Crônicas sobre a Morte
A morte:
Uma fila que ninguém escapa, e é a única fila que não temos pressa para entrar.
Dali você deixa tudo para trás, dinheiro, roupas, jóias, arrogância, amores e família.
Nem seu corpo você leva, daquele ponto em diante, só entra a sua alma, então cuide bem dela!
E não esqueça, por onde passar, deixe a sua alegria, que a melhor lembrança para alguém em ti, se espelhar.
#Pensamento de #Andrea_Domingues ©
Direitos autorais reservados 31/01/2019 às 11:00
Vida, Morte e Renovação
Eclesiastes 12:7, nos lembra que nós, seres humanos, somos feitos dos mesmos elementos que a terra, a água e o ar. A vida é uma jornada cheia de aprendizado e transformação.
Enquanto buscamos entender o sentido da vida, enfrentamos muitos desafios que testam nossa força e compreensão. A ideia de "pagar pelos pecados" nos faz pensar sobre nossos erros e o que podemos aprender com eles. A verdadeira sabedoria aparece quando aceitamos nossos erros e aprendemos a seguir o fluxo natural da vida.
Aceitar a vida não significa desistir, mas sim abraçar o que ela tem a oferecer. Isso significa entender que há um tempo para tudo: plantar e colher, rir e chorar, lutar e descansar. Quando aceitamos essa dança da vida, encontramos paz e equilíbrio. Cada experiência, boa ou ruim, nos ajuda a crescer.
No final, ao entender que fazemos parte de um ciclo maior, lembramos da nossa conexão com a terra. Assim como as folhas caem e se decompõem para nutrir novas plantas, nossos corpos também voltam à terra, fechando o ciclo de vida e morte. Essa compreensão nos encoraja a viver plenamente, a buscar propósito e a valorizar cada momento sem apegos ao corpo físico.
Que possamos reconhecer a nossa fragilidade e a beleza de sermos humanos. Que possamos viver com gratidão, aprendendo a fluir com a vida e a encontrar equilíbrio em meio às dificuldades. E que, ao final de nossa jornada, devolvamos nossos corpos à terra com a certeza de que vivemos de verdade, entregando nossos corpos sem drama ou apegos, porque aqui nascemos e aqui fica nossa casca, como a cigarra, enquanto continuamos nossa jornada em um novo ser.
Vida, Morte e Renovação: Reflexões Simples
Eclesiastes 12:7, nos lembra que nós, seres humanos, somos feitos dos mesmos elementos que a terra, a água e o ar. A vida é uma jornada cheia de aprendizado e transformação.
Enquanto buscamos entender o sentido da vida, enfrentamos muitos desafios que testam nossa força e compreensão. A ideia de "pagar pelos pecados" nos faz pensar sobre nossos erros e o que podemos aprender com eles. A verdadeira sabedoria aparece quando aceitamos nossos erros e aprendemos a seguir o fluxo natural da vida.
Aceitar a vida não significa desistir, mas sim abraçar o que ela tem a oferecer. Isso significa entender que há um tempo para tudo: plantar e colher, rir e chorar, lutar e descansar. Quando aceitamos essa dança da vida, encontramos paz e equilíbrio. Cada experiência, boa ou ruim, nos ajuda a crescer.
No final, ao entender que fazemos parte de um ciclo maior, lembramos da nossa conexão com a terra. Assim como as folhas caem e se decompõem para nutrir novas plantas, nossos corpos também voltam à terra, fechando o ciclo de vida e morte. Essa compreensão nos encoraja a viver plenamente, a buscar propósito e a valorizar cada momento sem apegos ao corpo físico.
Que possamos reconhecer a nossa fragilidade e a beleza de sermos humanos. Que possamos viver com gratidão, aprendendo a fluir com a vida e a encontrar equilíbrio em meio às dificuldades. E que, ao final de nossa jornada, devolvamos nossos corpos à terra com a certeza de que vivemos de verdade, entregando nossos corpos sem drama ou apegos, porque aqui nascemos e aqui fica nossa casca, como a cigarra, enquanto continuamos nossa jornada em um novo ser.
A morte, para muitos, é vista como um momento de perda profunda e dor insuportável. No entanto, aqueles que compreendem a verdadeira natureza da espiritualidade enxergam-na sob uma luz totalmente diferente. A morte não é uma despedida definitiva, mas sim uma viagem para o mundo astral, um reino de existência que transcende o plano físico.
Esse conceito de morte e perda, tão intrínseco àqueles que investem suas vidas no material e no ego, é apenas uma ilusão. É uma perspectiva limitada, incapaz de compreender a vasta riqueza da experiência espiritual. Para os que nunca vivenciaram a espiritualidade na prática, a morte parece ser um fim, uma separação irreparável. Mas, para aqueles que se conectam com sua consciência espiritual, a realidade é muito mais grandiosa e inspiradora.
Através da visão mediúnica, temos a capacidade de ver e ouvir naturalmente aqueles que já deixaram o plano material. A barreira que separa o mundo espiritual do físico começa a se dissipar, revelando um universo de comunhão eterna e entendimento profundo. Nessa jornada de descoberta, percebemos que nunca estamos verdadeiramente sozinhos.
No dia em que despertarmos para a verdadeira essência de nossas almas, a separação entre o espiritual e o físico deixará de existir. Seremos capazes de navegar entre esses reinos com a mesma facilidade com que respiramos. A verdadeira conexão, aquela que transcende a morte, será finalmente revelada, e entenderemos que a vida é uma continuidade infinita de amor e consciência.
A Morte do Ego e a Libertação da Alma
Nossa missão terrena é transcender o ego que nos aprisiona ao mundo material e representar a natureza divina na Terra. Para representar Deus, é necessário desenvolver as cinco virtudes básicas do ser humano: desapego, humildade, natureza cooperativa, espírito inspirador e alma gentil.
A palavra "ego" tem origem no latim e significa "eu", identidade pessoal, como um ser separado dos outros e do mundo. O sufixo "-ista" é comum em palavras que descrevem uma pessoa com uma característica particular. Logo, "egoísta" se refere a alguém que só pensa em si mesmo.
O ego é como um animal; ele não pode ser educado, apenas adestrado, ou seja, uma preparação breve para uma habilidade específica. A educação é um processo mais abrangente que envolve o desenvolvimento intelectual, moral e social de uma pessoa. Uma pessoa egoísta, em situações diferentes do seu treinamento, pode agir de forma inesperada, podendo atacar para se defender ou até mesmo fugir para se preservar.
Quando o ego é dominado, os desejos e impulsos do corpo físico são silenciados, permitindo que a alma se liberte para viver em sua nobre natureza. Para dominar o ego que nos representa no mundo como animais, precisamos ter força para romper as amarras do sistema, desapegando dos vícios e hábitos mundanos que jamais nos permitirão viver com tranquilidade e equilíbrio.
O ego é uma prisão mental que nos mantém hipnotizados por desejos, medos e expectativas. O desapego nos permite ter a habilidade de observar, enxergar e aceitar as coisas como elas são, sem se deixar levar por reações impulsivas. Com a mente serena, conectamo-nos à Fonte Criadora e recebemos orientação de uma mentoria celestial.
Um representante de Deus jamais coloca interesses pessoais à frente dos princípios. Temos a capacidade de nos colocar no lugar do outro e, independentemente de qualquer situação, ser verdadeiros e transparentes. Tratamos todos de forma equitativa e sem preconceitos, enfrentamos desafios e medos com determinação, cumprimos nossas obrigações e assumimos as consequências de nossas ações. Valorizamos e honramos a dignidade de todos os seres, nos colocando no lugar do irmão e fazendo por ele exatamente o que gostaríamos que nos fosse feito. Assim, jamais erramos, uma vez que todos querem o melhor para si mesmos.
Cada indivíduo, através de seus próprios esforços e méritos, busca retornar ao estado original de unidade e plenitude. O caminho entre o início e o fim é árduo e cheio de desafios, descendo primeiro para depois subir em espiral, numa jornada contínua rumo ao topo. No entanto, é ao enfrentar esses desafios e ao procurar um propósito maior que encontramos a verdadeira evolução e redenção, transcendendo as limitações da existência para alcançar a unidade e a plenitude.
Desvelando a Morte: O Caír das Cortinas
A morte há de ser como
O cair das cortinas entre a cria e a criatura,
A parede invisível que nos separa da eternidade,
Podendo assim estar diante do Criador.
O rasgar do tecido fino que separa o agora do infinito,
Revelando a nudez do ser humano,
Deixando para trás todas as bagagens e tesouros
Que acumulamos em vida,
Mas que ali não têm utilidade alguma.
Nesse momento, tarde demais,
Percebe-se o quão fútil pode ser a vida,
E que talvez a morte não seja o problema.
Ela há de ser uma solução,
Uma passagem para o eterno e o desconhecido,
Onde o peso do viver finalmente se dissolve.
E Quando a Morte me Encontrar?
Desejo que a morte me encontre viva.
Porque viver é diferente de apenas existir.
Há tempos me pergunto o que é vida, pois o que tenho não passa de um eco vazio, uma sucessão de dias sem cor, sem pulsação. Se viver for apenas isso — sobreviver sem sentir — talvez o encontro com a morte não seja tão assustador.
Mas se ela demorar, que me encontre desperta, de alma incendiada, com olhos brilhando pelo peso e a beleza dos instantes. Que ela veja em mim alguém que, mesmo entre abismos, soube amar, sonhar e se permitir sentir.
Se a vida quiser me manter aqui, que me devolva o direito de ser plenamente viva.
Dor no peito
(visão da morte e seus prenúncios)
Dor literal, não literária!
É no coração mesmo, no real.
Começou do nada,
quase sem sentir...
Foi aumentando devagarinho,
mas sem parar um segundo.
Tomou a parte superior do peito.
Adentrou as costas.
Respiração parecia até normal...
Um incômodo.
Uma tristeza.
Um ai...
Como se fosse partir
sem ter, ainda, onde chegar.
2021
Quem fica cara a cara com a morte, pensa.
Segundos cara a cara com a morte, e repensa.
Milésimos de segundos, e uma vida inteira suspensa.
Quem olha a morte de perto, muda.
Se muda.
Se muda para algum lugar onde só quem esteve tão próximo dela sabe que existe.
Um lugar no qual se respeita tudo.
Vivos e mortos.
Mortos, vivos, a vida e ela.
Eu preciso acreditar no sorriso da vida, não posso guardar na minha memoria a imagem da morte.
Tem pessoas que passam brevemente em nossa vida
Não me ligo as pessoas pelo laços sanguíneos, crenças,
raças, conta bancaria, cor da pele,idade, gostos e feitos, ligo-me as pessoas porque gosto de gente, gosto do ser humano, porque tudo isso me fascina, em cada um posso criar e construir uma historia, ou varias historias
Como uma tarde de domingo sentado á mesa na casa da tia maria que não é minha tia de sangue, mais é minha tia, hoje ela partiu, mais cedo que todos nós que ficamos na saudade,
vamos lembrar desse sorriso e guardar para sempre em nossos corações.
Porque o brilho dos olhos denuncia a viada e a morte
porque o brilho dos olhas fala a verdade e a mentira
porque o brilho dos olhos fala da alegria e da tristeza
porque o brilho dos olhos provoca desejo
porque o brilho dos olhos tem amor e paixão
porque o brilho dos olhos tem historia
porque o brilho dos olhos esta cheio de emoção
porque o brilho dos olhos seduz o coração
porque o brilho dos olhos vem da alma
porque o brilho dos olhos é a luz que ilumina a vida enquanto a morte não chega
O que é a morte, senão o esquecimento,
Um silêncio profundo que vem com o tempo?
O corpo pode cair, esvair-se no ar,
Mas o que somos, o que vivemos, ninguém pode apagar.
A morte não é o fim, mas a ausência do olhar,
A distância que cresce quando param de nos lembrar.
Mas quem toca a alma, quem imprime no peito,
Não morre jamais, permanece no perfeito.
O corpo se apaga, mas o espírito arde,
Em cada lembrança, em cada saudade que invade.
Na memória dos que ficam, a vida ressurge,
E nas palavras que ecoam, o ser se refugia.
A morte é só uma curva na estrada do ser,
Um ponto que nunca é definitivo, mas se faz entender.
E quando o último suspiro for dado, o último ato concluído,
Seremos eternos, pois o amor que deixamos será sempre ouvido.
Enquanto alguém contar nossas histórias com amor,
Viveremos, imortais, como a eterna flor.
A morte não pode nos calar, pois a vida é contada,
Na memória que preserva, nossa alma é eternizada.
A MORTE
A Morte não existe é apenas uma passagem. Aquilo que morreu sofreu uma metamorfose ocasionando o fechamento de um ciclo. Logo se adapta para uma nova fase.
Essa morte podemos ter vários aspectos; Materiais, Sentimentais, Espirituais ou até mesmo em determinados Projetos de Vida ou simplesmente de cunho Profissional.
Tudo na vida temos Início, Meio e Fim. Nem sempre a morte é o Fim, pois essa é cíclica e quando esta se finda algo novo se inicia.
Transformando a vida numa verdadeira caixa de surpresa, onde o VIVER há de se imperar.
Entretanto todos os caminhos te levam à Morte, então perca-se e espere, logo prepare seu ritual de mudança.
A HONESTIDADE DA MORTE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Chega o ponto em que o homem smplesmente amontoa bens; coleciona fortunas; guarda poderes em sótãos; abarrota os arquivos de fama e prestígio... soca seduções em armários e não sabe mais em que buraco enfiar tantos títulos, vendo que o infinito prossegue, ao passo que o ser humano fica; chega em seu limite, restando apenas o abismo... a certeza de sua fragilidade... a consciência de que a morte continua insubornável. A vida não tem preço nem tanque para repor combustível. O desejo de realizar o sobre-humano, exceder a linha de um horizonte que nunca será presente, há de se tornar o resumo da falência de tantas conquistas.
Viver é um conjunto de realizações contínuas... mas no campo dessas realizações, temos que ter equilíbrio, moderação, lucidez e longanimidade. As raias da loucura e da avidez por tirarmos de todos o mundo inteiro, tendo-o só para nós e a qualquer preço, tem perigos indizíveis. Se Deus existe, como pode ser que sim, nenhum de nós ascenderia em tempo algum, ao cargo de seu braço-direito. Quem um dia chegou lá, segundo a literatura sacra, está no inferno há muito tempo.
UMA GRANDE BESTEIRA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A morte acaba de convocar o Ermenevaldo Bastos da Figa... ou de uma Figa. Ermenevaldo, pessoa de grande vulto e prestígio, era imortal. Pelo menos estava imortal. Era membro de academia de letras.
É assim mesmo, a vida: somos imortais até que a morte nos desminta. Ou mortais, até que a morte nos imortalize por algum tempo, talvez por algumas gerações, em saudades ou homenagens pontuais. Uma eternidade miúda, passageira, se considerarmos a própria eternidade.
O que aprendi neste mundo, até o momento, é que a vida é besta. Somos todos, bestas... tudo isto não passa de uma grande besteira.
SONETO SOCRÁTICO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Se morri toda morte que se morre,
já vivi cada vida que se tem,
ou de cada bebida o justo porre;
todo mal, se por mal ou se por bem...
Fui além do infinito, após além,
por amor fui mocinho em Love Story,
odiei, fiz a guerra, paz também,
mas ninguém me condene ou condecore...
Sou quem sou desde o dia em que cheguei,
sei de tudo, no entanto nada sei,
quanto mais me procuro e me aprofundo...
Ser poeta me abona pra voar
ou pra ir pelos ares lá no ar,
onde o céu justifica estar no mundo...
ATÉ A MORTE CHEGAR
Demétrio Sena, Magé.
Conheci muita gente com cara de nada;
sem nenhuma expressão de qualquer sentimento;
não havia momento, repente, mudança,
um registro da alma na flor da expressão...
Vi pessoas talhadas pra serem assim
ante a dor, o contento, a vontade, a repulsa,
no começo, no fim ou no meio do caos,
nas expectativas e nas descobertas...
Muita gente parece de bronze ou de gesso,
reza um terço imutável que nunca termina,
deixa o mundo girar e não cai do suporte...
Vejo rostos em branco, sem nenhuma pauta,
só a falta da falta que que a vida não faz
nessa paz de quem morre até que a morte chegue...
URGENTE!
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Lá se vão os primeiros anos da morte de minha mãe, mas parece que foi ontem. A dor ainda é fresca. Não é patológica, sei que a vida segue, sabemos todos, mas trata-se uma realidade que ainda não foi totalmente absorvida pela saudade persistente.
Saudade com toque de remorso, por eu ter sido um filho ausente por muitos anos, e na mesma leva, um irmão frio e distante, o que magoava também meus irmãos, mas entristecia especialmente a minha mãe. Ainda bem que tive tempo de nos últimos poucos anos de sua vida, reatar os laços de cumplicidade com ela e lhe dar a grande alegria de me ver bem próximo de meus irmãos, dos quais não sei como consegui viver tão desligado desde cedo. Hoje sei exatamente a dimensão do meu amor por eles, e não consigo mais ficar longe ou ausente por muito tempo. Tenho irmãos especiais, a tal ponto que discordo veementemente da máxima bíblica de que há amigos mais chegados que um irmão, mesmo considerando que tenho alguns amigos também especiais; que amo sinceramente.
Voltando à minha mãe, o que me consola é saber que ela pôde assistir ao processo lento e gradativo pelo qual me tornei uma pessoa menos pior, tanto para ela quanto para os que ficaram. Minha mãe me achava o máximo, em seu amor extremado e sua simplicidade bem própria de mãe atemporal. Ou do tempo das mães ensandecidas pelos filhos. Nos últimos tempos, tínhamos conversas muito longas e secretas, sobre tudo, e até hoje não sei como ela podia gostar tanto de conversar comigo.
Cada filho de nossa Maria tinha virtudes distintas e acima das de todos os filhos de outras mães, em sua opinião. Para ela, nenhum dos rebentos estava em um patamar abaixo do outro. Nenhum merecia menos a sua admiração; o seu desprendimento e atenção infalíveis. E eram nove filhos e um neto criado como tal. Dez filhos, todos merecedores do seu melhor, na mesma proporção.
Sem mais delongas, estas considerações que já se alongaram são a minha proposta de reflexão aos filhos de todas as mães e todos os pais. Se eles merecem o seu amor, ame-os urgentemente! Com gestos, atitudes e palavras! Sim, palavras também! Evidentemente, os atos falam mais alto, mas as palavras, quando correspondem a sentimentos sinceros, têm magia. Dão ânimo novo e vida extra para quem nos ama. E no caso de mães e pais que amam os filhos, os gestos ficam até em segundo plano, porque eles bebem nossas palavras de amor sincero como se fossem rios de água revigorante.
Não custa nada um "eu te amo", entre outras frases carinhosas extraídas do fundo do coração; de preferência, sempre seguidas de um leve beijo; de um afago sutil; de um abraço aconchegante. Pensemos nisto, eivados do simbolismo deste dia escolhido como de finados.
STEPHEN HAWKING: CELEBRIDADE REAL
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A morte do físico Stephen Hawking, considerado por quase todos da comunidade científica mundial, o maior cientista de nosso tempo... que do interior de um corpo inerte falava por meio de computador, e assim mesmo ajudou tanto a humanidade com suas teorias, máximas e descobertas, privou o mundo moderno de uma celebridade plena. Real. Totalmente justificada pelo sentido original do vocábulo.
Apesar do contexto fútil, que gerou a ressignificação popular já registrada nos dicionários, originalmente celebridade aponta para o que é celebre: distinto; ilustre; louvável; grandioso. A pergunta que me faço é se não soa injusto chamarmos de celebridades pessoas tão simplesmente famosas. Que além de serem famosas, não têm atributos nem histórias que possam torná-las compreensivelmente célebres; distintas; ilustres; louváveis; grandiosas. Não contribuem de nenhuma forma para tornar o mundo, pelo menos o seu país, quem sabe a sua comunidade um pouco melhor. Não influenciam de formas grandiosas e consistentes os hábitos de um povo. Muito menos ajudam a gerar transformações, mudanças relevantes de conceitos, e principalmente: não duram. Não ficam para a eternidade. Passam sem deixar marcas. Suas trajetórias logo mostrarão que tanto faz elas terem ou não vivido, porque o mundo, a nação, o estado, sequer a comunidade sentirão falta. Suas vidas não disseram a que vieram.
Enquanto tratamos como celebridades pessoas que participam de um reality show; que surgiram agora numa novela; estão no auge da moda repentina e visivelmente passageira por causa de uma musica vazia; uma polemica sem qualquer peso nem importância, os gênios da humanidade ou do nosso entorno vão ficando esquecidos: cientistas, inventores, filósofos, artistas plásticos, pensadores, grandes professores, ícones da solidariedade humana, escritores, ativistas, cantores, compositores... pessoas simples de qualquer meio, que deixaram ou que ora constroem trajetórias previamente memoráveis por seus contextos, profundidades e sentidos amplos. Autores de obras ou atos perfeitamente capazes de causar impactos positivos nos que tiveram ou têm a sorte de conhecê-los, pessoalmente ou não. Pessoas que foram ou não reconhecidas, e se não foram, azar do mundo.
Perdemos em Stephen Hawking, uma das últimas celebridades do planeta. Estão morrendo as celebridades. E o mundo, e os nossos países, e os nossos entornos não estão sendo beneficiados com reposições a contento. A sociedade atual está muito fútil; muito massificada; imediatista; consumista... muito ávida pelos resultados rápidos; o lucro para ontem.
SOBRE O NÃO SOBREMORRER
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Descobri que não tenho temor da morte. Meu medo é de não viver, apesar de vivo... ou de não morrer simplesmente por já estar morto.
Que o destino me livre de ser não sendo. Ir não indo. Estacionar no cais do nada; no porto inseguro do comodismo existencial. Da satisfação de crer que basta esperar o que já chegou e passou pelo meu fim. Chegar ao fim do fim e não conseguir fechar a conta.
Morrerei, certamente. Mas quero morrer vivendo; não morrer já estando (in)devida e veladamente morto.
PRONTIDÃO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Quando a morte vier ninguém me chame
pra fugir ou dizer que não me acho,
ser infame a tal ponto que declare
outra morte que tenha vindo antes...
Fim honesto não cede a tal suborno,
tenho a vida que o tempo combinou,
pôs no forno e me disse a minha hora
não exata, mas feita para mim...
Se você me vir pronto não me peça
pra tirar uma peça e vestir outra
e fazer o transporte me aguardar...
Minha morte não pode ser mais cara
do que os olhos da cara pra viver;
quero ir sem pagar adicionais...