Dedicatórias de Tia para Sobrinho
"O amor que vai volta... por isso ame o seu dia, ame a sua vida, ame a sua paz, ame a sua família, ame os seus amigos, ame o seu trabalho, ame os seus sonhos, ame a natureza."
Volte no tempo de vez enquando!
Não para se achar cafona ou ultrapassado (a), mas valorizar o que realmente faz sentido na vida.
Porque quando as cartas eram entregue pelo correio, a saudade falava mais alto.
As letras tinham até poder de expressão, quem lia, sentia a emoção de ter a notícia que tanto esperava.
Depois, surgiu o telefone, que em curto praso muita gente amenizava sua saudade, e nem se media a emoção de ouvir a voz tão esperada, sorrisos não se escondiam nos rostos repletos de felicidade. Ouvir alguém pelo telefone que estava distante, era um presente que não se estipulava valor. Os orelhões das ruas sofriam com filas que não tinham mais tamanho, varias pessoas querendo fazer uma ligação, todas no mesmo momento, e o pior não era nem isso, quem estava na fila, ouvia a conversa de quem estava ao telefone. Muito chato não? Com tudo isso ninguém se emportava com as pessoas que estava próximo do famoso orelhão.
Realmente, era bom de mais quando os amigos e parentes, reservava um pouco de seu tempo para falar com todos que o amava.
Depois de tantas ligações, os e-mails se distacaram pra quem sabia usar, da aí as cartas já não tinha tanto valor como antes, tudo era mais rápido, as pessoas deixou de esperar tanto por cartas que demorava dias, meses, ou até mais para chegar ao destinatário, tudo comersou a ser de forma simples e não demorado como antes, depois disto, apareceu os chats, foi todo perfeito, era tanta gente teclando ao mesmo tempo, nem dava pra entender tanta coversa, com isso, construir amizades nunca foi tão fácil quanto manter as que fora conquistada ao longo de tanto tempo de convivência. Só que na verdade, conversar com pessoas que nunca vimos, acabou preechendo um espaço que poderia ser com uma pessoa conhecida que não se via a dias, meses ou ano. E não para por aqui não, os chats se tornou algo chato, a moda agora é os apps, com os aplicativos que faz chamadas de voz videos e muito mais, com isso foi tirado a aproximação que as pessoas tinham quando passavam oras no telefone, hoje tudo se resolve com app, ninguém pensa mais em primeiro plano fazer uma ligação, hoje é raro alguém ficar só com uma pessoa em um bate papo, e na maioria das conversas, não é teclando mais, agora as imagens e vídeos tomaram conta da vida de muita gente, e as palavras, boas conversas, oras no telefone, estão ficando ultrapassados, e quem segue este ritimo, são aqueles que valoriza uma boa amizade, que gosta de está próximo das pessoas, e nunca irá deixar a tecnologia interferir em seus relacionamentos.
Vale apena escrever oras e mais oras com alguém que gostamos, e pra ficar melhor ainda, uma ligação sempre vai ajudar manter bons relacionamentos, e chamadas de videos, vai fazer mesmo distante, pessoas queridas fiquem tão perto de nós.
Não perca uma verdadeira amizade.
Tá tudo uma grande bosta. Sinto-me cada vez mais entrando numa fossa. Não consigo sair, algo me prende. Peço socorro, ninguém. Minha voz é silenciada pelo barulho da cidade, das motos, dos carros, das vozes que brigam ao meu redor. Me encolho e fico em posição fetal. Passo as noites chorando e os dias dormindo buscando fugir da dor. Me entristeço. Queria um abraço acalorado, mas tudo que encontro pelo caminho são pessoas que me magoam, que se magoam e que magoam os outros. Pessoas egoístas que não aceitam conselhos, nem pensam em consequências. Pessoas que puxam a sardinha pro seu lado, mesmo estando de barriga cheia e o seu vizinho com fome.
Eu quero ir embora, eu não aguento mais ficar aqui. Dói. Me vejo sem saída. Durmo para fugir, mas uma hora eu acordo e todo o pesadelo volta a me assombrar. Um pesadelo real, tocável, doloroso.
Eu já não me sinto bem em nenhum lugar. Meu apartamento é um lugar horrível, triste, me deprime voltar pra lá, aquela rotina, aquelas situações, a vontade de sair de lá é permanente. Minha casa? Meu ninho, meu lar, meu tudo, desmoronou. Cada vez que retorno, arrependo-me, queria sair daqui. O meu amor transcende, mas a minha razão entende que não pertenço mais a este lugar. A casa dos meus avós virou cenário de problemas familiares que me irritam a ponto de evitá-los. O único lugar que ainda consigo ter um pouco de paz é a igreja, no momento antes das dúvidas invadirem meu inconsciente e me fazerem de vítima da distração.
Tá doendo, entende?
Todos à minha volta estão em conflito. Eu estou apavorada e incapaz. Eu não aguento mais ouvir as pessoas que eu amo brigarem. Eu não aguento mais ouvir desconhecidos brigarem. Eu não estou suportando tudo isso. Tudo me parece tão lindo, belo, feliz e do nada tudo desmorona.
Deixe as crianças lerem o que elas quiserem e, em seguida, fale sobre isso com elas. Se os pais e as crianças puderem conversar juntos, não vamos ter tanta censura porque não vamos ter tanto medo.
►Para Meu Pai
Quando meu pai soube que eu estava chegando, se desesperou
Ele estava desempregado, e isto o preocupou
Minha mãe não o atormentou, não o pressionou
Foi-se ele mundo a fora, analfabeto, a procura de uma resposta
Já estava um tanto quanto velho, cinquenta e alguns anos,
Com muitos problemas, e com um filho ainda não nascido.
Meu pai começou a trabalhar desde cedo, na infância
Guiando gado, servente de pedreiro, cuidava dos cavalos no celeiro
E por conta disso, hoje reclama das dores no joelho
E mesmo assim, continua fazendo as coisas do seu jeito.
Ele nunca teve condições de me presentear com luxos
Mas ele me deu algo bem mais valioso e agradeço-o muito
Pois quando algo dá errado, eu invento um jeito novo
Ele me ensinou a ser um Geppetto, um criador
Sim, sou pobre, mas graças ao esforço da vida dele, não sou sofredor
Não consigo imaginar como fora difícil
Um dia ele me levou para onde ele foi concebido,
Uma pequena casinha, talvez dois quartos, sem cozinha
E pensar que agora onde eu durmo, há espaço para uma piscina
Eu tenho muito orgulho da minha família,
Tento evitar pensar o que será de mim sem os xingos da rotina
Hoje ele está com setenta e três anos, e amanhã é mais um dia
Ainda sou um pupilo, mas na época dele, na minha idade ele já era decidido
Agora são quatro da manhã, e ele está dormindo
Ei, pai, peça para que minha mãe leia essa dedicatória,
Feita pelo seu filho no dia 25.
Não consigo imaginar como você ficou após a partida da minha irmã
Sua primogênita partiu sem um adeus, e você chorando logo pela manhã
Partiu também o seu coração, e de minha mãe.
Desde o início eu pensava que o decepcionava
Eu evitava tudo o que você gostava
Futebol, pipa, ou da força imposta contra a enxada
Mas por conta de sua influência, me acostumei ao sertanejo raiz
Eu sabia as músicas do início ao fim
E assim eu as guardei dentro de mim.
Quem me dera fazer-lhe uma poesia
Quem me dera ter o dom, só consigo algumas rimas
Assim como você, eu sou um analfabeto da escrita.
Me entristece saber que não conhecerás minha futura família
Mas prometo-te pai, que por meio de fotos, te apresentarei para minha filha
Afinal o que sobram são fotos cheias de memórias
Ainda sou uma simples e inexperiente criança, não sei de nada,
Estou em fase de aprendizado, aos seus ensinamentos e cuidados
Mas prometo-te pai, que com o tempo me tornarei sábio como o senhor
Obrigado por todo o amor, e sei que sou encrenqueiro
Mas qual criança não seria, tendo uma família como a minha?
Pudera eu lhe dar tudo que tens direito.
Agradeço-te, pai, espero tornar-me um homem capaz, como tu
Que o frio da matina me fortaleça e me torne alguém um dia.
Qualquer dependência química é destrutiva. Nela residem os medos e fraquezas do dependente e a dor de uma família inteira.
Quando a impossibilidade do destino te surpreende e você não entende, então você questiona, até que a vida prega outra peça só de sacanagem com seu ceticismo, daí você têm uma casa, uma mulher e um filho e você entende; Deus.
Pais amorosos, uma casa com cerca branca, festas com palhaços, uma criança de 5 anos sofre um acidente e seus sonhos desfalecem, essa história não é sua, você escuta e descobre que nunca fez uma oração de verdade, que seus problemas são menores do que dos outros e têm medo de isso lhe motivar por entender que sua dor é menor que a do próximo depois que compreende o significado de compaixão.
É estranho como os homens tratam vulgarmente as mulheres nas ruas, chamando-as, muitas vezes, por nomes pejorativos, mas basta, por exemplo, se tornarem pais que não se podem sequer olhar para as suas filhas, que já se exaltam.
Por trás de toda menina, de toda mulher existe uma família que a ama infinitamente, que a respeita e que cuida dela como a flor que ela é, pois toda menina, toda mulher é uma flor no jardim da vida.
Será que é necessário termos uma mãe, uma irmã, uma esposa ou uma filha, para que possamos compreender o valor, a graça de termos as mulheres em nossas vidas?
►Carta De Um Mineiro
Que dor imensurável penetra em meu peito
Parece que meu corpo está com defeito
Minhas mãos calejadas pelo trabalho o dia inteiro
Hoje me vejo frágil que não aguento meu próprio peso
Estou me tornando mais amigo do tempo
Ele me contou que a dor que sinto é apenas no momento,
Que logo, logo, estarei bem, e continuarei vivendo
Mas pobre de minha visão, sem meus óculos perco-me na escuridão
Os anos em meus ombros estão pesando
Como o ditado logo diz, " a idade acaba nos alcançando"
Agora é bem mais fácil, pois caminho cambaleando
Meus joelhos hoje estão doendo,
Mas ontem eu podia jurar que estava correndo.
Sinto meus ossos colidindo entre si, gritando
Me implorando um alívio, estão se enferrujando
As dores estão se consolidando, e lentamente me matando
Mal consigo me levantar da cadeira de balanço
Com um andado hoje desequilibrado,
Move-se o corpo desgastado pelo tempo,
Que logo será descartado, e ao solo será plantado
E de lá brotará uma linda e vivida flor,
Assim como eu fui um dia, forte, vivo, sem medo algum
Mas como sempre foi, o tempo me alcançou,
E me tornou frágil, com medo de sair do meu pequeno iglu
Mas permanece em minha mente os momentos mágicos,
Que serão sepultados juntamente a esse velhinho simpático
Partirei um pouco mais sábio.
Entristeço por meus pés nunca terem sentido as areias da praia
Minha pele nunca sentiu aquelas águas
Pudera eu ter vivido uma vida agitada,
Como dos jovens que viajam na Páscoa
Mas não me irei triste, pois o que vivi me trouxe o que de melhor existe
Infelizmente não verei os meninos de meus meninos, adultos
Porém, nos braços de meus rapazes poderei em fim repousar
E sei que eles iram me abraçar, e não há nada mais que eu possa desejar
Saberei que deixei este mundo com aquele calor,
E mesmo que eles se ponham a chorar, saberei que são lágrimas de amor
Só posso pedir a Deus que, quando eu me for, que tome conta de meus garotos, por favor.
Estou a caminho de me encontrar com a minha querida esposa,
Que conheceu o paraíso antes, e que por mim agora olha
E logo não verei mais na janela aquelas pipas, e as risadas da rua
Algumas vezes sinto que a vida é muito curta
Mas pelo menos lá no céu, minhas alianças estarão novamente juntas.
Comecei isso tudo descendo a ladeira
De manhã ao sol, como toda criança dei uma trabalheira
O rolimã era meio enferrujado mais dava para se diverti
Meu amigo como louco empurrado o carrinho como um guia
Bala, sorvete e pipoca me deixava delirado como eu gostava de me lambuzar
De chegar no fim da tarde cansado de brincar na rua, pipa, pique bandeira e futebol
Pés enodoados chegando em casa, mamãe logo brigava comigo por suja o tapete perto da lareira
Depois do banho e da janta sentávamos no sofá a tv um pouco a desligar
Para uma família conversar
Como era entusiasmante ouvir as histórias do papai, isso me enchia de energia e vontade de ser que nem ele, quando maior
Dávamos risadas até a barriga embrulhar, bons tempos que hoje lembrando me fazem suar pelos olhos
Não volta mais que saudades da comida da mamãe, do seu beijo agridoce
Do sorriso do papai e dos seus abraços apertados
Até de maçar minha irmã, quando ela trancava a porta com seus namoricos noite a dentro
E nós sábados de manhã, passear com vovô pela praça encontrar novas aventuras desbravar
Tempos que o conceito de união era diferente, não se apegava a alguém com que ela tinha e sim com que ela era
Nunca era hora de desanexação, o aperto estava sempre presente
Pela lareira queimava o fogo da nossa harmonia
Família lá em casa tem vez.
Nós realmente dividimos quando algo importante sai de nós, não querer ter filhos é dividir tudo o que temos com qualquer pessoa, mas esquecer que o mais importante a ser dividido deixou de nascer, os filhos.
Belas são as flores que você cultiva todos os dias sem perceber! O jardim da vida!! Amigos são... nada mais que as historinhas e as flores diversas que plantamos e que florescem nele! Depois torna-se uma família!