Decepções Amorosas
Amar é sofrer com o coração
Com a alma é sentir o perfume das flores
Entre os espinhos pois o medo de sofrer
Supera a vontade de amar.”
A LUZ
A luz cega-nos a mente
De tão perdidos que nos encontramos
Perdemos os sonhos sem tentar encontrá-los
Já sabemos que morreremos sozinhos
Mas caminhamos por entre as trevas
Pois até as sombras tem receio de nos acompanhar
Somos almas solitárias à procura da libertação
De tristes palavras contraditórias como o vento
Entre a nossa dor e a nossa própria solidão
O tempo é a ironia da vida que caminha lado a lado
Andamos por entre as sombras com as lágrimas secas
Nos olhos, vemos o que não gostariamos de ver
No entanto cobiçamos caminhos sem luz, sem esperança
Esta é a triste realidade que nos consome cada vez mais
E nos faz novamente andar nas sombras
Pobres mortais que somos, carne podre, protefacta
Sem sonhos, sem verdade, sem amor, egoístas sem piedade.
Eu já não sei como começar com a introdução desse texto, procurei palavras e introduções para o mesmo, mas é que em todos os que falo de você começam com algo surpreendente, mas esse é diferente. Estou te vendo partir e ficar, partir e ficar, ir e voltar, voltar e ir. E isso vai acontecer quantas vezes ainda?
Só quero que saiba que você ainda é, e vai continuar sendo você por mais que eu não queira ou queira, não sei, mas é que eu ainda tenho a esperança que você vai voltar e vai ficar.
E quando você vai eu vejo meu coração voando batendo, pois você é o motivo, consigo seguir em frente em qualquer obstáculo da vida, mas quando se trata de você... Eu não quero seguir.
Eu perco meu sono gritando para mim mesmo, por favor, volte agora, eu acredito nisso. E minha mente começa a voar, e... você é o motivo, de ainda respirar, de viver, de sorrir. Mas quando você vai, eu fico sem esperanças, como, agora...
Eu escalaria todas as montanhas mesmo sem a experiência de alpinismo.
Nadaria todos os oceanos, lagos e rios, só para chegar até você e tentar consertar o que eu fiz com a gente. Eu sei, eu sei, são palavras e palavras se perdem com o tempo, por isso em vez de falar, quero chegar e fazer.
Eu preciso de você, e preciso que você veja tudo isso. Principalmente que você é o meu motivo para tudo isso, principalmente para escrever essa dedicatória.
Agora minhas mãos estão tremendo, pois você também é o motivo.
Meu coração está sangrando, preciso de você. Agora.
Se eu tivesse o controle do tempo, faria com quem a escuridão que passamos se tornasse luz. As brigas que passamos gostaria de que não nos afastasse com nossas palavras amargas e sim dizer para nós mesmos: "Calma, não é assim".
Eu passaria cada hora de cada dia mantendo você segura em vez de te afastar.
Eu preciso consertar o que quebrei, digo que eu quebrei pois eu jamais te culparia por algo. Eu quero que você veja que você é o motivo.
Isso não é um pedido de desculpas ou um volta pra mim, nada disso, mas talvez seja se eu conseguir te mostrar tudo isso.
Eu só quero que saiba que você é o motivo por eu nunca te jogado tudo para o alto e sempre provar de forma diferente.
Eu errei, nós erramos, mas estou disposto a engolir todo o orgulho para que continuamos indo em frente, sem dias nublados.
Quando a saudade aperta
Chamo o vento, a chuva
Ao sentir a chuva e o vento
No meu rosto lembro-me
Das tuas mãos perfumadas
Acariciar-me o rosto
E das saudades que tenho de ti.
ESCREVO
Escrevo é o que sou
Histórias perdidas
Esquecidas na memória
Gravadas no coração
Inventadas com sabedoria
Do meu saber observar
Ficções que são encantos
Memórias que não aconteceram
Sonhos que morreram e não viveram
Escrever é uma forma
De agradecer, perdoar, esquecer
O que só o destino teve culpa
As palavras são a minha respiração
Elas dã-me vida e eu dou-lhes o meu coração
A minha alma nas memórias guardadas ou não.
RASGO
Rasgo o sombrio de mim
Na saudade de um espasmo
Degredo esquecido em mim
Solto nos rastros perdidos
Procurei esquecer a dor
Que me atormenta no espaço
Escondido nos sonhos
Que no tormento flagela
Os meus dias, noites sem dormir
Feito de novelos que fia a dor
No crepúsculo do vento
Quimeras de sombras
Que cobrem apenas a tua ausência
Para rasgar a dor que sinto
Quando não estou contigo.
EU VOU
Vou amar sem me perder
Sem me cruxificar
Vou sobreviver
Espairecer até morrer
Para demonstrar
O que vive em mim
Deixar sair sem nada sentir
Deixar fluir sem me repetir
Fugir das prisões
Libertar-me dos grilhões
Vou tentar fugir mas de ti
Nunca sou assim, crescer amar
Vivi com intensidade
Todos os momentos
Aprendi amadurecer
Coloquei no meu coração
Tudo que senti
Deixar andar sem nada esperar
Aceitar o que está
Para vir sem nunca duvidar.
São nas vazias
Ruas da minha solidão
Entre prosas e sonetos
Dos molhados becos escuros
Que estão abandonados todos
Os poemas que te escrevi
Durante toda a minha vida
SABES
Amei-te
Sem saber quem eras
Onde estavas
Tocaste-me com a ternura
Num louco desejo
Envolveste-me com as tuas mãos
E no teu corpo descubro
O sorvo dos teus lábios
Quero mais de ti, quero tudo
Amei-te sem saber quem eras
E a quem pertencias
No fim descubro que eras meu
Só meu que me pertencias
Sim a mim.
QUERO
Quero ter-te
Quero amar-te
Como se não
Houvesse mais nada
Deste meu querer
Que me torna submissa
Amando-te
Mais do que cobiço
Quero ter-te
Quero amar-te
Mais de mil vezes
Que vivi matei e morri
Desejando-te.
SIM
Cobre-me
Com teu calor
Revela-te a mim
Pois tenho sede
Tenho fome
Fome de ti
Invade o meu corpo
Deseja-me
Dilacera-me
Domina-me
Aquece-me no Fogo
Que me queima
Loucamente
Na Vontade de sentir
A tua boca na minha.