De Pai para Filha
Minha fé...
É dessas raras, que se acende
Que tem tino, honra e esperança
É filha forte com vocação de mãe
Postada atenta à porta de meus dias
Minha fé flutua no mar que me atravessa
Viaja de meus poros ao sangue que me cora
E sempre volta sadia a sorrir de minh'alma
Por ser bem dita, dita todo bem que me quer
Minha fé respira desejos de paz
Nas contas gastas de meu antigo terço
Nas intenções das velas que queimo
Nos passos da procissão que a torna mais bela
Minha fé tem compromisso com o perdão
E o nomeia encanto a cada encontro
Me habita a salvo ao que chamo paixão
E sempre me entrega o céu, sem me tirar o chão
Minha fé tem vida, graça e destino
É meu puro e melhor momento
É meu colo, valia, alimento e luz
É onde converso com Cristo, descido da cruz
Zica...
Zica é dona de modos antigos
Português arcaico e meio embolado
Filha de italianos e radicada no Brasil
Foi morar nos confins de Almenara
Muito depois da cidade iluminada
Vivia com seus bichos e sua paz
Tinha rádio a válvula, e funcionava
Era sua ponte com o que havia no mundo
Zica, na sua ingenuidade, se pegou confusa
Ouviu dizer que haviam outras zicas
E que todas vinham de um mosquito
Seu espanto superou a indignação
Tomou banho, penteou os cabelos
Atrelou a mula Brivana na carroça
E foi pra cidade encontrar uma resposta
Quantas outras zicas haviam além dela?
Foi complicado pro Dr. Genival
Explicar a Dona Zica que de gente Zica
Só ela havia e que a outra zica gente não era
Era nome de doença, por picada de mosquito
“[...]Quem podia dizer se a veria novamente, esta filha de pastor irlandês de olhos azuis, um pouco corcunda mas muito fofinha. À medida que se aproximava nossa separação, crescia minha inquietude. Exatamente como quando avistamos um figo maduro banhado no seu doce suco e estando famintos e sedentos avidamente estendemos a mão para arrancar sua casca e à medida que a casca se solta, nossa boca se enche de água. Assim, deste mesmo modo, eu lançava olhares furtivos a esta madura moça irlandesa e a descascava na minha imaginação – como a um figo”.
Nikos #Kazantzakis em “#Testamento para El #Greco” #testamentoparaelgreco, Tradução de Clarice #Lispector, 1970.
Imagem: Kris Kary
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#NikosKazantzakis #Kazantzakis #TestamentoParaElGreco #ElGreco #ClariceLispector
Eu sou filha (o) do Universo e como tal mereço ser feliz! Se você quiser me seguir nessa jornada te agradeço imensamente pela companhia. As almas afins se buscam, se reencontram e felizes fazem juntas as suas trajetórias terrenas, São bençãos que Deus nos proporciona e sou grato por partilhar com você a minha caminhada nesta vida e quem sabe nas outras que virão!! Que Deus nos abençoe, que o Universo nos guie e seja a nossa bussola na estrada da redenção. Assim seja e assim será!!
Namastê!!
Minha filha Lívia San, você está de parabéns por vários motivos, não só pelo Diploma de Mestra em Artes suado e dedicadamente conseguido, mas também, pelo seu desempenho e luta por todos os seus objetivos alcançados até o presente momento, demonstrando que, além de ser uma moça muito guerreira e determinada, você também é um exemplo de vida para muitos jovens que almejam e buscam um futuro melhor. Deus te abençoe e proteja sempre. Te amamos loucamente. Beijos.
Sou filha da LUA
Presa das estrelas
Nasci na madrugada .
A LUA sempre será
minha asa
de inspiração
Fonte de calmaria
Cais de poesia .
A minha filha
Não cresceste ao ponto de eu não poder te colocar em meus braços;
Nem és tão pequena que não saibas caminhar tua vida;
Só que eu preferia quando nos meus braços eu podia te acolher a qualquer momento.
“O QUE A GENTE FAZ QUANDO UMA FILHA MORRE? "
Perguntas para as quais não existiam respostas, mas que davam incansáveis piruetas dentro da minha cabeça.
Quando a morte chega de maneira súbita, traz pra perto de nós muitas pessoas que se consternam com nossa dor e nos oferece amparo e acolhimento...
Não por acaso, direcionamos nossa maior simpatia aos que demonstram uma indignação maior ao ocorrido, uma indignação mais parecida com a nossa.
Porém, à medida que o tempo passa, percebemos que a vida de todas aquelas pessoas estão voltando ao normal (como tem que ser, convenhamos!).
Quando nos damos conta, pronto! Estamos sozinhos!
Na verdade, não estamos.
A sensação de que as pessoas estão esquecendo nossos amados é tão desesperadora, que chega a nos causar dores físicas.
O tempo não cura nossas feridas, mas ele as sopra quando estão ardendo.
Ele se encarrega de dosar o desespero e a calmaria dentro do coração da gente, fazendo com que aprendamos a viver, um dia após o outro, com o mínimo de sanidade.
Nossos amores, no passado e no presente, sempre farão parte de nossas histórias e de nossas citações.
Pode ser que, ao falar sobre eles, a gente desabe a chorar ou que apenas sinta uma saudade gostosa diante de uma lembrança boa.
Minha fé...
É dessas raras, que se acende
Que tem tino, honra e esperança
É filha forte com vocação de mãe
Postada atenta à porta de meus dias
Minha fé flutua no mar que me atravessa
Viaja de meus poros ao sangue que me cora
E sempre volta sadia a sorrir de minh'alma
Por ser bem dita, dita todo bem que me quer
Minha fé respira desejos de paz
Nas contas gastas de meu antigo terço
Nas intenções das velas que queimo
Nos passos da procissão que a torna mais bela
Minha fé tem compromisso com o perdão
E o nomeia encanto a cada encontro
Me habita a salvo ao que chamo paixão
E sempre me entrega o céu, sem me tirar o chão
Minha fé tem vida, graça e destino
É meu puro e melhor momento
É meu colo, valia, alimento e luz
É onde converso com Cristo, descido da cruz
Bom Dia ♡
Todos os dias, Deus nos diz..."Levanta filha(o), recomece, estou e sempre estarei ao teu lado." E é assim que saberemos, que não adianta pensar no que se perdeu ontem. O importante, é focar no hoje, e não desistir...Pois cada dia em nossa vida é um ponto de partida.
O OUTRO LADO DA MESA DA DOLOROSA SÍNDROME DO NINHO VAZIO
Mães,
Escrevo isso como filha que se doeu lendo textos sobre como vocês se sentiram quando nós, filhas, saímos de casa.
A dor de vocês foi chamada pela psicologia de Síndrome do Ninho Vazio, mas a nossa ainda não ganhou nome.
Seria um outro ninho vazio? Não sei, mas venho falar sobre os medos, as angústias e as delícias de sair do ninho pro mundo, lugar para o qual vocês nos criaram.
Nosso primeiro ninho, o ventre materno, tinha tempo de estadia. Perto dos 9 meses, às vezes antes, nós sairíamos daquele lugar onde nada podia nos tocar. Nós, filhas, não lembramos da experiência de querer sair de lá.
Imagino que, em um certo ponto, começamos a nos sentir apertadas e desconfortáveis. Talvez algum questionamento do tipo “Mas o que tá acontecendo? Era tão gostosinho aqui antes!” tenha aparecido nas nossas cabeças. Quem sabe até uma mágoa “Por que ela não me dá mais espaço?”, assim ficaríamos mais um tempo por ali. Vocês, mães, por outro lado, não viam a hora de ver a nossa cara.
Nosso segundo ninho, o lar ao lado de vocês, nunca teve limite de permanência. Vocês não nos empurrariam para fora jamais. Foi ali que aprendemos tudo: comer, falar, andar, agarrar mãos e objetivos, dar risada, ir ao banheiro, ler, escrever… tudo. Passamos por fases fáceis e divertidas, difíceis e intermináveis.
Nós crescemos, vocês também. Assistimos suas crises existenciais, os conflitos com a idade, o amadurecimento como mãe e a beleza de ser o que se é todos os dias.
Vocês assistiram transformações, pernas crescendo demais, brinquedos aparecendo e depois sumindo da sala.
Começamos a sair por aí nos nossos voos curtos. Deixamos vocês sem dormir direito diversas vezes enquanto bebíamos em algum canto da cidade. Discutimos o motivo dos “nãos” para viagens para praia no carro do amigo do amigo da prima.
Ficamos as duas desconfortáveis com as conversas que mães e filhas têm que ter. Mentimos para vocês e vocês mentiram para nós. Choramos num quarto, vocês no outro.
Perto dos 20 anos, às vezes antes, às vezes depois, o ninho começou a ficar apertado de novo. Nossas vontades e sonhos não cabiam mais ali.
Era óbvio que sairíamos um dia: para morarmos sozinhas, para um intercâmbio, para morar com uma amiga ou um amigo, com uma companheira ou um companheiro. A hora ia chegar, mas nenhuma de nós sabia quando. Por fim, saímos, e o ninho ficou vazio.
As primeiras noites chegando em casa sem ter quem nos esperasse foram estranhas tanto quanto para vocês. O beijo na testa antes de dormir fez falta. O cheiro do café quando saíamos do quarto prontas para fazer o que tínhamos que fazer, o lembrete para levar a blusa e o guarda-chuva.
Mãe, eu continuo levando a blusa e o guarda-chuva.
O cheiro do meu café fica cada vez mais parecido com o cheiro do seu. A primeira vez lavando o meu banheiro foi engraçada: organizei os produtos de limpeza, prendi o cabelo e vesti a roupa “de fazer faxina” como você sempre fez. Liguei o rádio e lembrei do som dos dias de faxina, as suas músicas preferidas.
O arroz grudou, a roupa ficou mais ou menos limpa, coisas estragaram na geladeira, eu cheguei em casa tarde demais, dormi pouco, fiquei doente, te liguei perguntando como cozinhar alguma coisa e para saber como lavava a roupa direito.
Coloquei uma foto sua perto da cama. Fiz planos durante a semana para que o final de semana ao seu lado fosse aproveitado da melhor maneira possível. Aprendi a me cuidar sozinha, a comer melhor, a deixar a roupa limpa, a organizar meus horários e a casa.
O amor, a essência da nossa relação, permanece igual. Mudaram os hábitos, a vida, o caminhar das coisas.
Mãe, eu descobri que o ninho nunca foi um espaço físico, foi sempre o seu coração – e de mim ele nunca ficará vazio.
Eu, brindo :
força divina;
minha vida;
minha filha;
Família;
Paz;
conhecimento;
Carisma;
liberdade;
Profissionalismo;
aprendizagem;
solidariedade
Amizade profunda;
As pessoas do bem e;
até as pessoas que não tem boas intenções crio espaço para brindar com elas usando a lei da hipocrisia!