Crônicas sobre Futebol
SAO MARCOS
Santo em nome, bíblico em atuações, abençoado entre dois postes laterais, canonizado por sua torcida,
oriundo da miúda Oriente, nascia em agosto de 1973, no berço da segunda academia, uma grande alma palestrina,
jamais haverá outro futebolista, tão sincero, humilde e amado por seus devotos, todos devedores dos milagres recebidos,
perdoe a quem não tem direito, profanar a ti, as mais absurdas tiranias, como bem sabes, nem todos são justos em divididas.
Tu foste o maior, nesta respeitada academia, goleiros colossais, algoz do nosso maior rival, superaste todas as crises,
honraste tanto essa camisa divina, mil pares de chuteiras, nós daríamos, também lhe serviríamos um cafezinho, quem negarias?
suas falhas, admitidas, se em Tokyo marcaste um dia triste, milagres concedidos por tuas mãos, iluminaste a trajetória, glórias,
o maior do continente, Libertadores, tua sina era defender pênaltis, e defendeu tantas vezes, Marcos, o Santo de Palestra Itália.
Tíbia, tornozelo, adutor, antebraço, punho, clavícula, tantas lesões, adiantaram o fim das dádivas no gramado, multiplicou-se os milagres,
sempre voltaste, superior, digno dos grandes fenômenos do futebol, os diversos desafios, os menosprezos midiáticos, os maiores motivadores das vitórias,
ninguém lhe ensinaste, que para ser esculpido em busto, lhe custaria tantas dores, e duas décadas, dedicadas ao maior alviverde do mundo.
Herói, o décimo segundo número na camisa, o primeiro alvejado em derrotas, só para que foste exaltado, se humilhado, subestimado, tantas vezes beatificado,
seu jeito, nem tanto santo, o talento consagrado de arqueiro, rendeu o mundo aos pés, em pleno território asiático, espantaste um fantasma, presenteaste a nação,
tantos lhe prestam até hoje admiração, alviverdes, procissão e canonização, muito pouco, a quem ensinaste, o que é ser palmeirense, em campo, alma e coração.
Poesia por J.G.B
Num mundo muitas vezes dominado pela euforia coletiva em torno de vitórias desportivas ou conquistas notáveis, opto por trilhar um caminho mais discreto em busca da realização pessoal. Não me deixo levar por essas euforias passageiras, pois encontro a minha satisfação nas pequenas coisas da vida, nas conquistas diárias que podem passar despercebidas aos olhos do mundo.
A minha realização não está vinculada aos feitos de outros, seja um clube desportivo ou qualquer outra entidade. Em vez disso, encontro validação na simplicidade do dia-a-dia, nas relações significativas que construo, nos desafios que supero e no crescimento pessoal que alcanço silenciosamente.
Ao escolher esta abordagem mais discreta, encontro uma sensação genuína de realização que é intrínseca e duradoura. Não sinto a necessidade de projetar a minha felicidade ou sucesso através das realizações alheias, pois compreendo que a verdadeira plenitude vem de dentro.
Assim, enquanto o mundo celebra as grandes vitórias e conquistas notáveis, eu encontro a minha própria versão de sucesso nas pequenas vitórias da vida quotidiana, sabendo que são essas experiências que verdadeiramente enriquecem o meu caminho.
Meu avô, Aristides, não viu o 7 a 1. Foi poupado do maior vexame da história da canarinho. A seleção verde e amarela amarelou em casa e azedou. Ja vão fazer 10 anos dessa copa. Meu avô também não viu o time Estrela do Norte ser campeão Estadual no mesmo ano do 7 a 1. Para quem aguardava o Hexa, ver pelo menos o Estrela Cachoeirense brilhar, foi bom. Meu avô, botafoguense, converteu meu irmão para torcer para o time da estrela solitária. Um artista, tinha até nome artistico, "Tidin". Meu avô era uma figura, uma estrela. Solitário, percebo que assim costuma ser o destino de grandes nomes, ao envelhecer, jogadores antes consagrados, ficam de "escanteio", cantores perdem o "palco", artistas outrora consagrados, não tem mais os holofotes. São lembrados somente quando estão entre as nuvens, as estrelas, deuses, e santos, pretos e brancos, como Pelé e Maradona, anos luz de distancia de nós. Graças ao meu avô, e o tio dele, vindo de São Paulo, me tornei São Paulino. Ganhei um uniforme do time tricolor paulista quando eu era pequenino. Aquele simbolo bonito, 3 cores, preto, branco e vermelho. 5 estrelas, foi amor a primeira vista. Presenciei uma fase excelentíssima do São Paulo. Mas por coincidencia, quando vovô foi "brilhar" no céu, meu São Paulo parou de brilhar aqui na Terra. O Botafogo dele, não andava muito bem das pernas, mas quem sabe agora engrena. O Estrela do Norte faz o que pode, o futebol no Espirito Santo não é o forte. Quem sabe no futuro melhore, com investimentos da capital, Vitória, Amém! Ver o 7 a 1 foi doloroso demais, Ja vi 6 copas do mundo (contando a de 2002, bendita copa, embora eu tivesse 4 anos). Não sei, sinceramente, se verei o Brasil ganhar mais uma estrela. Acho que meu avô me fez ser São Paulino para eu acostumar com 5 estrelas no simbolo. Utilizando as palavras de "São Paulo", o apostolo, aos Filipenses: "Para que vocês não tenham nenhuma falha ou mancha. Sejam filhos de Deus, vivendo sem nenhuma culpa no meio de pessoas más, que não querem saber de Deus. No meio delas vocês devem brilhar como as estrelas no céu." (Fp:2,15). Que eu possa ser essa estrela e brilhar.
- FELLIPE, o LOBATO
Brasileiro precisa aprender a ser patriota também pelo país, e não só em Copa. Falo isso não é de agora, mas há anos!
O Brasil precisa aprender a ganhar o jogo em outros campos que não só estes de gramado verde... Pra quando perdermos uma Copa, não chorarmos de desgosto como alguém que perdeu a única esperança.
Precisamos ser respeitados e admirados lá fora não só pela bola no pé, como também pela força de um povo que luta por sua nação.
O dia em que nosso país evoluir como nação (se é que isso vai acontecer um dia), o futebol não mais será a única alegria do povo, nem tampouco parâmetro de patriotismo... Será apenas o que de fato é para os países de primeiro mundo: nada mais que um entretenimento. Onde eles participam, ganhando ou perdendo agradecem, e vão embora de cabeça erguida; porque o melhor eles fazem dentro do país deles e para o benefício real de todo seu povo.
"Futebol é a coisa mais importante das menos importantes".
O técnico Tite, com sua saída do campo após a derrota e consequentemente a eliminação, teve a exata atitude de quem quis se eximir da responsabilidade. O lamentável abandono foi uma clara transferência de culpa! Não precisa ser do esporte para entender essa linguagem corporal.
Ficou claro que o descontentamento dele não foi com ele próprio, mas sim com seus liderados. No entanto, um verdadeiro líder jamais agiria de tal modo! Sua decepção pessoal não poderia ter sobreposto - tão evidentemente - a chateação de toda equipe e dos torcedores, pois ele não foi o único que perdeu. Porém, nitidamente, foi o que mais fracassou!
Tal postura só demonstrou toda a vaidade, egoísmo e soberba de alguém que não tem preparo, nem tampouco a personalidade ideal, para ocupar um cargo de comando.
Copa do mundo não é só futebol, assim como não é só sobre vitória.
Nem todo Reinado acaba com a morte de um Rei, pois nem todo Rei pode ser sucedido. Assim será com sua majestade Pelé.
Que o céu tenha o mais perfeito dos campos de futebol, com toda a grama sentindo-se orgulhosa e pouco merecedora de receber a pisada dos pés mais famosos do planeta.
Vai Pelé, faça seu gol enquanto vê a trave, naturalmente, se curvando a você, um Rei, "nosso" Rei.
(Renata Fraia - 29/12/2022)
Urubu no Peito: O Gigante Rubro-Negro
O Flamengo é paixão,
E o coração do rubro-negro pulsa forte,
Com cada vitória, cada gol,
E toda a glória que na camisa reporte
Desde Zico até Gabigol,
O manto sagrado sempre foi honrado,
Com craques, títulos e muita emoção,
O Flamengo é um time abençoado.
A torcida é uma Nação,
Que não para de cantar e vibrar,
E em cada jogo faz a diferença,
Fazendo o time sempre avançar.
O Maracanã é a casa do Mengão,
E o gramado é o palco da paixão,
Onde a torcida canta e vibra,
E o Flamengo mostra sua tradição.
Que o Flamengo continue a brilhar,
E a história seja sempre reescrita,
Com muitas vitórias, títulos e alegria,
Para a torcida a mais temida.
Chamas Rubro-Negras: A Voz da Paixão
No manto rubro-negro, destino traçado
Flamengo, paixão que nunca se apagou
Uma vez Flamengo, coração inflamado
Orgulho rubro, amor que jamais findou
Regata da vida, emoção que contagia
Mata, maltrata, arrebata o coração
No gramado, consagrado, alegria
Flamengo, eterna exaltação
Fla-Flu, rivalidade acesa
"Ai Jesus" nos lábios a ecoar
Flamengo, fogo e amor na certeza
Hino vibrante, orgulho a celebrar
Desgosto profundo, sem Flamengo no mundo
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo
Vibra, é fibra, peso que encanta
Nas veias, amor que nunca se espanta
Flamengo, no peito, alma enlaçada
Brilho intenso, glória a despertar
Uma vez Flamengo, vida consagrada
A voz da nação, eternamente a cantar.
Tempo ao Tempo.
Torcedores.
É fácil explicar a paixão dos torcedores para o seu clube, ou seleção: eles entram e campo... e jogam.
Com um outro olhar, os torcedores passam uma procuração mental para os atetlas que os representam em campo.
Dificil é explicar a abominável violência entre os torcedores nas arquibancadas dos estádios.
aFInFA-lhe WORLD sock
Se queres ser o jogador-chave,
Não mandes à trave!
Para atingir o pináculo,
É preciso algum cálculo.
Assim, antes de chegar ao missionário,
Tudo começa no balneário.
Veste o teu equipamento,
E vê se há consentimento!
Que não te salte o tampo
Antes de entrar em campo.
Já a calcar a relva,
Não te comportes como na selva.
Repensa a tua estratégia
E define a tua posição régia:
Um bom guarda-redes –
Faz tudo dentro de 4 paredes;
Para uma boa defesa,
Usa o elemento surpresa;
Se és médio,
Mostra-lhe o remédio,
Mas mesmo que avançado,
Nunca sejas apressado.
Central, lateral ou livre,
Demonstra o teu calibre,
Com um tiro certeiro,
A atacar como um dianteiro.
Ala, trinco ou ofensivo,
Podes não ser exclusivo,
Mas, agora, estás isolado,
E sempre controlado,
Como ponta de lança,
Partilha a tua bonança,
Chuta, cabeceia e coloca dentro de área,
De forma visionária:
Com pontapé de bicicleta
Alcança a tua meta.
Pontapé de baliza ou calcanhar,
O que importa é acompanhar.
Não desmoralizes se for fora,
O que importa é o agora,
Mas se queres estar sempre por dentro,
Inclusive no auge do momento,
A chave é a prevenção,
Que como um bom capitão,
Por amor à camisola,
Dá o melhor show de bola!
Marcador igualado
E homem do jogo intitulado,
Seguimos para o som final do apito
Que marca o veredito do conflito!
Chegou a tua altura,
Melhora a tua figura,
E para brincares com o fogo,
Escolhe, agora, a tua meia de jogo!
_colorados_
rivalidade tem história e tem o pq
me falaram que colorados são
frios e falsos
eu fui tola e me aproximei de um
foi uma paixão de cabeça
tínhamos tudo para dar certo
mas todo grenal é complicado
aquele colorado me mostrou ser diferente
fez me apegar e me entregar
e no final aquele colorado é tudo aquilo que me disseram
Alegria do Povo
O povo-criança,por ser comportado
Ganhou um presente de pouco valor
Uma bola,uma trave,uma taça,uma faixa
E um grito de gol.
E o povo,coitado,pensou,enganado,
que a rua era sua,que a noite era dia
E gritou,e pulou e berrou e gritou
E bebeu e morreu,no seu jeito triste
de ser alegria.
A tristeza saiu pelas ruas
sentindo alegrias de Carnaval
A fome saiu pelas ruas
comendo fatias de vendaval
A Esperança ficou bem quietinha
virando poesia de Festival.
Esperança em que um dia esse povo
Contente de novo,cantando na rua
(que então será sua),
tenha outros motivos para festejar
Não tema as palavras, não fique calado
Nem grite esse grito,estranho,orquestrado
nem espere mais.
Na noite que é dia
O grito de gol se transforme em Poesia
Em grito de guerra,em cantiga de paz.
MISOGINIA
É triste e lamentável a misoginia que ALGUNS homens revelam nas redes sociais sobre o futebol feminino.
São agressivos e sem noção. Não reconhecem o potencial das jogadoras, não apoiam, não incentivam. Apenas criticam.
Ao longo de séculos as mulheres sofreram e ainda sofrem com a falta de reconhecimento nas mais diversas áreas e, quando elas conseguem atingir uma conquista, por menor que seja, sempre aparecem pessoas tóxicas para prejudicar a imagem delas.
Hj passou na tv
"Violência entre torcidas.. ódio... brigas... pancadarias"
N se assuste com isso é normal hj se ver
O ser humano virando bicho e o bicho deixando de ser.
Na verdade nunca o foi
N se pode afirmar só prq n se vê.
O bicho homem q diz q pensa
Mata por causa de uma preferência
A cor de uma roupa é a sentença
Q te tira a inocência
De aqui poder viver.
O q chamas de selvagem
Q n pensam.. só reagem
Mas só matam p comer.
Me ponho a refletir
Na real forma de existir
Quem é o bicho aqui?
Mão na Massa!
Que massa é ver a Massa
Vibrando, bebendo e cantando
A bola no belo gramado, passa
E o povo todo ovacionado
Felizes e 'audazes'
Levantando cartazes
Num instante de glória
Gravando o gol, assim, na memória
Enfim, então...
O 'circo' começa agora
Não sabem o que são?
Pura 'Massa de Manobra'!
Welberson e Lúcia
Sabe, a vida me ensinou muitas coisas. Ultimamente, eu digo por causa dos sentimentos que muito nova fui exposta que tenho Licença Poética para falar.
Hoje eu vou falar de um primo meu que eu o chamo de “descabeçado”, mas não no mal sentido. A falta de cabeça dele é que ela, eu acho, não é proporcional ao tamanho dos sonhos dele.
Eu acho que sempre vou ver esse primo meu, que um dia falou uma coisa muito dura pra mim por causa da minha religião, com os mesmos olhos de quando eu era criança: do menininho caçula sempre risonho.
E risonho ele é até hoje. Eu já o vi passar por “umas” e ele meneia a cabeça em sinal negativo. Logo solta um sorriso com uma novidade que não tem nada haver com o que ele está passando.
De raciocínio muito rápido, de educação tradicional. Ele se supera a cada dia. Mostra que a maior riqueza do ser humano está dentro dele. E não no que tem.
Passam-se os anos e o coração de criança permanece nele.
Engraçado, é que eu tenho a certeza absoluta que ele nunca notou que a imagem que ela passa é essa. Que ele deixa uma lição sem se quer ver o seu legado.
Para ser o freio do visionário primo meu. Que tive a sorte de ter na família. Deus deu a ele uma preciosa esposa que meu irmão não cansa de dizer que é brava e as outras pessoas não cansam de dizer que ela é linda. E é mesmo. Mas bonito, é ver como eles se completam. Mais lindo ainda é olhar pra ela e notar que ainda, apesar de muitos anos de casados, ela brilha os olhos ao vê-lo. Isso dá esperança pra qualquer um no mundo.
Eles têm defeitos? Lógico! Têm problemas? Claro. Mas continuam sendo ele dela e ela dele. Ela adorna-o, assim como ele é a coluna dela.
Uma clara visão de casamento real. Onde as coisas acontecem. Ninguém empurra ninguém. Um coração de criança, um sonhador. Com uma realizadora, uma força motriz.
O que mais alguém pode querer da vida?
E eu aqui, só observando e narrando os fatos. Para que fiquem na memória de todos. Que quando Deus ama alguém, Ele dá enquanto esta pessoa dorme. Enquanto sonhava, Welberson recebeu Lúcia. No seu sono ele recebeu o seu tesouro. E como a cabeça dele não cabe seus sonhos, dia após dia. Eles vão crescendo ou mudando.
22/11/2013.
ⁿᵒᵗ𝐀𝐒
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“Imagino que Deus esteja farto de ser invocado por ambos os lados.”
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Quase sempre, lembro desta frase quando vejo o jogador de futebol ajoelhado no campo, cabeça erguida, com os braços abertos, em direção ao céu, pedindo a Deus para seu time ganhar.
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Enquanto isso, o jogador do outro time tem a mesma atitude.
Tem pra mim que Deus faz é ouvido de mercador e conversa com seus botões: - que ganhe o time que melhor se preparou. - Eu lá vou me meter nessa história. - Tenho tempo pra isso não! - Tenho muito mais o que fazer!
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E por falar... eis um dos encantos da Literatura, ao comparar o autor a um artesão divino (demiurgo). `Terrenizar´ Deus e escapar ileso da fogueira, não é pra todo mundo não!
Ah, sim, ia esquecendo: a frase acima, consta no filme Cold Mountain, citada pelo reverendo da cidade que tem o mesmo nome do longa... O contexto é a Guerra Civil Americana, também conhecida como Guerra de Secessão.
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Foi um conflito armado entre Norte e Sul dos Estados Unidos (1861 a 1865) pela disputa relacionada ao uso de escravos no país.
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Apesar de muita bala, é um filme romântico, com Nicole Kidman. Vi na Netflix, mas está disponível no YouTube.
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Peço compreensão por ter esticado demais a conversa. A gente vai escrevendo... escrevendo... quando dar-se fé...
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Aᶦʳᵗᵒⁿ Sᵒᵃʳᵉˢ
mais dois amigos para a arquibancada
madrugada serena e escura na cidade de São Paulo, onde o silêncio normalmente reinava, dois amigos irromperam a quietude das ruas. são 05h45, quase manhã de quinta-feira, seus passos ressoam na calçada oposta, onde um segue do lado par e o outro do lado ímpar da rua larga, talvez uns 9mts de distância um do outro. seguiam na mesma direção, enquanto discutiam acaloradamente sobre o futebol do dia anterior.
do lado par da rua, Vinícius, um fervoroso torcedor do " Atlético Mineiro", exultava com a vitória esmagadora de seu time. do outro lado, João, apaixonado pelo "Flamengo", lamentava a derrota sofrida por sua equipe. seus argumentos ecoavam no vazio noturno, misturando-se ao ruído da cidade ainda adormecida.
Vinícius, trajando a camisa preta e branca do ‘Galo’, exultava com a vitória retumbante de seu time. João, ao contrário, com o manto rubro-negro o ‘Mengão’, lamentava a derrota sofrida pela sua equipe. seus argumentos fervorosos ecoavam na rua deserta, como se as palavras carregassem consigo a energia do jogo.
decidi aproximar-me ~curioso que sou~, para entender a profundidade da paixão que permeava aquela discussão. apertei o passo, ficando no meio fio da rua, me aproximei, pude perceber a intensidade nos olhares dos amigos, suas expressões carregadas de emoção, enquanto debatiam cada lance do jogo como se estivessem revivendo-o ali naquela madrugada.
os argumentos se intensificavam, e eu me perguntava se aquele confronto verbal terminaria ali mesmo na próxima esquina, ou se se estenderia até o amanhecer.
caminhando, agora, ao lado deles, testemunhei a troca de argumentos, a defesa apaixonada de cada lance controverso e a exaltação diante dos gols marcados. suas vozes vibrantes e exaltadas, ocasionalmente, despertavam a curiosidade de alguns moradores, que abriam as janelas para ver a fonte daquele alvoroço noturno.
aquela discussão fervorosa não se limitava apenas ao futebol; era um reflexo das amizades construídas em torno do esporte, da rivalidade saudável que unia e, ao mesmo tempo, separava os torcedores. enquanto caminhávamos, o ruído das vozes continuava a perturbar a serenidade da noite, como se o jogo ainda estivesse acontecendo ali, entre os três.
com o passar do tempo, a discussão diminuiu gradativamente, e as vozes dos amigos se tornaram sussurros. o entusiasmo inicial foi substituído por um silêncio confortável, e a energia que os impulsionava foi se dissipando na brisa ainda noturna.
continuei minha caminhada ao lado deles por mais um tempo, observando a amizade prevalecer sobre a rivalidade do futebol. mesmo discordando fervorosamente sobre o resultado da partida, o respeito e a cumplicidade entre Vinícius e João eram evidentes.
por fim, cada um seguiu seu caminho. atravessaram a rua, encontrando-se no meio-fio, e nos despedimos com um aperto de mãos e um sorriso. enquanto eu retomava, com um peso no coração pela derrota do meu amado Peixe, à minha jornada solitária pelas ruas desertas, não pude deixar de refletir sobre como o futebol, para além de ser um esporte, é capaz de unir e dividir sentimentos. mais do que tudo, mantém a chama da amizade acesa, e minha esperança fervente era de que o meu Santos não venha a cair este ano para a segunda divisão.
Não sei se tô ficando louco ou tô ficando são
Olhando a vida diferente da minha noção
O certo está muito errado e o errado certo
Se jogar ou ter juízo com o fim perto
Não sei se você sabe que tudo tem um fim naturalmente
Então por que viver assim parcialmente
Não sei se topo levar essa razão
O mundo gira diferente da minha noção
Parece que de ponta cabeça tem mais sentido
O colorido dessa bola louca era mais divertido
Não, eu não sei, sei to ficando louco
Por que todos os sorrisos estão durando pouco
Por que todos os sorrisos estão durando pouco?
Pessoas vivem pregando o equilíbrio
Mas esquecem de que o equilíbrio é entre um lado e outro
E o lema é o desiquilíbrio
Onde a felicidade dura tão pouco
Não sei se você sabe que tudo tem um fim naturalmente
Então por que viver assim parcialmente
Em nossa jornada pela vida, todos experimentamos momentos de queda livre, como uma bola chutada ao alto que, após alcançar seu ápice, inicia seu descenso. Sentimentos de incerteza, frustração ou até mesmo desespero podem tomar conta de nós, como se estivéssemos à mercê do destino.
No entanto, a analogia da bola nos ensina algo fundamental: a queda não é o fim. Ao colidir com o chão, a bola não se entrega à derrota. Ela ressalta, impulsionada por uma força invisível que a eleva novamente. Essa resiliência é a mola propulsora que nos permite superar os desafios e conquistar nossos objetivos.