De vez em quando
Quem eu sou?! Eu sou aquela eterna criança que brinca de vida de vez em quando para sair um pouco da minha responsabilidade de ser alguém na vida. Tá bom, confesso que sempre brinco, mas é que sinto um bem danado sendo assim, não adianta tentar ser alguém e não se sentir feliz com isso. Temos que fazer aquilo que nos deixa eufóricos, aquilo que faz o coração vibrar de alegria e o corpo sorrir de emoção. A única coisa que eu não costumo brincar é de sentimento, esse eu costumo levar bem à sério. Estou sempre me desculpando, me explicando e dando satisfações da pessoa que sou. Me cobro sempre que cometo um erro para não cometê-lo novamente, mas eu sei que um dia tudo se resolve e a vida trata, bem lá na frente de nos tornar bem melhores do que somos hoje, por mais tristes que sejam os nossos erros durante todo esse tempo.
Ficar perto, abraçar de vez em quando, sentir saudade, gostar um pouquinho. Mas amar não, amar nunca, amar não serve pra mim. Prefiro assim!
De vez em quando é necessário a gente se perguntar se dentro de nós é um bom lugar para se viver. Tenho me perguntado isso… e a resposta é sim, sou um bom lugar.
Eu aceito suas crises existenciais se você aceitar vez em quando minha ausência sem querer preenchê-la com outro par de pés. Eu sei que suas crises não são de culpa minha, mesmo que a ausência seja. Se compreendermos isso, teremos grande chance de olhar um para o outro com atenção e delicadeza. E ninguém terá que se perguntar quem sorriu, gostou, amou, ou se entregou primeiro. Descobriremos que amor não é sobre quem faz mais, e sim, quem faz. Que, quando entre dois corações existe sintonia, os atos destes só podem terminar em proporção.
De vez em quando bate uma tristeza sabe, uma vontade de nada, de ficar só e de sumir por um tempo. Mas isso é só tristeza mesmo. Vai passar, tem que passar, um dia passa. Só não precisa ser hoje né.
Vou vencer a minha dor e seguir o meu caminho. Só gostaria de ter, de vez em quando, um pouco de sucesso, de ser estimulada e encorajada por alguém que me tivesse amor!
Não me condene! Por favor, compreenda que, às vezes, não posso mais!
A gente se arrisca porque gosta de chorar de vez em quando. E se arrisca mais forte ainda porque gosta de sorrir também, digo eu, que não gosto (nem um pouco) do verbo prender. Prender o riso. Prender o choro. Prender o grito. Prender o verbo. Faz a gente deixar de ser, a gente.
“Tenho tpm assumida. Tenho mau-humor assumido e avisado. De vez em quando eu sumo. Não atendo telefonemas, digo que não estou pra ninguém, não costumo falar sem vontade. Sou muito cheia das vontades, movida a vontades, além de ter uma obrigação com a verdade (por mais que machuque). Falo sem pensar. Falo pensando, só não falo dormindo. Converso comigo e falo sozinha. Dou sorriso à toa. Falo palavras à toa. Não sou fresca e sento no chão cheio de poeira. Sou fresca e não como pimentão. Adoro amar e tenho medo dos efeitos colaterais do amor. Sou montanha-russa, caos, tormenta, confusão.”
Gostar não leva ao sofrimento de vez em quando. Leva sempre.
(Will e Will - Um Nome, Um Destino)
De vez em quando dou uma saída
Finjo um sorriso, que esta tudo bem
É tanta gente perto
Mas ao mesmo tempo ninguém
De vez em quando choro. É bom chorar. Eu não tenho vergonha, mas em todos os momentos existe a certeza de ter feito uma escolha acertada, de estar caminhando em direção à luz. Não nego nada do que fiz, também não tenho arrependimentos ou mágoas: eu não poderia ter agido de outra maneira — mesmo em relação a você — levando em conta o quanto eu estava confuso naquela época. Também já não tenho aquelas queixas infantis, na base do ‘tudo dá errado pra mim’, ou autopunições como ‘eu sou uma besta, faço tudo errado’. Nada é errado, quando o erro faz parte de uma procura ou de um processo de conhecimento. Gosto de olhar as pedras e os desenhos do vento na superfície da água, gosto de sentir as modificações da luz quando o sol está desaparecendo do outro lado do rio, gosto de sentir o dia se transformando em noite e em dia outra vez, gosto de olhar as crianças brincando no corredor de entrada e das palmeiras que existem no meio da minha rua — gosto de pensar que vou sempre ter olhos para gostar dessas coisas, e por mais sozinho ou triste que eu esteja vou ter sempre esse olhar sobre as coisas. Não sei muito, também não tenho muito, também não quero muito, mas estou aprendendo a respirar o ar das montanhas.
Esconder-se no porão, de vez em quando, é necessidade vital. Precisamos de silêncio e solidão, e, não, apenas os poetas. Senão, corremos o perigo de nos esvairmos em som, fúria e esterilidade. O campo para que a palavra se instale para o autor e para o leitor é o campo do silêncio e da audição.
(Em jornal 'O Tempo', 16 de outubro de 2010)
Ninguém entra no mesmo rio uma segunda vez, pois quando isto acontece já não se é mais o mesmo. Assim como as águas que já serão outras.
Você está apaixonada, mas apaixonada por o que? Um cara que lá de vez em quando te responde no facebook e quando responde é todo carinhoso e blá e faz até você acreditar que vocês tem um lance? Um cara que quando sai com você é um anjo, mas quando vira as costas é o diabo reencarnado? Um cara que faz planos mirabolantes com você, mas não moveria o pé de casa se não fosse para o seu próprio benefício? Um cara que é fã do amor Eros? Não, você não está apaixonada. Você está maluca.
Se apaixonar por alguém que vale a pena é diferente de tudo que alguém possa viver e sentir. É se apaixonar por um cara que está presente indiretamente na sua vida, sem obrigação, e sim porque ele quer. Um cara que te faz sentir especial. Um cara que não fica fazendo ciúmes pra você morrer de “amores” e fazer tudo que ele quiser. Um cara que sabe te tratar como a princesa que você já tinha esquecido que era. Um cara que sabe que você não é perfeita, mas mesmo assim te vê assim. Um cara que não gosta de correr perigo, mas por sua causa arrisca.
As quatro estações já estavam bem definidas. Era assim. Ela era assim. De vez em quando quente como o verão, quase sempre fria como o inverno. Caía lentamente igual às folhas no outono e florescia rapidamente depois, assim como as flores na primavera.
Vez em quando é bom baixar um pouquinho.
Baixar a bola.
Baixar o nariz empinado.
Pra chegar mais perto, pra ouvir o outro.
Pra enxergar o que de cima não se consegue ver.
Baixar um tantinho pra lembrar de onde veio.
Pra ajudar quem precisa a se levantar.
Faz mal não, viu?
Nem é humilhação.
É humildade.
Coisa boa de se ter!
Se você estiver de pé, de vez em quando você pode ser derrubado. Mas se lembre disso: um homem derrubado por um adversário pode se levantar novamente.