Culpa
Quando você deixar de carregar culpas que pertencem aos outros e carregar apenas as suas, vai sentir que o peso que você carrega em seus ombros e muito menor do que o que você vem carregando durante todos esses anos...
O remorso é a pior de todas as guerras que podemos travar com nossa mente. É a impotência que temos perante o tempo, é a revelação de passados desastrosos, é a confirmação de atitudes irreparáveis.
Não existe felicidade, porque sempre existirá o tempo, sendo assim seu passado sempre renascerá diante dos seu olhos, em lembranças permanentes que sugaram aos poucos, toda a sua vontade de viver.
Hoje estou chorando
Querendo falar, gritar,
Porém mas uma vez, como de costume, me calo
Afinal por que ainda me calo?
Sinto uma vontade imensa de gritar,
De falar na cara dessa sociedade hipócrita que a culpa
NUNCA foi minha
Afinal já se passaram tantos meses, anos...
E esse peso, essa raiva, essa culpa não sai de mim...
Quem sabe um dia
Meu corpo e alma, que naqueles momentos
Foram dilacerados, invadidos
Entenda de uma vez por todas
Que não foi minha culpa
Enquanto isso não acontece
Vou me martirizando pelo que aconteceu comigo
E com muitas outras
Afinal não sou a única, sou milhões
Sou Carol, Jessica, Sandra e tantas outras
Que como eu
Carregam essa culpa e dor
Até quando levaremos uma culpa que não é nossa???
(31/07/2016)
habito aqui, no importante encontro
onde estar é o resumo do que somos
desejo — quanto mais adentro —
querer em tudo o que o que supomos
acontecer enquanto acontecemos
habitamos naquilo que conhecemos
na presença que mora na renuncia
na verdade que mente e disfarça
no momento, no apego, na impronuncia
no todo, em parte, no flagra, na farsa
estamos na ausência que não se despede
no fato que não se aceita
dá-se quanto mais se pede
quer-se quanto mais se rejeita
sentimento nunca inteiramente inteiro
vontade jamais ponderada
razão sussurrada
agente sorrateiro
de toda ignorada
loucura despudorada
a confissão está na negação
mas a aceitação não está na culpa
ele encontrou o alvedrio na prisão
ela peca, claudicante, enquanto purga
ambos se inocentam na condenação
ambos se oferecem na regeneração
pele do seu corpo, abraço que acalma
sinto pelo toque o sorriso da sua alma
beleza que jorra
o beijo que implora
para além do aquém
você, inteira e mais ninguém
Por qual motivo alguém tende a rebaixar o seu amigo na frente de outras pessoas? para mostrar superioridade? mostrar para aquelas pessoas que é alguém legal o bastante para se juntar a aquele grupo? aumentar um pouco a sua baixa auto-estima nem que seja por alguns minutos?
isso só mostra o quanto você é uma pessoa ruim que ninguém iria querer ser amigo, contar segredos, algo do tipo kkkkk...é engraçado porque, parando para pensar...a culpa não é sua.
gente eu não mudei nada... continuo a louquinha de sempre, a amiga de sempre, ta tudo igualzinho, a unica coisa que mudou dentro de mim é que eu me perdoei por não ter dado certo, não foi culpa minha, não foi culpa de ninguem, tudo realmente acontece por um bom motivo e agora to vendo claramente que não perdi nada, apenas me foi tirado aquilo que eu não precisava.... muito tranquila...
Não seja refém do comodismo, muito menos prisioneiro do cotidiano. Caso contrário receberá uma dose diária de veneno e a culpa será toda sua.
Meu Amor, faço tudo para lhe deixar Feliz, não só lhe deixar feliz, pois me torno Feliz, através da sua felicidade.
Mais como criatura imperfeita que sou transformo sua felicidade em tristeza, na hora que falo alguma besteira. Não sou perfeito, encho meu peito de dor, meus lábios de desculpas, sofrendo por causa da dor , das palavras proferidas da hora do meu rancor....
Quando se termina uma relação, sem dúvida que se corre o risco das coisas não ficarem 100% esclarecidas, 100% resolvidas.
Não , a culpa não é de quem termina ou de quem vê terminada uma relação.
A culpa também não morre solteira, como tantas e tantas vezes, acontece… Nada disso.
A culpa simplesmente não tem o nome de A ou de B.
A culpa é uma mistura de situações ou acontecimentos que provocam o término abrupto ou demorado de duas pessoas que se amam.
Ah sim… em algum momento, elas têm de se ter amado, cada um há sua maneira tem de ter dado, o seu melhor, num determinado momento, e consequentemente, deve ter mostrado o seu pior, pois só é possível fazê-lo com quem se ama.
Como posso mim arrenpende assim se a culpada sou eu pq não entendo esse meu coração ele não aprendeu a te esquecer.
Não culpe o tempo se quando ele te esperou você resolveu andar, agora que ele está andando, você parou nele! (Yuri Feitosa Barreto)
Eu ti fiz chorar, eu ti fiz sentir como um lixo
Minha impolidez foi cruel e despercebida por mim
Mais não foi só você que tratei assim
Outras pessoas vivenciaram a falta de zelo que impus
Não soube ser afável para com as pessoas amáveis
De todos que passei nessa vida me comportei mal em relação aos seus sentimentos
A vida gira, e claro ia chegar meu castigo
Com o tempo me redobrei e tentei me alterar
De certo modo em inane
Não perdoei e muito menos perdoado
E graças a alguém maior de tudo que fiz minha rusticidade pesou
Eu e fui caindo, meu tapete finalmente foi puxado
De tudo que fiz nessa vida de bom ela retribui da mesma forma
Agradeço com bondade por aprender a ser generoso
Para o júbilo de muitos a agora eu desabei por tudo que fiz
Em dobro estou quotizando-se
De forma indireta desejei, é sabia que ia chegar.
Quando cheguei do trabalho o corpo clamava pelo sossego da casa vazia.
Os ombros espremidos feitos limões depois de um dia inteiro vivenciado no antes e depois. Nunca agora.
O agora pertence ao reino das pessoas bem resolvidas, do presente selvagem, da ausência de dores e dúvidas. Por isso tal lugar me é tão fantasioso e desconhecido. Estou sempre presa entre dois tempos. Meus limões e eu.
E a silenciosa ordem da casa vazia era a única coisa de que precisava para que o dia terminasse afinal. Não haveria ninguém me esperando, não precisaria contar como foi o dia, o que fiz. Tudo estaria no exato lugar que a mão desatenta deixou pela manhã.
Estaria… do Pretérito mais que perfeito condicional.
Condição em que eu teria encontrado a casa se tivesse deixado a bendita janela fechada.
Mas a mão (aquela mesma descuidada que nunca repara o que está fazendo) abriu a janela antes de sair e foi embora despreocupada como só as mãos sabem ser. Nem pensou em olhar a tempestade que se anunciava desde cedo no horizonte.
Suspeito, na verdade, que exista uma relação profunda entre mão e vento. É o que percebo toda vez que minha mão esgueira para janela aberta do carro quando ninguém está olhando. Estende-se para o vento que corre livremente do lado de fora, finge que voa enquanto o ar se espreme entre suas partes sempre tão guardadas por anéis.
Em todo caso, a mão não estava lá quando o vento entrou enfurecido procurando por ela. Raivoso brandiu com força papéis para todos os cantos, derrubou aquele vaso feio que ficava sobre a mesa, o único que aceitou receber a estranha planta que eu nunca sabia se estava viva ou morta. Agora entre os cacos de vidro no chão não restava dúvida: morta.
Os papéis que permaneceram sobre a mesa molhados pela água do vaso, o restante espalhado no chão.
As cortinas caídas sobre o sofá como se cansadas de lutar contra o vento e tivessem simplesmente desistido. Ficaram observando enquanto o caos reinava na casa.
Nada naquele lugar lembrava a paz que eu buscava quando entrei.
A mão primeiramente cobriu os olhos com mais força do que o necessário, foi se agarrando a cada osso do rosto até se prostrar entre os dente a espera de ser castigada. Respirei fundo e a coloquei em seu devido lugar ao lado do corpo.
Caminhei entre vidros, cortinas, papéis e flores que já estavam mortas muito antes do vento chegar.
No meio da sala olhei para as mãos descuidadas e famintas por vento. E por um instante me senti bem em meio ao caos. Não sabia por onde começar a arrumação e, sinceramente, não havia qualquer pressa para isso.
Soltei o peso dos ombros que pela primeira vez eram nada além de ossos, músculo e pele. Fiz um azedo suco com o saco de limões que carregava e bebi inteiro, sem açúcar.
E ali, cercada pelo silencio caótico que se estende após a tempestade não havia nenhum outro lugar em que eu pudesse estar. Só o famigerado momento presente e eu em meio a sala. Sós.
Nas minhas reflexões vejo além do mundo, algo que não há palavras nem intenções, nem sentimento de culpa.