Cuide da sua Menina
Menina flor
Seja livre
Das amarras
Indecentes
Que toda essa gente
Colocou em você
Menina linda
Sorria
Sempre
Pois os loucos doentes
Só quiseram te prender
Menina inocente
Segue firme
Sua jornada
Pois sem o terror
Haverá uma estrada
Menina peralta sorridente
O teu sorriso
Faz feliz
Muita gente
Menina, menina
Não desista de você
Pois os loucos doentes
Não merecem esse prazer.
Tudo vai passar. A menina da rua estreita que entregava pedaços de fartura. O choro da criança dos anos trinta e a fome que finta aquelas datas marcadas de desnutrição. Tudo vai passar. A fome cantada na década de quarenta, homens de "enta" que foram na vinda sem antigos abrigos na barriga. Tudo vai passar, aqueles arames farpados, o primo português, o preso sem peso, feiuras do estado novo. Tudo passará, até eu que nem sei escrever um poema que cabe numa grande mulher. Tudo passará. Essas peles da antiga juventude, num tempo que se ilude. Ou morre-se, ou vive-se morrendo. Tu já não morre. Tudo passa, até morte passa de uma só vez. O mundo tem girado no canto da boca, num mundo à parte, ao norte que sopra vitupérios. E tudo passará. Quem saberá escrever um poema para um livro vivo. É necessário antes que tudo passa e a memória perca glória.
POLTRONA DE COURO AMARELO
Sinto falta daquela menina
Tranquila, serena, protegida,
Sentada na poltrona de couro
Lendo literaturas e enciclopédias.
Sentia-se feliz e ciente não era
Das recordações que teria,
Dos momentos com teu pai,
E saudade sentiria.
Como gostaria de voltar,
A sentar naquela poltrona...
Não tinhas o que tens hoje,
Tampouco sorria,
De forma lapidada
O silêncio continua,
Relembrando de tua infância.
Desejava que o tempo parasse
Em cada página que lia,
Mas, consciente que noutro dia,
Com teu papai estaria.
A Fé brotou...
No coração daquela menina.
Não existe mais a poltrona
Nem teu pai se encontra,
Dando alpiste aos passarinhos:
Pardais que pousavam,
Na calçada do escritório.
O passado não retorna...
No presente memórias valiosas
Ao recordar da poltrona,
Querendo nela sentar,
Lendo os livros do teu pai,
Vendo-o em sua prancha trabalhar,
Ciografia com esmero executar.
Saudades da poltrona amarela,
Dos livros... que ainda pode ler,
E do teu pai...
Que outrora irá encontrar.
Ela tem temperamento forte, ogra para muitos, mas tem o coração de mocinha, essência rara de menina no corpo de mulher.
Meus pais deviam querer uma menina sentadinha na igreja
vestindo roupas florais e com um sorriso doce.
Ganharam coturnos e uma boca fechada
Até se provar afiada como um machete.
O sofrer da menina!
Menina sofrida,destruída e ferida
Se entregou ao amor
E ele há rejeitou
Suas lágrimas a rolar
Sem estrelas há brilhar
No seu céu nada há
Corra agora menina
Busque o seu pensar
Não deixe o atordoar
Seu coração a se calar
Deixe para lá
Isso irá lhe machucar
Busque o seu viver
Viver é amadurecer
Impressionado pela sua beleza
Rapidamente seu jeitinho simples de menina me encantou
Imediatamente, me sucumbiu ao seu encanto e a sua magnífica pureza
Sinceramente, estou afim de você e farei o que for preciso pra roubar o seu coração!
Sou uma princesa, filha legítima de um Lindo e Maravilhoso Rei. Sou sua menina dos olhos, parte da realeza. Vivo debaixo de sua infinita grandeza, experimentando todos os dias sua benevolência. Amada antes da minha própria existência.
Dani Andrade.
Toda menina que descobre sua essência com altivez tem o poder de se tornar uma mulher extraordinária.
Lições da Natureza
Veio a chuva
Mansa e ligeira
chuva passageira
Mas qual menina brejeira
dançando prá lá e prá cá
Tanto brincou
que pétalas derrubou
Árvore depenada ,
a menina sorriu
e depois fugiu
matreira e sorridente
como uma fada displicente
sempre para trás a olhar
o tapete de pétalas douradas
no chão a se esparramar
voa alto , voa longe
sua varinha mágica
no ar a rodopiar
É chuva que vem
é chuva que vai
pétalas caem
Deixando uma mensagem
Pétala a cair
não é vida a se esvair
novas flores irão surgir
e a vida volta a sorrir
edite lima /16/04/2019
Eu te avisei
Tenta não vacilar
Menina eu te avisei
Amor é pra cuidar
Se escapar da mão
Cai no chão
Não tem conserto não
Uma mulher num corpinho de menina
Tão bela feita a mãe natureza
Tão inteligente que até Albert Einstein teve inveja
Tão doce feito o mais puro vinho
Seus olhos transmitem pureza
Sua voz contagia e acalma a alma
Você não tem noção da imensidão
Que você já ocupa dentro do meu coração!
A menina ainda não entendia,
Que seu futuro lhe pertencia.
Mas já despejava naquele estágio,
Lágrimas de alegria.
Pequena Preciosa,
Sei de sua trajetória,
Pequena Preciosa,
Brilha vitoriosa.
MENINA DE SAIA
Menina de saia, menina de trança; contumaz esperança de dias risonhos; de sonhos, de sonhos.
Menina de saia que brinca na praia, estrela do mar á rodar sua saia, na praia, na areia; menina sereia.
Menina moleca, olhar de boneca, daquela que chora. Ciranda cirandinha, brinca de senhora, mulher de mentirinha.
Menina tão linda, que deseja ser mais linda; e ainda que fosse nada mais me encantaria.
Criança mimada, faz beiço por nada e se alegra com tudo; e do mundo sisudo acha graça. Que graça, menina; o teu nada e o teu tudo.
Menina que cresce e a ninfa aparece, menina de saia não mais inocente, de andar cativante e moldura atraente; engodo de incautos machos adolescentes.
Mocinha atrevida que vai pela vida, mulher decidida. Desejos concretos, paixões, desafetos, na estrada que trilha.
Menina senhora, desperta e agora percebe que o tempo não faz convenções, não poupa ninguém, não ama ninguém; ah menina, não chora!
Menina de vestido, de olhar comovido em findas primaveras, nostálgicas eras, de um verão que termina.
Menina formosa com lábios de rosa, imortal beleza, imorredouro viço. Teu sorriso aniquila a sentença de “Chronos”; afinal, após cada amanhecer serás sempre mais, menina.
É COISA DE PELE! - DO LIVRO DIGITAL ILUSTRAÇÃO LEVANDO JESUS - Pra. Eliane
Uma menina estava com medo de dormir sozinha. Sua mãe lhe trouxe uma boneca, conversou com ela e deu-lhe boa noite, mas não adiantou.
Então, sua mãe orou com ela e disse-lhe que os anjos iriam ficar no quarto, mas nada disso deu-lhe confiança e ela começou a chorar:
– Fique aqui comigo, mamãe. Eu não quero a boneca nem os anjos, eu quero alguém com pele.
Se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel – I Timóteo 5.8
No mundo real, nenhum beijo poderia transformar uma solteirona convicta em uma menina de olhos sonhadores.
Segue o teu caminho, menina
Foge dessa gente que não te enxerga
Corre pra longe de quem te acusa, julga
Abre as tuas asas, voa menina
Pra onde o teu coração mandar
Pousa quando for necessário descansar
Busca abrigo em quem você pode confiar
Escreve histórias, muitas histórias
Fica perto de quem te conhece por dentro
São tempos difíceis, menina
Quantas mortes de jovens
mortes mortes mortes
Ninguém se importa
Discursos de ódio
Vidas trocadas por coisas
É tudo tão natural
Lágrimas de mães interrompidas
Só há julgamento, dedo apontado, culpa
Não perde essa tua capacidade de se importar com o outro, menina
Sonha, ainda que te proíbem, sonha
Olha a tua volta, respira
Recomeça todas as vezes que o cansaço da vida te fizer parar
Somos gente, menina
Caímos, levantamos, temos sonhos
Resistimos e nos reiventamos cotidianamente
Segue no teu tempo, menina
Acumula riquezas imateriais
O essencial, ah o essencial
Este, ninguém terá o poder de te roubar
Segue o teu caminho, menina
Menina, segue
Rir menina das coisas ditas bobas e simples que o teu coração insiste em acreditar ser importante. Bonito mesmo é o avesso desses vagalumes que se vestem de gente, diariamente, pra te encantar.