Dedicatória para Namorado
Dessa vez era um amor mais realista e não romântico; era um amor de quem já sofreu por amor.
Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito.
Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.
Nota: Trecho do texto "Tomara", muitas vezes erroneamente atribuído a Caio Fernando Abreu.
Agora me lembrei de uma coisa engraçada. Um amigo nosso em Argel achou a moça do restaurante muito bonitinha e perguntou-lhe se queria ir ao cinema com ele. Ela respondeu um pouco ofendida e muito digna: Pas moi, je suis vierge!
Não é tão engraçado? Ele disse que teve vontade de responder: C’est pas ma faute...
A liberdade é o nosso bem mais precioso.
No caso de ter que confrontá-la com a disciplina, se esta violentar aquela, opte pela liberdade.
Deus é ilimitado. Somos limitados pela capacidade do nosso cérebro, pelo tempo, pela sobrecarga de relacionamentos, pelas responsabilidades (uma pessoa só pode estar em um treino de futebol de cada vez) e pela paciência. Deus não tem limite algum para seu tempo, poder, conhecimento e amor (Salmo 147:4,5)"
Esse é nosso mundo, o que é demais nunca é o bastante, a primeira vez é sempre a última chance, ninguém vê onde chegamos, os assassinos estão livres, nós não estamos...
Deus fez-nos corpos.
Deus fez-se corpo.
Encarnou-se.
Corpo: imagem de Deus.
Corpo: nosso destino,
destino de Deus.
Isto é bom.
...A desculpa é esfarrapada mas é legítima. Nada é mais vulnerável que nosso desejo. Na luta entre o cérebro e a pele, nunca dá empate. A pele sempre ganha de W.O...
A insistência é o nosso esforço, a desistência é o prêmio. A este só se chega quando se experimentou o poder de construir, e, apesar do gosto de poder, prefere-se a desistência. A desistência tem que ser uma escolha. Desistir é a escolha mais sagrada de uma vida. Desistir é o verdadeiro instante humano. E só esta, é a glória própria de minha condição. A desistência é uma revelação.
O que eu tenho não me pertence, embora faça parte de mim. Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão. Há muito o que dar e o que recebe. Há muito o que aprender. Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo para a reconciliação, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe. Viva de maneira honrada, para que você possa falar só coisas boas do passado e ter a certeza de que quando se for, muito de você ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de te encontrar.
Nota: Trecho de um texto de Letícia Thompson, cuja autoria tem vindo a ser erroneamente atribuída a Chico Xavier.
...MaisPorque nosso mal é este: pensar demais. Nós, as reconhecidas como sensíveis e afetivas, somos, na verdade máquinas cerebrais. Alucinadamente cerebrais. Capazes de surtar com qualquer coisa, desde as mínimas até as muito mínimas. Somos mulheres que nunca estão à toa na vida, vendo a banda passar, e sim atoladas em indagações, tentando solucionar questões intricadas, de olho sempre na hora seguinte, no dia seguinte, planejando, estruturando, tentando se desfazer dos problemas, sempre na ativa, sempre atentas, sempre alertas, escoteiras 24 horas. Nascemos doidas. Por isso somos tão interessantes, é verdade.
Nosso coração é sentimental e duro. Cremos estar participando do sofrimento do outro, quando, na verdade, ele nada mais é do que um pretexto para nos enternecermos conosco mesmos com a nossa própria compaixão.
Até hoje eu não sei se o nosso grande problema é o seu apego idiota a sua liberdade, ou a minha bipolaridade maldita que na nossa história, de alguma forma, é abafada por essa sua escolha de ter a mim e ao mundo, sem abrir mão de nenhum dos dois. Também não sei se o que me prende tanto a você é justamente essa impossibilidade de sermos, finalmente, nós. Mas alguma coisa me prende, e me prende demais.