Cunhada Amiga
Conversando hoje com uma velha amiga, que já há algum tempo não via cheguei à seguinte conclusão sempre devemos esperar tudo de todos. Seja esse Todo a pessoa que for, sem exceção, pai, filho, mãe, colegas de profissão. TODOS sem exceções.
Não entendam isso como uma declaração de descrédito na humanidade, muito pelo contrário, é a simples constatação de que somos imperfeitos, bons e maus então não devemos deixar que fatos ou atitudes isoladas envenenem nossa alma, pois isso causaria mais mal a nós que aos outros.
Na hora da raiva é melhor o recolhimento, deixar as idéias se assentarem e deixar que o tempo retire os fatos desagradáveis do centro das atenções, pois esquecer, fala sério! Ninguém esquece. Nenhuma decisão tomada em momentos de cólera pode ser considerada válida e principalmente sábia.
Por isso há pessoas que se arrependem pelo resto da vida de atitudes que tomaram em segundos de raiva, mágoa, decepção, desamor, ciúmes. Não se pode jogar no lixo anos de uma relação boa, bons momentos, por uma situação ou fato que aconteceu ainda a pouco, não é justo. Crimes passionais, acontecem assim....
Exemplo. Você vive 20 anos com alguém e de repente (não tão de repente assim...) vem o divórcio. Então se diz que foi o pior da vida e coisas do tipo, esquecendo-se dos momentos felizes da paixão de inicio...
Porque levar pra esse lado? Porque o lado ruim deve prevalecer ao belo? Porque não admitir que fomos felizes enquanto deu e colocar na balança os dois lados?
Na minha opinião isso vale pra todas as relações. E tenho tentado não lembrar do que foi ruim por mais que depois de certo ponto seja melhor levarmos a vida em direção oposta, pra salvar o que resta de respeito, de amor ou de amizade.
Vale pensar no que foi bom, pelo menos enquanto durou...
Quando eu amo, amo de corpo e alma, quando sou amiga, sou de corpo e alma. Se um dia eu deixar de amar, vai ser de corpo e alma, se um dia eu deixar de ser amiga, vai ser de corpo e alma. Mas no meu coração não caberá a tristeza por ter deixado de amar, nem o rancor por ter deixado de ser amiga. Porque a vida nos mostra que, tudo o que tiver que ser será.
As amiga sempre falam que um dia vai acabar
Que um dia eu vou casar , que essa fase vai passar
Mas na moral vocês não entendem como a coisa gira
Que nem a mais perfeita vai me tirar dessa vida.
Sou musica e danca. Sou mulher, mae e amiga... Uns me invejam, outros... me odeiam. Nao sou amiga de qualquer um, seleciono todos a dedo. Sou fechada no meu mundo e poucos o conhecem. Odeio mentiras, pessoas falsas e pretenciosas. Posso ir no ceu e ao inferno facilmente. Mostro ser forte e durona, mas sou fragil e sensivel como uma crianca. Tenho meus medos, minhas alegrias, meus desejos e fantasias. Na maioria das vezes, sou o que falo e nao o que faco. Tenho um lado escuro, alias, quem nao tem??... Aprendi a ouvir mais e falar menos, afinal, temos dois ouvidos para ouvir e uma boca pra falar...
Quando a saudade chegar me procure, não prometo que ainda lhe ame mas, sempre terei um palavra amiga para lhe dar.
Uma nova amiga disse que eu sou meiga. Meiguinha. Nunca tinha ouvido isso antes. Meiga. Já ouvi que sou bruta, difícil, fechada, tirona, verdadeira. Mas meiga nunca. Perguntei a pessoas mais próximas o que elas fariam se alguém dissesse que eu sou meiga. Elas riram, e isso não me irritou. Surpresa. Sou meiga e não me irrito mais tão a toa assim.
Já minha irmã caçula falou que eu não tenho sentimentos. Sou meiga e não tenho sentimentos. Devo ser sentimentalmente bipolar. Ou multipolar. Alguma surpresa?
Esta semana eu me dei ao direito de sentir pena, senti pena de uma “amiga” que nunca fala comigo e no meu in Box me acusou de esbravejar pragas, senti pena de saber que eu não me deixo conhecer, senti pena em refletir que essa pessoa não me conhece suficiente, que meus discursos são assumidos in Box e fora Box, que essa pessoa aqui reconhece suas mazelas, seu destempero, seu horror a atitudes tão feias de outras pessoas e próprias, porém pouco fanáticas. Nem um pouquinho me incomodou suas acusações (mentira!), eu me incomodei sim, não com o que ela disse por que de consciência limpa, declaro que nunca desejei mal a ninguém, nunca praguejei ninguém, aliás, eu nem tenho pessoas para praguejar, porque sou de fácil perdão e porque me sinto amada e querida pelos que me cercam, basta uma desabafada, 3 linhas de escrita para que eu me sinta mais leve que uma pluma e acredito que quem faz isso se autopragueja, a vida e seus ecos, a colheita da vida. Mas confesso que de tudo que ela escreveu eu fiquei paralisada na parte do texto “estava no bus” e automaticamente eu pensei putz, calor, ônibus lotado, engarrafamento, sensação térmica de 50 graus, ninguém merece! Nem ela! Porque eu conheço o transporte público, eu presencio pessoas penduradas nos ônibus passando pela minha avenida todos os dias, eu já utilizei ônibus e sei que está cada dia pior, eu já corri atrás de ônibus sem que o motorista parasse para eu entrar, gastando calorias à toa. Eu desejo à ela prosperidade e amor, mas principalmente amor.
“Que a solidão se torne companhia, que eu faça dela minha melhor amiga, que eu possa compartilhar minhas alegrias e tristezas com ela, que eu consiga conviver apenas com ela e não sentir necessidade de outros, que a solidão me ensine a viver sem ninguém e mesmo assim ser feliz...”
Hoje quando abri meu e-mail meu rosto se iluminou.
- Boas notícias? - minha amiga perguntou?
- Sim, sim - respondi eu - ainda não abri, mas sim, sim... boas notícias.
Era um e-mail do meu bem querer. E ele pode me mandar e-mails em branco que boas notícias sempre vão ser.
Amiga Raimunda
Dona Raimunda se foi
deixou para nós
muitas lembranças
suas revistas
seus cremes
seus perfumes
estão presentes em
nossas memórias
mulher de fibra e amiga
Dona Raimunda
nossa linda amiga
nossa querida vizinha
o cheiro das lavandas
a cor dos batons
nos lembra Dona Raimunda!