Declaração de Paixão
O beijo é uma declaração de amor feita com o roçar dos lábios, com o tocar de línguas e o sussurro mudo de dois corações apaixonados.
Declaração de amor ao caçula
Só quero dizer que te amo, meu caçula.
Sua falta só nos deixa saudades,
as manhãs não tem as mesmas verdades,
as flores também não tem o mesmo perfume.
E o seu cheiro não tem nenhuma igualdade.
(...)
Não é feio chorar ao ver um casal feliz,
ou sentir seu coração se apertar ao ver uma
declaração de amor revelada em atitudes...
Sabe, se quiser chorar, chore!
O importante é sentir, e não fugir,
pode chorar sim, pode sentir a falta de alguém sim,
só não pode deixar isso dominar seus pensamentos,
ou ser o centro da sua vida, essa lágrima hoje, não pode
tirar seu sorriso de amanhã...
Por isso, sinta, chore, ame, sonhe, espere e confie!
Vai dar tudo certo!
Declaração de Independência.
Eu sou o cão desafiador,
eu sou o gatuno rebelde,
aquele que combate a tão temida proliferação:
do bastardo injusto, o saqueador da nação.
Eu sou um homem temente
aquele que canta um único repente:
“Morte a independência,
morte a Corte da Suprema negligência,
morte ao rico e vida ao pobre,
morte a miséria e a falta de educação,
morte a todos, os que se proclamam donos da nação.
Morte a hipocrisia,
morte ao falso romance e a qualquer tipo de tirania.”
Como uma pequena reparação
Faço jus a quem a sociedade trata com distinção:
“Viva o índio,
viva o negro escravizado,
viva o vinho e os italianos colonos a pouco chegado,
viva o preto e viva o branco,
viva o gatuno e viva o desafiador,
um grande viva, a todos que enxergam no outro, uma semente do amor”.
O riso é vinho para a alma - riso suave, ou alto e profundo, tingido com seriedade - a declaração hilariante feita pelo homem que a vida vale a pena viver.
TEMPO DE REFLEXÃO
DECLARAÇÃO DE AMOR
Declaro para os devidos fins que amo, tanto quanto me percebo e ao outro percebo em mim.
Que o que nomeio amor até então, ainda jas mesclado com a infinitude de sentimentos de todas as ordens que se agitam em meu interior sempre que o outro interage em meu campo de percepção.
Que amar é a difícil tarefa de essencializar a unidade, sobrepondo-a aos esgotamentos exaustivos da generalidade confusa dos sentimentos.
Que amar, como tudo, é processo de aprendizagem e que por conseguinte exige o esforço da experimentação e repetição, então assim consolidando a experiência.
Que quem nasce amando é pq aprendeu em outros momentos evolutivos e quem não sabe aprenderá, pois é isso, com a sabedoria que consolida nossa razão existencial.
Que enfim, vc em especial e vc que ainda não faz parte das minhas buscas de amor, todos, absolutamente todos valem a pena para o meu amor a medida que compreendo que ama-Los essencialmente é amar a mim mesmo.
“Nunca ouvi coisa boa quando alguém foi sincero comigo. Nunca ouvi uma declaração de amor. Uma declaração de fé. Uma declaração de confiança.
Com a sinceridade, suportei despedidas, críticas e desaforos. Fui demitido, ou avisado do fim do namoro. Não fui promovido, abençoado. Não me ressuscitaram com a sinceridade.
Não recebi pedido de casamento. Não me salvaram com a sinceridade. Não me resgataram com a sinceridade. Não tiveram pena, compaixão, compreensão com a sinceridade.
Ser sincero é uma condição que traz unicamente cobrança, ajuste, saldo.”
"Aprendo a amar amando, para entender que a maior declaração ainda não é o "eu te amo". É quando alguém confessa: "Não consigo mais viver sem você." Mas isso não é amor, é coragem."
Não sei mais se vale apena considerar um "eu te amo" como uma declaração de amor, hoje em dia mais parece declaração de falsidade.
Declaração de amor só é bonita quando os olhos se fecham para deixar a voz do coração traduzir o sentimento.
DECLARAÇÃO DE MALES
Ilmo. Sr. Diretor do Imposto de Renda.
Antes de tudo devo declarar que já estou, parceladamente, à venda.
Não sou rico nem pobre, como o Brasil, que também precisa de boa parte do meu dinheirinho.
Pago imposto de renda na fonte e no pelourinho.
Marchei em colégio interno durante seis anos mas nunca cheguei ao fim de nada, a não ser dos meus enganos.
Fui caixeiro. Fui redator. Fui bibliotecário.
Fui roteirista e vilão de cinema. Fui pegador de operário.
Já estive, sem diagnóstico, bem doente.
Fui acabando confuso e autocomplacente.
Deixei o futebol por causa do joelho.
Viver foi virando dever e entrei aos poucos no vermelho.
No Rio, que eu amava, o saldo devedor já há algum tempo que supera o saldo do meu amor.
Não posso beber tanto quanto mereço, pela fadiga do fígado e a contusão do preço.
Sou órfão de mãe excelente.
Outras doces amigas morreram de repente.
Não sei cantar. Não sei dançar.
A morte há de me dar o que fazer até chegar.
Uma vez quis viver em Paris até o fim, mas não sei grego nem latim.
Acho que devia ter estudado anatomia patológica ou pelo menos anatomia filológica.
Escrevo aos trancos e sem querer e há contudo orgulhos humilhantes no meu ser.
Será do avesso dos meus traços que faço o meu retrato?
Sou um insensato a buscar o concreto no abstrato.
Minha cosmovisão é míope, baça, impura, mas nada odiei, a não ser a injustiça e a impostura.
Não bebi os vinhos crespos que desejara, não me deitei sobre os sossegos verdes que acalentara.
Sou um narciso malcontente da minha imagem e jamais deixei de saber que vou de torna-viagem.
Não acredito nos relógios... the pule cast of throught... sou o que não sou (all that I am I am not).
Podia ter sido talvez um bom corredor de distância: correr até morrer era a euforia da minha infância.
O medo do inferno torceu as raízes gregas do meu psiquismo e só vi que as mãos prolongam a cabeça quando me perdera no egotismo.
Não creio contudo em myself.
Nem creio mais que possa revelar-me em other self.
Não soube buscar (em que céu?) o peso leve dos anjos e da divina medida.
Sou o próprio síndico de minha massa falida.
Não amei com suficiência o espaço e a cor.
Comi muita terra antes de abrir-me à flor.
Gosto dos peixes da Noruega, do caviar russo, das uvas de outra terra; meus amores pela minha são legião, mas vivem em guerra.
Fatigante é o ofício para quem oscila entre ferir e remir.
A onça montou em mim sem dizer aonde queria ir.
A burocracia e o barulho do mercado me exasperam num instante.
Decerto sou crucificado por ter amado mal meu semelhante.
Algum deus em mim persiste
mas não soube decidir entre a lua que vemos e a lua que existe.
Lobisomem, sou arrogante às sextas-feiras, menos quando é lua cheia.
Persistirá talvez também, ao rumor da tormenta, algum canto da sereia.
Deixei de subir ao que me faz falta, mas não por virtude: meu ouvido é fino e dói à menor mudança de altitude.
Não sei muito dos modernos e tenho receios da caverna de Platão: vivo num mundo de mentiras captadas pela minha televisão.
Jamais compreendi os estatutos da mente.
O mundo não é divertido, afortunadamente.
E mesmo o desengano talvez seja um engano.
Paulo Mendes Campos, in O amor acaba
Andamos tão pra baixo que qualquer discurso ou declaração retórica assume uma postura heroica em nossa consciência.
Demasiadamente forte: Inclusive.
Maior declaração de amor, não é feita de palavras ou composta de pétalas de rosas, mas de olhares, abraços e carinhos sinceros.
Quanto a meus erros, lembre que meu amor imperfeito era minha declaração mais pura, meu mais sincero ofertório.
Ao lhe submeter os meus defeitos, juntamente com minhas virtudes, eu lhe oferecia o que realmente era. Você só poderia me ter por completo se tivesse meus entraves,
mas um dia eu ainda seria melhor para que você percorresse meus jardins sem qualquer pedra ou sobressalto.
Fluorescência
A alegria que vemos nos campos,
é uma declaração de amor à água
e ao sol.
-- josecerejeirafontes