Crônicas sobre a Morte
Correr correr correr sempre correndo do precipício da morte, ou talvez da vida?
Me sinto afundando.
Paro e olho para cima e penso tão rápido, que ao mesmo tempo minha mente está em branco, sem nada só no êxtase da música e da ansiedade que corrói meu corpo.
Pensamentos que traz a mágoa de volta, a raiva o ódio o nojo.
E então vem as lágrimas de uma bela lembrança que se torna triste aos poucos com a realidade caindo sobre seus olhos, o escuro do mundo, o escuro do seu próprio eu.
“Engole o choro” a frase que você não gostava na infância virou seu lema para aturar os seus dias de hoje.
Chega a hora de dormir e você não consegue e se afunda na sua mente remoendo o passado e as coisas ruins que passou.
Pare e comesse a pensar… Será que sua vida seria melhor se você parasse de ser tão egoista?
E por falar em morte...
Quando você se dá conta de que ela está aí à espreita, só esperando o momento certo, você só quer viver sua vida frágil, você só quer tempo, você só quer viver o tempo todo que você tem.
Quando você se dá conta de que ela é inevitável... - morrer ou não morrer, eis a questão... que não existe... porque, quando se trata de morte, todo mundo está no mesmo barco... que irá afundar... inevitavelmente -, você só quer a vida em todos os seus poros, você só quer respirar e respirar... até sugar todo o ar que é possível... você só quer, lá bem no fundo, bem no fundo, evitá-la.
Mas não há caminho que leve você pra longe dela; ao contrário, a cada passo, mais perto do abismo você se encontra... e inevitavelmente você cairá.
Quando você se dá conta de quão próxima ela está, você sente o quanto ela é sombria, o quanto gostaria de não ter de encará-la, o quanto você gostaria de não ter de enfrentar esse inimigo sem face, o quanto enigmática ela é. Qual o rosto da morte? Qual o sabor da morte? Qual o cheiro da morte? Qual será o gesto personalizado da morte na sua própria direção - como ela se fará real pra você?
E por falar em morte...
Você se dá conta de como a vida é bela?
A vida em anos dividida... interessante isso de o tempo 'ter sido cortado em fatias' chamadas anos - ilusão de que estamos sempre a recomeçar, enquanto estamos a respirar... esperanças que se renovam, planos, desejos, sonhos de que tudo vai ser novo de novo.
Sonhe, e sonhe, e sonhe...
Não quero acabar com seus sonhos... mas tudo vai mesmo é acabar.
Pós-Morte
Um dia impetrei a Deus
Alguns momentos após morte,
Momentos de dor,
Em que eu precisava ser forte.
Queria que fosse um sonho
Ou pior, um pesadelo
Esse vazio que havia na minha alma
Já não era mais o mesmo.
Todos à beira do meu caixão, contando suas lembranças
Ao mesmo tempo que estavam perdendo as esperanças
De ser apenas uma mentira, uma piada ou brincadeira de mau gosto
Dava para ver a tristeza estampada em seus rostos.
Chegando em casa, minha família não conseguia acreditar
Eu era muito quieta, meus sentimentos não fui capaz de expressar
E por uma ajuda psicológica nem se quer quis passar.
Eu queria estar de volta
Poder dar um abraço em meus pais
Com as pessoas conversar demais, aproveitar tudo que podia antes
Mas agora não posso mais.
Digo a você que tudo irá passar
Às vezes parece sem escape, sem solução
Parece que não tem ninguém para estender a mão,
Até coisas que escuta pioram a situação.
Você pede ajuda em meio aos sorrisos,
Sei que é difícil passar por tudo isso
Mas te peço para amar a vida
Mesmo que conheça a parte ruim dela ainda.
Ame-a com desvelo,
Esse é meu simples e último apelo.
Trecho do Blues Reticências...
Zero hora em ponto,
Sinto anunciar a hora da minha morte,
Vou tentar outro lugar,
Aqui já vi não tenho sorte,
Fui levado ao purgatório,
Onde ser bonzinho era obrigatório,
Ali eu era um réu,
E estava em um julgamento,
Com o peso de ter violado,
Todos os 10 mandamentos,
Longos foram os dias que cavei em brasas,
Sem que das trevas conseguisse fugir,
Uni todas as minhas forças,
Em nenhum só momento pude me distrair,
Incumbiram-me atentar alguém fora do inferno,
E o mau ao sentir-se ludibriado,
Quando deu por mim já voltara ao Reino Eterno,
E ao retornar aos Céus, desculpei-me
ao supremo pai pessoalmente,
Cantei esse Blues ao Santo Deus
e permaneci ao lado seu eternamente,
Cantei esse Blues ao Santo Deus
e permaneci ao lado seu eternamente...
"Se o salário do pecado é a morte, o salário da confiança é a traição.
Às vezes, o sonho do homem que ama, é não ter coração.
Deus, viu meus pensamentos, pegou-se em prantos, alarmado, percebeu que pra minh'alma, já não existe perdão.
Tornei-me uma cria do ódio, órfão do amor, amante da solidão.
Tentei criar um futuro para nós, mas agora, na minha mente, só permeia a destruição.
Prostrei-me de joelhos, roguei aos céus, para que ela seja infeliz, que conheça o sofrimento, que sinta, do meu sofrimento, ao menos uma fração.
Cristo, perdoe-me por este pedido, por esta oração.
Mas não sou como tu, não sou capaz de amar ao próximo, não sou capaz do perdão.
Sou capaz somente do pecado, do ódio, da morte, da confusão.
O mundo que tu criastes para nós Pai, tornou-se um todo de podridão.
O próprio Cristo, fora testemunha da dura lição.
O salário do pecado é a morte, o salário da confiança é a traição..." - EDSON, Wikney
Poema - A vida é um sopro
A única certeza é a morte
Não é jogo de sorte
Nem de azar
O tempo vai passar
Vai mostrar
Preciso relatar.
A história se repete
É quando se perde
Que se valoriza
Na internet viraliza
Fazendo postagens
Fazendo homenagens.
A vida é um sopro
Sofre em dobro
Quem fica
Não é crítica
É uma alerta
Na terra.
Ame para ser amado
Perdoe para ser perdoado
Antes do arrependimento
Ainda há tempo
Valorize em vida
Antes da partida.
Os dessabores se tornam desamores,
Nas flores da morte, pétalas e dores.
Tudo no amor que não se revelou,
Buscas insensíveis, sentido que falhou.
Andas sem destino, não sabes o que buscas,
Nem tão pouco o motivo dessa tua busca.
Ferido por memórias, perdidas no tempo,
Feridas amarguras, trazidas pelo vento.
Mas na curva da vida, um novo despertar,
A luz da esperança começa a brilhar.
Entre dores e amores, a força se refaz,
E o coração cansado em Deus encontra a paz.
O forró está de luto
E Campina muito mais
Pela morte de Biliu
Que tristeza isso traz.
Mais tenhamos certeza
Que seu legado ficou
Pois seu nome encravou
Na cultura nordestina.
Biliu está partido
E deixando as lembranças
Das prosas do calçadão
Dos versos de improviso.
Do coco de embolada
Do forró e do baião
Que fez feliz muita gente
Nas noites de São João.
Por aqui vamos ficando
Preservando a sua história
Vá em paz velho Biliu
Maior carrego do Brasil.
Poema de Terror: Caveira e Morte
Em noite escura, sob a lua gélida,
Em cemitério frio, a caveira se erguia.
Olhos vazios, sorriso macabro,
Sussurrava segredos ao vento macabro.
A Morte, figura espectral e soturna,
Surgiu das sombras, com foice afiada e turva.
Observou a caveira, com voz sepulcral,
"Diga-me, caveira, qual o seu final?"
A caveira riu, um som horrível e seco,
"Meu final, ó Morte, é apenas um começo.
Sou pó e sombra, lembrança e esquecimento,
No ciclo da vida, eterno tormento."
A Morte se aproximou, com passos lentos,
E tocou a caveira com dedos frios e cinzentos.
"Mas a vida é bela," a caveira exclamou,
"Em cada instante, um novo drama se formou."
A Morte sorriu, um sorriso cruel e frio,
"A beleza é ilusão, apenas um fio.
No fim, resta apenas a escuridão,
E o silêncio eterno da decomposição."
A caveira chorou, lágrimas de poeira e osso,
"Mas a esperança vive, mesmo no mais profundo fosso.
No coração humano, a chama ainda arde,
E a luta contra a morte jamais se covarde."
A Morte se afastou, com um aceno sombrio,
Deixando a caveira sozinha no vazio.
O vento uivava, como um lamento eterno,
E a noite seguia, em seu manto negro e terno.
O luto não é só sobre a morte de alguém, mas sobre a morte de coisas que existiam dentro de nós, pode ser um casamento, um projeto que não deu certo...entre tantas outras perdas que vivemos na vida
Sei que o melhor a se fazer é viver esse momento, não lute contra, sabe aquela fase meeega clichê, mas que diz : "Aceita que dói menos, nunca fez tanta sentido como no luto, pode parecer pesado, mas assim como a morte, e a dura realidade.
Não adie, não engula, não deixe pra depois, chore sempre que achar necessário, é isso que vai te fazer renascer.
**A Morte Me Conforta**
No silêncio da noite, a morte sussurra,
Um alívio sereno, um fim sem dor.
Ela vem como um abraço, uma ternura,
Acolhendo a alma, num eterno amor.
Não há medo, só paz no seu toque,
Um descanso merecido, um fim de jornada.
A vida, com suas lutas, finalmente desfoque,
Na morte, encontro a calma desejada.
Ela não é inimiga, mas uma amiga fiel,
Que nos guia para além do véu terreno.
Na sua presença, o coração se revela,
E o espírito se liberta, pleno e sereno.
A morte me conforta, como um doce sono,
Onde os sonhos são eternos e a dor se vai.
É o retorno ao lar, ao nosso trono,
Onde a alma descansa, em paz, enfim, se esvai.
A morte espreitou, silenciosa, enquanto caminhávamos lado a lado por aquele jardim. As folhas sussurravam ao vento uma melodia antiga, e o sol se punha, pintando o céu de tons dourados e vermelhos. O mundo parecia segurar o fôlego, como se até mesmo o tempo estivesse com medo de interromper nossa conversa.
Ela olhou para mim com olhos que guardavam oceanos inteiros.
— Você acha que vai doer? — perguntou, sua voz suave como um segredo compartilhado entre as estrelas.
Eu segurei sua mão, sentindo a delicadeza de seus dedos, e respondi com a sinceridade que só o amor pode inspirar:
— Não mais do que a vida sem você.
As palavras saíram como uma promessa silenciosa, uma declaração de que não havia dor maior do que a ausência de sua presença em meu mundo. Pois o que é a dor, se não o preço que pagamos pelas lembranças que construímos? O que é o medo do fim, se não o reflexo de um amor tão vasto que transcende até mesmo as fronteiras da mortalidade?
Naquele instante, percebi que o amor é a única coisa que transforma o desconhecido em certeza, que faz com que cada instante valha a pena, mesmo diante do inevitável. Porque, ao seu lado, até a eternidade parece apenas um momento fugaz, uma breve pausa na dança cósmica da vida.
Ela sorriu, e o sol pareceu brilhar um pouco mais forte, como se os céus também reconhecessem a beleza daquele momento.
— Então vamos viver — disse ela, com uma confiança que acendeu meu coração como uma chama eterna.
E ali, de mãos dadas, continuamos nossa jornada, sabendo que a vida, com todas as suas dores e incertezas, nunca poderia nos separar. Pois em cada olhar, cada toque, e cada palavra sussurrada, encontrávamos um pedaço de eternidade ao nosso lado.
O amor, afinal, é o que nos mantém vivos. É o que nos faz enfrentar a morte com um sorriso e dizer: "A vida, sem você, seria o verdadeiro fim."
Tic
A morte não é o fim da linha,
Nem o ponto final do viver.
É um véu que se descortina,
Um portal que não podemos ver.
É a última estância da vida,
Um legado que o tempo faz esquecer.
Morrer nunca foi o último ato,
Mesmo quando a luz acaba ao anoitecer.
A morte é um fato que nos deixa perplexos,
Mais profundo que o próprio céu.
Algo tão duro quanto o cálice,
E menos doce que o mel.
Eu sempre precisei ter um plano B,
As surras me levavam para um sentimento devastador de morte iminente,
O choro me atrasava,
A prioridade era sobreviver.
Mas, talvez, eu já estivesse tão acostumada com a idéia da morte que fui secando:
Adiando a vida,
Colocando distrações supérfluas,
me perdi, tentando me encontrar,
Procurando uma saída do lado de fora,
O tal plano B,
De pouco me serve,
De nada me salva,
Muito me exausta.
O jeito talvez seja ter um plano A legal,
E fazer ele dar certo!
A morte é o nivelador de várias classes de pessoas, seja quem for, branco, preto, bonito, feio, velho, novo, rico, pobre, etc. todos rumo a eternidade, onde são nivelados na igualdade. Agora a eternidade com Deus, a Salvação, serão somente aqueles que creram mediante a fé, na Justiça de Cristo na cruz.
E isso não tem nada haver com merecer, e sim de não merecer e reconhecer esse imerecimento, e abraçar com fé no favor imerecido de Deus. A eternidade sem Deus é só pranto e ranger de dentes.
(DVS)
O CORREDOR DA MORTE
Correndo, correndo, avançando,
O coração pulsa incessantemente.
Passando por obstáculos,
Vencendo barreiras,
A mente trabalha incansavelmente,
Conquistando, passando, vencendo.
O corpo obedece fielmente,
Movimentos sincronizados,
Perfeição e precisão a cada instante.
A morte espera pelo erro,
Mas não há erro algum.
Continua-se a atravessar, a trespassar,
Completa harmonia entre corpo e alma.
O trajeto é infinito, tal como o viajante,
Passando por entre infernos e céus,
Mundos e estrelas, luzes e sombras.
A vitória, tão perto e tão distante,
Afastando-se mais e mais, indefinidamente.
O coração pulsa, pulsa eternamente,
A mente calcula cada ponto, constantemente.
O corpo mantém-se estável, continuamente,
A alma prossegue com o seu desejo, sempre.
E o tempo passa, o trajeto continua.
Passam-se horas, dias, anos, séculos,
Mas todos permanecem perfeitos, imunes a ele.
Não há nada além deste corredor, desta passagem,
Mas continua a viagem, o percurso final.
Quando alguém, de fora, observa
O viajante incauto, parado, imóvel, percebe:
Não há viagem que leve a algum lugar,
Se não houver um lugar.
Na sua pressa de alcançar o inalcançável,
Faltou-lhe o destino, o ponto final.
O infinito era a sua meta…
Tornou-se a sua passagem.
E por ela o coração parou, a mente adormeceu,
O corpo paralisou-se e a alma padeceu.
A perfeição foi desperdiçada,
E nunca mais voltou a existir.
Eterna Chama
“Tomar a Morte como Conselheira”,
Fez-me um homem mais presente!
Fez-me humanamente consciente!
Fez-me da atitude ,uma boa maneira!!
Aceitar a minha mortalidade,
Fez-me da vida uma guerreira!
Fez-me da esperança uma herdeira!!
Fez-me da lembrança, uma saudade!!
Esse fogo que me queima o coração
É mais que a ardente chama da paixão,
que me bate dentro do peito, todo dia...
Esse fogo que me aquece toda a mente
É mais que a fanal chama permanente,
Que me ascende, com a sabedoria!
Eterna Oração
Senhora Dona Morte! A Ti confesso!
Nesta vida de vontades que me deixa louco
Todo desejo do mundo para mim é pouco.
Retira de mim toda ânsia, é o que Te peço.
Solícito, como um solitário antropo oco,
Silenciosamente a solitude me conforta!
Dona Morte! Sou um solilóquio moco!
Seja a Perene Guardiã na minha porta.
Com a fenomenal Áurea Oriunda
Da Tua Obscura Fonte Mais Profunda
Cubra meu pranto vazio, e o resto afasta...
Deixa sair toda a utopia do meu desatino...
Nasci só e Morrerei só — é meu destino!
Expulsa todo prazer que não me basta...
Antes que a morte nos tome...
Quando a morte chega, fria e implacável,
E leva quem amamos ao reino insondável,
É então que o coração, em pranto se curva,
E entende o valor que a vida dali pra frente será oculta.
Em vida, deixamos passar o brilho no olhar,
O riso que encanta, o dom de amar,
Mas é na ausência, no vazio que se expande,
Que percebemos o quanto o amor nos prende.
Cada palavra não dita, cada gesto esquecido,
Transforma-se em lamento, em pesar contido,
A dor nos invade, o arrependimento persiste,
Por não termos amado com o fervor que insiste.
A morte revela o que a vida, em sua pressa, esconde,
Que o tempo é frágil, e o amor, que responde,
Deve ser vivido com toda a devoção,
Antes que a morte nos tome pela mão.
Ficamos com a lição, melancólica e severa,
Que o valor do amor só se vê quando a dor impera,
Aprendemos, tarde demais, na sombra que consome,
A dar valor à vida, antes que a morte nos tome.
Dedico este poema ao meu pai Waltairo Brumm , ao meu querido primo Marcelo e a tantos outros familiares e amigos que se foram.
Questões Metafísicas II
( Continuação)
Entre a morte até a ressurreição de Jesus, muita coisa aconteceu no além. Segundo a Teologia Bíblica, o Corpo de Jesus esteve no túmulo por cerca de três dias. Porém Sua Alma, não. Sua Alma desceu às partes mais baixas da extremidade da "Terra", e fora ao Mundo dos Mortos ( Sheol, Hades). "Pregando para os espíritos em cadeias". Jesus visitou o submundo. Esteve, literalmente, no Inferno, e depois esteve na parte boa do submundo, conhecida como "Seio de Abraão". Bons e maus iam para o mundo dos Mortos. Porém os maus, iam para a parte de sofrimento ( Inferno). E os bons, para o lugar de delícias ( O Paraíso).
Jesus transportou, ainda no além, as Almas do Paraíso, bem como o próprio Paraíso, para a Morada de Deus, O Céu ( nas alturas). Foi enaltecido por Anjos e pelo próprio Deus, e depois desceu, indo se encontrar com seu Corpo, no túmulo. Ressuscitando! Mas, o que tem a fome dEle, com isso? Trataremos a seguir...