Declarações curtas de Amor

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As mulheres pedem ao homem o máximo e o mínimo. Amor.

O amor não é um sentimento, é uma arte.

Ao bom e sincero amor está sempre junto o temor.

O amor cede diante dos negócios. Se queres sair / do amor, entra nos negócios: estarás seguro.

Ovídio
OVÍDIO, Os Remédios do Amor

O verdadeiro amor só conhece a igualdade.

O amor e o ódio são irmãos. Mas o ódio é um irmão bastardo.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

O amor é a única paixão que se paga com uma moeda que ela mesmo fabrica.

O amor veemente, o amor apaixonado, por mais perfeito que o queiram pintar, tem sempre intercadências de desalento e de tédio que assassinam a felicidade.

Nunca um amante, por eloquente que seja, crê ter dito o bastante no interesse do seu amor.

Pode ferir-se o amor-próprio; matá-lo, nunca.

Mors Amor

Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,

Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?

Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,

Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"

O amor deve considerar-se como um grande poema, cujo primeiro canto é o casamento.

No amor, a economia dos sentimentos e dos prazeres é a única metafísica apreciável.

O amor agrada mais que o casamento, pelo mesmo motivo que os romances divertem mais que a História.

O amor é o único sonho que não se sonha.

A vida humilde, cheia de trabalhos fáceis e aborrecidos, é uma obra de eleição que exige muito amor.

O último amor que desampara o homem é o combinado com o orgulho.

Há mulheres com quem fazemos amor, outras com quem falamos.

No amor, mais vale a caça do que a presa.

Não há baliza racional para as belas, nem para as horrorosas ilusões, quando o amor as inventa.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Amor de Perdição, 1862