De Jovens para Velhos

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Até onde você vai na vida depende de ser terno com os jovens, compadecido com os idosos, simpático com os esforçados e tolerante com os fracos e fortes. Porque em algum momento da vida você vai descobrir que já foi tudo isso.

Talvez o amor nos faça envelhecer antes da hora, e nos torne jovens quando a juventude passa.Mas como não recordar aquees momentos? Por isso escrevia, para transformar a tristeza em saudade,a solidão em lembranças. Para que, quando acabasse de contar a mim mesma esta história, eu a pudesse jogar no Piedra - assim me dissera a mulher que me acolheu. Então - lembrando as palavras de uma santa - as águas poderiam apagar o que o fogo escreveu.
Todas as histórias de amor são iguais.

É tão estranho, os bons morrem jovens.

Nestes tempos, os jovens pensam que o dinheiro é tudo, algo que comprovam quando se tornam mais velhos.

Oscar Wilde
O retrato de Dorian Gray

Nota: Trecho adaptado de um diálogo do livro "O retrato de Dorian Gray".

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Sonhamos como Jovens
Somos Jovens
Somos loucos

Encontramos barreiras como Jovens
Somos Jovens
Somos poucos

Mas lutaremos como Jovens
Venceremos como Jovens
Somos Jovens
Somos loucos!

Os velhos que se mostram muito saudosos da sua mocidade não dão uma ideia favorável da maturidade e progresso da sua inteligência.

Portanto, hipocritamente os velhos invocam a morte, / e criticam a velhice e a longa duração da vida: / quando a morte se aproxima, ninguém quer / morrer, a velhice não pesa mais.

Cheguei demasiado tarde
e já todos se tinham ido embora
restavam paeis velhos, vidas mortas,
identidade, sujidade, eternidade.

Comeram o meu corpo e
beberam o meu sangue; e, pelo caminho, a minha biblioteca;
e escreveram a minha Obra Completa;
sobro, desapossado, eu.

Resta-me ver televisão,
votar, passear o cão
(a cidadania!). Prosa também podia,
e lentidão, mas algo (talvez o coração) desacertaria.

Pôr-me aos tiros na cara como Chamfort?
Dar em aforista ou ainda pior?
Mudar de cidade? Desabitar-me?
Posmodernizar-me? Experienciar-me?

Com que palavras e sem que palavras?
Os substantivos rareiam, os verbos vagueiam
por salões vazios e incendiados
entregando-se a guionistas e aparentados.

Cheira excessivamente a morte por aqui
como no fim de uma batalha cansada
de feridas antigas, e eu sobrevivi
do lado errado e pela razão errada.

“Que dia? Que olhar?”
(Beckett, “Dias felizes”)
Que feridas? Que estanda-
te? Que alheias cicatrizes?

Estou diante de uma porta (de uma forma)
com o – como dizer? – coração
(um sítio sem lugar, uma situação)
cheio de palavras últimas e discórdia.

E cintila a chama nos olhos da gente nova, mas nos olhar dos velhos, divisa-se a luz.

Os velhos são duas vezes crianças.

Os conselhos dos moços derivam das suas ilusões, os dos velhos, dos seus desenganos.

Os moços de juízo honram-se em parecer velhos, mas os velhos sem juízo procuram figurar como moços.

Os velhos doidos são mais doidos do que os novos.

Os velhos amantes que recordam a fúlgida mocidade, não podem fitar-se sem rir ou sem chorar.

A memória dos velhos é menos pronta, porque o seu arquivo é muito extenso.

O fascínio subtil das convalescenças consiste no seguinte: regressar aos velhos hábitos com a ilusão de os descobrir.

Os velhos ruminam o pretérito, os moços antecipam e devoram o futuro.

A virtude remoça os velhos, o vício envelhece os moços.

De nós, velhos, desculpam-se os erros, pois não encontramos as estradas abertas; mas de quem chegou ao mundo depois de nós, pode-se exigir mais; este não pode mais errar nem tentar.

Os moços, por falta de experiência, de nada suspeitam, os velhos, por muito experimentados, de tudo desconfiam.