Culpa
Em sociedades machistas como a nossa é comum o fracasso dos relacionamentos ser culpa das mulheres. Seja porque ela não cuida da casa, do parceiro, não satisfaz na cama, não é mais bonita, jovem. Aí então, o pobre homem precisa procurar na rua o que não tem em casa. Triste, né?
A culpa não pode ser do Presidente da República nem das Forças Armadas, e muito menos, das instituicões educativas e religiosas, quando o povo ignora os conselhos saudáveis dos pais, das autoridades superiores e dos seus renomados educadores; mas, é daquele que já os ouviu, negou e assume andar errado, devendo ser recusado e disciplinado pela sociedade, até que aprenda a andar na linha, ouvindo o barulho que o trem faz, refletindo e revestindo-se dos valores morais, cívicos e espirituais daqueles que estão na linha da Ordem e do Progresso, já que fez juramento anterior de honrar a bandeira e defender os interesses da sua pátria.
Use o chicote da culpa na própria alma, surrando a sua própria vontade para não cometer os mesmos erros e deslizes contra o próximo.
A curcuma não tira o pecado inflamatório da alma e nem suaviza a culpa espiritual, a menos que os ramos estejam enxertados na Videira para produzir frutos dignos de arrependimento.
Um coração confirmado na santidade do Senhor está isento de culpa e o seu estado de consciência é tranquilo e santo.
Aquele que tem culpa no coração deveria fazer uma oração a Deus para que remova a tristeza do seu rosto.
Assuma a culpa quando estiver errado e reconheça-a pessoal ou publicamente para obter de novo a honra, usando a sua humildade.
A culpa é sempre má companhia!
Nela, só se enxerga a noite, nunca há dia.
É irmã siamesa, que vicia,
contamina a alma e silencia.
É água que, por mais que se beba, nunca sacia!
A transferência de culpa para um dos cônjuges abre uma porta para o rompimento de um relacionamento feliz.
Assuma a responsabilidade por suas próprias ações quando transferir a culpa para seu cônjuge, evitando assim a hipocrisia em seu relacionamento.
Pessoas altamente negativas são aquelas que transferem
a sua culpa nas outras pessoas, menos para elas.
Ninguém que se diz culpado assume a culpa antes, construída mentalmente e acabada no coração; estes, porém, a lei divina é mais severa, visto que, se tivessem realizado fisicamente o mal, culparia o outro como o principal responsável, somando mais uma culpa à própria consciência.
Nós não temos culpa do problema que foi por alguém criado por questões óbvias, e tem coisa que o dinheiro não compra e tem pessoas que não tendo isso, usa o mesmo, para poder ser algo melhor do que a maioria, e assim calar a boca dos que nele se viciaram e não consegue viver ou ser algo sem tê-lo.
A culpa é sempre de uma imaturidade, porque ninguém nasce com um manual de instruções, receita, mapas, bula, rindo ou sabendo de tudo nesta porra. Porque, se não fosse a vida te fazendo errar, vacilar e cair para te ensinar, você não seria o que é hoje. Se ainda é imaturo, é porque precisa de mais tempo para amadurecer com as porradas que a vida ainda vai te dar, moendo você só para sua carne amaciar.
Nas relações, a cultura da culpa obriga o indivíduo, não raramente, a ser infeliz e incompleto intimamente, porém um hipócrita feliz, socialmente.
O respeito que deve haver entre as partes nunca exigiu a renúncia da liberdade natural do ser humano, mas a responsabilidade no trato com ela.
Se cultuássemos o aprendizado a cada experiência de vida, aprimoraríamos as relações, evoluíriamos com mais qualidade e com mais leveza. Um suposto progresso à base do peso na consciência não é evolução é adestramento, e que, em geral, vem da referência de valores pregados por terceiros os quais estão presos à doutrinas advindas de instituições produtoras de padrões comportamentais a fim de que estes auxiliem na sua sustentação.
É o outro quem decide por você o que te faz bem?
A felicidade não deve ser tratada como um hábito obrigatório e padronizado, mas como uma possibilidade constante. E ela pode ser encontrada em qualquer lugar ou circunstância. Pode proporcionar prazer sem que para isso o fantasma da culpa seja convocado nos momentos de conveniência emocional.
Respeite a sua liberdade e seja você a razão para tratá-la com responsabilidade.
É possível ser livre sem culpa.