Dedicatórias para Educadora Infância
Outrora, uma pequena menina dando os seus primeiros passos, aproveitando a sua preciosa infância, demonstrando uma inocência rara, cativante, um olhar curioso, a todo instante, era uma descoberta, um jeito muito carinhoso, uma alegria naturalmente esplêndida.
Agora, já é uma linda adolescente, que deixou de ser aquela criança, está vivendo, dançando a dança da vida, inteligente, bastante talentosa, que tem as suas responsabilidades, uma maturidade que iniciou o seu desenvolvimento, em breve, uma expressiva jovialidade.
Num futuro que está mais próximo a cada primavera, será uma bela adulta, focada nos seus objetivos, agindo de uma maneira respeitosa, amando e sendo amada verdadeiramente, aprendendo com os seus erros, recebendo as bênção grandiosas de um Deus Amável e Tremendo.
E naquelas noites consteladas,
olhávamos o firmamento,
sentados no quintal da nossa infância!
A jogar conversa fora, sentindo a brisa noturna,
sentíamo-nos plenos de energia vital, como se
nenhum mal pudesse nos atingir, como se as estrelas,
lá do alto, conspirassem para nosso bem-estar.
Aquelas noites eram tão belas!
Nada havia de mais importante
que vivenciar aqueles momentos que por si só, para nós,
tinham o significado de bênçãos e nossa alma se curvava
em gratidão e prece.
Cika Parolin
27.06.2023
Bênçãos divinas, vidas amáveis, sorrisos alegres, abobados, que desde a infância se conhecem, um elo notável de lealdade, de um amor forte e transparente, abraços e palavras na hora certa em vários momentos, sendo um abraço acolhedor, um afago bem presente, silêncios que já disseram e dizem muito, falas através dos seus olhares, olhos brilhando de lágrimas que foram e são secadas, das felicidades mais saborosas compartilhadas intensamente, níveis diferentes de emoções, distintas personalidades, porém, uma rara conexão entre suas almas, suas atitudes e os seus calorosos corações que sobressai os seus desentendimentos, que fortalece nas adversidades, compartilhando seus sonhos e seus medos, certamente, valiosa benignidade do Senhor, cujo valor só tem aumentado com o caminhar incansável do tempo, um universo será sempre abrigo para o outro, portanto, mais do que um vínculo de sangue, um amor fraterno grandioso.
A vida é assim ou a criatura cresce e amadurece ou desce e fica para sempre na infância esperando o alimento do seio.
É difícil modificar hábitos, visões, audições e vivências que foram enraizadas na primeira infância.
✍️: Educação de berço, muito falada pelos sábios, é na verdade a educação na primeira infância. Depois disso é difícil desentortar o pepino. Pode dar muita instrução ao ser mas ele seguirá sem ética e educação.
✍️: Poderá até ser um bom profissional sem ética e moral no sentido ampliado da palavra.
Desde a infância somos condicionados a acreditar que as mulheres são seres sensíveis que devemos agradar e que o amor é incondicional, mas essas são mentiras que ocasionaram na adoção de padrões comportamentais errôneos. A verdade é que sempre há um interesse por trás, e mulheres não são sensíveis.
Na minha infância, éramos nós duas contra o mundo. Aquele rosto lindo. Todo mundo sempre a notava.
A infância sonha com o futuro,
A adolescência sonha com o Futuro;
Mas a idade adulta sonha com os resultados...
Em dias assim frios e chuvosos
Eu sinto uma saudade enorme da minha infância
Me lembro que em dias assim...
Eu chegava em casa e minha mãe sempre fazia pastel ou bolinhos de chuva
O cheiro da terra molhada me traz saudades da minha mãe, minha casa, meu lar.
Sentir saudade da infância
não é necessariamente nostalgia!
É saudade do que a infância representa!
Pais, avós, escola,
Amigos, tios, brinquedos,
Uma vida sem preocupações...
Medos bestas...
Ingenuidade...
Felicidade com coisas tão pequenas!
Mas o que mais difere um adulto
de uma criança...
São as perdas!
Todo adulto é alguém que já perdeu!
Perdeu muitas pessoas,
Perdeu tempo,
Perdeu oportunidades...
Isso não é lamentação...
É apenas uma reflexão!
Na infância nos deparamos com o amor, na adolescência conhecemos o amor , adultos descobrimos que o amor causa dor, mas não vivemos sem amor , aliás morremos por amor e quando partirmos até deixamos amor.
Infância roubada
Nasceu em silêncio, a menina esquecida,
no canto da casa, uma vida sofrida.
Entre gritos e sombras, crescia sozinha,
aprendendo do mundo a parte sombria.
Era o lar um campo de dor e tormento,
onde brigas e mentiras voavam ao vento.
Os sorrisos escassos, a ternura faltava,
e em cada olhar duro, seu mundo murchava.
Um dia sombrio, aos oito, perdeu
a inocência que em sonho, talvez, floresceu.
Um ato brutal que apagou-lhe o brilho,
e fez da menina um doloroso estribilho.
Alvo de aliciamento, de olhares sujos,
eram seus dias cheios de fardos injustos.
Tios e primos, num círculo doente,
roubavam seu riso, seu ser inocente.
E ali, tão pequena, sem voz, sem escudo,
perdeu-se na dor, num silêncio mudo.
Seu mundo ferido, marcado de espinhos,
tornou-se um deserto de poucos caminhos.
Mas ainda que a vida lhe impusesse açoite,
e a infância sumisse em noites sem noite,
carrega no peito uma chama que arde,
de quem sobrevive, ainda que tarde.
Hó tapera que um dia me acolheu!
Quanta saudade das lindas histórias de minha infância deixei ai gravada.
Quantos sonhos de minha juventude...hó tapera querida que um dia foi minha morada!!!
INFÂNCIA AMIGA
Quando recordo os tempos,
Do cheiro da terra molhada
Lembro dos meus amigos queridos
Que partiram nessa longa caminhada.
Brincadeiras de crianças,
Corre corre no chão,
Sem asfaltos ou mesmo prédios
Era assim o cenário da emoção.
Desfrutamos de pura amizade,
Na infância assim marcou
O que outrora passamos juntos,
E nessa vida foi o que restou.
O futuro veio à galope
Deixando tudo para trás,
Mas o que jamais passará
É a doce e terna lembrança,
Dos risos, das falas de crianças,
Onde almas marcaram,
Resistindo ao próprio tempo
Apagada jamais será.
Juarez, pronuncie como se começasse com “R”, ele sempre fez questão disso; amigo de infância que eu não via há tempos, apareceu repentinamente aqui em casa; Sempre foi um cara “cabeça”, um bom papo, só um pouco, “Maria- vai- com as outras” conversamos muito falamos do passado depois ele me segredou: Tadeu eu tô no pó”; fiquei pasmo, Juarez não era disso, era aquele tipo de cara: “mente sã corpo são...” “No pó Tadeu, tô no pó”, ratificou me entregando uma cédula de cem reais; “ sei que aqui consegue-se com facilidade; compra lá pra gente...” saí e voltei com um pacote, preparei algumas gramas pra ele, ele cheirou, aspirou ávido depois começou a pular, a falar a sorrir e gargalhar: cara eu tô legal! Eu tô legal Tadeu! Me levantou lá em cima: “você é o cara!” Prepara outra aí! Preparei ele aspirou, ficou mais entusiasmado ainda: “cara essa é da pura! Arde bem pouquinho nas narinas...” pulava e cantava: “everybody want you..” do fundo do baú... no final da tarde se despediu me agradecendo penhoradamente; devolvi seu dinheiro; ele reagiu surpreso:” faço questão de pagar Tadeu”. “Não precisa, é um presente pela nossa amizade”, respondi. Saiu cantando feliz: “Euclides, fala pra mãe...” não tive coragem de dizer que o que ele tinha consumido, era goma...
A meta da infância é tornar-se um indivíduo;
a meta da vida adulta é revelar-se essa individualidade.
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