De Pai para Filha
CASTELO FORTE
Um dia a beira mar
Uma onda me diz:
Que; "a vida é um vai e vêm
num ritmo sem fim!"
Foi então, que pensei!
O que faço aqui?
Enquanto a onda, eu sei!
Me ajuda a refletir.
Descobri, afinal!
Que a vida, não é de tudo ruim!
E que, o meu grande mal
Era não admitir...
Vejo que, estou com sorte
E não posso desanimar
Sou um "CASTELO FORTE!"
Sobre o mar, a navegar...
Como aprendiz, na vida
Não tenho tempo a perder.
Numa atitude aguerrida
Lutarei sempre, para vencer!
Não importa o motivo pelo qual seu telefone toca. Quando estiver com o filho se doe por inteiro e desligue essa porcaria de celular, pois ele não merece um 'meio-pai' ou uma 'meia-mãe'.
Ele é todo seu, então, seja todinho dele também!
Ter uma criança e ser de uma criança é, definitivamente, fugir do perigoso e pernicioso mundo adulto por alguns instantes.
Não existe irresponsabilidade maior na vida de uma pessoa do que você ter um filho e fingir que nada aconteceu, ou seja, não mudar uma vírgula em sua rotina diária.
Aí você lembra que, ao chegar em casa, ninguém vai estar lhe esperando. É só você, o controle remoto, suas contas, e as vezes algo para colocar no microondas enquanto você escuta o barulho do vento bater na janela. Mais um dia que poderia muito bem ser apagado. Gritaria no trânsito, um almoço sem gosto, a correria de sempre. Desperdício de vida... Onde está o sorriso que a propaganda de margarina prometeu vir incluso na compra? Quando foi realmente a última vez que eu me diverti, dancei até cair, esqueci meus problemas, ou, ao menos, comprei uma roupa nova, uma calça jeans? Mas aí chega o dia de pegar a sua filha que você não vê faz uma semana, e ela sai do elevador e corre na sua direção gritando "papá, papá, papá", desesperada de alegria, e você percebe que o motivo é você. É...você mesmo! Dá vontade de chorar de sei lá o quê; a garganta parece que fecha, dá um nó, sabe? Qualquer palavra fica agarrada como um soluço e tudo volta a fazer algum sentido...
VALENTINA
Esses milênios todos que vivi tentando corrigir imperfeições, foram tempos preciosos que perdi; só fiz por merecer mais provações. Encarnei rico e vi na caridade o meio de exibir a minha riqueza. Depois, vim pobre, e por sagacidade, tirei um bom proveito da pobreza. Alma fechada, oposta à evolução, visando a carne, indiferente à morte, jamais cuidei da minha salvação. O hedonismo sempre foi meu norte. Fui cego, surdo, mudo e mutilado. Também já vim com a forma de Narciso; matei por vício, e após fui trucidado. Sofrendo o talião tão justo e preciso porém nesses milênios que passei atravessando a terra ou atravessando espaços uma coisa eu conservei, qual chama viva a iluminar meus passos. Começou nesta encarnação, quando Valentina nasceu, enfim. E pelo tempo afora desde então, não sei se vivo nela ou ela em mim. Essa paixão que a cada dia aumenta, de beijos e carinhos se alimenta na terra e ficará pelo espaço eternamente. Ela fez tornar-me ao Carma indiferente, transformou o averno em mundo de magia, e a Terra triste em Éden de alegria. Por isso, morrerei, quando for a hora, sabe lá o dia, com alegria; mas mal conterei em frente à Deus a minha rebeldia, que tão logo na família dela quero reencarnar. Ao que presumo, a aprovação, com base no livre arbítrio, consiste apenas em me acompanhar. E temo que ao findar aqui a minha missão, pelo umbral eu fique um tempo a gravitar. E se por lá ficar, ao ver-me órfão deste amor bendito, sentir-me-ei, então como um proscrito, sem luz, sem guia, e longe da verdade. Mas hoje, com dias e horários marcados para buscá-la já fico aflito, enlouquecido, ébrio de amor, carpindo no infinito o Carma doloroso da saudade...
Uma explicação: o trabalho de jornalismo pode ser exclusivamente técnico, sem inspiração, apenas uma prestação de serviço de informação, ou pode ser diferente. Cabe ao jornalista decidir. Do contrário, é como o trabalho de um arquiteto ao planejar sua própria casa, casa dos seus sonhos. Pode juntar a técnica com a inspiração. O jornalista coloca a alma na matéria. Embora entenda pouco de muitos assuntos que precisa informar diariamente, uma coisa é fazer matéria e se pautar para uso próprio. E outra pra duas, três, quatro, 10, 20, 100, 430, 600, 1.000, 4.0000 pessoas. Do mesmo modo, penso eu, com relação ao pintor retratista ao executar um trabalho encomendado no qual emprega toda técnica de que dispõe, mas, raramente, põe alma na execução do trabalho. É, sem dúvida, informação, mas de pouca inspiração. Assim acontece com o paisagista que passa para tela o que vê. Arte de muita técnica. Mas é, quando ele muda as cores, que entra a inspiração. Independente da profissão, do cargo, só quando alguém inventa, idealiza, sonha, enfim, quando cria, entendo, então, que técnica e inspiração e grandes experiências se nivelam. O mesmo acontece com o compositor, seja de música popular ou erudita, quando só produz o melhor se inspirado. Quando é preso de uma espécia de transe. Porém, quando muito recebe encomendas para produzir a trilha sonora de um filme ou uma novela, no seu trabalho, por estar adstrito ao roteiro, a inspiração, se houve, bitola. Obra de pura técnica. Nessa ordem de ideias, os jornalistas só produzem quando inspirados. Fora disso solidificam versos de laboratório e um museu de grandes novidades. Jornalismo a granel, como mercadoria. Se tornam excelentes letristas de música popular de todos os povos. Os jornalistas que admiro fazem dele meio de vida. Produzem obras primas motivados por uma paixão, um desgosto, ou, até mesmo, por uma alfinetada do destino. Todos esses caminhos levam ao bom jornalismo. Se pesquisarmos e puxarmos a média de matérias antológicas que entraram nos livros acadêmicos, é de notar que um dos três fatores foi motivo na vida do jornalista para eternizar sua obra. E é, justamente, em função que faço desta ideia, que não me acho nem um pouco jornalista perto daqueles que admiro. Pra não contradizer a ideia que faço do jornalismo e segundo o conceito que faço de mim mesmo, decorrente de uma inspiração, ou, no mínimo, do desejo de externar uma sensação realmente existe, por benevolência, visto a roupagem de jornalista, bem folgada no meu corpo, aliás. Os que admiro foram inspirados no que sentiram, por ocasião da morte, assim como por ocasião da vida. Refletiram e refletem sobre o assunto em cada linha, a cada dia. Os jornalistas que admiro de verdade jamais trocaram pautas compostas a seu gosto pelos passos de ganso da métrica. A perpetualidade do bom jornalismo é tarefa árdua e cada vez mais desafiadora. É tarefa de vida. Pra quem critica e alega tanta "utopia" para a própria profissão que escolheu - se quiserem queimar vela com defunto barato - já antecipo que estarão repetindo o que digo de mim mesmo, como já disse numa linha mais acima, umas 15 linhas colocando o dedo na tela, talvez.
Ser...
Ser-humano
Ser imperfeito
Ser incompleto
Ser carente
Ser incompreendido
Ser apaixonado
Ser amado
Ser correspondido
Ser abandonado
Ser confuso
Ser compreensivo
Ser egoísta
Se ciumento
Ser amavel
Ser solidário
Ser completo
Ser abençoado
Ser iluminado
Ser aprendiz
Ser ensinador
Ser caloroso
Ser ancioso
Ser impaciente
Ser capaz
Ser honesto
Ser irmão
Ser amante
Ser amado
Ser próximo
Ser coerente
Ser sutil
Ser constante
Ser presente
Ser conquistado
Ser conquistador
Ser vitorioso
Ser tudo
Ser bom
Ser certo
Ser pai
Ser mãe
Ser filho
Ser filha
Ser amor
Ser sempre...
17.02.2015.
BELA CAROL
O meu propósito era te escrever uma linda poesia,
escrevi e reescrevi, apaguei, rasurei muitas vezes,
tornei escrever quase as mesmas coisas, guardei todas as cópias...
definitivamente é difícil descrever em palavras,
é difícil escrever sem olhar nos seus olhos,
Preciso falar, nesse instante falar é bem mais fácil,
entendo que, escrever é destilar belas palavras, criar personagens,
instigar admiração e criar situações imaginárias encantadoras, ou não...
Tenho encontros diários contigo nos meus prensamentos,
sempre um encontro solitário e inventado... mas agradável,
mas na verdade, aguardo silenciosamente... e não vejo a hora!!!
horas a fio, horas vivas e o vazio das horas,
horas extremas, uma ansiosa espera.
Te confesso, o que busco é o presente da sua presença, para ouvir sua voz,
sua risada bem alto, ver seu olhar confiante, construir lembranças, ser necessário, confiável, bom amigo, falar de coisas simples e quem sabe um dia criar afinidades, para te contar minhas historias, umas são até boazinhas...
contar minhas piadas sem graça, encontrar tempo até pra jogar conversa fora.
Carol, creio que, de tudo que tenho a lhe prover, nada lhe falte...
amor, carinho, atenção, dedicação, afeto, apego, ternura, amizade.
Mas das coisas que podemos nos proporcionar, nos falta um Instante de felicidade,
Um encontro com nossas verdades.
Mas se pra você seja um momento inoportuno... sim Carol, vou entender !!!
Contigo, não tenho nenhum direito de ser inconveniente.
Minha Bela filha Carol...
Quem diria, que um dia me veria, aqui nessa ansiedade, inexplicável felicidade, amor que não cabe no peito, que transborda, que faz de mim um novo sujeito, não teve jeito, não nego, me entrego, o tempo todo a espero, não me contenho, a imagino, a desenho, em meus pensamentos a tenho, minha princesa, minha vida, minha linda filha querida, ah se possível fosse, faria a ela um poema, um poema chamado Helena, só para dizer que a amo, só pra dizer o quanto eu a amo, só pra dizer a ela: Minha linda, minha pequena, amada Helena, te amo.
Assistir a Valentina dormir é como mergulhar fundo num oceano de sensações. Fico parado do computador escutando a respiração e babo em detalhes a minha filha. Me perco, me encontro, me vejo hoje onde não pensava estar ontem. Me disperso, me recolho, fico preocupado com a vida dela e busco forças. Respiro, expiro, penso em seguir, mudar tudo. Sigo no enigma mais claro e na sabedoria mais vulgar de tudo o que é, sem nenhuma razão especial de ser quando a vejo dormir. Não hesito; me deixo levar nos pensamentos. Ela me traz essa reflexão e o que vem dela deixo fluir. Me deixo levar antes que seja tarde, antes que seja um poente finito. Ela me ensina tanto, sem falar nada, com quatro anos, dormindo, só de olhar... Entendo e aprendo que o despedir de um dia lindo que não se repetirá é, na verdade, uma cortina aberta para a verdade. E que a linha do horizonte vista dessa janela e suas formas inalcançáveis sejam da força e da fonte para a noite que virá, pois lá, enquanto eu estiver vivo, vai dormir uma criança. E olhando bem, dentro do coração dela, dorme também a criança que eu fui um dia, com todos os meus sonhos. Olho, observo. Ela ameaça acordar, mas dorme de novo ao receber meu carinho. Que bom que ela ainda é criança. A vida é tão difícil, tão dura, tão injusta, tão cruel, tão desumana, que eu não saberia como cobrar um conforto e um abraço de quem devo abraçar e confortar. Agradeço por ela existir. Penso em nossa história. Afinal, ela é tudo para mim hoje, mais do que eu achava que fosse ontem. Há dois anos então, nossa! O amor só cresce. Em palavras não ditas, escuto o ruidoso silêncio da respiraçãozinha dela, que não me deixa concentrar em outra coisa. Dizem que Deus sempre falará para um pai que observa a filha dormir. É verdade. Se ele existe e algum dia falou comigo, não seria em outra situação. Olho bem no centro do seu rostinho e penso disso tudo, que a mim fica a sensação de tudo ao mesmo tempo, do mais contraditório tipo: dos acertos na vida ao tempo perdido, do sonho errado, do passado que você nunca mudaria, do desânimo diante de uma caminhada que no fundo você pensa que pode não ser o melhor pra vida dela. Não dá para definir se é tristeza, euforia, ansiedade, alegria, desilusão, esperança, razão, emoção, ou apenas angústia e preocupação. Acho que é um misto de tudo isso com uma grande pitada de não saber nada sobre a vida. É um misto de tudo. Em que me despeço e peço, fico olhando até pegar no sono também, quando, aos poucos, vou apagando e esquecendo memórias de um futuro que ainda não foi. Aceito o que o passado tem sido, sem glória, sem lamento. Tento dormir pensando bem sobre tudo isso, e aprendo sob escombros das lembranças, sem que eu e ela, sem que ninguém se aventure ao resgate, pois num coração de verdade, não há chance de resgate, só remendos, apenas sangue estancado. E é por isso que perceber toda inocência de um filho perante o mundo nos emociona, nos faz chorar, nos orgulha em alegria, mas também nos rasga o peito de dor.
Mais que uma responsabilidade abraçada com gosto e empenho é um privilégio e uma benção que Deus deu para que aprendamos a conviver com as diferenças e a amar independente de tudo, pois o amor é paciente mas não totalmente complacente, é também sermão dado com muita dor no coração, pois queremos o melhor para aquele que apesar de ser sangue do sangue, tem seu próprio caminho pra trilhar, pode ser difícil de aceitar mas, cuidar vai além de abraçar e estar junto.
Que neste dia dos pais, o Senhor te abençoe e sei que vem te abençoando sempre, pois você trás um orgulho imenso para Deus Pai.
Obrigada pela honra de ser sua filha.
Te amo!
Amo assistir filme com vocês,
apesar das coisas desagradáveis que vocês falam para mim,
e das cobranças,
e de tudo mais,
apesar de eu não ser uma filha perfeita,
e as vezes até entendo o posicionamento de vocês em algumas questões,
apesar de muitas vezes não me sentir compreendida,
ou até mesmo amada,
apesar de tudo,
ainda sim amo nossos momentos
com risadas
e brincadeiras.
Não irei dizer que faço tudo perfeito,
por que não faço,
mas eu amo vocês,
e eu agradeço por ainda estarem do meu lado,
e por cuidarem de mim,
e por me amarem,
apesar de tudo que eu faço,
ou já fiz,
apesar de tudo que vocês fazem,
ou já fizeram,
eu também amo vocês,
e me perdoem por não ser a filha que vocês um dia imaginaram que eu seria um dia.
1/3/2022
la nave va
tantas filhas teria tantas Deus me enviasse
de dna de coração de alma de vida
não pudesse nunca ser papis, papito ou pai delas
passaria por aqui sem muito sentido
mas tenho esta divida contigo Senhor
um varão para me ser
e algumas lindas filhotas para sê-las
observar e ajudar, sem compensação
mas totalmente compensado
Grazie Dio...la Nave Va
piu
Antigamente eu tinha um teatro: bonecos de pano presos por cordões pulavam minha cama controlados por meus dedos. Riam, choravam e até sofriam porque eu lhes dava movimento e alma. E, aos olhos de todos, eu era um grande artista. Aplaudiam-me. Um dia, não sei como explicar, dei alma demais a uma boneca miudinha que puxou os cordões de baixo para cima e passou a guiar meus instintos, meu cérebro. Com o tempo, empolgou também a minha alma. Hoje, no teatro da vida, sou um boneco de carne e osso controlado por uma boneca de sete aninhos que dirige agora minha vontade e já já a própria vida.
Para a minha FILHINHA!!!!!!!!!!!!
Ó minha AMADA LINDA, PEQUENINA;
Ó LINDO Fruto, que eu na Terra tenho;
Como eu tão admiro: o teu TÂO GRANDE empenho;
Em todo o teu fazer, minha MENINA!
Nunca imaginei ver: tanto estudar;
Logo eu, que fui um grande malandrão;
Daí, por cá não passar de um pilão;
Mas sortudo, por TE ter no meu LAR!
Que sorte, eu tão tive em MENINA minha;
Ter UM SER, com TANTA dedicação;
Por TANTA vontade de a outrem SALVAR!...
Por tal, a Ti digo minha FILHINHA:
OBRIGADO, com tal satisfação;
Que MAIOR, nem consigo; IMAGINAR.
Para Ti, minha BONEQUINHA: Carla Santos que TÃO enches meu pensar e minha Alma, não me esquecendo [do teu, (quase, mas melhor que eu); por nestes dias, distraído] IRMÃOZINHO: Manuel Santos meu FILHINHO ADORADO, nem da nossa LINDA ÁRVORE e minha tão FORMOSA ESPOSA vossa MÃE: mas MÃEEEE com "M" GRANDE; Maria Rosa que me deu em VÓS TÃO LINDOS e BONS FRUTOS; que TANTO ADORO!!!!!!!!!! AMO-VOSSSSSSSSSS.
Havíamos nos encontrado numa terra abençoada, lá pelas tantas da noite. E lá pintamos mais o céu com a cor e tinta que escolhemos. Tocamos também um hino novamente. Tão belo assim nunca tínhamos visto. Ah, se fosse outro o nosso destino; queríamos estacionar ali. A gente sabia que acordaria logo pela manhã... ✨