Cúmplices
Os governos que são impopulares, repelidos pela consciência pública, precisam cercar-se de cúmplices pagos, sem ética e esfaimados monetários.
Cúmplices no amor, na alegria e na dor,
seguimos de mãos dadas para o que "der e vier"...
De cumplicidades é feito o Amor... então cúmplices seguimos...
Cika Parolin
13. Cúmplices
Diga-me, com quem posso contar?
Com o brilho do sol?
Com a luz do luar?
Quem sabe às ondas do mar?
A quem terei que encantar
Para que me ajude a te encontrar?
AMPULHETA
Os minutos fogem rápidos
cúmplices dos segundos
que passam
vertiginosamente.
Minha vida esvai-se
por entre minúsculos grãos
que escoam
vagarosamente
dentro do vidro impenetrável
por onde deslizam
silenciosamente
as areias do tempo.
Na sala vazia...
o blues a tocar
acorda lembranças!
Na velha estante
procuro teu livro
onde belos poemas escrevias.
Teu perfume almiscarado
Se espalha pela sala.
Sinto teu abraço
em meus braços
que ficaram sós,
sem sorrisos.
Na noite escura,
as badaladas do carrilhão
espantam fantasmas.
Triste, pelo que não aconteceu
fico a me perguntar:
- Em que momento a gente se perdeu?
AREIAS DO TEMPO
Os minutos fogem rápidos
cúmplices dos segundos
que passam
vertiginosamente.
Minha vida esvai-se
por entre minúsculos grãos
que escoam
vagarosamente
dentro do vidro impenetrável
por onde deslizam
silenciosamente
as areias do tempo.
Noites
As noites testemunham o meu sofrer,
São cúmplices das dores e saudades
Que eu sinto por você.
É camuflagem que me faz esconder,
Me refugiar da vida triste, que nunca desejei ter.
É um silencio que maltrata ,
Aumenta em meu coração,
A tua falta.
É retrato da tristeza,
É um filme de incertezas.
Noites que fazem meus pensamentos,
Com mais força, busca você,
Desejando uma explicação, uma resposta,
Sem poder ter,
Sem querer entender.
A noite é fria,
É quando eu descubro
Que com você, fui feliz,
E vivi de amor, algum dia.
Mãe, um amor puro e verdadeiro. Somos uma única pessoa, somos cúmplices, nosso amor é incondicional. Obrigado por você ser minha mãe.
Somos cúmplices quando nos amamos
e nem ao menos disfarçamos
o quanto nos queremos de novo.
Somos cúmplices,somos culpados
somos condenados
a morrer de amor.
Que me perdoem os cúmplices comedidos. Que não me julgue a lei da sensatez, mas o amor nada mais é senão um arrebatamento!
Exploramos o mundo, mão na mão,
Cúmplices nas alegrias e na solidão.
Em cada silêncio, gesto e olhar trocado,
Nosso amor se fortalece, não é segredo guardado.
Cúmplices de Amor
Insisto em te querer, não sei por que,
Você me tem nas mãos, faz o que bem quer,
Se pouco sei de ti, ao teu lado estou,
É nos outros que busco desvendar-te, afinal.
Sei com quem andas, aonde vais, te sigo,
Meu ciúme em disfarce, para esconder,
Pois calar vale mais, é meu abrigo,
E assim, talvez, a ti eu possa trazer.
Teu abraço, um prêmio, eu ganho e recebo,
Suborno antigo de um desejo ardente,
Mas fecho os olhos, me engano, me iludo,
Só como amigos, seguimos em frente.
Quantas vezes me irrito em te querer,
Concordo com o que fazes, mesmo em dor,
Tentei te esquecer, mas sem conseguir,
Faltou-me a coragem pra dizer: "Nunca mais."
Cúmplices somos, ambos somos réus,
Quando nossos corpos se tocam em laço,
Certo ou errado se desfaz, já não é,
Só o amor que surgiu, é o que amamos.
E assim, perdoar teus deslizes, eu aprendo,
Viver nesse jeito que escolhemos nós,
Em outros braços, tu buscas alento,
Mas em outras bocas, te esquecer não pude, jamais.
Somos incompetentes com as nossas Verdades e é por esse motivo que nos tornamos cúmplices das mentiras alheias.
As vaidades humanas derivaram em atitudes que nos levam a ser, inevitavelmente, vítimas e cúmplices do egoísmo e da ganância.
O opressor e seus cúmplices
O poder do opressor raramente está apenas em suas mãos. Ele não domina sozinho; sustenta-se nos ombros de muitos que, direta ou indiretamente, lhe dão suporte. E o que torna esse jogo perverso é que, frequentemente, entre esses ombros estão os dos próprios oprimidos.
Simone de Beauvoir, com sua lucidez, disse uma verdade incômoda: “O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos.” É um soco no estômago da nossa percepção de justiça. Porque, ao repetir as mesmas estruturas que nos subjugam, acabamos, sem perceber, reforçando as correntes que nos prendem.
Essa cumplicidade pode se manifestar de várias formas. Às vezes, é o silêncio. Aquele silêncio que opta por não enfrentar, por temer as consequências. Outras vezes, é a imitação. Adotamos as regras do opressor, acreditando que, ao fazê-lo, seremos menos alvos, mais aceitos. E, em muitos casos, é o comodismo, a aceitação de que “sempre foi assim” e, portanto, não vale a pena lutar contra.
Mas o opressor não é apenas uma figura autoritária ou um sistema visível. Ele pode ser uma ideia, um hábito, um preconceito que internalizamos. Pode ser o padrão de beleza que seguimos enquanto criticamos, a desigualdade que aceitamos como natural ou o julgamento que fazemos de quem tenta escapar das regras impostas.
Os cúmplices não são vilões; são humanos, como todos nós. Agem muitas vezes por medo, por ignorância ou por cansaço. Resistir ao opressor exige esforço, e o esforço constante pode ser exaustivo. É mais fácil acreditar que a submissão é inevitável do que imaginar o risco de resistir.
Ainda assim, é preciso romper esse ciclo. Porque a força do opressor está na rede que ele tece, e cada fio dessa rede é sustentado por quem cede, por quem acredita que não tem escolha. Reconhecer a nossa participação — mesmo que involuntária — é o primeiro passo para quebrar as correntes.
Seja no discurso, na atitude ou no silêncio, precisamos nos perguntar: “Estou ajudando a perpetuar o que me oprime ou estou buscando uma saída?” Porque o opressor só é forte enquanto acreditamos que ele é invencível. E, muitas vezes, o primeiro ato de resistência começa quando um oprimido deixa de ser cúmplice e decide, finalmente, ser livre.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia
Somos cúmplices no amor,
Trabalhamos juntos na forma de amar.
Tipo eu te amo, e você me ama ainda mais.
Sonhos...
Distantes um do outro...
Próximos em pensamento...
Cúmplices no desejo...
Íntimos na afeição...
Sentimentos que se completam...
Almas que se atraem...
Amor que não se explica...
Plenitude que se vive...