Cultura
Nas modernas sociedades urbanas do século XXI, o absurdo, o bizarro e as transgressões comportamentais crescem assustadoramente. As múltiplas personalidades antes travadas por sistemas elaborados de mentiras e duplicidades, com a internet ganham a liberdade por meio de perfis falsos pois o anonimato entre os pares é sempre garantido. O sigilo gera um propicio meio e uma blogosfera de abrigo. A escassez das oportunidades e a exigência da concorrência de mercado de ser sempre o melhor, o mais preparado e o mais espetacular, geram em silencio danoso submissões e masoquismos cada vez mais íntimos e atrativos. Poucas pessoas e muitos personagens. Afinal a perfeição em tudo distancia da verdadeira realidade humana.
A grande divindade "criacional" universal na arte é a luz que fala por intermédio dos seus canais artísticos pelos movimentos, pelas vibrações, intercessões das formas e das cores.
Enquanto jovem só se pensa no agora, o futuro é uma abstração ainda a se encontrar mas as verdadeiras respostas são respondidas enquanto jovem mesmo que incompletas pois na maturidade menos perguntas terá interesse de perguntar.
Entre uma juventude que não sonha mais, os interesses e metas são estritamente de consumo de tecnologia "hi tec" com altos valores comerciais.
O melhor conselho para um amadurecimento tranqüilo ainda é a renovada capacidade de desaceleração dos sonhos.
Triste é sonhar na solidão, na doce falsa promessa de uma ilusão. Que devora nosso peito nu, de fraco coração. Como se o amor, não tivesse fim, mesmo na incompreensível imensidão.
As leis dos homens livres devem ser iguais para todos mas a lei de Deus, nem sempre...existem movimentos que fogem a nossa compreensão.
O Altíssimo Deus da Liberdade, não precisa de intermediários e nem de lugares específicos. Fala conosco diretamente e em todos os lugares. Não imputou pecado original algum, e deu a vida em abundancia na natureza como presente aos seus filhos amados.
O medo sem amor nos coloca a beira de um abismo imaginário. A indecisão de pular e de ficar, correspondem as nossa veladas inseguranças que não respondemos pelos caminhos. A tênue diferença entre existir e viver. Viva enquanto tem tempo.
Fácil é ter medo da vida e das suas múltiplas complexidades emocionais. Afinal agregamos interesses e empatia em direções e reações presumíveis.
Mundo social interferente. Se nós nos perdoamos por completo quem tem por mérito e autoridade, nos condenar. Muitos acertos advém do erro.
Para meu conceito não existe o novo na arte. Existem sim novas maneiras de ver o que em submersão, submissão, coexistia, fazia parte mas não era notado como valor e referencia, que de repente por uma nova leitura emerge.
O contemporâneo como o que é do tempo atual, sempre foi contemporâneo em algum momento da historia da arte na evolução humana. Hoje passaram a ser referencias tradicionais mas em seu tempo eram ousadias do que pré existiam e eram concebidas como atuais.
O 4RT3 é a arte em desconstrução da palavra escrita na nova constituição tecnológica alfanumérica. Assim como OV00, que voa com mais agilidade como algoritmos na lógica de programação. Na verdade um novo dialeto informático se constrói e atende mais rápido como idéia o que significa.
Os algoritmos assim como as expressões alfanuméricas nas técnicas de imagem-palavra nas técnicas de programação ainda são livres, subjetivas e derivam diversas interpretações. Diferentemente dos ideogramas orientais tradicionais que revelam por si, uma única idéia inquestionável e absoluta.
Depois de anos batendo na mesma tecla, me alegro hoje que as artes plásticas e visuais contemporâneas brasileiras descobrem a cultura indígena como tema e minimalismo. Enfim o Brasil conhecendo o Brasil.