Dança
Sou aquela que cria, dança e sonha.
Sustento várias em uma só versão.
Da minha mente inflamam ideias,
dos desejos as variações.
Tenho um quê de travessura, de rebeldia e doçura.
Brigo e brinco, vivo intensa a gangorra das minhas emoções.
O periquito-australiano
Nas dunas do deserto australiano,
Um periquito dança, com muita vibração, no céu.
Suas asas são como um arco-íris em movimento.
Como se o ar pintasse o seu traço.
Embora seja reduzido em tamanho, é notável em cor.
Em tons de verde, azul e amarelo, ele se mostra.
Um ser livre, preso à gaiola de ar,
Sempre saltando entre galhos, sempre em festa.
O sol beija as suas penas com um beijo dourado.
Ele está cantando uma melodia de esperança.
Seus olhos parecem estrelas em um céu noturno.
Brilham com sonhos de vastos horizontes.
E assim, na imensidão australiana, aconteceu,
O periquito ensina a beleza da simplicidade.
É como um sopro leve, leve e encantador.
Encontrando a liberdade que cada cor revela.
Dança a aurora matutina
sobre o Ceboleiro,
Os meus Versos intimistas
conclamam o teu
peito para quando decidir
você venha para mim inteiro.
Não era peixe não era
Era Iemanjá
Rainha
Dançando a ciranda
Ciranda
No meio do mar
Intérpretre - N'zambi
A minha inspiração dança
com as auroras matutina
e vespertina em busca
de tocar o coração do amado
com Versos Intimistas
porque hei de habitar o coração
dele com toda as as carícias
e o meu jardim de poesias.
*
✍️
*
O vento com seus movimentos,
dá as notas 🎶 musicais,
e as flores 🌷 dançam em grande estilos,
exibindo a beleza da criação de Deus!
***
Buganvília rosa quase roxo
dançando com a beleza
sublime da aurora matutina
é incomparável poema
que o raiar do amor preludia.
O CARENTE
Entre as sombras dos desejos alheios,
Dança o carente em laços de vento,
Tateia sonhos de afeto, em gotas de orvalho, borda devaneios,
Em busca de um toque, de um abraço, de um consentimento.
Na penumbra suave de olhos que o negam,
Ele curva-se e molda-se na espera que é vã,
Não vê que a dor que o cerca e cega
É o reflexo frio da alma afã.
E o manipulador, maestro de silêncios,
Toca subtil as cordas do medo e da solidão,
Tece promessas que, como véus de incenso,
Dissipam-se no ar, sem forma ou direção.
O carente, perdido na fúria que calafrios lhe faz,
Não percebe que a prisão é leve, feita de ar,
Que no abandono é o outro que lhe rouba a paz,
Esta ironia amarga e silenciosa,
Onde o espelho engana os olhos marejados
Quem procura aprovação tão ansiosa,
Encontra um eco de corações fechados.
O amor próprio, joia oculta em si,
É o farol esquecido num porto de amor,
Enquanto se ajoelha a quem não quer ouví-lo,
A liberdade jaz, oculta em seu valor.
E o manipulador, ávido devorador de almas,
Sacia-se da fragilidade de quem amor lhe implora,
Mas, no fundo, a sua fome que aos demais causa traumas,
É de um parasita que tudo devora.
Doce tragédia de vultos entrelaçados,
Num teatro de sombras e desatino,
Onde a dor é cantada em fados,
E brincar com os sentimentos do outro, um perpétuo destino.
E assim dançam, como folhas ao vento,
O carente e o que o controla em segredo,
Até que o despertar seja um lamento,
E as correntes se desfaçam, sem dó nem medo.
Mas há uma força, latente, escondida,
Quando o carente por fim se olha
ao espelho,
A rejeição não é mais ferida renhida,
mas sim, o voo final, o adeus ao velho.
Então ele ergue-se, sem nunca mais se curvar,
Agora a sua busca não é por rostos, nem gestos vazios...
No brilho dos olhos que acabam de despertar,
Vê-se a liberdade, num coração que não é mais dos gentios.
E assim o jogo termina, não com gritos,
Mas com o silêncio da alma sabia, que por fim aprendeu,
Que a verdadeira luta não está nos conflitos,
Está em aceitar-se o que se é,
E não chorar o que se perdeu.
E no fim, o manipulador, solitário ao espelho,
Vê apenas o vazio que ele próprio bordou,
Sua arte, pintada num traço vermelho,
Nada construiu, apenas se desfez, e então... se finou...
T. M. GRACE
Estar em paz, não é só ficar paradinho, de boa. Não!
Quando começa a dançar, você entra em equilibrio com o Todo.
Ao correr ou estar caminhando, vc mantendo um ritmo de passada, o fluxo acontece.
São muitos caminhos.. Continuem buscando a verdade! Quando a dor cessar e vc começar adquirir valores de alma(virtudes), o teu caminhar se tornará mais brilhante.
Como um "sol de pernas" na Terra.
A dança das auroras
sobre a Buganvília laranja
quase vermelha sempre
me encanta trazendo
inspiração e esperança
para me preparar quando
você chegar te receber
com toda a festança
continuando a escrever
Versos Intimistas
para a ida e chegança
sempre que houver
e meu carinho de mulher.
Aurora vespertina
que beija a sublime
Primavera azul,
que traz as estrelas
para dançar no Sul
do meu Hemisfério,
talvez entregue
o meu mistério
ou apenas o deixo
em Versos Intimistas.
Maldade
A maldade dança rua afora
rodopia cada vez mais malvada,
coberta com seu manto rubro,
transbordante de alegria;
escarra à minha porta,
beija a boca da vizinha,
faz-lhe filhos deformados
e rodopia, rodopia invencível,
entre cacos de agonia.
Apenas seus pés choram
o sangue ciclo da menina morta: Esperança.
Morta entre um riso e um grito de bom dia.
Bougainvillea branca
que apazigua o olhar
dançando com as auroras
matutina e vespertina
diz para meu amor o quê
os meus Versos Intimistas
ainda não podem dizer
porque ele não veio,
e continuo guardando
ele no meu peito...
Quando a orbe girar
e a aurora vespertina
dançar com folia
sobre a Primavera
rosa quase roxo,
Os meus sonhos
estarão prontos
para ser entregues
aos seus olhos
com amor, paixão
e Versos Intimistas
para fazer o coração
inspirado todos os dias.
Assim, a jornada espiritual se torna uma bela dança entre o divino e o humano, um constante aprendizado e um convite à reflexão sobre o verdadeiro propósito de nossa existência.
Bougainvillea com o seu
vermelho intenso
dançando sobre a minha
imaginação e eu por dentro
em total chamamento
pelo pensamento
e o sentimento de alguém
que não está aqui neste momento.
Ainda existe uma
esperança
que dança em ritmo
de Abozao
que eu venha a voltar
na vida a falar contigo,
Enquanto isso não
acontece vou escrevendo
Versos Intimistas
para não sair deste caminho
que há de nós colocar
com amor, paixão e carinho.
TRILHA SONORA
Demétrio Sena
Quando a chuva tocava no telhado,
eu menino, dançava em pensamento,
num encanto infantil inexplicado
que fazia esquecer qualquer lamento...
Muitas vezes cantava junto ao vento
a canção do silêncio e do segredo;
era quando enxotava o sentimento
de tristeza, solidão ou de medo...
Passarada nos galhos do arvoredo
me deixavam contente pra valer;
gibis velhos rangiam no meu dedo;
nem sabiam que eu nem sabia ler...
E a lenha estalando logo cedo
no fogão embolsado a barro branco,
meu avô de semblante sempre azedo
arrastando na casa o seu tamanco...
Os cachorros latindo do barranco,
pros meninos apostando corrida,
o Gordini que pegava no tranco,
entre gritos iguais aos de torcida...
Cantorias de galos, seresteiros,
o apito do trem ao dar partida
e tambores distantes de terreiros,
são a trilha de sons da minha vida...
... ... ...
Respeite autorias. É lei
Solene aurora vespertina
que dança sobre a linda
Buganvillea azul que a vida
embeleza com poesia
concreta e absoluta,
Assim vou querer ser
com os meus Versos Intimistas
para sempre fazer
o melhor para nos viver
do anoitecer ao amanhecer.