Decida Separacao

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Não existe o Natal ideal, só o Natal que você decida criar como reflexo de seus valores, desejos, queridos e tradições.

Qualquer caminho que você decida tomar, existe sempre alguém para te dizer que você está errado. Existem sempre dificuldades surgindo que te tentam a acreditar que as críticas estão corretas. Mapear um caminho de ação e segui-lo até o fim requer... coragem.

Soneto de separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinicius de Moraes
Livro de letras

O amor não conhece sua própria intensidade até a hora da separação.

O amor só encontra o seu significado no momento da separação.

Rever-se, muitas vezes, é a autêntica separação.

Não tente "se fazer" feliz.
Simplesmente decida "ser" feliz e tudo que você fizer decorrerá disso. Nascerá disso. Lembre-se sempre que o que você está sendo gera o que você está fazendo.

Vai ou fica? Arrisca ou espera? Aceita ou recusa? Que o destino, de vez em quando, decida por nós. A gente merece uma trégua.

A DESPEDIDA DO AMOR

Existe duas dores de amor. A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão envolvidos que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

Você deve achar que eu bebi. Se a luz está sendo vista, adeus dor, não seria assim? Mais ou menos. Há, como falei, duas dores. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por ninguém. Dói também.

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um suvenir de uma época bonita que foi vivida, passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação com a qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a dor-de-cotovelo propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: eu amo, logo existo.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.

Martha Medeiros
Crônica "A Despedida do Amor", 2001

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas Gêmeas, a 6 de agosto de 2001.

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Toda separação é triste. Ela guarda memória de tempos felizes (ou de tempos que poderiam ter sido felizes...) e nela mora a saudade.

Rubem Alves
Cantos do pássaro encantado. São Paulo: Planeta, 2017.

Amor é isto: a dialética entre a alegria do encontro e a dor da separação. De alguma forma, a gota de chuva aparecerá de novo, o vento permitirá que velejemos de novo, mar afora.
Morte e ressurreição. Na dialética do amor, a própria dialética do divino.
Quem não pode suportar a dor da separação, não está preparado para o amor. Porque o amor é algo que não se tem nunca. É evento de graça.
Aparece quando quer, e só nos resta ficar à espera. E quando ele volta, a alegria volta com ele. E sentimos então que valeu a pena suportar a dor da ausência, pela alegria do reencontro.

Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida.

Artur da Távola

Nota: Trecho de um texto do autor.

A morte é meramente a separação dos átomos que nos compõe. Não anuncia portanto nem castigos nem recompensas para os homens. Não devemos temer nem a morte e menos ainda, as punições infernais inventadas pela ignorância e pela superstição.

Na separação fiquei com a melhor parte: eu.

Decida o que você quer fazer na vida, e então aja como se fosse impossível fracassar.

O primeiro passo indispensável para conseguir as coisas que você quer da vida é este: decida o que você quer.

Agora deixo que a vida decida por mim...

Decida brilhar!

Se você for uma pessoa que brilha,
é bem provável que ao longo do caminho
circunstâncias, obstáculos,tentarão apagar esse brilho
Não se intimide!
Brilhe assim mesmo!
Nada poderá ofuscar a luz que habita em você!
É dom de Deus!
É graça!

Brilhar é fazer das noites sombrias, versos e poesias
Brilhar é servir esta poesia em uma bandeja
enfeitada com morangos e cerejas
Brilhar é juntar o rio de lágrimas desprezadas ao chão
e lançá-las a um lugar muito mais alto
onde formam-se as chuvas para o próximo verão.
Brilhar é doar-se por amor
oferecer as mãos junto ao coração

Brilhar é saber esperar o inverno passar
com o coração aquecido de esperança
Brilhar é espalhar pétalas no caminho
sem se preocupar com quem vai passar,ou não...
Brilhar é voltar atrás e corrigir o tráfego
reconhecer que faltou barro pra sustentar a construção.

Brilhar é ser diferente!
É ter alma de criança!
É ter mel dentro de si, é brincar com os bem-ti-vis
Seja no inverno,seja no verão.

Não há nada sem separação.

Dilema do homem
Na vigência do casamento ele se sente preso e atado. Quer, quer a separação. Não agüenta mais as limitações da vida comum. Aí pinta a separação e ele, mais do que a mulher, entra em pânico.