Declaração de Amor Fofa

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O ódio é o prazer mais duradouro.
Os homens amam com pressa, mas odeiam com calma.

Lord Byron
BYRON, L. "Don Juan", M. Thomas, 1819

Talvez

Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,

E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...

Pablo Neruda
Cem sonetos de amor

Nota: Soneto LXIX

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Amar é ultrapassarmo-nos.

O coração das mães é um abismo no fundo do qual se encontra sempre um perdão.

Os homens graves e melancólicos ficam mais leves graças ao que torna os outros pesados, o ódio e o amor, e assim surgem de vez em quando à sua superfície.

Os nossos pais amam-nos porque somos seus filhos, é um fato inalterável. Nos momentos de sucesso, isso pode parecer irrelevante, mas nas ocasiões de fracasso, oferecem um consolo e uma segurança que não se encontram em qualquer outro lugar.

O coração do sábio, tal como o espelho, deve a tudo refletir, sem todavia macular-se.

Quem possui a faculdade de ver a beleza, não envelhece.

Muito pouco ama, quem com palavras pode expressar quanto muito ama.

A mulher só ama quando admira; para amar um homem precisa de se sentir inferior a ele.

Às vezes o homem prefere o sofrimento à paixão.

Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a.

Para quem ama, não será a ausência a mais certa, a mais eficaz, a mais intensa, a mais indestrutível, a mais fiel das presenças?

Quando um homem ama verdadeiramente, é porque é a primeira vez que ama.

Senhora, eu vos amo tanto
Que até por vosso marido
Me dá um certo quebranto.

Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.

Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.

E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;

E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.

Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós.

Entre muitas outras coisas, tu eras para mim uma janela através da qual podia ver as ruas. Sozinho não o podia fazer.

Para quem ama, qualquer sacrifício é alegria.

Ver e ouvir são as únicas coisas nobres que a vida contém. Os outros sentidos são plebeus e carnais. A única aristocracia é nunca tocar.

Fernando Pessoa
SOARES, B. Livro do Desassossego. Vol.II. Lisboa: Ática. 1982. 264p.