Dançar
Eu, sincera!
Se me chamarem para falar, eu gosto.
Se me convidarem para ler, eu curto.
Se me solicitarem para escrever, eu amo.
Se me sugerirem cantar, eu arrisco.
Se me instigarem a dançar, eu adoro.
Se me intimarem a desenhar, eu tento.
Se me convocarem para cozinhar, aí eu fujo.
Beirando a dança dos velhos tempos, às vezes se sentindo acariciado, às vezes rasgado. Beirando a dança dos velhos tempos, eu danço sozinho e você não me vê e não me sente, diz que deixou de me amar tão de repente, mas de repente eu ainda o amo escondido (você não me vê e não me sente, de repente, não mais que de repente, finjo amar menos enquanto carrego o tormento do meu próprio sentimento).
Beirando a dança dos velhos tempos, nossos passos já não são mais os mesmos, você culpa minha lerdeza mas sequer nota sua ligeireza, passos contrários não dançam a mesma música e seus pés amam a destreza de outro alguém (alguém mais cheio que eu, que não precisa ser preenchido por alguém composto por espaços vazios).
Beirando a dança dos velhos tempos, às vezes se sente acariciado, às vezes rasgado. Você me olha mas não me vê, encontro meu reflexo e ainda sou humano, você me enxerga e ignora. Beirando a dança dos velhos tempos, não vivo mais como um homem feito para te amar, beirando a dança dos velhos tempos, eu minto.
Churrasco, cerveja, conhecidos... Mas por dentro sinto-me sozinho. E às vezes também é tudo escuro e frio. Whisky, Gin e vinho... música alta para preencher o meu vazio. Mais um cigarro. Mais uma dose. Mais uma foto com a gente. E sempre estamos querendo mais... Às vezes a gente sorri mas não está contente. E no final a gente só quer um pouco de paz! Hoje não bebo pra comemorar. Bebo pra esquecer os meus problemas e tudo mais que atormenta minha mente. Tudo destruído por dentro da gente mas fingimos estar tudo bem por fora. Às vezes a gente fica mais quer ir embora. E perguntamos para nós mesmo: E agora?! O teu corpo dança mas a tua alma chora. Há barulho e conversa lá fora. Mas há tanto silêncio em você... Silêncio em mim. Mas não é o fim! Ainda não! Dentro de cada coração as suas dores, os seus medos... Quanta confusão?... Quantos segredos? Ilusão! E assim, às vezes a gente segue errante seja onde for... Eu também já não jogo e nem aposto. Disso também eu já não gosto. Por que da última vez em que eu apostei eu apostei em ti. E eu só perdi. E me esqueci que a casa sempre vence. E entendi à duras pena que não é qualquer coisa que já me convence. A dor que sinto já não tem tamanho. Às vezes eu te perco. Às vezes eu te ganho. Perdemos muitas coisas, muitas pessoas pela estrada... Às vezes achamos que já não nos resta nada. E às vezes pensamos que já não temos mais nada a perder. Mas pode ser que temos muito a ganhar! Vamos comemorar pelo que ficou! A festa ainda não acabou! Agora tanto faz! Hoje é só um dia a mais! Vamos rir para não chorar!... Vamos esquecer e dançar?!...
Agora que nossos olhares se entrelaçaram,
vamos unir as nossas mãos
e nossos passos ficarão sincronizados,
unidos num único propósito,
neste momento, não precisamos
de explicação,
ficaremos num universo só nosso,
dançando intensamente,
sem pressa, envolvidos
por esta expressiva canção,
estás bela e graciosa,
portanto, tens toda a minha atenção,
vamos aproveitar bem este tempo
nesta aguardada ocasião.
Ela dança conforme a sua própria música
por estar segura de seus passos,
ainda que, muitas vezes, imperfeitos,
é necessário ter uma mente astuta
para poder acompanhá-la
ou ao menos, chegar o mais perto disso,
entretanto, não quer dizer seja ingênua
para ficar esperando pelo par perfeito
e sim que aprendeu a ser mais seletiva,
quer dançar com quem corresponda aos seus passos de um jeito preciso
conduzidos por dedicação, amor e entusiasmo
com o máximo de sincronia possível.
Minha querida, precisamos
de momemtos aleatórios,
pra ficarmos despreocupados
e descontraídos,
ainda que sejam temporários
e pode ser apenas de vez quando
só pra não surtarmos de repente,
por exemplo, podemos agora
dançar esta música que está tocando
mesmo que pareçamos dois bobos
com passos desgovernados e sem sentidos,
vem, segura a minha mão,
isso mesmo, adoro este seu sorriso,
olha nos meus olhos,
já devem estar brilhando por sua causa
e também estou sorrindo por estarmos neste momentonão programado,
acho que agora está mais do claro
que precisamos disso,
algo simples, entretanto, incrível.
É provável que eu não seja
a pessoa certa para falar sobre isso,
mas acredito que é possível perceber
que há amor entre um homem e uma mulher
quando os dois estão sincronizados num mesmo ritmo
como se estivessem numa dança
com alguns passos ensaiados,
outros aleatórios e desordenados,
contudo, sempre espontâneos,
resultado da reciprocidade de suas vontades
para que possam "Dancar" (amar) juntos
com verdade e dedicação.
É fato que muitas vezes não haverá apresentação,
mas é evidente que o esforço de ambos não será em vão
e algo que é mais importante
que Deus esteja atuante nesta relação.
O senso comum é como o senso de humor, mas dançando.
Lá estávamos nós de novo, no meio da noite
Estamos dançando na cozinha sob a luz da geladeira
No andar de baixo, eu estava lá
Eu me lembro disso tudo muito bem
Estava caminhando
e logo foi se formando
um forte temporal,
quando, repentinamente, a encontrei
de uma forma surreal,
ela estava parada
com um vestido vinho
colado no corpo
por causa da chuva,
estava com aquele olhar expressivo observando-me,
apesar de ter sido surpreendido,
não percebi nenhum mal,
não senti-me em perigo,
e rapidamente,
teve toda a minha atenção,
portanto, fui em sua direção
e quando estávamos
um diante do outro,
um som muito audível,
forte e sincero de um violino
foi nos envolvendo,
num momento que nem
cheguei a imaginar,
curiosamente, peguei a sua mão
e começamos a dançar intensamente,
não parecíamos mais dois estranhos,
dançamos concentradamente,
enquanto o mundo estava desabando
até que aquela melodia parou,
depois, próximo a nós,
um raio caiu, causando um grande clarão,
ela sumiu, a tempestade passou,
fiquei sem explicação,
mas minha mente a guardou.
Por que ela estava dançando? Nenhum motivo.
Só por estar viva, suponho.
Estava com ela num lugar afastado
e pacífico, um campo vasto e verdejante, alguns pássaros sobrevoando com um sentimento nítido de liberdade, havia beleza em cada canto.
Fazia pouco tempo que havíamos chegado e já estávamos em pé,
um ao lado do outro de mãos dadas, extasiados naquele momento de contemplação com nossos corações gratos numa distinta emoção.
Inesperadamente, veio um vento que
começou a serpentear os nossos corpos, pouco a pouco, fomos levados aos céus e mesmo apreensivos, o medo não conseguiu nos impedir
de aproveitar aquela situação rara
e tão singular.
Corremos pelas nuvens, voamos juntos calmamente para apreciarmos
a linda vista de cada direção,
mas, algumas vezes com mais velocidade com uma sensação
abundante de vivacidade.
Após um certo tempo, uma canção linda e hipnotizante foi tomando conta daquele incrível cenário celestial
e começamos a dançar
com bastante veemência,
suspensos pelo ar numa sincronia surreal.
Ao final daquela inesquecível experiência,
o despertar da realidade veio até nós,
abrimos olhos e percebemos que estávamos tão relaxados
que tínhamos caído num sono profundo
naquele lindo campo vasto.
Sem Talento
No pé de uma montanha
Cantando para as aves nas árvores
Dançando para o vento
Pronta para se jogar
Um dia nublado pronto para chover
Uma luz brilha no céu
Salva pelo próprio Deus
- Não chegou sua hora
A montanha foi feita para olhar a paisagem
A morte é um descanço
Se você cansou de viver
Dança, cante, solte suas emoções
Se sinta bem pelo que é
Não pelo que as pessoas acham que você deve ser.
“O segredo da vida é não esperar o fim de semana para abrir uma garrafa de vinho, saborear um sorvete, dançar, cantar, rir e amar a si mesmo e aos outros.”
A vida é um grande baile, dançamos conforme a música, mas jamais sairemos indiferentes quando o amor nos tira para dançar
A beleza da dança habita na maestria em conjugar gestos e sensações com tamanha sensibilidade e qualidade que encanta e inspira quem vê.