Crônicas sobre Escola
Depois de 30 anos lecionando na escola cheia de coordenadores, descobri que ainda não sei fazer um plano de aula, não do meu jeito, mas do jeito delas! Como eu queria me sentir confortável, fazendo o que sei! Mas, de tanto me pressionar, entreguei mais um à coordenadora principal, e mais uma vez, voltou crivado de correções e observações redundantes. Mesmo fora da sala, conseguiu me envergonhar. O que diabos é assédio moral? A culpa do caos na educação não é do professor vitimado! CiFA
Havia um menino que era perseguido na escola por ter um déficit de atenção muito raro, a professora achava que isso era preguiça e dizia que ele ficava no mundo da lua enquanto passava as matérias na lousa, tudo que ele fazia ela questionava ou reprimia, ele balançava as pernas e ela implicava. Um dia pediu um favor a ele, pediu que fosse até a sala da diretoria, e ele não sabia aonde ficava, ela se zangou dizendo: Deixe que vou pedir a outra pessoa, não é possível não saber em que local fica. Os colegas zombavam dele, e ele ficava quieto, até que retrucou e zombou também e novamente a professora vendo toda aquela situação deixou o garoto de castigo em um canto como culpado por ter arranjado a confusão. Na aula e redação o tema era livre, e começou a lembrar das escolas boas que passou durante toda a sua infância, das outras docentes, dos amigos, das brincadeiras, e na ultima frase disse: Hoje estou aqui com essa professora ruim, mal caráter, asquerosa, e ela viu a frase e pediu que ele lesse a redação em voz alta, humilhando ainda mais o menino. E de vez em quando chegava atrasado nas aulas, e a docente já pedia o caderno de recado para ele mandar para a mãe dele. Foram dois anos com essa professora, até que seu ciclo na escola chegou ao fim, o garoto com toda a educação e com um ar meio hipócrita foi se despedir da docente dizendo: Tchau, adeus, fui muito feliz aqui, espero que nunca se esqueça de mim como eu me esqueci de ti, estou te cumprimentando por educação e não porque gosto da senhora.
As leis da escola estão tão desgastadas perante o aluno que ele não se acanha em se comparar com os professores. E diz: — se o professor pode eu posso. O aluno não reconhece superioridade, e o seu lugar. Ai do professor que levou de casa um lanche especial, terá que se esconder para comê-lo. De fato, há oportunidades nas quais os alunos conseguem descarregar em outros colegas aquele ressentimento reprimido, bem como a sensação de onipotência que é prazerosamente fruída quando eles se assemelham aos professores que os agrediram. CiFA
A Educação e seus inúmeros significados: para uns a mesma se da somente dentro da escola, para outros vai além dos muros desta. Acredito que a Educação é a nossa arma mais poderosa para transformar a sociedade, pois ela tem o poder genuíno de fortalecer os aspectos congnitivos e afetivos da humanidade. Ela perpassa as quatro paredes da sala de aula, que prefiro chamar de ateliê, rompe com paradigmas a cada instante, por ela podemos crer e ver o impossível acontecer. A escola da asas à nossa imaginação, faz de um barquinho de papel um marinheiro, de um avião ou de um chapéu de jornal, um soldado, um piloto. Podemos definir a Educação entre suas inúmeras definições, encorajamento à descoberta do novo.
São tantas leis inúteis na escola, e várias ordens momentâneas, atendendo os caprichos de cada quem que assume um cargo qualquer. Visto que a rotatividade é grande, força o professor morrer de velho e não aprende a ser um bom professor. Não dar tempo de se adaptar. E o pior, é a escola quem diz para o aluno que o professor é ruim, mudando suas notas. Um chefe legislando em causa própria cria leis parciais e frágeis, estas são leis que pedem para ser quebradas e a quebra de uma leva a anarquia de outras. O maior problema pedagógico da educação é que todo mundo quer ensinar o professor a ensinar, mas ninguém quer ensinar o aluno aprender. ( (CiFA
Quando fui para a escola, tive imensa dificuldade em entender por que queriam que eu estivesse ali. No primeiro dia troquei porradas com um colega (que depois virou meu melhor amigo), e achei que fosse um lugar aonde nos mandavam só para testar nossa resistência. Às porradas resisti bem, mas o tédio quase me matou.
1990, uma escola em São Bernardo do Campo, e a minha primeira professora, Ester. Ela me deu um livro, "A loja da dona raposa". Tenho ainda o livro, e a dedicatória que ela escreveu. "Everton, só se aprende a ler, lendo, a escrever, escrevendo, e a amar, amando". O tempo passa e guardo as sabedorias que me ensinaram. Nem sei se ela ainda vive, se ainda é professora, mas sei que ela me ensinou algo relevante.
A escola que proíbe o celular tem professores que se proíbem às tecnologias. Agora aula a distância neles. Quando voltar as aulas continuarão tomando os celulares dos alunos? Ou os alunos continuaram estragando os equipamentos pedagógicos, porque o professor analfabeto digital solicitou-lhes para ligar a TV. A inteligência está para a beleza, assim como o luxo para a pobreza. EM TEMPO DE DESESPERO, A inteligência é uma deformidade, e a beleza uma pobreza. A maioria continuará vencendo até a morte chegar para todos! E salve a COVID-19 que "penetra somente em corpos incompatíveis com a vibração do amor ao próximo." (CiFA
No campo educacional público, o menor determina o maior. Quando a tutora chega à escola, a rotina muda: o horário se estende, o lanche cheira melhor; fala-se mais baixo; papéis se lhe distribuem; bandeirolas se agitam; alunos também fingem. E não se fala outra coisa: O pessoal da Secretaria está aí. "Quem não deve não teme".
A escola dos meus sonhos é aquela que não só prepare para o mercado de trabalho, quero que vá além. Quero que essa mesma escola possa preparar o aluno para a vida social, onde haja respeito para com o modo do outro pensar o mundo . A família precisa preparar a educação em casa, e a escola dará o plus no todo.
“Trabalho em uma escola que despreza peremptoriamente a educação, visto que sequer tenho ou conto com qualquer mínimo apoio para seguir meus desígnios universitários. Faço tenra ideia, ainda que ínfima, sendo eu professor simplesmente não há nenhum suporte aos meus estudos; o que se dizer então quanto aos alunos tão indefesos intelectualmente, inermes cognitivamente e tão vulneráveis financeiramente? Definitivamente, estão alijados à sua própria sorte.”
No velho normal, era assim: Tanto a escola pública, quanto a particular estavam cheias de Professores sem vocação, mercenários, transigentes, alegando ser profissionais e só falavam em salário, eram falsos professores, por isso condenados às facadas de seus alunos! Hoje sabemos que ensinar é um ato de amor e o aprendizado é de respeito. Só aprendemos de quem gostamos, e a verdadeira amizade é alicerçada na justiça. Eles caíram na mesma fossa carnal que criaram para os seus ouvintes e foram destruídos. Mas, o professor vocacionado, o escolhido, este sim é reto, e sua metodologia não é moldada no aluno, tentando agradá-lo para não perder o cliente. Porém, é o contrário, eleva o aluno a seu nível por métodos próprios, sem a deformidade do cabide de emprego.
A vida é uma grande escola e nos ensina a sobreviver a cada ação que praticamos. Viver não é tarefa fácil, se seu coração, sua alma e todo o seu ser não estiverem atrás de toda decisão que você toma, as escolhas e atitudes estarão vazias, e cada ação será sem sentido. Você pode sobreviver, mas sobrevivência não é vida.
Na escola da vida são vários tipos de coragem que podemos desenvolver, mas a principal delas é a coragem de ser você mesmo, de ir atrás dos seus sonhos, de fazer algo único, porque apesar de nós sermos todos um, ninguém é igual a ninguém. Podemos até ser parecidos, fazer coisas semelhantes, mas VOCÊ é VOCÊ.
Ao perguntarmos se a escola atual garante aos seus alunos conhecimentos suficientes do ponto de vista científico, estamos nos referindo a outros aspectos pedagógicos. É que a característica mais clara de nossa época não reside exclusivamente no progresso cada vez mais acelerado da ciência, mas igualmente, em suas aplicações cada vez mais generalizadas na existência profissional e social dos indivíduos.
As dificuldades nunca vão acabar, estamos na "escola" da vida. Toda situação ruim nós trás um aprendizado, quando se sentir mal por tudo estar indo por água a baixo lembre-se Deus está contigo! Ele vai ter ajudar a passar pelos mais diversos tipos de situações e vai te abençoar grandemente!
É importante entender que a problemática da violência na escola não deve ser aceita como um estado de exceção. O dilema da sala de aula é que ela reflete exatamente o espírito da comunidade. É um reflexo no espelho de regionalismos e não de toda a sociedade. É um termômetro do entorno socioeconômico. Então, a partir desta perspectiva, podemos traçar projetos ou ações direcionados ao que se pretende corrigir ou adaptar, e que protejam professores e alunos. Num primeiro olhar é isso que precisamos compreender. É um tema complexo.
Escola pública com ar condicionado. Ali com 30 alunos divididos em opinião. Os desforradores dos bens públicos com espírito de compensação por entenderem que pagam imposto. Ligam o aparelho no 12. O professor falando com dificuldade de respirar, mas ai dele se pedir para desligar. Atrairá o ódio e repulsa de muitos deles e a aula ainda será perturbada pelos os que não querem o ar condicionado fazendo pressão para o professor mandar parar. Como, se o controle eletrônico está na mão do usurpador da liderança? Pois é, porém colocar os aparelho de ar condicionado e não usar não tem sentido, né? E o que é mais importante? Assim como o limoeiro da calçada tem que suportar o peso do marmanjo viciado na alegria da gratuidade, tirando o limão ainda verde para ser ele o primeiro beneficiado. E nem se importa com o cachorro dentro do muro espumando de tanto latir, já que também nem se importa com os olhares de reprovação dos transeuntes. Pessoas viciadas no gratuito não sabem votar no melhor candidato São elas que nos dão a liderança que temos.
Jamais se educa para espera. A boa escola, aquela que efetivamente essencial, é a que jamais educa para o amanhã, porquanto se preocupa com a felicidade imediata, com a alegria do presente, com a circustância feliz do entorno. Uma escola assim imaginada não descarta o futuro e nem se transforma em veículo de um hedonismo inconsequente; trabalha o imediato ao mesmo tempo que busca torná-lo permanente.
O papel da escola é transformar a cegueira num dilúvio de luz. Ou é, da família? A cegueira é branca, José Saramago já profetizou, descrevendo o futuro do mundo. Então, repreenderam-me porque eu concebia a palavra aluno como "sem luz", mas fui pesquisar, aí ficou bem contextualizado, vendo as escolas dando almoço para os alunos e se importando menos com a limentação intelectual. Segundo o dicionário Houaiss “aluno” vem do latim Alumnus, que significa “criança de peito, lactente, menino, aluno, discípulo”, deriva do verbo "alére" “fazer aumentar, crescer, desenvolver, nutrir, alimentar, criar, sustentar, produzir, fortalecer” etc. Ou seja, aluno significa “aquele que necessita de leite”. Qual é a receita para não ser aluno; mas, estudante? CiFA