De Repente não mais que de Repente
E de repente me vi de frente aos moinhos
Dos devaneios
Dos desalinhos
Dos anseios
Não me calei
Caminhei...
De repente tudo acontece sem explicação o tempo relatou você não entendeu, a situação surpresa vem não avisa.
Veja bem em quem você vota: de repente ele vai largar as botas só para não deixar descobertas as marcas da corrupção pelos caminhos de suas marmotas.
O AMOR, NA VOZ DA POESIA
De repente, não se sabe quando, o amor
Cheio de voz, de poesia, onde há magia
Carnaval que flama o sentimento, ardor
Num olhar em chama, sedutora energia
Dos seus versos aquela paixão derrama
Tem prosa, emoção, caricia em sinfonia
Em cada estrofe um fascínio sem drama
Em toada com terna harmonia e euforia
E na poética serenata, o som da aurora
Compondo gestos, beijos, a grata hora
O abraço que consola, o marcante teor
Assim, projetando no horizonte do viver
Criando sentido, enredos, de um querer
O amor na voz da poesia é em tom maior
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06 abril, 2023, 14'02" – Araguari, MG
Tudo está calmo
De repente uma brisa
Chega de mansinho
Mas ela não está sozinha
Seu companheiro
Um vento forte
Cantando uma bela melodia
Convidando a brincar
Em um canto qualquer
Começa com uma folha de papel
Fazendo uma dança com uma rotação incrível
Mostrando o quanto é simples e sublime viver.
As vezes penso que não faço nada
E de repente vejo o dizer de coisas
Que não sei se causo, se mostro, se devoro..
Porque é de repente.E de repente eu sou tudo.
Sou aquele beijo meio sem querer
As distrações de um dia comum
Aquela cerveja gelada bebida pelo corpo quente
As imaginações do morder dos lábios.
A fixação dos olhos em forma de chamas
Você se queimou não foi?
Eu vi o quanto ardeu você me disse isso.
Você tem medo dos meus olhos
Das minhas mãos.Das minhas unhas.
Você tem medo de mim.
Porque quando eu digo uma coisa
Eu quero dizer outra.
E tudo sai em ambíguo.
E você me entende em cada palavra.
E você gosta desse duplo sentindo.