Dança
TUA DANÇA SENSUAL
Marcial Salaverry
Envolvido pela magia
que em tua dança aparecia,
quedei-me fascinado,
admirado
pela sensualidade
pela feminilidade
de tua dança,
teu corpo
em contorções,
todas as emoções
em mim despertava...
Mais e mais te admirava
te desejava...
Quanto mais dançavas
mais me emocionavas...
A cada véu tombado,
mais apaixonado
me deixavas...
Teu corpo aparecia
e mais te queria...
Quero-te
desejo-te
Venha para mim,
deixe-me amar-te, enfim...
Quero que me ames,
quero que dances
apenas para mim...
Marcial Salaverry
Dançando com o vento
Um refrigério, um alento
Dançar no ritmo do vento
Assim não causará danos
Cada passo eu vou contornando
As intempéries se dissipando
Até chegar a brisa suave
Que me acalma e me deixe leve.
E na dança da vida, às vezes, tropeço e perco o ritmo. São cansaços de alma que atordoam o meu dançar, mas não me rendo! Ergo a cabeça e (re)tomo o ritmo!
Conquistar o direito de estar em um local é uma necessidade para a sobrevivência, dançar onde todos estão dançando, também.
Em seu silencioso coração ela clama por ti, como uma ninfa dançando ao som da primavera, clama sua voz.
Quer sair, ser tocada pelos raios fulgentes de um sol de abril, se despe daquilo que a emudece e se veste dos desejos de ser som.
Sua voz é o verbo que chama, que posto no mundo faz emergir o que clama.
Ouça a voz que vem do coração de um deus...deixe cantar sem palavras, deixe bailar ao luar com encanto e graça.
Encontre-a nos sons delicados e nas fúrias da natureza, descubra com que ternura ou ímpeto ela vibra em ti e por ti...
Coração não sabe dançar sozinho
E aqui estamos nós
Se esbarrando na vida
Nos olhando nos olhos
E entrelaçando os dedos como se houvesse alguma música prestes a tocar
Desculpe toda essa minha aceleração mas estar tão próxima me provoca batidas
Já faz tempo que tocava a mesma música
E eu só precisava do par.
É magia, equilíbrio
Que me faz dançar
Não existem limites
Pra nos parar
Sem cores ou bandeiras
Somos todos um
Emoções verdadeiras
Nosso respirar
É o céu, o cometa
Que quer decolar
Pro planeta que você
Quer me levar
No alto dos corredores dos reis que se foram
Jenny dançava com seus fantasmas
Os que ela perdeu e os que encontrou
E aqueles que a amavam mais do que tudo
Eles dançaram durante o dia
E noite adentro através da neve que varreu o corredor
Do inverno ao verão, e em seguida, o inverno novamente
Até as muralhas de fato desmoronarem e caírem
Seu coração dançava com os movimentos dela tal qual uma boia na maré. Ele ouvia o que os olhos dela lhe diziam lá de sob o capuz e sabia que em algum obscuro passado, se na vida ou num sonho, ele tinha ouvido esta estória antes.
Meu poeta, traga-me flores!
Olhei, até onde a vista alcança
Sua imagem em minha mente dança
Com seu corpo brilhando ao luar...
Caminhei, apesar da distância
Quis te tocar além do possível
Seu amor se tornou divisível...
Voltei a chorar feito criança
Queria um amor indestrutível...
Errei, meu poeta insubstituível...
Agora choro sob o luar
Com vontade louca de te amar
Mas se acaso vier, traga-me flores
Perfume minha vida
Sozinha fico a te esperar...
Mas se o acaso não permitir
E dessa vida eu...Você...Partir...
Haverá flores ...No ritual da despedida!
Sentirei o perfume das flores recebidas
Viverei ou morrerei por te amar!
Resistência
Ouvi do meu pai que a minha avó benzia
e o meu avô dançava
o bambelô na praia, e batia palmas
com as mãos encovadas
ao coco improvisado,
ritmando as paixões
na alma da gente.
Ouvi do meu pai que o meu avô cantava
as noites de lua, e contava histórias
de alegrar a gente e as três Marias.
Meu avô contava:
a nossa África será sempre uma menina.
Meu pai dizia:
ô lapa de caboclo é esse Brasil, menino!
E coro entoava:
_ dançamos a dor
tecemos o encanto
de índios e negros
da nossa gente
O quê aconteceu?
Parecia tão normal,
Brincava, dançava, pulava
Normalmente.
Agora parece até outra pessoa
Solitária, tímida e quieta
Infelizmente.
Tinha um caminho feliz,
Agora depressiva.
Sentir-se bem
Não faz parte da sua vida.
Triste anjo que danças na minha retina
Tão doce
Tão linda
A solidão a que tu abraças
Indo e vindo ao leu
De tão desgastada valsa
Profana a paz do meu olhar
E a visão da qual nasceria
A mais tocante poesia
Fecha-se em nebulosa agonia.
Marco Teles
Eu queria viver, pular, gritar.
Eu quero chorar, sorrir, amar.
Eu quero dançar como quem não tem ritmo e nem música.
Eu quero cantar como se eu fosse a música,
como se ela tirasse minhas vendas e máscaras.
Eu quero andar como se as ruas fossem todas minhas,
como se eu fosse um pintor pintando meu coração.
Tudo passa. As razões são as mais diversas na dança da vida. Tire um bom proveito de cada situação e tente tolerar os acontecimentos adversos.
Cante mais, dance mais. Mesmo que o canto seja silencioso, mesmo que a dança seja seu simples caminhar. Quando foi a ultima vez que você deu boas rosadas? Se você não lembra é porque já faz muito tempo. O que é mais importante pra você? Ser feliz ou estar sempre certo? Permita-se.
Reflita...