Culpa
A culpa é de quem?
A nota da própria educação é zero, consciência – seja qual delas for – já não existe, o errado virou certo, a fome está cada vez maior e o lugar de dinheiro agora é na meia.
Quase todos os dias levantamos questões sobre que mundo deixaremos para nossos filhos, netos e tataranetos... Mas nem sequer pensamos nas pessoas que deixaremos para o nosso mundo. Não pensamos se ainda existirá alguém com atitudes capazes de ajudar o nosso planeta e a nossa gente. Nós simplesmente ignoramos o fato de que tudo pode acabar, e continuamos destruindo o que vemos pela frente. Quando é que iremos nos tocar de que um dia a nossa casa, o nosso ‘planeta água’, não aguentará mais o que fazemos com ele? Até quando as crianças que estão perdidas por aí suportarão a fome que as engole?
Está tudo de ponta cabeça... O mundo está mesmo uma porcaria. Ninguém respeita nada, ninguém vive, ninguém sente, ninguém mais liga para o que está acontecendo. A fome se alimentando de gente, o planeta ficando cinza, a corrupção acabando com esperanças... E as pessoas nem sequer tentam mudar alguma coisa. Nem tentam mudar seu jeito de ver o que se passa ao redor, muito menos suas atitudes. Só o que importa é a competição. A competição que mata, que rouba, que atrapalha... Que acaba.
Que acaba com o pouco que ainda nos sobra.
Mas um dia de olhares sem culpa que se cruzam no imenso corredor da escola, no pátio , na escada.
Olhares que não dizem nada, ou que não mostram nada, e que mesmo assim se fosse antes, insistiria em dizer que foi um olhar apaixonado.
Penso como pude ser tão ingênua a ponto de não perceber, que esse mesmo olhar é distribuido pra milhares, e que para essas milhares,tenham também o mesmo significado.
Ninguém ainda conseguiu decifrar o silêncio de olhos indecisos, que ao certo não sabem o que querem.
Mas que ao mesmo tempo, são esses mesmos olhos que dizem coisas que jamais um dia gostariamos de saber.
Prefiro assim, não ver nos teus olhos o que sempre vii, prefiro presenciar o silêncio de cada olhar, para não ter que me iludir novamente com silêncio daqueles olhos castanhos claros.
Garota lesa, eu tenho muita coisa pra você,
Tenho muita coisa por sua culpa,
São coisas boas e ruins,
Mas, principalmente as boas,
Obrigado por me fazer assim.
Tenho todas as lembranças,
Das noites em que conversamos até o sol raiar,
Das confissões ao céu e ao mar,
Do jeito como acabamos por nos apaixonar.
O tempo que gastamos para perceber isso,
Foi um tempo interessante,
Já imaginou como tudo seria diferente,
Se eu tivesse te pedido em namoro,
Seguindo aquele meu plano brilhante?
Apelidos carinhosos,
Murros dolorosos,
Aqueles sim foram tempos ótimos,
As tardes em que comiamos até a barriga doer,
Os murros que levava de você,
Por te chamar de gorda.
Pés descalços ao ar,
Sonhos novos a cada respirar,
Não sei quando virou amor,
Eu sei que um dia eu vi no seu olhar,
Que me futuro estava no seu sorriso.
'Luna, se nada der certo na minha vida,
Você vai casar comigo?'
'Idiota, achei que fossemos só amigos'
'E vamos ser... Para sempre,
Mas é que você vai ficar rica,
E eu poderia me casar com você... Ouch,
tudo bem eu espero você pensar'
'Eu caso...'
'Você diz que casa, com uma cara dessas?'
'Algum problema?'
'Não, não, vou até te fazer um poema,
Sobre uma loba agressiva'
Eu sei, que foi só uma promessa de menina,
Mas pra mim, foi como uma luz divina,
Por isso, hoje à noite,
Vamos deixar que tudo siga normalmente,
Já nos conhecemos, somos os mesmos de sempre.
Foi nossa promessa de verão,
E vai estar sempre presente no meu coração,
Precisavámos selá-la com um beijo,
Mas eu não podia, algum relacionamento me comprometia...
'Não precisa se levantar, eu vou lá pegar'
'Porque você está tão carinhoso?'
'Bem o que aconteceu ontem à noite foi...'
'Maravilhoso...'
'É então estou querendo te bajular'
'Idiota, como se eu fosse amolecer com isso'
'Eu sei que não vai, és maligna demais'
Meu Deus, eu preciso disso pra sempre,
Desse tipo de briguinhas,
De toda essa ladainha,
Eu preciso de você, sempre, sempre você.
Luna, querida, nunca esqueça de mim.
(...)
'Por favor, me perdoe,
Eu sei que errei'
'Lá vem você, pensando que eu mudei,
Diferente de você,
Eu cumpro o que prometi'
'Eu... Não sei o que dizer,
Sou só mais um idiota'
'Eu sei que é, sempre foi,
E agora vamos de novo a promessa de verão'
'É...'
'Só que dessa vez, vamos selar com um beijo,
Pra você gravar de vez no coração'
Tão boba, como se eu pudesse algum dia esquecer,
Da minha querida Luna,
Que sempre ilumina meu céu.
Acreditei uma vez, dei com a cara na porta,
Ajudei uma segunda vez , e tomei toda a culpa da história...Quem agora pode dizer que não tentei acreditar, confiar nas pessoas? Se sou esse ser humano que não acredita nem mesmo na própria sombra hoje, é porque o meu passado já me chicoteou o bastante!
Quem foge ou se esquiva da própria culpa, foge de si mesmo, se enganando... por pouco tempo. Quem a assume, consegue a superação.
Será minha queda perante as tuas palavras. Só isso. Só minha culpa. Minhas confusões e minha falta de coragem,eu poderia te deixar ir,mas eu não quero. Até certo ponto,quero ver até onde eu te amo. Até certo ponto,quero ver até onde aguento. Eu ainda posso te amar? Eu ainda posso aguentar? E antes de responder as minhas próprias perguntas,já estou te dando adeus. Sem despedida melancólica ou choros de oceanos,apenas,um até breve. Eu sei que você vai voltar.
Não tenho culpa sobre tuas expectativas sobre mim, que por si só são defeituosas, portanto, não corresponde a realidade. Então, não me transgrida com o que pensas, não funciona comigo!
Muitos falam que meu sofrimento é minha culpa, mais se é me auto parabeniso porque sem ele não seria hoje quem sou!
hoje mim pergunto de quem e a culpa
se e do destino
se e de mim mesmo
ou se e de DEUS
DE quem e nao sei
so sei que eu sofrir
Não é hora de fazer uma mudança,
Apenas relaxe, torne isto fácil.
Você ainda é jovem, isso é culpa sua,
Há tanta coisa que você tem que saber,
Encontre uma garota, sossegue,
Se você quiser, pode se casar.
Olhe para mim, estou velho,
Mas eu estou feliz.
Eu já fui como você é agora,
E eu sei que não é fácil,
Fique calmo quando você achar que
Algo está acontecendo.
Mas use o seu tempo, pense um pouco,
Para pensar em tudo que você tem.
Porque você ainda estará aqui amanhã,
Mas seus sonhos talvez não.
Quero matar,
porque eu quero sofrer com a culpa de uma morte, pra sofrer bastante com as consequencia de um homicidio, pra ter certeza que há mais sofrimento do que eu to passando agora
Essa é nova
você diz que lamenta
Que não foi sua culpa
me enganar
Entro em drama
faço a maior cena
Tudo isso por achar que sabia amar
Só que a culpa não é minha.
Agora que eu entendi
Vou me purificar
de tudo que há de você
em mim
Vou me arriscar
na vida como nunca fiz
Vou amar outra vez
e talvez de novo me arrepender
mas a graça da vida estar
em sempre tentar
se purificar...
Rendimento Abaixo da Média
De quem é a culpa?
É do professor? É dos alunos? É dos encarregados de educação? É da comunidade? Ou é do Governo?
Bem, a primeira análise parece ser do professor. Será?
A verdade é que o nosso ensino, ou seja, o processo de ensino - aprendizagem é feito com muitos problemas, mas problemas sérios! (refiro-me pelo menos no meu município - Bibala).
Para começar:
- nas primeiras semana de aula os alunos não aparecem à Escola!
- faltam frequentemente e, não se preocupam em procurar um colega para passar a matéria.
- quando assistem as aulas preocupam-se apenas em passar a matéria, quero dizer, em escrever ou copiar sem sequer analisar o conteúdo.
- nas aulas o professor faz algumas perguntas e os alunos não respondem.
- no fim da aula o professor procura saber se há alguma dúvida mas os alunos não respondem e se responderem é não.
- os alunos não se preocupam com a pontualidade, atrasam constantemente.
- os alunos não fazem as tarefas para casa que o professor manda.
Esta é uma série de questões que reparei aos alunos do ensino de adulto, embora haja entre eles alguns bons.
Quanto aos encarregados de educação, não existem! Porque, pelo menos na escola ou na comunidade em que lecciono, quem faz as matrículas, quem justifica as faltas, quem vê a pauta, … etc., são os próprios alunos. E até, se calhar muitos pais não sabem quem são os professores de seus educandos, que classe os seus filhos estão a fazer, quem é o director da escola, etc.
Mas também vejo a culpa nos professores que perderam o valor de mandar chamar os encarregados de educação sempre que os alunos cometem ou mesmo sempre que for necessário. “Cada um é cada um, Deus para todos”. É graça que a Direcção da escola convoca os pais no princípio do ano lectivo para tratarem de algumas questões.
E, actualmente, vejo que a moda é a escola lamentar dificuldades financeiras, para depois concluírem numa contribuição monetária periódica para a escola. Já que alegam falta de recursos para a manutenção da própria escola. Bom motivo mas a solução não é boa. O pior de tudo é que o não cumprimento deste acordo escola – encarregados, a sanção recai para os educandos que serão expulsos das aulas, que verão os seus direitos violados.
Mas, de contribuição na minha escola não é tudo. A escola não tem iluminação suficiente para os alunos estudarem, pois a energia no nosso município é muito fraca e com muita alternancia. Assunto que motivou a escola a exigir dos alunos uma quantia monetária para adquirirem um gerador para o ensino noturno. Conseguido o gerador, as contibuições naqueles alunos (noturnos) não pararam, pioraram, tornando-se constante, para alimentar o mesmo gerador de combustível, até quando tiverem de mudar de escola ou desistir.
É triste! Na última reunião em que participei como encarregado de educação aumentou-se, lamentávelmente, mais uma contribuição, para o pagamento do pessoal eventual que a escola contratou (guardas e empregadas de limpeza), alegando um número insuficiente de operários não qualificados.
Aos professores, aconselho a serem mais sérios, terem a noção de que quando se faz uma avaliação da turma é normal houver positivas e negativas. Na minha escola há professor que quando vejam que a turma saiu-se mal na sua prova, quer dizer, quando há muita negativa na disciplina a qual lecciona, repetem a prova. Não concordo! se o aluno tiver 0, 5, 9 ou 20 valores deve manter! porquê repitir? Será que a matéria avaliada não foi dada à turma? Se não, não devia avaliar. Ou afinal é um jogo de sorte ou azar? Portanto, se quizermos ajudar os nossos alunos, podemos submeté-los à outra prova, mas é para depois achar a Média Aritmética das notas. E, não eliminarmos a nota baixa para considerarmos a maior nota. Assim, conheremos o verdadeiro rendimento dos alunos e da turma.
Para continuar:
Os alunos na sua maioria não trabalham, são membros de famílias com poucos rendimentos, se estudam é por grandes sacrifícios, acredito. Então é normal o aluno não possuir algum valor para contribuir. Anormal é ruar o aluno das aulas por isso e, até é pecado. Como é que amanha esse aluno terá um bom redimento? Se não assiste ou não termina todas as aulas, para não falar de prova.
Portanto, são muitos os factores que contribuem para o rendimento baixo, principalmente a falta de sequencia regular das aulas, porque nem sempre temos ou iluminação boa, ou combustível para o gerador.
Esta é uma reflexão que faço, tanto como professor, como encarregado de educação, como membro da comunidade ao ensino nocturno. Experiência vista e consentida na escola 59 depois da 54 - Lucira. E espero que seja motivo para melhoria do nosso ensino-aprendizagem.
Antes de terminar gostaria de aconselhar que:
1. os alunos não deve pagar pelas falhas administrativas.
2. Os professores não devem ser avaliados só por baixo rendimento de seus alunos.
3. As escolas devem colaborar com as igrejas, com a família e outras organizações sociais para boa educação dos alunos.
4. As famílias devem interessar-se mais na aprendizagem dos seus educandos colaborando com os professores.
5. Os professores devem ser mais sérios no seu trabalho.
Resposta: a culpa é colectiva, falta de empenho de todos. Os professores têm pouco amor à profissão e alguns sem requisitos e dom; os alunos têm pouco interesse ao ensino, querem ser formados sem esforço; a comunidade não quer saber de nada; o governo não está preocupado com as condições práticas e actuais.