Decifrar
"Ele escutava pequenos murmúrios, não sabia decifrar o que diziam, aos poucos os murmúrios iam se tornando gritos, cada grito era um eco em sua cabeça, e então o rapaz colocou as suas duas mãos na cabeça e gritou "JÁ CHEGA", e então jogou-se do penhasco."
Sou uma pessoa estranha e difícil de entender,
Um quebra-cabeças complexo para decifrar.
Minha mente vagueia por caminhos sem fim,
Um labirinto de pensamentos a se desvendar.
Meus interesses são ecléticos e peculiares,
Busco respostas em todas as direções.
O comum não me satisfaz, não me completa,
Prefiro mergulhar nas profundezas das emoções.
Sou um enigma em meio ao convencional,
Uma mistura de medos e coragem sincera.
Minhas palavras podem parecer desconexas,
Mas são as emoções que minha alma entrega.
Às vezes, posso ser um livro fechado,
Um enigma difícil de desvendar.
Mas se tiver a paciência de olhar além,
Verá um mundo único a desbravar.
Então, não se preocupe se me compreender é difícil,
Pois sou feito das sutilezas da contradição.
A beleza está em mergulhar nesse mistério,
E descobrir um universo cheio de admiração.
Sou uma pessoa estranha, difícil de entender,
Mas guardo tesouros ocultos em mim.
Se estiver disposto a aceitar minha singularidade,
Descobrirá a essência que me faz assim.
Se pudesses decifrar as grandezas da minha alma, teus olhos se deparariam tão somente com a intricada fórmula que deu origem às estrelas que, com reverência, te servem de leito.
Confiar em Deus é encontrar segurança nas reviravoltas da vida. Compreender Seus sinais é decifrar a linguagem divina que guia nossos passos. Saber que nem todo dia traz o sol e que nem toda noite é repleta de lua e estrelas nos recorda da complexidade e beleza desse caminho chamado vida. Que possamos encontrar paz nas entrelinhas e significados que Ele nos reserva!
Caminhando pelos meus próprios passos, tento decifrar quem diabos eu sou. Escrevo tanto, mas às vezes parece que tô só dando voltas, sem chegar a lugar nenhum. Será que perdi o fio da meada ou nunca soube mesmo qual era? Às vezes, parece que tô flutuando entre querer e ser, como se tivesse esquecido onde me encaixo nessa bagunça toda. Talvez tenha me perdido no meio do caminho, ou quem sabe tenha percebido que não tem um destino certo pra tudo isso. Eu sou tipo uma sombra, só dando uns passinhos na beirada do meu próprio ser. Às vezes, me sinto um rascunho mal acabado, uma música que não consegui compor. As páginas em branco parecem pedir um desvendar, um jeito de desembrulhar o mistério que me habita.
Decifrar palavras cruzadas é uma forma tranquila de desespero.
Cada dente conta uma história; cabe ao dentista decifrar e reescrever essas narrativas com cuidado e precisão
A vida pode nos fazer perder o destino, mas devemos ser um bom detetive e decifrar os nossos caminhos.
Intimidade é aquele esforço manso e contínuo de decifrar o outro, como quem lê um livro de páginas antigas, o cheiro de papel envelhecido subindo e misturando-se com o café quente da tarde. É quando o olhar se detém nas entrelinhas dos gestos, nos silêncios que falam mais alto do que palavras.
Viver a intimidade é entender que o outro é um universo, e a cada dia é preciso aventurar-se em suas galáxias, percorrer suas crateras, desvendar seus segredos mais escondidos.
É querer saber qual a música que faz o coração dela bater mais forte, o que faz os olhos dela brilharem e se encherem de água. É perceber as pequenas rugas que o riso desenha ao redor dos olhos, e amar cada marca como se fosse um mapa do tesouro. Intimidade é estar presente na ausência, é reconhecer o peso das palavras não ditas, é saber a hora exata de um abraço silencioso.
É suportar as tempestades juntos, sabendo que depois da chuva o sol sempre encontra um jeito de brilhar novamente.
É respeitar os limites do outro, sabendo que não se pode invadir sem permissão, mas também é ter a coragem de mostrar suas próprias fragilidades, desnudando a alma sem medo. É aprender a linguagem do toque, do olhar, do silêncio. Intimidade é, acima de tudo, um ato de coragem e entrega, um esforço constante para conhecer o outro, em sua essência mais profunda, e amar essa essência com toda a força do coração.
A arte de conviver nos ensina que há uma sutil habilidade em decifrar códigos não facilmente interpretáveis. Intenções não ditas e desejos suprimidos fazem parte dessa complexidade. A vida impõe margens, evitando transbordamentos que, mesmo desejados, podem ser excessivos e desnecessários para o convívio. Assim, aprendemos que nem tudo pode transbordar, nem tudo pode ser vivido, dito ou feito.
A VIDA IN VITRO
Talvez não seja preciso decifrar tanto a vida...
Apenas executá-la
transitando entre conjecturas com cara de ciência,
o irracional dos sentidos
e o pragmatismo do fazer.
Talvez.
Decifrar-me!?han!duvido!O ser homem pode nascer mil vezes,mas sempre serei uma incógnita na curiosidade, porém só ha um caminho que pode desencantar o mistério,o amor de verdade!
Não sou capaz de te decifrar e ainda que eu fosse já mais o faria pois é seu jeito inigmático que mantém nossa magia
Você se detém a observar, decifrar, a face estática, o enigma proposto, o árduo aprendizado - o conhecimento revelado, agraciado, inexoravelmente, você não pode se esquivar, de assimilar, de desvendar.
...
Quando me predisponho a sentar, escrever e decifrar a vida com doses de eloquência e pragmatismo, faço associações e remissões para um raciocínio coerente e fechado. Invariavelmente, meus pensamentos estão associados ao propósito e remetidos aos vínculos estabelecidos entre o nascer e morrer.
Propósito para termos um futuro que impulsione nosso presente, e vínculos porque não construímos destinos com carreira solo. Temos os que torcem incondicionalmente, os que aplaudem, os que invejam, os que são indiferentes, e aqueles que fazem acontecer junto. Todas essas interações na busca por um sentido, tornam-se vínculos.
É muito surreal achar que um propósito almejado e plantado ao longo de uma jornada linda e exaustiva, bem como os vínculos impagáveis que construímos ao longo deste percurso, aconteçam sem explicações ou justificativas. É muito raso acreditar que tudo faz parte de uma cadeia fria e evolutiva, com legados inteiros virando pó sem uma perpetuidade espiritual. Não se trata de apego, mas de sanidade.
Prefiro acreditar em um fio invisível que estabeleça conexões após nossa desmaterialização, que nos conecte aos nossos antepassados e tudo aquilo que absorvemos de aprendizado para uma encarnação mundana. Prefiro desacreditar que depois de tanta luta e troca, tenhamos que nos preparar para uma finitude, um desfecho vazio para os que partem e cruel para os que ficam.
A vida nos ensina o poder dos significados, e por isso buscamos um sentido para tudo. Eu imagino uma morte travestida de renascimento, um legado ativo das pessoas que tive a sorte de conviver, e uma consciência imortalizada para uma evolução espiritual. Se meus pensamentos são fruto de um delírio pessoal, porque existimos e aprendemos a amar tanto a vida quanto o próximo?
Decifrar sua forma física
é o mesmo que
querer entender
um pouquinho de você
dentro de um universo
que só o nosso amor
pode entender...
Até na ausência das minhas palavras eu estou transmitindo algo, você só não foi capaz de decifrar isso.