Cuidado com Pessoas Boazinhas
Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.
Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.
Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.
Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.
Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.
Nota: Trecho da crônica "A Alegria na Tristeza" de Martha Medeiros.
Eu já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer.
Eu já caí de bicicleta.
Eu já me marquei por um nome.
Eu já servi de consolo.
Eu já brinquei de Barbie.
Eu já brinquei de carrinho.
Eu já viajei sozinha.
Eu já chorei ao ver amigos partindo, mas depois descobri que logo chegam novos e que a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Eu já cortei meu cabelo mais do que eu queria.
Eu já chorei por um menino.
Eu já ri de de várias pessoas.
Eu já viajei com meus amigos.
Eu já abracei com ódio.
Eu já fui estúpida.
Eu já tive cólicas.
Eu já inventei desculpas pra faltar algum compromisso.
Eu já tomei banho de chuva.
Eu já briguei com meus pais.
Eu já prometi e não cumpri.
Eu já chorei por um brinquedo.
Eu já sei o valor do que se perde.
Eu já perdi amigos por besteira.
Eu já me queimei na panela.
Eu já ri pra não chorar.
Eu já me cortei.
Eu já ignorei.
Eu já me senti ignorada.
Eu já sei o que é certo e o que não é.
Eu já sei que nem sempre eu faço o certo.
Eu já peguei conchinhas na praia.
Eu já dormi chorando.
Eu quase tirei um zero.
Eu já brinquei de ser feliz.
Eu já me fiz de vítima.
Eu já tive gripes de ficar de cama.
Eu já tive momentos secretos.
Eu já rolei na grama.
Eu já comi demais por estar angustiada.
Eu já precisei de atenção.
Eu já condenei sem ter autoridade.
Eu já me chateei por telefonemas.
Eu já tentei ser o que eu não sou.
Eu já achei que tudo era pra sempre.
Mas descobri que o "pra sempre" sempre acaba.
Em meio a tudo isso, e a despeito de tudo isso, Eddie adorava o pai, porque os filhos adoram seus pais, independentemente do mal que eles lhes possam causar. É assim que aprendem a devoção. Antes de se devotar a Deus ou a uma mulher, um menino se devotará ao seu pai, por mais insensato e inexplicável que isto possa ser.
- Que você morreu? - disse a velha senhora, sorrindo. - Faleceu? Partiu? Foi falar com Deus?
- Morri - ele disse, suspirando. - E isso é tudo o que eu lembro. Depois a senhora, os outros, tudo isso. A gente não devia ter paz quando morre?
- Temos paz - disse a mulher - quando estamos em paz com nós mesmos.
As pessoas dizem que "encontram" o amor, como se o amor fosse um objeto escondido atrás de uma pedra. Mas o amor assume muitas formas, e nunca é o mesmo para cada homem e cada mulher. O que as pessoas encontram, então, é um certo tipo de amor. E Eddie achou um certo tipo de amor com Marguerite, um amor agradecido, um amor profundo apesar de silencioso, o amor que ele conhecia, acima de tudo, insubstituível. Depois que ela se foi, seus dias perderam o viço. Ele fez seu coração adormecer...
E nesta fila um velho de suíças, com um boné de pano e um nariz adunco, esperava, num lugar chamado Concha Acústica Chão de Estrelas, para partilhar a sua parte do segredo do céu: que cada vida afeta a outra, e a outra afeta a seguinte, e que o mundo está cheio de histórias, mas todas as histórias são uma só.
Nenhuma historia existe isoladamente. As historias as vezes se justapõem como azulejos numa parede, as vezes se justapõem umas as outras como pedras no leito de um rio.
“Os clientes estão mais poderosos do que nunca e reinam absolutos, conscientes de seus direitos. Quando descontentes com uma empresa, divulgam suas experiências em sites, blogs e redes sociais ou procuram seus direitos nos órgãos de defesa do consumidor. Por isso, precisamos saber o que devemos ou não fazer para que nossa maneira de atender seja única e conquiste a confiança das pessoas que atendemos.”
Pessoas como você
Procuramos a cada dia encontrar pessoas que sejam compatíveis com os nossos anseios. É próprio do ser humano desejar conhecer quem possua as mesmas ideias ou tanto em comum, embora a diversidade, muitas vezes, enriqueça culturalmente.
Na jornada da vida caminhamos por sinuosas estradas que nos fazem conhecer pessoas com prazer de viver e as que infundem tristeza. Aquelas repletas de carinho ou carentes. Obstinadas, autênticas, amigas, amantes. Porém, ainda que muitas cruzem nosso trajeto, não nos privam do afã de encontrar pessoas como você. Essa extraordinária mulher que consegue reunir tantos adjetivos sem pedir licença. És linda, audaz, inteligente, amiga, carinhosa; apenas como sumário de uma tese enciclopédica cujo fim desconheço. Fonte inesgotável de magia, encanto e mistério! São incontáveis as fantásticas sensações de encontrar pessoas como você! Incrível, mas consegues resumir todas em apenas dez letras: f-e-l-i-c-i-d-a-d-e!
Agradeço a Deus por conhecer a cada dia um pouco mais a seu respeito. Pessoas como você deveriam existir na vida de todos! Aliás, obrigatório no currículo escolar desde a alfabetização: conhecer pessoas geniais! Complexo, não? Talvez porque sejam como diamantes, minerais preciosos difíceis de encontrar cujo brilho inigualável nos remete a um oásis ou, ainda, quem sabe, sejam como pérolas, protegidas pela concha fascinante da vida. É você! Um carinho, uma força, imagem da perseverança. É você! Um louco desejo de deixar fluir o amor existente dentro de si permeando a vida daqueles que a cercam de êxtase infindo. Sim, assim é você! Uma pessoa que merece todo o respeito e admiração que o Universo pode oferecer. Linda mulher cujas palavras pronunciadas mais parecem notas harmonizadas de uma doce melodia, suave, daquelas que fazem suspirar. Delicada dama que faz até mesmo o sol invejar-se com a luz que você irradia. Pintura-mor dos sentimentos mais louváveis. É você, pessoa encantadora e encantada que faz feliz a mim e todos que estão ao seu redor, simplesmente por ser um sonho!
O que faz a gente continuar, além do grande amor que Deus tem por nós? São as pessoas especiais que nos querem bem, que chegam para iluminar as nossas vidas. São aquelas pessoas que nos dizem através de um simples olhar: sou feliz por você existir! Pois é, eu também sou feliz por tê-las comigo, por tê-las em mim.
Aprendi que discussão realmente não tem utilidade alguma, no final das contas as pessoas vão acreditar nas próprias conclusões. Então hoje me reservo ao direito de apenas contar a verdade, e conclua oque quiser.
Intimidade
As pessoas vivem toda a sua vida a acreditar no que os outros dizem, dependentes dos outros. É por isso que têm tanto medo da opinião dos outros. Se eles pensam que você é mau, torna-se mau. Se o condenam, começa a condenar-se. Se dizem que é pecador, começa a sentir-se culpado. E, como depende da opinião deles, é obrigado a conformar-se constantemente com as suas opiniões; senão eles mudarão de opinião. Ora isso cria uma escravidão, uma escravidão muito subtil. Se quiser ser considerado bom, digno, belo, inteligente, tem de fazer concessões, tem de se comprometer continuamente com as pessoas de quem depende.
E levanta-se um outro problema. Como há muitas pessoas, elas estão sempre a alimentar a sua mente com diferentes tipos de opiniões — opiniões conflituosas, ainda por cima. Uma opinião a contradizer outra opinião — daí que exista uma grande confusão dentro de si. Uma pessoa diz que você é muito inteligente, outra pessoa diz-lhe que é estúpido. Como decidir? Então fica dividido. Fica com dúvidas sobre si próprio, sobre quem é... uma ondulação. E a complexidade é muito grande, porque há milhares de pessoas à sua volta.
Você está em contato com muitas pessoas e cada uma delas mete a sua ideia na sua mente. E ninguém o conhece — nem você mesmo se conhece —, pelo que toda essa coleção se amontoa dentro de si. É uma situação de enlouquecer. Tem muitas vozes dentro de si. Sempre que se pergunta quem é, surgem muitas respostas.
Algumas dessas respostas serão da sua mãe, outras serão do seu pai, outras ainda do professor, e assim por diante e assim sucessivamente, e é impossível decidir qual delas é a resposta certa. Como decidir? Qual o critério? É aqui que o homem se perde. Chama-se a isto ignorância de si próprio.
Mas como depende dos outros, tem medo de entrar na solidão — porque no momento em que começar a entrar na solidão começará a ter muito medo de se perder. Em primeiro lugar, você não se tem a si próprio, mas, qualquer que seja o eu que criou a partir da opinião dos outros, tem de o deixar para trás. Daí que seja muito assustador interiorizar-se. Quanto mais fundo for, menos saberá quem é. É por isso que quando procura conhecer-se realmente a si próprio, antes de o conseguir terá de abandonar todas as ideias que tem sobre o seu eu. Haverá um hiato, haverá uma espécie de coisa nenhuma. Tornar-se-á uma não-entidade. Sentir-se-á completamente perdido, porque tudo o que conhece deixará de ser relevante e aquilo que é relevante ainda não conhece.