Culpa
Não estamos justificados em nossos atos perversos pelo simples fato de que os demais fazem a mesma coisa, isso seria quase uma cumplicidade.
Não devemos nos sentir culpados pelos erros passados, nossos ou doutros, e muito menos com dívidas pendentes sobre tais, porque seria tolice, pois estaríamos tentando produzir justiça com o que não mais é, e sendo injustos com o que agora é.
"Não esperaremos nada das estátuas senão a sua beleza.
Por muito triste que seja o nosso momento, não poderemos tirar delas uma lágrima para chorar nosso pranto. Pedras não aprenderam a ter sentimentos. Não é culpa delas ...é nossa, que não sabemos ser pedras"
Se falhar, precisa fazer o trabalho básico, olhar pra dentro, o que fiz de errado, o que posso melhorar. Acabei fazendo isso. Errei no timing. De fato, melhorei com a falha, mas a maioria das pessoas insiste no erro. A culpa não foi minha, foi do mercado, do funcionário. Mas no fim do dia a culpa é sempre sua.
O ápice da covardia é culpar os outros por aquilo que você não fez enquanto poderia ter feito.
É apontar o erro na tentativa de livrar-se da sua culpa.
A dor sentida por ver um ente querido sofrendo as consequências da contaminação pelo coronavirus
não será maior que a dor causada pelo peso da culpa
na consciência dos teimosos inconsequentes
“Quanto maior for seu objetivo, maior terá que ser sua determinação.
Por isso não fique inventando objetivos monstruosos só para colocar a culpa nas consequências pela não realização dos mesmos.
Ser realista ao definir o seu é fundamental.”
Errar é humano, mas culpar o próximo pelas suas frustrações e insucessos em vez de refletir sobre a própria incapacidade de fazer o universo conspirar a seu favor é a mais beligerante, impudica, mesquinha e constrangedora imagem do egoísmo e egocentrismo do indivíduo.
"mil intrigas, mil enredos
prendem culpados e justos;
já ninguém dorme tranquilo
que a noite é um mundo de sustos"
ERROS
E se desconhecemos o real sentido de um ato falho?
E se além de dor ele trouxer ordem?
Um ato desdém tão quanto valho
Com força de adir tão quanto tardem
E pelas primeiras palavras póstumas
Silenciadas por puro pavor,
Têm-se piores apelos pálidos
Por pêsame ao paralelo pudor.
Então faço-me de um erro, o fim.
Desolado pelo imaginário inócuo,
Inquiridor inquieto de sua culpa árdua.
E então, enriquecido do amargo fruto
Que colheis mas não tornais assíduo
Faz-se aluado o maior astuto.
Em um momento onde a conscientização do empoderamento se faz presente, ainda há quem pergunte de quem é a culpa.
As minhas mentiras me aproximam do que eu penso quem eu sou mais me afastam de que realmente eu sou