Dedicatorias Fitas Finalistas Irmao
Para uns “irmão” é aquele que pode lhe trazer benefícios: financeiros, profissionais ou qualquer outro do tipo... Isso triste. Enganam-se. “Irmão” é aquele que está com você sempre, independente da situação!
Muitas vezes seu melhor amigo é o que está mais longe de você. Amigo a distância, irmão sem contato.
Amo meu irmão justamente por causa dos defeitos dele, porque eu nunca quis ter alguém perfeito do meu lado, e sim alguém que mesmo com todas as diferenças saiba me fazer sorrir.
Somos os donos da maior solidariedade da Terra, mas somos incapazes de ajudar nosso irmão, nosso filho, nosso aluno que querendo ou não é nosso também.
O amor completa a gente de uma forma ou de outra, não importa se é amor de mãe, de irmão, de amigo, de fã, de primo, de namorado, a distância... Amor é amor, mas de formas diferentes, tem os que são mais intensos e os que são mais tranquilos, melhor que amar é ser amado, ainda mais por alguém que a gente gosta e quer por perto, até mesmo quando o amor não é correspondido ele é bonito, afinal, não tem nada melhor do que saber que alguém realmente gosta da gente... Então o paraíso sem amor nada seria, na verdade o paraíso é o amor, ou seja, se o amor não existisse o paraíso também não, seria totalmente sem graça deitar com a cabeça no travesseiro e não sonhar com a pessoa amada, ou como é bom ser amado.
Tenho um amigo,que considero mais que amigo quase um irmão,me esforcei demais pra ganhar a amizade dele.Antes de conhece - lo eu achava que ele seria meu melhor amigo perfeito meu irmão,por que tudo que ele gosta eu gosto,mesmas músicas,lugares,atividades.Me aproximei dele e nesse tempo ele mudou demais,o que me fez pensar : Essa mudança só foi comigo ? Mas acho que não,as mulheres na qual a gente conversava tanto e que virava piada interna acabaram,as saídas da gente no fim de semana ,com certeza irão diminuir cada vez mais o motivo : Ele está namorando.Eu fico muito feliz por ele está feliz e realmente ter achado uma pessoa que complete ele,mas ao mesmo tempo estou vazio,eu precisava muito que continuasse me dando atenção total e que nossa conversas fossem as mesmas.Não quer dizer que eu não tenha outros amigos,eu tenho mas não tem aquele mesmo gosto musical, mesmos carismas,muda conforme o jeito de cada um.Eu posso estar me precipitando escrevendo isso aqui afinal ele começou o relacionamento a pouco tempo,mas é o que eu estou sentindo agora,já vi esse filme antes e é sempre o mesmo roteiro: Seu amigo namora diz que não vai mudar nada na amizade,ai muda ele vai te esquecendo aos poucos,a amizade ate continua mas nem tão forte como antes afinal a atenção não é mais exclusiva e sim dividida,depois o relacionamento dele esfria e pra quem ele volta ? pro amigo que vai ta sempre esperando ele sem falar nada apenas "segurando vela" e é isso que eu farei desejo toda sorte pra ele,se não der certo eu sempre ajudarei ele,não ficarei jugando uma decisão que ele fez,ja estou acostumado com isso.Espero que quando eu me apaixone seja tenha consciência de que antes do amor vem a amizade.
O clima é tenso clima tenso de guerra nação luta contra nação,vemos pais matando seus filhos e irmãos matando seus irmãos,muitos anos vivendo e ainda não aprendemos o que nos disseram sobre o amor,uma juventude viciada e perdida e que sente prazer pela dor!!
Amigo é irmão de alma, é luz nos dias escuros, é fogo de artifício que nos traz brilho, alegria e emoção a cada caminhada.
Ok, o que é ter um irmão?
Ter um irmão não é compartilhar em seu DNA genes parecidos ou compatíveis. Não é nascer da mesma mãe e nem ter o mesmo pai. Não é simplesmente chamar de irmão, não é simplesmente cuidar, não é simplesmente ter que aturar como só um irmão consegue. Ter um irmão não é bater, nem xingar, nem apesar de todas as desavenças aplaudir de pé sua apresentação dos Saltimbancos no colégio. Ter um irmão não é pegar no colo pra se fazer de forte, não é encher o saco, roubar a comida e nem derramar o refrigerante. Ter um irmão não é sair pra passear no shopping, visitar o papai Noel, rir da cara dos outros, derramar pipoca no cinema e nem ver filmes de terror para assustar quando o outro dorme.
Ter um irmão é fazer com que a alma compareça em seu estado mais limpo, puro, suave, verdadeiro, aconchegante, amoroso e bom quando sente-se o cheiro do perfume. Ter um irmão é encontrar outra alma que te compreende pelo olhar, é saber que aquela alma te faz bem só por existir. É confiar, contar segredos, esquecer todos eles e enterra-los junto a todos os problemas. É, também, colocar a cabeça no travesseiro e rezar pra que ele fique em paz, pra que os anjos o guardem quando não puder estar por perto o dia todo. Ter um irmão é ter um amigo. Ter um amigo é ter um irmão. Ter um conhecido é existir, e saber que sua presença é notada pela sociedade. Ter um irmão é saber perdoar, é não abandonar, é proteger e defender contra o mal. Ter um irmão é só pra quem merece, é só pra quem sabe, é só pra quem deve.
Ter um irmão não precisa ver nascer, nem ser mais velho ou mais novo, só precisa ter. precisa existir, não precisa comparecer, mas precisa amar, precisa sentir, precisa precisar. Ter um irmão é ter carinho, ternura e ser gente. Ter um irmão é responsabilidade, e só quem ama entende.
MEMÓRIAS DE UM NATAL PASSADO
Quando era criança, na noite de Natal, eu e o meu irmão partia-mos nozes e avelãs no chão de cimento da cozinha, à luz do candeeiro, enquanto a minha mãe se ocupava das coisas que as mães fazem.
Depois, quando o meu pai chegava, jantava-mos como sempre e seguia-se, propriamente, a cerimónia de Natal. Naquela noite o meu pai trazia um bolo-rei e uma garrafa de vinho do Porto.
Sentados à mesa, abria-se a garrafa de vinho do porto e partia-se o bolo em fatias. O meu irmão e eu disputava-mos o brinde do bolo-rei comendo o mais rápido possível na expectativa de nos calhar em sorte não a fava, mas sim o almejado brinde!
Eu não gostava daquele bolo, mas naquele tempo a gente “não sabia o que era gostar”, como dizia a minha mãe quando nos punha o prato á frente. Assim acostumada, engolia rapidamente as fatias para não sentir o sabor e ser a primeira a encontrar o brinde.
O meu pai, deleitava-se com o copito de vinho do Porto e observava calado as nossas criancices.
Depois, vencedor e derrotado continuavam felizes, na expectativa da verdadeira magia do Natal. Púnhamos o nosso sapato na chaminé, (eu punha a bota de borracha, que era maior), para que, á meia-noite o menino Jesus pusesse a prenda.
Íamos para a cama excitados, mas queríamos dormir para o tempo passar depressa e ser logo de manhã. Mal o sol nascia, corria-mos direitos ao sapatinho para ver o que o menino Jesus tinha la deixado.
Lembro-me de chegar junto á chaminé e encontrar o maior chocolate que alguma vez tivera visto ou ousara imaginar existir. O meu irmão, quatro anos mais velho, explicou-me que era de Espanha, que era uma terra muito longe onde havia dessas coisas que não havia cá.
O mano é que sabia tudo e, por isso, satisfeita com a resposta e ainda mais com o presente, levei o dia todo para conseguir comê-lo a saborear cada pedacinho devagar!
Depois, não me lembro quando, o meu irmão contou-me que não era o menino Jesus que punha a prenda no sapatinho, mas sim o nosso pai. Eu não acreditei e fui perguntar-lhe.
O meu pai, que gostava ainda mais daquilo do que nos, respondeu de imediato que não, que era mentira do meu irmão, que ele sabia lá, pois se estava a dormir…
Com a pulga atras da orelha, no Natal seguinte decidi ficar de vigília, para ver se apanhava o meu pai em flagrante, ou via o Menino. Mas os olhos pesavam e, contra minha vontade e sem dar por isso, adormecia sempre e nunca chegava a apurar a verdade.
Na idade dos porquês, havia outro mistério á volta da prenda de natal. É que eu ouvia dizer aos miúdos la da rua, que eram todos os que eu conhecia no mundo, que lhes mandavam escrever uma carta ao menino Jesus a pedir o que queriam receber. Maravilhada com tal perspetiva, apressei-me a aprender a ler e a escrever com a D. Adelina, que era uma senhora que tomava conta da gente quando a nossa mãe tinha que ir trabalhar e que tinha a 4ª classe, por isso era muito respeitada sobre os assuntos da escrita e das contas.
Antes de entrar para a escola primária já sabia ler e escrever mas isso não era suficiente.
Faltava ainda arranjar maneira de fazer chegar a carta ao seu destino. Para mim, aquilo não resultou: da lista de brinquedos que eu conhecia, não estava nenhum no meu sapato.
Questionada, a minha mãe, que tinha ficado encarregue de dar a carta ao Sr. Carteiro, disse-me que o menino Jesus só dava prendas boas aos meninos que se portavam bem. Mas eu já era uma menina crescida, já tinha entrado para a escola primária (em 1974) e sabia que os que recebiam brinquedos eram diferentes de mim noutras coisas também.
E foi então que, depois de ler a carta dos Direitos da Criança que estava afixada na porta da sala de aula, soube de tudo. Senti-me triste, zangada e confusa: Porque é que escreviam coisas certas e as deixavam ser erradas? Eles eram grandes, podiam fazer tudo! Se estava escrito ali na porta da escola era porque era verdade e importante, igual para todas as crianças como dizia na Carta. Que tínhamos direito a um pai e uma mãe lembro-me. A partir dali todas as coisas que a que a criança tinha direito, eu não tinha, e isso eram por culpa de alguém. Experimentei pela primeira vez um sentimento que hoje sei chamar-se injustiça.
Tranquilizei-me com o pensamento de que um dia viria alguém importante e faria com que tudo aquilo se cumprisse. E eu aí esperar. Era criança, tinha muito tempo: nascera a minha consciência cívica.
Compreendi que os adultos diziam as coisas que deviam ser, mas não eram como eles diziam. Nesta compreensão confusa do mundo escrevi nesse primeiro ano na escola a minha carta ao menino Jesus e deixei-a eu mesma no sapatinho. Era um bilhete maior que o sapato e dizia assim:
“Menino Jesus
Obrigada pela prenda.
Vou pensar em ti todas as noites mesmo depois do natal passar e espero por ti no natal que vem. Gosto muito de ti.
Adeus.”
E rezei a Deus que, houvesse ou não menino Jesus para por a prenda no sapatinho, me trouxesse todas as noites o meu pai para casa.
Nisa
Setúbal, 29 de Novembro de 2012
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