Decepção com a Vida

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Ultimamente, tinha visto apenas a Vida, sentira apenas o grande palpitar apaixonado da existência, livre, direta, sem os preconceitos daqueles credos que futilmente tentavam deter o que a prudência estaria satisfeita de regular.

Toada à toa

A vida, apenas se sonha
que é plena, bela ou o que for.
Por mais que nela se ponha
é o mesmo que nada por.

Pois é certo que o vivido
- na alegria ou desespero -
como o gás é consumido...
Recomeçamos de zero.

Portanto, entre querer e alcançar, flui sem cessar toda vida humana. O desejo, por sua própria natureza, é dor; já a satisfação logo provoca saciedade: o fim fora apenas aparente: a posse elimina a excitação, porém o desejo, a necessidade aparece em nova figura; quando não, segue-se o langor, o vazio, o tédio, contra os quais a luta é tão atormentador quanto contra a necessidade.

O que separa a alma do corpo não é a morte, é a vida.

Há horas na vida em que a mais leve contrariedade toma as proporções de uma catástrofe.

Se a vida acabasse hoje ou daqui mil anos, eu escolheria você.

Levo uma vida diária vazia e agitada. Passo o tempo todo pensando – não raciocinando, não meditando mas pensando, pensando sem parar. E aprendendo, não sei o quê, mas aprendendo. E com a alma mais sossegada (não estou totalmente certa). Sempre quis “jogar alto”, mas parece que estou aprendendo que o jogo alto está numa vida diária pequena, em que uma pessoa se arrisca muito mais profundamente, com ameaças maiores. Com tudo isso, parece que estou perdendo um sentimento de grandeza que não veio nunca de livros nem de influência de pessoas, uma coisa muito minha e que desde pequena deu a tudo, aos meus olhos, uma verdade que não vejo mais com tanta frequência. Disso tudo, restam nervos muito sensíveis e uma predisposição séria para ficar calada. Mas aceito tanto agora. Nem sempre pacificamente, mas a atitude é de aceitar.

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Fernando Sabino, escrita em 5 de outubro de 1953.

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Ninguém que se entusiasme com seu trabalho tem algo a temer na vida.

Quero mais um uísque, outra carreira. Tudo aos poucos vira dia, e a vida - ah, a vida - pode ser medo e mel quando você se entrega e vê, mesmo de longe.

A vida veio e me levou com ela.

Eu sei que, apesar de eu não abalar sua vida em nada, você precisa de mim.

A minha vida é um todo indivisível, e todos os meus atos convergem uns aos outros; e todos eles nascem do insaciável amor que tenho para com toda humanidade.

A vida é uma grande feira e tudo são barracas e saltimbancos...

‎Tem um lema de vida – aliás muito apropriado: “Somente as pedras não sobem à tona quando caem no fundo de um poço”.

“Você já não faz parte da minha vida e eu não me importo mais com isso.”

“Desmediocrize sua vida. Procure seus “desaparecidos”, resgate seus afetos. Aprenda com quem tiver algo a ensinar, e ensine algo àqueles que estão engessados em suas teses de certo e errado. Troque experiências, troque risadas, troque carícias. Não é preciso chegar num momento limite para se dar conta disso. O enfrentamento das pequenas mortes que nos acontecem em vida já é o empurrão necessário. Morremos um pouco todos os dias, e todos os dias devemos procurar um final bonito antes de partir.”

‎Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você. Abraça o que te faz sorrir.

Amor da minha vida daqui até a eternidade.

A vida intelectual é a busca pela infantilidade pela fuga às responsabilidades que temos ao viver a realidade.

Numa dessas você esbarrou com o amor da sua vida sem querer, na fila da padaria, atravessando a rua ou até mesmo no intervalo da escola.