Declaração de Paixão
seu colar está guardado
bem guardado
e ainda bem cheiroso
no meu guarda roupa
guardei seu cheiro
bem guardado
ainda bem, assim posso
cheirar a cada pouco.
Quanto mais se sabe mais a responsa aumenta o peso
Segue o plano e tu, está só começando
Quanto mais se ouve mais resposta e menos peso
Só que a resposta faz pergunta
Faz proposta
Quanto menos aposta menos ego e mais desapego
Não trago verdades
Eu trago expressões
Defumo a coragem
Me trago em canções
Trago a minha viagem
Sou minhas visões
Se falo é pra 8 bi corações
Se calo é pra minhas próprias lições
Eu não sei a metade das suas intenções
Você não sabe e nem soube das minhas emoções
Tu escuta e não ouve
Tu corre e não move
Mas deixa que eu deixo
Nem pá, nem se envolve
Não importa o seu gosto
Não há quem me prove
É o paradigma de realidade da vida
A ilusão de achar que sabemos das coisas porque ouvimos sobre, ou lemos, vimos algo
Motivos que temos que nem ao menos degustamos, não comprovamos, não provamos a nós, nosso sabor
Motivos que compramos dos outros que pegaram de outros que vieram de mais outros
Deturpando a verdade enquanto o que temos
É só a visão da superfície
Pra mergulhar no profundo e não no raso julgo
Temos que passar a rebentação
A comunicação pela linguagem deveria ser muito mais aberta e solta
Tudo que se fala é um tabu
Até o sentimento foi capitalizado
Dirigimos máquinas de uma suprema nobreza
Mas não saímos nem da primeira marcha
Nunca cortamos o giro
Não queremos “disperdiçar” energia
Queremos “conservar” o mortor
Só que nunca conhecemos os limites
Pois não há limites, fomos nós que impomos eles
Queremos manipular um câmbio automático
Só que enquanto operamos essa máquina do tempo tudo nos está acessível
Colidimos porque queremos
Escolhemos não dar passagem
Escolhemos não freiar
A ideia não é acelerar e sim “ser um” com o trânsito
Nem tão pouco temer a alta velocidade
Na verdade essa “velocidade” é apenas sua percepção de tempo
Assim como “distância” é percepção de espaço
“Leiam o manual da pág.7 nas relações de sinônimos”
Dizem que o mundo foi criado
dizem que o mundo irá acabar
dizemos neste mundo não acabado
enquanto há muito o que criar
Ele acha . . .
o que que os outros estão achando,
sempre acha . . .
mas nunca sabe o que está procurando,
ele se acha . . .
mas só que nuca se encontrou,
até tentou mas gelou
quando viu que tinha que se expor
Cada passo meu é um gosto peculiar,
faz as papilas pirar,
difícil é conciliar
e se a tal bad chegar é trash,
minha pineal da o reset
Vamos tentar amar
ainda que seja difícil,
já nadamos neste mar
mas apenas na superfície,
as vezes mergulhamos e logo temos que subir,
nos falta ar, nos enganamos e tememos sucumbir.
Amar é um mar e não um lago,
amar é profundo e largo.
Nessa nossa pequenez nós julgamos conhecê-lo por inteiro,
mas essa não é a primeira vez que fazemos este apelo
Humanos, Amemo-nos !
Em passos incertos na vida
Calculo a fórmula da sorte
Em um vasto caminho só de ida
Sou a bússola que aponta pra morte
Tu me cativa ou eu que me deixo cativar?!
Onde está essa divisa de causa emotiva?!Onde está?
De dentro pra fora emite
Projeta vibrando à compartilhar
Consigo mesmo tramando
Flertando com a essência do que é e onde está
Manifesto meu verso afim que contestes
Te peço que faça testes
Pois o contexto reflete
Um ego que sempre veste
Armadura resistente
É a amargura do descrente
Que em nada crê, sempre ausente
Parece que nada sente
Nadando no inconciente
Perece no presente
Mentindo pra própria mente
E assim sempre descontente.
Canto enquanto o coração bater
Canto a alegria de viver
Canto pelos cantos sem temer
A vida sempre vai me surpreender
“Todas aquelas conversas prontas maquiadas e encaixotadas em MDF
Me dão motivos pra talhar meus versos soltos em tronco de madeira silvestre
Todas essas ideias tronchas quando lavadas perdem a cor
E todo aquele que a elas compram perderam o seu fulgor”