Cuide da sua Menina
A menina com nome de Santa
Faz muito tempo, eu era um adolescente tímido e ela, a menina mais bonita do meu bairro.
Ela se destacava das outras meninas.
Não sei se pelo sorriso, ou pelos cabelos loiros e curtinhos, ou pelos olhos claros amendoados, ou pela voz pausada e descansada, ou pelo corpo escultural metido em shorts jeans, ou pelas pulseirinhas de pedrinhas nos braços e tornozelo...
Ou seria aquele jeito de não estar nem aí pra ninguém?
Não sei!
Ela era diferente!
Ela era interessante!
E eu era gamadinho nela!
-Mas coragem pra me declarar eu nunca tive.
E o tempo passou, minha família mudou de cidadee eu nunca mais a vi e nunca a esqueci!
-Essa menina com nome de Santa marcou a minha vida!
Haredita Angel
24.10.15
Uma história emocionante e cheia de gratidão!
"A menina e o mar: Kemmylle Sanny. Quando tinha apenas 5 anos, se perdeu na praia de Grumari, RJ, em 2000. Os bombeiros conseguiram achá-la. Ela cresceu frequentando o mar.
Daquele dia, eu nunca irei esquecer. O desespero e medo foram uma tormenta, pois nosso maior medo era que ela tivesse ido parar no mar. Mas a graça de Deus foi recíproca e trouxe-a de volta ao nosso lar.
Foi apenas um susto, mas a lembrança daquele momento desesperador pareceu uma eternidade.
E nunca mais quero passar por isso."
L.e.m.b.r.a.n.ç.a.s
Brincadeira literária com palavras e expressões pré-escolhidas
Ainda menina, corria pelas ruas, pés no chão.
Brincava muito; pulava; pedalava bicicleta com guidão alto que atrapalhava o roteiro de minhas andanças.
Quantas vezes, distraída, estatelava-me por cima de pedras e tijolos. Resultado: esfoliação dos joelhos, além da luxação de dedos e tendões.
Tudo isso acontecia em frente à casa da vovó, que dizia ter nascido longe, muito longe. Num lugar muito frio, cheio de mares e de gente feliz!
A cidade em que nasceu se chamava – e ainda se chama -, Copenhagen, dizia vovó sempre contente.
Sua especialidade na cozinha remete-me às melhores lembranças. Lembro de seu inesquecível bolo de chocolate molhado, assim chamado por seus netos.
O bolo foi adaptado com ingredientes da nova terra, dizia.
A calda que recobria o bolo era levemente picante – sua marca inconfundível, cujo segredo nunca fora revelado às suas curiosas comadres, aos parentes e vizinhos.
Quando, nas noites frias, era indagada sobre tal feito, respondia sorridente e com seu sotaque inesquecível:
__ Hej, godnat, tak (1) pur perguntar, ér u cheirrú dáo ’Dinamarrk (2) ki tragú cómiga i, sempre kipóossuû, ponha’ um pitadãñ nu cardã di chucollate’ parra trazerr meo paisse maiss prróximuû...
Para trazer sua Dinamarca mais perto ainda, e brincar com seus ouvintes, emendava umas palavras dinamarquesas, deixando-as mais longas e à moda alemã, como:
__ Speciallaegeprakisplantaegningsstabiliseringsperiode!!!
Todos riam sem entender nada e, provavelmente, naquela altura de sua vida, nem minha avó querida!
(1) Olá, boa noite, obrigada...
(2) cheiro de Dinamarca
Agosto/2022
QUATRO PONTEIOS:
• TEMPOS DE MENINA
• A TERRA E O OUTRO
• FICÇÃO DE CORPOS
• A EMOÇÃO
TEMPOS DE MENINA
Numa tarde perdido hoje no tempo,
Atrapalhada, a menina interpretava histórias.
Como, até hoje,
Tenta essa alternativa,
Mas sem êxito, indaga:
__ Onde, a linha divisória?
__ Onde, reunião de ventos?
__ Onde homens, lutas, seduções e medos?
Buscava ligar o ontem, com o hoje e o amanhã
Ainda difícil em sua memória!
(jan./ 1992)
A TERRA E O OUTRO
Trabalhar com a terra
Não é trabalhar na terra
E nem planetas.
É a forma enviesada de aprendizado
Para, no decorrer dos tempos,
Ir tomando posso de todos os seres!
(Jan./ 1992)
FICÇÃO DE CORPOS
Ai cidadezinhas...
aquela cidade da infância minha
tão apegada na memória
e cheia de pegadas.
Marcas de grandes ânsias e desejos.
Hoje, cidade grande, com pouco alento,
busco pelos caminhos do país
a raiz do pai e do bairro
operário onde cresci.
(jan./ 1992)
EMOÇÕES
A emoção acabou?
__ Não, beija-flor!
Maços de rosas
espalhadas na pele
vermelhas e sem fim.
Odor à natureza,
Querendo sair de dentro de mim.
(jan./1992)
Casa de meu pai e cinzas
*
Adentro a casa habitada por meu pai desde menina
- agora espírito!
Estranho a sua ausência...
Onde está o ser vivo
de matéria carbonada de infinitos?
*
Dos céus, estrelas caem, cadentes,
sobre minha existência.
Deixam-me a pensar na vida:
__ Como pode, aquele ser,matéria viva,
ser hoje, espalhadas cinzas?
*
Enfim, a madrugada finda...
*
2024
Tem dias que para e penso, aquela mulher era a menina de outros tempos? não seu moço, é a mesma menina, com algumas diferenças, tomou a vida num grande gole, sonhou sentimentos e amou primeiro ela mesma, construiu uma mente grande do tamanho do mundo, esticou o tempo num sorriso tão lindo que ele se envergonhou de chegar até ela e modificar sua face, abraçou tantos ventos que depois de uma grande tempestade ela sabia onde fazer morada em dias quentes, e chorou no escuro até o brilho dos seus olhos acender sua alma e se descobrir luz permanente, de menina a mulher num passe de mágica, transmutou-se de carvão em diamante diante dos desafios de ser autenticamente feliz.
Quero voltar aos anos 80 para encontrar a menina que fui, porém, a mulher que sou não me deixa perder tempo romantizando o passado, ela pretende criar seu próprio Rock in roll, sem lamentar os momentos passados, mas com o paladar de quem já sabe muito bem o que quer...
😉 Vamos que vamos ✋
Água Preta Menina Flôr
Liko Lisboa
Esse ano eu vou
Pra água preta menina Flôr
Rever os amigos e andar
Pelas ruas de nossa cidade
Lembrar da infância e do tempo
Bom da nossa juventude
Jogos de queimada na rua
Futebol e bola de gude
Dos encontros festivos na praça da liberdade
Do labamba e Zé Astória
Lembranças e boas histórias
No líder bar tocava música bacana
Bola Branca e Danúbio azul
Barbudo e os carnavais
Tempo bom que não volta mais
No líder bar tocava música bacana
Bola Branca e Danúbio azul
Saudade dos amigos
Itanhém eu te amo demais
Refrão.
Esse ano eu vou
Pra água preta menina Flôr
Rever os amigos e andar
Pelas ruas de nossa cidade...
"Era a menina que lia
Lia de tudo
Lia o que via, aquela menina
Todo dia ela lia
Lia tanto, que teve encanto
Certa vez, criou asas e voou
Então, o chão já não mais existia
Já não corria
Vivia voando, aqui e ali
Quanto mais lia, mais ligeira voava
Quanto mais voava, ria mais que chorava
Lia e voava
Quanto mais lia, mais alto voava
Quanto mais subia, parecia que ela sumia
Quanto mais alto voava, tudo parecia e tudo desaparecia
Quanto mais e mais ela lia, tudo desaparecia e tudo aparecia"
Olhar da Menina, Casa 07
Raios
De sol
No olhar
Meiguice
De pureza
Sem pudor
Generosa
Vênus
Lira
Que
Aos fortes
Adormece
No que
Parece
Morrer
Enternece
Raios
No olhar
De sol
Doçura
De brilho
De luar
Que tudo
Por tudo
E atudo
Meu fim
Jeito de menina
Não basta apenas observá-la é necessário compreendê-la ela não é uma menina perdida , mas sim a mulher por trás desse olhar. Foi no balançar que ela se transformou e hoje leva no rosto o sorriso peralta e o jeito faceiro de menina.
Poesia de
Islene Souza
Enviado por Islene Souza em 29/06/2016
Código do texto: T5682284
Classificação de conteúdo: seguro
Se você deixou passar
Sinto muito por você
Ela cresceu, não é mais aquela menina
Aguenta coração
A menina evoluiu
Cheia de charme, anda por aí
Ela dança como ninguém
Um equilíbrio que assusta
Toda poderosa
Empoderada
Mulher de valor
Decidida, ela é foda!
A menininha já foi,
Só existe a mulher.
Poesia de Islene Souza
Desabrocha linda menina
Não se preocupe com as dores
Vale muito o resultado
És bela como ninguém
Suas cores são perfeitas
Um encanto aos olhos bons
Voa por aí
Encante, cante
Dance plainando
Sua dança envolvente
Que cativa sem esplanar
Doce seu olhar
Não precisa falar
Basta sinalizar
De flor em flor
Um nectar desgustar
Sinta os delírios formosos
Ela sabe conquistar
Doce menina, leve como uma pétala
Forte como um touro
Desrespeitar seu valor
Um erro que causa dor
Uma vez conquistada
Ela sabe dar amor.
Poesia de Islene Souza
Vivo com uma doença, que se chama paixão.
Vivo morrendo, por causa de uma menina que tomou meu coração.
Porque amor é sofrer ?
Porque sofrer é amar.
Será que é por causa de te vê e não pode te beijar.
Quantas vezes eu te vi e não pude te tocar.
Quantas vezes eu sofri por querer tanto te amar.
Não preciso provocar
Pra chamar sua atenção
Com meu jeito de menina
Você fica na minha mão
Minha mente tá fora de alcance
Fica ligado, comigo vai ter só uma chance
Só notei
naquele momento
lendo seu verso
que me reconheço
na menina que não
pode chorar...
Escrevo agora, já mulher
deixando ir
as lágrimas que guardei.