltarei
A pisar nesse chão
E sentir na pele a infância
Daquela boa lembrança
Que ficaram no coração
Quem sabe um dia eu voltarei
Para minha terra amada
Um lugazinho hospitaleiro
De um povo humilde e verdadeiro
Uma nação apaixonada
Quem sabe um dia eu voltarei
Para aquela terra encantada
Meu mocambo do Arari
Tenho muito orgulho de ti
Minha cidade abençoada
Quem sabe um dia eu voltarei
Sentir a Terra molhada desse chão
De quando choveia na estrada
Que boa a sensação
De sentir no coração.
Quem sabe um dia eu voltarei
É na infância que o terror é tatuado. A literatura permite vesti-lo de diferentes maneiras. Gosto do gênero, gosto tanto que pesquiso e fico imaginando que novas roupas posso usar.
Um dia lá na infância entrei pela porta da casa de minha vó... E na mesa tinha pão e manteiga, mais eram aqueles pães que soltavam casquinha e preenchia parte da toalha; a garrafa de café azul e tampa branca surrada. Era aquele final de tarde, ainda calor e já se passava das...
Quando um amigo de infância se vai, fica um vazio, mas também um sorriso. Feliz por ter te conhecido!
Pelotas, o céu da minha infância! Lá onde as noites eram frias, e o mexerico corria solta na varanda, à luz do luar, entre tios, comadres, depois do jantar.
Hoje, a tela do computador é a nossa varanda. Mas, aqui, não há a luz da lua... Maeve Phaira, Outono em Copacabana.
Levei a maior parte da minha infância para perceber que as tradições têm um poder infinito sobre nós.
minha alma criança
ficou escondida nas aventuras
da minha infância.
hoje, já quase não mora mais em mim.
têm dias que se abraça nas lembranças de outrora
e brinca de heroína nas batalhas
imaginárias dos meus sonhos de menino. Ivo
A infância é um momento belo cheio de alegria, tempo em que sonhar é um modo de vida, o trabalho infantil é crime já que rouba a inocência e mata a infância das crianças
Se eu pudesse voltar
Ao tempo de minha infância
Voltava cheio de ânsia
Um grito iria soltar
Sorriso não ia faltar
Encontraria minha paz
Não voltava nunca mais
Eu ia brincar novamente
Do jeito de antigamente
Lá na casa dos meus pais
Léo Poeta
Se você deseja compreender uma pessoa, pergunte para ela como foi a sua infância.
Se você prestar atenção nas respostas vai ter a clareza sobre a importância de julgar menos e amar mais.
50 ANOS.
Uma infância com apreço
uma adolescência bem vivida
na juventude algum tropeço
e a experiência adquirida
ao meu Deus hoje agradeço
por meio século de vida.
Construa uma casa
Que tenha ressonâncias
De sua infância
Que seja tão ninho
Quanto as choupanas de Van Gogh
Ou tão forte
Quanto o endométrio
De seu primeiro abrigo.
Construa uma casa
Cristalina
Como seu coração
Meigo
Grato
Que entoe sempre
O exercício fugitivo das saudades.
Construa uma casa
Onde haja o convívio
Da escuridão e da luz
Onde insetos e nepentes
Travarão um pacto
De néctares e cantos
Ninguém precisará evadir-se
Não haverá amantes trágicos
Ou reféns
Nas manhãs silenciosas de inverno.
Construa uma casa
Onde tudo seja permitido
Bailar com os morcegos
Acariciar as estrelas
Ao som dos soluços da madrugada.
Construa uma casa
Onde possa ouvir
O ruído das águas subterráneas
E o adormecer das cigarras
Onde possa ver um imenso ramo de oliveira
Fraternal,
Devorando a indiferença dos homens.
Livro: O Outro Braço Da Estrela – Poemas
Capa e ilustrações - M. Cavalcanti
Nos escombros da nossa infância, está o presente em que vivemos e o futuro que nos espera ainda que incerto.
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