De Jovens para Velhos

Os velhos acreditam em tudo, as pessoas de meia idade suspeitam de tudo, os jovens sabem tudo.

Os velhos desconfiam da juventude porque foram jovens.

Vista pelos jovens, a vida é um futuro infinitamente longo; vista pelos velhos, um passado muito breve.

As esposas são amantes dos homens mais jovens, companheiras para a meia-idade e amas para os velhos.

Os jovens e as mulheres querem a excepção, os velhos querem a regra.

Tudo o que os jovens podem fazer pelos velhos é escandalizá-los e mantê-los atualizados.

A beleza dos jovens é a força e a dos velhos os cabelos brancos.

Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos.

As crianças são quase sempre felizes, porque não pensam na felicidade. Os velhos são muitas vezes infelizes, porque pensam demasiadamente nela.

A sabedoria dos velhos é um grande engano. Eles não se tornam mais sábios, mas sim mais prudentes.

Em ciência leia sempre os livros mais novos. Em literatura, os mais velhos.

Meia-idade é quando você para de criticar os mais velhos e começa a criticar os mais novos.

Só as crianças e os velhos conhecem a volúpia de viver dia-a-dia, hora a hora, e suas esperas e desejos nunca se estendem além de cinco minutos...

Os velhos invejam a saúde e vigor dos moços, estes não invejam o juízo e a prudência dos velhos: uns conhecem o que perderam, os outros desconhecem o que lhes falta.

Os velhos têm tanta necessidade de afeto como de sol.

As crianças nunca são muito boas para escutar os mais velhos, mas elas nunca falham em imitá-los.

O amor é o rei dos moços e o tirano dos velhos.

As lágrimas dos velhos são tão terríveis como as das crianças são naturais.

Os velhos gostam de dar bons conselhos para se consolarem de já não estarem em estado de dar maus exemplos.

Os velhos amigos são os melhores. O Rei Jaime sempre quis os seus velhos sapatos. Eram mais cômodos nos seus pés.