Dedicatórias de avós para finalistas

O tempo e eu

Tudo se tornou tão conciso
O tempo pequeno
O sonho que preciso
Um aceno...
Tudo tão distante, indeciso
Passando tão rapidamente
Meus velhos amigos, indiviso
Os cabelos brancos comumente
Eu ali diante do tempo, sem opção
Que passa velozmente, outrora recente
Aquele tempo cheio de porção
Que aos olhos era lentamente
E livre de pensamentos o coração
Abruptamente
Calcei a meninice de pés no chão
Que ficou no passado
Trancado pelo tempo o portão
Vai em frente
Diz com decisão
Friamente
Quando de repente lágrimas de emoção
Escrevem palavras de lembranças
Retratando a casa da vovó, paixão
O tempo agora, confiança
Já é tão sucinto
Mas com esperança
Acumulado no recinto
Da aliança
Do tempo e o aprender
A ter fé, nesta real dança
De que ser feliz é amar no viver.

Luciano Spagnol

Coração de renda

Nos sonhos me perdi
Aqui no cerrado goiano
Como pás de moenda
Britei sertão e oceano
Da sorte tive oferenda
Do destino está opção
Se a solidão abriu fenda
O amor coseu emoção
Num coração de renda

Refundir

Respiro os sonhos, acordado
As dores são suspiros
Inflados no peito, chorado
Que na alma criam giros
Da vida aos quais se é laçado
Criando loucuras e estupidez
Quando vale a pena é ser amado
Mergulhar nesta sensatez...
Se o fato está desgovernado
Refunde como se fosse a primeira vez
Resgatando o bem e a harmonia
Sem nenhuma escassez
Na emoção criando sabedoria
E no amor solidez...

Luciano Spagnol

SONETO NA LAMA (Mariana, MG)

Basta! A quem assistiu o insuportável
O funeral de teus sonhos, tua quimera
Enlamear-se na lama sem que quisera
E em suas vidas, unidas, inseparável

Como acostumar ao lodo que espera?
Moldar-se no barro de jarrete miserável
Deitar-se na insônia, sentir o inevitável
Da mendicância, impune, e de espera

É véspera do escarro. Vês! O inaceitável
Total necessidade também de ser fera
Nas mãos dos que afagam o insaciável

Rio Doce, azeda lama, e sem primavera
Indecência dum indecente confortável...
Sou Minas Gerais, somos, gente sincera!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano

Fotografia e lembrança

Um dia o hoje será um instante
Perdido nas lembranças do ontem
Os sonhos pareceram distantes
E o passado aquém...

Restaram os perfumes das flores
Da mocidade perdida no tempo
Em confusas paletas de cores
De um fado em seu andamento

Um dia fará falta e vira a solidão
Lá da porta onde vimos a vida passar
Os lamentos nos ouvidos secarão
E a saudade vai nos abraçar...

Um dia seremos fotografia e recordação!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
fevereiro de 2016 – Cerrado goiano

Uma liderança positiva, que apresenta sinais de coerências em seus relacionamentos, conquista a confiança de seus liderados.

Batalhe para conquistar, se possível com fé, os propósitos
que sustentam a sua perseverança.

Tiro ao alvo precisa ter um propósito: acertar e conquistar o centro das decisões.

Conquiste sempre a mira do seu alvo, retirando o peso inútil das flechas e ajustando o seu arco com firmeza.

Ambição é conquistar aquilo que os outros conquistaram com o fruto do seu trabalho.

A mulher que conquista valores da Palavra de Deus já tem o selo de segurança, proteção e imunidade contra os ataques dos homens.

Havendo impetuosidade e insensatez para conquistar planos financeiros apressados e injustos, a queda é dupla, a do corpo e a do espírito.

Quanto mais sabedoria o homem buscar de Deus, maiores serão as suas alegrias, conquistas e realizações, porque o dever da sua vida cristã está em conhecê-Lo, servi-Lo e honrá-Lo como Senhor.

Submeta-se à natureza, pois ela tem uma força dominadora que conquista os corações dos homens pela sua grandeza e beleza naturais.

LIVRO PARA VOAR

É nas asas dos livros que os meus sonhos embarcam. Na fluência das letras conquisto mares e me transformo em monarcas de mundos melhores. Nesses reinos posso construir castelos de magias; esperanças; miragens que me deixam de bem com a vida.
Quando leio, desbravo planos fantásticos. Tenho vidas para lá deste planeta finito e sou adulto; criança; duende; super herói. Tudo que me convém, quando quero que os mitos se tornem fatos... Ganhem contornos de realidade na minha mente.
Vivo histórias guardadas. Que parecem feitas para mim, por quem nunca me viu; nem sabe que vivo. Dentro dessas histórias vou ao fim desse azul que não tem que ser céu... Pode ser qualquer coisa para o poder que a leitura proporciona.
Fantasias, temas reais, isso não depende. Ao ler bons livros; bons, de fato, não existe limite para minhas viagens. Aventura, informação, romance, pouco importa, se a leitura me completa, me acultura e torna capaz de ler também o mundo; a sociedade.
Muita coisa limita; encarcera; oprime... Mas o livro salva... Livro livra.

Nosso porto inseguro

Morre um pouco de vida no sonho frustrado,
mas o sonho dá muda e renova o caminho,
revisita o passado em razão do futuro
que se rende às verdades de boa raiz...
Vivo desse voltar das entranhas do fim;
desse fundo que o poço no fundo não tem,
quando quem o conhece não quer prosseguir
pela sombra do nada e sua desistência...
Os que nascem das mortes vivem como nunca,
têm o sempre nas margens do seu nunca mais
lá na praia e no cais do seu porto inseguro...
Há um tempo a ganhar onde o tempo perdido
reconhece o sentido de voltar ao sonho,
recompor a vontade que se decompôs...

Alguns sonhos são lindos, mas são apenas sonhos. Muitas vezes eu os deixo para trás e faço escolhas mais assertivas.

"O sonho nunca acaba, as vezes acordamos mas é só dormir novamente! A vida nunca cessa, o mundo gira, as coisas acontecem e a gente muda, mas é só não esquecer quem somos." (LÉO POETA)

A distância entre eu e meu sonho é só a minha perspectiva.

"Perder sua confiança é mais fácil do que conquistá-la"