Declaração de Paixão
Seu cheiro ficou comigo
Após este breve adeus
E ter-te nos braços meus
Ficou a inocência de seu odor
Misturados com seu calor
Nos labirintos do lençol
Enlaçados com a turbação
Do pensamento sem noção
Gravados no sentimento
Inebriando o contentamento
Com resíduos de nossa paixão
Que naufragaram na minha emoção
É pura essência de hortelã
Que bem cedo, ainda pela manhã
Exala por todos os meus poros
Em eternos cânticos sonoros
Dissolvendo minh'alma em ti
Acordando o meu coração
Marejado de saudosa comoção
Da necessidade de você ter partido
Mas, seu cheiro ficou comigo
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
28/02/2019
Rio de Janeiro, RJ
Ele é um bom namorado.
Ela é uma péssima namorada.
Ele deixa ela feliz.
Ela deixa ele decepcionado.
Ele faz ela dormir com um lindo sorriso.
Ela faz ele dormir com uma tristeza absurda.
Ele ama ela, enquanto ela deixa ele mal.
O amor, às vezes, é tóxico. Ele machuca. Por mais que os dois se amem. Quando um relacionamento É TÓXICO, ele te deixa mal ou você deixa a outra pessoa mal, sendo por sem querer, ou não.
AMOR QUASE SIDO (soneto)
Amores vem, vividos, amores vão
Na poesia voam e, na alma fundido
No tempo, o que é, e foi permitido
Nas palavras, dissertando o coração
Ama eu, ama tu, ele, ela, repartido
Lágrima, sorrido, a dura decepção
E num sempre porque, indagação
Nuns ficamos, outros nos é partido
Mas sempre desejado, imaginação
Onde? Quando? E é sempre sabido
Que dele quer, dele se tem emoção
E nesta tal torcida o amor é provido
O amor é sentido, sentido é a paixão
Sem porque nem como, os quase sido!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Amor com pimenta
Tantos poemas
Chorados
Tantos versos
Acabrunhados
Feitos nos proveitos
Da imaginação
Agora aqui estou
Imergido
Em pleno voo
De letras servido
Esperando
Uma nova emoção
Chega de vazio
Vazio leito
Peito vazio
Solidão como sujeito
Eu só queria
Poder compor
Afeto na caligrafia
Sem os rabiscos de dor
E nem porfia na teoria
E assim, uma canção
Que fale
Que ouça
Não cale
Respire
Suspire e esbouça
As videiras do coração
Compassivamente
Servindo-me de poesia
Verdadeiramente...
Sedenta!
De amor com pimenta.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
23/04/2016, 09'09"
Cerrado goiano
Sonho meu
Dádiva de te ver tão presente
Olhar reluzente como a água da nascente
Felicidade em ver-te beldade
Sentir seu ser que me faz ser melhor
És como uma corda que me puxa para fora do poço
Auge do meu prazer de viver
Sonho meu, acordei e se perdeu..
Sou mais que um biólogo, mais que um psicólogo, pois além de entender o seu corpo consigo mexer com a sua cabeça.
Não se desespere se aquele relacionamento que você apostou todas suas fichas, que deu seu máximo, colocou milhões expectativas em cima não deu certo, ei nem toda historinha de amor termina com final feliz.
você ateia o fogo e eu assopro para que me queime
aquele deslize na tela do celular me fez cego.
você foi um grito de paixão
eu fui um grito de carência.
estamos aqui agora para terminar de nos queimar.
precisamos virar cinzas.
eu, você.
o que restou de nós.
Amar-te
Amar-te ei, como quem nunca se sentiu amar
Pensarei não perceber o coração acelerar
Negarei quando os desejos sussurrarem em meu ouvido
Os mais ardentes sonhos da sua pele desbravar
Não direi jamais que borboletas roubam o meu ar
E que a luz da lua clareia o líquido
que denuncia meu pensar
Em verdade, nunca direi das noites que só dormi, depois de uma vida inteira planejar
Desde aquele beijo estranho em um banco de praça
até as flores a caminho do altar
Amar-te ei, em segredo como fazem as estrelas
Que de longe confundem o imenso azul do céu com o infinito azul do mar.
O AMOR. trata-se de DOAÇÃO
Doar-se para outra pessoa.
Doar tempo, carinho, afeto, ternura, calor, compaixão.
O amor está na palavra dita pelo olhar.
No gesto feito, na atitude tomada.
O amor está presente dentro de nós, por vezes adormecido.
Em tempos de trevas é o Amor o sentimento que deve prevalecer.
Pois nele está contida a luz da vida.
Perdido
O que fez de mim esse amor?
Eu que me vejo perdido...
Já me quis encontrar assim,
Onde outrora só éramos nós.
Lembres um dia de nós,
De tudo que eu era contigo...
Vívidos olhares cativos,
Prendíamo-nos sonhos infindos
De andarmos em um só caminho.
Entre cartas e flores,
Pouca coisa te disse
Desse amor
Que me tem afligido...
Mas nada ficou em oculto
Que meus olhos
Não tenha te dito...
Edney Valentim Araújo
1994...
"Ela só tem interesse, não sente saudade.
Ela ama a mentira, odeia a verdade.
Ela sente desejo, mas passa vontade.
Ela deseja meu aconchego, mas agora é tarde.
Ela fantasia nossa união, mas é tudo miragem.
Ela me instiga com a beleza do teu corpo, bela paisagem.
Ela desafia a perfeição, uma beldade.
Ela me olha com os olhos repletos de maldade.
Ela sabe ser má de verdade.
Ela se foi, roubou-me a calma e me deixou, a saudade..."