Declarações curtas de Amor

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Para se pôr fim a uma guerra, como a um amor, é preciso ver-se de perto.

No amor, o engano vai quase sempre mais longe do que a desconfiança.

A música clássica do amor é em tom maior, a romântica em tom menor. O amor moderno é uma fraca melodia, sobreinstrumentada.

A medicina é o remédio para todas as dores humanas, apenas o amor é um mal que não tem cura.

O amor ou não desculpa nada ou desculpa tudo.

É impossível exprimir a perturbação que o ciúme causa a um coração em que o amor ainda se não tenha declarado.

O verdadeiro amor, como se sabe, é impiedoso.

Sem o amor-próprio nenhuma vida é possível, nem sequer a mais leve decisão, só desespero e rigidez.

Só havia três coisas sagradas na vida: a infância, o amor e a doença. Tudo se podia atraiçoar no mundo, menos uma criança, o ser que nos ama e um enfermo. Em todos esses casos a pessoa está indefesa.

Miguel Torga
TORGA, M., Diário, Coimbra, 27 de outubro de 1974

Oh estações, oh castelos!
Que alma é sem defeitos?

Eu estudei a alta magia
Do Amor, que nunca sacia.

Saúdo-te toda vez
Que canta o galo gaulês.

Ah! Não terei mais desejos:
Perdi a vida em gracejos.
Tomou-me corpo e alento,
E dispersou meus pensamentos.

Ó estações, ó castelos!

Quando tu partires, enfim
Nada restará de mim.

Ó estações, ó castelos!

É falso o amor que leva o homem à indignidade.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Agulha em Palheiro, 1863

Quando o amor nos visita, a amizade despede-se.

Não é o amor que se deveria pintar de olhos vendados, mas sim o amor-próprio.

A vida é um calvário. Sobe-se ao amor pela dor, à redenção pelo sofrimento.

O amor não mata a morte, a morte não mata o amor. No fundo, entendem-se muito bem. Cada um deles explica o outro.

Amor e coração nobre são uma única coisa.

Superiores pelo amor, mais dispostas a subordinar a inteligência e a atividade ao sentimento, as mulheres constituem espontaneamente seres intermediários entre a Humanidade e os homens.

O amor não tem idade; está sempre a nascer.

O amor-próprio é um balão cheio de vento, do qual saem tempestades quando o picam.

A oração é a irmã trémula do amor.