Debates
Como já visto, já gastamos anos em cursos, aulas, debates, encontros, seminários, com temas de fortalecimento espiritual e da formação da liderança da igreja, mas nada que funcione por falta de obreiros inteligentes, pregadores dinâmicos, dedicados e treinados para estas responsabilidades, tarefas e alvos.
PRIMA POBRE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A prática de gerar debates ou controvérsias em torno das puladas de cerca, dos hábitos alimentares ou de vestuário entre outros de pessoas públicas ou não, já concedeu a muitos indivíduos aqueles quinze minutos - às vezes um pouco mais - da fama questionável de polêmicos. Isso nunca os elevou ao pódio do respeito e da credibilidade consistentes de um público de qualidade.
As polêmicas pairam sobre questões importantes. Assuntos que merecem atenção pública, por seus contextos políticos, sociais, filosóficos, de classes e credos. O que gira em torno de assuntos íntimos, vidas pessoais e os mais diversos contextos de natureza originalmente particular, não importa o alcance ou a dimensão: será sempre uma discussão medíocre. Um debate menor... uma fofoca. Nada mais relevante ou substancial.
Por mais que tente atingir o patamar superior dessa nominata que jamais lhe coube, qualquer esforço há de ser feito em vão: a fofoca é a prima pobre - tanto quanto ilegítima - da polêmica.
FILOSOFIA NO CURRÍCULO ESCOLAR
Muitos foram os debates, questionamentos, textos e diálogos relativos à importância da Filosofia como instrumento capaz de auxiliar o indivíduo em sua formação integral. Formação ampliada pelo exercício ininterrupto do pensamento, da análise e da reflexão proporcionadas por aquela que pode ser vista como a mãe de todas as ciências. Um verdadeiro portal por onde irrompem os raios luminosos da consciência criativa, do exercício de cidadania, da paixão pelo saber. É possível estudar Filosofia por meio de múltiplas formas e caminhos. Pelo caminho histórico, que passa pela Grécia Antiga, pelo teocentrismo medieval, pelos ousados pensadores renascentistas e modernos e, por fim, por intermédio da investigação dos problemas do mundo contemporâneo e da complexidade da chamada Era Pós-Moderna. Também é possível estudá-la por temas. Lembremos que a Filosofia percorre as sendas da lógica, da ética, da estética, da política, da física e da metafísica. Ela nos permite uma compreensão mais ampla sobre o belo e seus significados, encontrados amiúde nas esculturas, pinturas, peças teatrais, poesias e músicas. Da mesma forma, é uma ciência que aumenta nosso campo de visão em relação à difícil - mas ao mesmo tempo instigante - arte da convivência em sociedade. Também nos ensina sobre a solidão, sobre os meandros do nosso próprio "eu" e sobre o modo como devemos estar inseridos no "nós". O "nós" que configura as relações com o outro e com o mundo em que vivemos. É a Filosofia quem nos convida, ainda, a um entendimento menos superficial a respeito da moral, da ética e do modo como transitamos entre os conjuntos de regras, condutas ou padrões sociais. É também ela que lança luzes sobre o indivíduo, a sociedade e as diversas maneiras em que ocorre a profícua interação entre um e outro. Na Filosofia se originam e se apóiam, ainda, as discussões de poder e de Estado, bem como os fundamentos ideológicos que definem a vida e as obras de governantes e governados. A proliferação ininterrupta dos veículos de comunicação de massa tornou possível, ainda, estudar Filosofia pelos textos e intertextos de artigos e reportagens de jornais e revistas, bem como pelos programas televisivos e filmes representativos da sétima arte. Textos e imagens que trazem em seu cerne informações que propiciam a contextualização e o diálogo intercambiante das várias facetas do conhecimento. Facetas que se mesclam a ponto de poderem ser traduzidas - e percebidas - apenas por aqueles cujo discernimento e capacidade crítica foram devidamente estimulados ao longo de sua trajetória educacional, de sua formação cultural. O mundo é uma grande escola. E o aprendizado não pode ficar restrito à sala de aula. Quanto mais aberto for o horizonte do aprendiz, mais saboroso será o tempo que haverá de envolvê-lo no exame minucioso de temas essenciais às gerações vindouras. Ao instituir o aumento da carga horária no Ensino Médio e ao incluir a Filosofia como disciplina obrigatória no currículo (depois de uma ampla consulta à rede pública), o governador Geraldo Alckmin mostra que está em sintonia com as necessidades mais prementes da História. Mostra, ainda, que a educação prossegue sendo uma de suas prioridades. É importante ressaltar que a inserção da Filosofia no currículo escolar é um passo a mais... Um passo que vem complementar a valorização da arte e também da prática esportiva nas escolas, ocorridas após as mudanças positivas implementadas na disciplina de Educação Física. Mudanças que trazem o respaldo milenar dos filósofos gregos. Sábios educadores que diziam que sem esporte e sem arte não se forma um cidadão. Acreditamos que não se pode negligenciar a formação dos jovens. Não se pode permitir que sejam utilizados como massa de manobra. Muito ao contrário: cabe a nós, educadores, auxiliá-los na construção de sua autonomia, ensinando-os a caminhar com pés próprios, e demonstrar, por meio de exemplos, que é necessário valorizar os sonhos e ter coragem para realizá-los. Por tudo isso, aos professores que trabalharão com Filosofia na rede estadual de ensino deixamos aqui o nosso respeito e a certeza de que atuarão não apenas como facilitadores desse conhecimento, mas como instigadores, problematizadores, semeadores de idéias. Mestres que, temos certeza, já sabem que é o respeito às múltiplas opiniões e olhares que talha os jovens para a aventura da vida. A nau do conhecimento precisa de timoneiros aptos a executar viagens determinantes ao progresso, ao avanço, às descobertas. Condutores que sejam companheiros, corajosos e afetivos. Que a Filosofia nos sirva de norte nessa jornada. Uma boa viagem a todos!
Publicado no jornal Correio Popular
Sem conflito de opiniões não existem debates. Debater preserva o direito de cada um defender suas idéias.
No metrô escuto ainda os últimos acordes de Notre Dame de Paris, ao longe os debates da Comunidade Européia se intensificam, os programas para o réveillon 2000 estão agora francamente em todos os affiches, todos os souvenirs, todos os cinemas, todos os horários da tevê, apocalipses para todos os gostos e crenças, dentro dos metrôs desenvolve-se, pouco a pouco, uma cultura de quarto mundo, une petite pièce, juste pour vivre, merci, merci... E a cada giro que o mundo dá, caem francos, caem, caem pesetas, caem, caem marcos, caem, caem liras, caem, caem florins, caem, oi, oi, balão, cai, cai aqui bem na minha mão, ai, ai." (O último verão em Paris, crônicas, 2000)
Escrevo para compartilhar ideias e impressões, estimular debates e reflexões. Propor, hora um olhar crítico sobre um tema que afeta nossa sociedade, hora um toque ameno sobre as virtudes esquecidas. A objetividade da razão e a subjetividade da emoção. Não vivo de escrever, escrevo sobre a vida.
"Não adianta fugir dos confrontos, dos debates, ou de quem pensa ou acredita diferente de você, pois é exatamente nestas situações que crescemos, amadurecemos e obviamente é onde aprendemos a nós defender."
Não suporto a virulência dos debates. Indigna-me a ideia de colonizar o outro dentro do que a mídia impõe como verdade absoluta. Ora, a verdade não é aquela coisa que liberta? Mas quanto mais buscamos-na fora da mídia, mais oprimidos nos sentimos, pois a verdade simples e cruel da história da humanidade, é que não somos livres porque as Leis e as reformas são feitas para resguardar uma minoria em detrimento da maioria; porque somos privados do direito de ir, vir, permanecer... onde quer que desejemos na Terra; porque somos escravos voluntários de um hedonismo capitalista corruptível; porque não confiamos em nós mesmos, na nossa capacidade de vencer 'os 5%' dos canalhas que têm injustamente a posse do mundo. Já alertava-nos Mark Twain, de que é mais fácil enganar as pessoas do que convencê-las de que foram enganadas. Estar enganado é inconcebível; estar certo é tomar posse de um saber revoltante e inútil se não usado para lutarmos por nossos direitos. Saber e não fazer coisa alguma é a pior decisão que se pode tomar na vida. É permitir-se ir morrendo sem experienciar o sentido universal de existir. Pensando nisso, no valor da existência, busco-o na sapiência da borboleta que mesmo ignorante de que a flor é azul ou vermelha; sente, por ondas vibratórias, se a flor que ela sobrevoa é carnívora ou não...Escute as vibrações do seu ser e atenda ao seu íntimo chamado por justiça social, com boa vontade, sem preguiça. Analise o quanto aqueles que produzem as riquezas da Terra têm sido espoliados e assuma um lado: 'trabalhadores do mundo, uni-vos'.
Sobre alguns assuntos que provocam debates, é interessante observar que são como discutir a boa ou má música, se não for músico nada resta para falar.
"Evita discussões insensatas, genealogias, contendas e debates sobre a lei; porque não têm utilidade e são fúteis."
As guerras e sua luta:
- O poder das nações!
Os debates e o jornalismo,
Assim diante de todos: - De governos e nações emergem a grande besta apocalíptica!
Onde antes floresciam debates, agora restam trincheiras. Cada opinião, uma bandeira; cada silêncio, uma suspeita. O medo de falar cala, sufoca, e a liberdade de expressão definha, encurralada pela vigilância implacável da hipersensibilidade. Escolhem-se as vias do ódio e da vitimização, em vez do entendimento.
”Relacionamento não é e nunca será somente sorrisos. A divergência de ideias, debates e discussões acende a importância do respeito, limite e honra.”
“No intervalo de um programa de debates sobre a reforma da previdência tem sempre um banco ou uma agência de investimentos exibindo os comerciais”.
Grilhões de
Debates foram feitos sobre a vida, mas, na verdade, o que foi feito foram lutas, guerras, separações, limitações, preocupações, problemas, confusões ... de uma maneira mais fácil de dizer: muito caos,por que grilhões são algemas e é isso que algemas fazem....te prendem.
.Autor:Aceitando seus medos
Liberal education é, para resumir, a educação da mente para os debates culturais e cívicos mediante a leitura meditada dos clássicos. Acabo de escrever esta palavra, 'clássicos', e já vejo que não sou compreendido. A falta de uma liberal education dá a esse termo a acepção estrita de obras literárias famosas e antigas, lidas por lazer ou obrigação escolar. Um clássico, no sentido de Adler, não é sempre uma obra de literatura: entre os clássicos há livros sobre eletricidade e fisiologia animal, os milagres de Cristo e a constituição romana: coisas que ninguém hoje leria por lazer e que geralmente são deixadas aos especialistas. Mas um clássico não é um livro para especialistas. É um livro que deu origem aos termos, conceitos e valores que usamos na vida diária e nos debates públicos. É um livro para o homem comum que pretenda ser o cidadão consciente de uma democracia. Clássicos são livros que criaram as noções de realidade e fantasia, senso comum e extravagância, razão e irrazão, liberdade e tirania, absoluto e relativo – as noções que usamos diariamente para expressar nossos pontos de vista. Só que, quando o fazemos sem uma educação liberal, limitamo-nos a repetir um script que não compreendemos. Nossas palavras não têm fundo, não refletem uma longa experiência humana nem um sólido senso de realidade, apenas a superfície verbal do momento, as ilusões de um vocabulário prêt-à-porter. A educação liberal consiste não somente em dar esses livros a ler, mas em ensinar a lê-los segundo uma técnica de compreensão e interpretação que começa com os eruditos greco-romanos e atravessa, como um fio condutor, toda a história da consciência ocidental.
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