Cuidados
Muitas vezes marchamos por caminhos sem os cuidados dos avisos sentidos e, sem ao menos percebermos, estamos na repetição dos mesmos equívocos do passado.
Então, o tempo nos é concedido para meditarmos e
para sentirmos o que Deus nos oferece e só depois de amadurecidos os nossos sentimentos e termos eliminado os fantasmas do passado estaremos prontos para nova vida.
Ninguém poderá nos salvar das nossas dores, dos nossos desencontros.
Somos os únicos responsáveis por aquilo que temos e resultante de nossas escolhas.
Como num quarto escuro não encontro saída. Ver-te assim tão bem sem meus cuidados dilacera meu coração, deixa-o em pedaços.
Aiii amar!
Tão complicado, amar alguém sem ser amada.
Amar requer cuidados, amar alguém é se dedicar por inteiro...
Amar de verdade é um ato inexplicável... Só quem ama ou amou alguém
Um dia sabe!
Ame, mas ame carinhosamente com um pouco de lentidão por que sem cuidados e sem carinhos nascem dúvidas em um coração e também sem lentidão não se tem o gosto do amor que se deve ter;
Pois como um bom amante dos sentimentos é preciso haver competências que abre o singelo momento de amor;
Os sentimentos não procura a velocidade e sim o sentido de ser;
É verdade é amor.
Mas não esse amor de desejos fiscos, é um amor de alma e de cuidados.A cada dia que passa eu sinto que eu sou seu anjo.
Sou uma alma repleta de penas.
Um cisco neste grande deserto vivo
movimentando com os cuidados detalhados para não me assentar nos olhos alheios com os vários ciscos dos meus ais.
Sou como uma rara flor que precisa de cuidados
Venha me regar
venha me podar
venha me amar
venha me admirar.
Talvez tudo que eu precise agora é do seu carinho, seus cuidados, seus abraços.., e principalmente: Seu amor(..,)!
ACALANTO
Muito antes de eu nascer já me acordavas com cuidados
Um anjo me designastes, antes de minha mãe pegar-me.
Ele me segurava quando eu corria rumo ao despenhadeiro
Ou quando me declinava sobre o precicípio.
Me embalava com canções compostas aí,
Serestas e acalantos, dormia ouvindo-os
Para aplacar minhas investidas nos caminhos da cruz.
De noite eu sentia cada passagem do Arcanjo
Sob minha rede armada no entrar do quarto,
E se ausentar nas estradas altas par o céu.
Após e tardiamente, uma mulher deitou-se do meu lado
Tinha uma forma de anjo fêmea,
E na minha vida, já se diminuíam os cuidados do tempo.
Se não for do puro atrevimento, manda-me o teu anjo
Para que cuide de minhas feridas expostas,
Para que resfrie a minha boca:
Há momentos em que mesmo a vontade não me convence
É necessário que eu te veja inteiro, rente aos meus olhos
É preciso que eu me veja em ti
E que encare os sofrimentos como um sol claro
A tua luz subindo e descendo sobre minha vida.
Manda o teu anjo que com ele eu aprendi a falar
De coisas que por aqui, nas divagações de mim,
Não mais sei contar a ninguém
Nem mesmo à mulher que dorme comigo
Nem mesmo o homem que soube ser meu pai.
Não és tu meu pai, que já flutua, que já é anjo
Meu pai, de verdadeira saudade lá bem de dentro de mim.
Manda-me essas pessoas todas
Para fazerem um coro, para eu poder dormir.
Ao falarmos de Cuidados Paliativos, indiscutívelmente estaremos falando de Cicely Saunders. Nascida em Londres, iniciou os seus estudos superiores de filosofia, economia e política em Oxford. Entretanto, com a eclosão da II Guerra Mundial, ela deixa Oxford e ingressa na Escola do St. Thomas’s Hospital Nightingale School, em Londres, para estudar enfermagem. Devido a problemas de coluna, é aconselhada pelos seus professores a fazer Serviço Social, mantendo o trabalho com enfermos.
Em 1947, conhece David Tasma, um judeu polonês com cerca de 40 anos, que morria de câncer no hospital, sem família e com poucos recursos. Juntos partilharam o sonho de cuidar com dignidade de pacientes terminais.
Após a morte de Tasma, Cicely dedicou-se intensamente aos pacientes do Hospital St. Lukes, passando a trabalhar também como enfermeira. Parte para um novo desafio quando, um dos seus chefes, o Dr. Howard Barret, diz-lhe que se o seu objetivo é o de ajudar as pessoas, então ela teria de estudar medicina, pois, são os médicos que abandonam os seus doentes. Assim, aos 40 anos, conclui seus estudos de medicina no St. Thomas’s Hospital Medical School, trabalhando no St. Joseph’s com doentes terminais, entre 1958 e 1965.
Em 1967 funda em Londres o St. Christopher’s Hospices, hoje paradigma de Cuidados Paliativos no mundo. Um local onde os enfermos podem estar acompanhados de seus familiares e cuidados por uma equipe multiprofissional, com atenção à dor e aos demais sintomas físicos, psíquicos, sociais e espirituais.
No inicio da década de 70, Elizabeth Kubler-Ross (08/07/1926 – 24/08/2004), psiquiatra suíça, radicada nos EUA, famosa mundialmente por seus escritos e trabalho com a terminalidade da vida, conhece Cicely Saunders e introduz o estudo da Tanatologia na área médica e também dá grande impulso aos hospices nos EUA.
Cicely Saunders faleceu, aos 87 anos, no Saint Christopher's Hospice, no dia 14 de julho de 2005. Madame Saunders foi a primeira especialista no manejo de sintomas e em dar aos cuidados paliativos grande parte da dignidade que têm.
Em 1982, o Comitê de Câncer da OMS define, para todos os países, políticas relativas ao alivio da dor e aos cuidados tipo Hospice para doentes com câncer.
Atualmente os Cuidados Paliativos estão dirigidos para o conforto de todos os doentes incuráveis, e não apenas os de câncer. A última atualização da definição de Cuidados Paliativos ocorreu em 2002, pela Organização Mundial de Saúde (OMS):
“Cuidados Paliativos é a abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento, o que requer a identificação precoce, avaliação e tratamento impecável da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”.
ALGUNS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DOS CUIDADOS PALIATIVOS
"A partir da definição de Cuidados Paliativos da OMS de 2002, temos os seguintes princípios fundamentais, a saber:
Os Cuidados Paliativos:
A. Valorizam o atingir e manter um nível ótimo de dor e administração dos sintomas. Isto exigirá uma avaliação detalhada de cada doente, levando em conta sua história detalhada, exame físico e pesquisas se apropriado. Os doentes devem ter acesso imediato a toda medicação necessária, incluindo uma variedade de opióides numa gama de formulações.
B. Afirmam a vida e encaram o morrer como um processo normal. O que todos nós partilhamos em comum é a realidade inescapável de nossa morte. Os pacientes que solicitam Cuidados Paliativos não devem ser vistos como falhas médicas. Os Cuidados Paliativos visam assegurar que os doentes sejam capacitados e encorajados a viver sua vida de uma forma útil, produtiva e plena, até o momento de sua morte. A importância da reabilitação, em termos de bem-estar físico, psíquico e espiritual, não pode ser negligenciada.
C. Não apressam e nem adiam a morte. Intervenções de Cuidados Paliativos não devem ser para abreviar a vida prematuramente. Da mesma maneira que as tecnologias disponíveis na moderna prática médica, não são aplicadas para prolongar a vida de forma não natural. Os médicos não são obrigados a continuar tratamentos que são considerados fúteis e excessivamente onerosos para os pacientes. Da mesma forma, os pacientes podem recusar tratamentos médicos. Em Cuidados Paliativos, o objetivo é assegurar a melhor qualidade de vida possível. Quando o processo da doença conduz a vida para um final natural, os doentes devem receber conforto físico, emocional e espiritual. Especificamente, presta-se atenção para o fato de que a eutanásia e o suicídio assistido não estão incluídos em nenhuma definição de Cuidados Paliativos.
D. Integram aspectos psicológicos e espirituais dos cuidados do paciente. Um nível elevado de cuidado físico é certamente de vital importância, mas não suficiente em si mesmo. A pessoa humana não se reduz a uma mera entidade biológica.
E. Oferecem um sistema de apoio para ajudar os pacientes a viver tão ativamente quanto possível, até o momento da sua morte. Neste sentido, é importante ressaltar que o paciente estabelece os objetivos e prioridades. O papel do profissional da saúde é capacitar e assistir o paciente em atingir seu objetivo identificado. É evidente que as prioridades de um paciente podem mudar dramaticamente com o tempo. O profissional deve estar consciente dessas mudanças e responder conseqüentemente.
F. Ajudam a família em lidar com a doença do paciente e no luto. Em Cuidados Paliativos a família é uma unidade de cuidados. Neste sentido, os membros da família terão suas questões e dificuldades, que devem ser identificadas e trabalhadas. O trabalho em relação ao cuidado com o luto se inicia bem antes do momento da morte do doente.
G. Exigem uma abordagem em equipe. É evidente que do exposto até o momento nenhuma pessoa, ou disciplina somente, pode adequadamente lidar com a gama e complexidade das questões que surgem durante o período de cuidados paliativos. Embora a equipe central consistindo de um médico, enfermeira, assistente social possa prover o cuidado, é necessária a colaboração de uma gama maior de profissionais da área médica, de enfermagem e outros aliados. Para que esta equipe trabalhe de forma coesa, é criticamente importante que se tenham as metas e os objetivos partilhados, bem como meios rápidos e efetivos de comunicação.
H. Buscam aprimorar a qualidade de vida. Esta questão da qualidade de vida atraiu muito interesse de pesquisa nos últimos anos. É importante reconhecer que isso não é simplesmente uma medida de conforto físico ou de capacidade funcional. Antes, trata-se de algo que somente pode ser definido pela pessoa doente, e é também algo que pode se alterar significativamente ao longo do tempo.
I. São aplicáveis no estágio inicial da doença, concomitantemente com as modificações da doença e terapias que prolongam a vida. Historicamente, os Cuidados Paliativos foram associados com os cuidados oferecidos a doentes de câncer próximos da morte. Reconhece-se que os Cuidados Paliativos têm muito a oferecer aos pacientes e familiares no estágio inicial do curso da doença, pelo menos a partir do momento em que se atinge o estágio avançado da doença e a progressão não pode ser evitada. Isto exige que os serviços de Cuidados Paliativos estejam intimamente integrados com toda a gama de serviços de saúde, seja no hospital ou em instituições comunitárias."
Saudade do que foi e não volta mais. Saudade do tempo perdido, da infância vivida, dos cuidados dos pais, da risada com os amigos, das brincadeiras de criança e até das briguinhas por causa de besteirinha. Saudades da casa que moramos e que fomos realmente felizes, dos nossos avós saudáveis e dos nossos animais de estimação que já partiram. Por que o tempo tem que passar? Por que mudanças tem que acontecer? Por que temos que crescer? Por que temos que morar longe dos nossos pais? Por que temos que aceitar a partida deles? Por que temos que lutar sempre com a vida? Como seria bom se nela fossemos sempre crianças, protegidas pelos nossos pais e tendo a certeza de que nenhum sonho ruim iria nos incomodar a noite. Como seria bom ter sempre as festas de pijamas, levar brinquedos para a escola toda sexta-feira e encontrar com nossos avós quando quiséssemos. A vida é cruel, o tempo passa, crescemos, nossos queridos se vão, nos tornamos pessoas vazias atrás de sucesso profissional e psicológico. Atrás de um sucesso que nunca nos traz satisfação, atrás de um sucesso que é em vão, porque a verdadeira satisfação da nossa vida foi a nossa infância e no final percebemos que somos fortes por fora e frágeis por dentro a ponto de chorarmos nos braços dos nossos pais e dizer que temos medo de seguir adiante. Fui crescendo e aprendi que a saudade que mais dói, é a saudade do NUNCA MAIS. Temos que ser obrigados a olhar para frente e de vez em quando abraçar nossos brinquedos antigos e lembrar do quanto fomos e somos crianças prestes a implorar para Deus a volta do tempo perdido.
Tu és brincalhona, risonha, pimenta nova, mas quando se trata de mim, seriedade e cuidados transformam completamente o teu ser como se necessário fosse guardar bem guardado algo de grande valor para ti, sim, uma pérola nova, é o que sou, nunca, jamais deixei de ser, nesse teu meigo e lindo coração, que no doce cheiro do amor, dia a dia se renova.
É preciso de exemplos;
É preciso de cuidados;
É preciso de esperança e fé;
Mas o que realmente precisamos é de vergonha na cara;
Boa noite!
Que possamos encontrar consolo e segurança na certeza de que somos amados e cuidados como a menina dos olhos de Deus. Que possamos buscar refúgio debaixo de Suas asas, onde encontramos paz e proteção. Que, em meio às lutas e desafios diários, possamos nos lembrar do amor de Deus e confiar Nele, como nossa fonte de esperança e segurança...
- Edna Andrade
Os cuidadores precisam de cuidados. Visite-os e seja amigo de maneira prática; ouça-o. Eles passam por momentos difíceis e precisam conversar, precisam de alguém que não fale o tempo todo de como as coisas vão melhorar e que tudo isso vai passar um dia.
A chave do sucesso é a autodisciplina. Tem que começar só por 'nós', todos os cuidados, algumas renúncias, um preparatório intenso. Nunca é culpa de ninguém, é alguma coisa que faltou em nós, na nossa preparação que tem que ser intensa. Pra caminhar. Pra conseguir. Pra se manter.
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