Crônicas para Crianças
"Comece educando cedo as crianças, pois elas são as sementes do nosso futuro. Ensine-as a amar, plante amor em seus corações e ajude-as com sabedoria e lições de vida. Quando estiverem crescidas, dê-lhes espaço para que continuem crescendo. Assim, você estará construindo um novo amanhã, com menos violência, mais fraternidade e mais amor".
Na garoa fina que vinha caindo as crianças corriam para as ruas esperando a chuva que viria do céu numa alegria a qual contagiava aquela cidadezinha inteira. Os telhados coloridos falavam de histórias não contadas e a luz mansa da manhã brilhavam todas galharias daquelas árvores que o tempo nunca desbotara. Naquelas águas coloridas as crianças brincavam e bordavam sobre os tapetes brancos estendidos para elas. Tinha gosto de jujubas, de uma infância eternizada daqueles momentos.
Em realejo o sol nunca deixa de ser azul, há sempre uma canção que faz ninar as crianças enquanto vagam com seus unicórnios. Como é possível sabe-lo? Os gatos cantam e os pássaros desfilam sobre a relva que cresce linda. De repente num interlúdio de pássaros vi uma clareira de formigas dançando de mãos dadas, era sobre a chuva daquelas esquinas esquecidas e entre pássaros e formigas que cantavam, as anêmonas esverdeadas dançavam canções de sereias do mar que já molhadas estavam.
"É preciso acolher com amor as nossas crianças, mas ao mesmo tempo fazer com que a criança, adolescente, adulto, tome consciência clara de que em determinado ato / atitude ocorreu uma transgressão “desrespeito de uma ordem, uma lei, um procedimento, infringiu ou, transgrediu uma norma social”..."
"Nada se compara ao poder de encantamento das crianças, da energia que transmitem através de sua alegria contagiante, amor, inocência, olhar e sorriso. Por onde passam irradiam felicidade, luz e ternura, conseguindo tocar os corações de todos a sua volta. Transmutam tristeza em alegria, amargura em brandura, timidez em descontração, maldade em bondade, ódio em amor. Eis o poder de encantamento das crianças!"
Sabe quando a gente sobre uma escada? Os pés vão um atrás do outro, como aprendemos desde crianças. Mas a alegria dos primeiros passos se perdeu. Ao crescer, nos modelamos segundo o andar dos nossos pais, dos irmãos mais velhos, das pessoas às quais somos ligados. As pernas agora avançam com base em hábitos adquiridos. E a atenção, a emoção, a felicidade do passo se perderam, assim como a singularidade do andar. Nos mexemos acreditando que o movimento das pernas é nosso, mas não é, uma pequena multidão sobe com a gente aqueles degraus, e a ela nos adequamos: a segurança das pernas é apenas o resultado do nosso conformismo. Ou se muda o passo e se recupera a alegria do início ou nos condenamos à normalidade mais cinzenta.
É triste encontrar tantas crianças, adolescentes e jovens nas ruas. Dói está em divertimento com nossos amigos e vê que do outro lado há tantas pessoas novas passando necessidade. Infelizmente isso é uma realidade - que dói. Dói em vê os olhares e pensamento de julgamento das pessoas que passam... julgam mas não dão um passo para ajudar! Sequer sabem do passado que cada um passou, sequer sabem o real motivo de estarem alí... Apenas julgam. Alguns abandonados, outros sem moradia... Julgamos quando dizemos que "eles são um perigo pra sociedade!" mas quantas vezes a "sociedade foi um perigo pra eles?"... Quem é perigo pra quem? Julgar nunca vai mudar! Agir! Muitos querem deixar as ruas e viverem melhor mas, estão precisando de alguém que os ajude a levantar, talvez de alguém apenas que pare alguns minutos de sua vida corrida pra escutar. O ombro pra chorar, o ouvido pra escutar, o abraço pra acalentar, os olhos pra mostrar verdades, as palavra pra aconselhar ... Talvez isso valha muito mais do que qualquer moeda que você joga quando passa na rua, achado que fez a sua parte...
A inocência e a pureza das crianças deveriam servir de inspiração para o mundo e jamais deveriam lhes ser arrancadas. A infância é muito importante e devemos valorizar, respeitar e entender essa fase da vida. É nela que muitas personalidades são formadas e algumas experiências acabam definindo o futuro da pessoa. Cuidado com o que você faz com suas crianças.
Quando somos crianças a vida exige que sejamos apenas crianças. Quando somos adolescentes a vida não exige de nós nada além de atitudes frívolas. Quando somos jovens tudo nos é permitido e a idade justifica tudo ou quase tudo, mas quando nos tornamos adultos tudo muda. Temos de pensar com a prudência de quem já cresceu, viver com a disposição de um jovem, agir com a sabedoria de um ancião e sonhar com o mesmo entusiasmo de uma criança.
Meu temor é que, na medida em que empurramos celulares, smartphones e computadores para as crianças em idades cada vez mais precoces, elas não venham a desenvolver as habilidades mentais mais contemplativas e atentas. Isso seria uma grande perda para a cultura, pois a expressão artística requer reflexão mais calma, tranquila, introspectiva. Se as crianças perderem isso, veremos uma diminuição nas realizações culturais e artísticas.
"O Ramo Amarelo no escotismo católico, para os lobos e as lobas, destina-se a crianças de 8 a 12 anos, e nele pratica-se um sistema próprio dessa idade, para a socialização infantil e o preparo para o futuro ingresso no Ramo Verde, proporcionando um desenvolvimento em todas as áreasde crescimento: saúde e desenvolvimento físico, carácter, fé em Deus, destreza manual e sentido de entrega e partilha aos outros. Seus membros são organizados em alcatéiaspara os lobos e clareiras para as lobas. As alcatéias e as clareiras dividem-se em bandos. O Ramo Amarelo é conhecido como lobismo ou lobitismo."
"O Ramo Verde no escotismo católico, para os exploradores e as guias, destina-se a crianças e jovens de 12 a 17 anos, praticando-se o escoteirismo clássico, em preparação para a vida adulta, noqual o método original de Baden Powell, descrito em “Escotismo para Rapazes” e naliteratura guidista, é aplicado. Seus membros reúnem-se em patrulhas para oadestramento exaustivo na fé católica, no sentido do serviço e nas técnicas mateiras. Aspatrulhas unem-se em uma tropa."
Com as crianças eu aprendo como conviver, com os adolescentes eu aprendo novas formas de fazer e com as pessoas mais velhas aprendo os erros que não devo cometer. Com o tempo eu descobri que todo mundo tem uma licção capaz de melhorar o meu ser. Desde então, eu nunca fico num meio sem que a principal intenção seja aprender
"Porque fomos crianças antes de sermos homens, e porque julgávamos ora bem ora mal as coisas que se nos apresentaram aos sentidos, quando ainda não tínhamos completo uso da razão, há vários juízos precipitados que nos impedem agora de alcançar o conhecimento da verdade; e, de tal maneira, só conseguimos libertar-nos deles se tomarmos a iniciativa de duvidar, pelo menos uma vez na vida, de todas as coisas em que encontrarmos a mínima suspeita de incerteza"
À medida que as crianças crescem e desenvolvem empatia, elas adquirem uma melhor noção de como navegar no mundo social. Dito de outra forma, pode ser que um aspecto crítico do crescimento seja aprender a dobrar nosso tempo em sintonia com os outros. Podemos nascer sozinhos, mas a infância termina com uma sincronia de relógios, pois nos prestamos totalmente ao contágio do tempo.
A humanidade parou. Escolas fechadas, antes o som que se ouvia era de crianças e pessoas indo e vindo de um lado para o outro e agora portões trancados, professores refletindo, como todos, sobre suas questões mais íntimas e coletivas. A família está reaprendendo como é bom estar junto e as crianças ensinado o amor genuíno. Assim a educação vai tomando um novo rumo, uma nova vertente, sendo observada de um outro ângulo, no qual reforçamos que se dá para além dos muros, de nós professores que como bússolas apontamos os caminhos, as diversas possibilidades. Os pais que, como o farol que indicam que o outro lado da margem está bem perto. E assim, diante dessa pandemia, que para mim é recalcular a rota, a educação vai se fortecelendo por meio das dúvidas, hipóteses, mas com a certeza que é o caminho para transformação de tudo, e que as relações interpessoais, os vínculos afetivos vão constituir uma nova perpesctiva sobre educar para transformação.
Cada um de nós escolhe o que é aceitável em nossas vidas. Quando crianças, não temos muitas opções de escolha. Nascemos em famílias e situações, e tudo está realmente fora de nosso controle. Mas à medida que nos tornamos adultos, escolhemos. Consciente ou inconscientemente, decidimos como vamos nos permitir ser tratados. O que você vai aceitar? O que você não aceita? Você terá que escolher e terá que se defender. Ninguém mais pode fazer isso por você.
Eu acho uma lindeza gente que leva crianças pequenas a casamentos, bailes de formatura e velórios. Daí fica a molecada correndo, caindo, quebrando coisa. Nos velórios é pior ainda, porque só falta esbarrar no caixão e derrubar o defunto. Tem lugar que é de adulto e tem lugar que é de criança. Se você suspeita “levemente” que seu filho pode ser mal-educado, e não se comportar como um verdadeiro lorde britânico, não o leve. Ou então leve logo o moleque, alugue um terninho de anão para ele, para que fique igualzinho a um boneco de ventríloquo, e aguarde pelos elogios dos familiares, todos mentirosos.
“O mundo parece um parque de diversões, cheio de crianças querendo brincar mais que outras, querendo ter brinquedos melhores, com o egos super inflados, mas alguns apenas observam, eu já brinquei, agora quero apenas observar, podemos dizer que existem esses dois tipos de pessoas, umas ligam pra nada e outras veem o mundo como ele realmente é.”
É sempre bom “educar as crianças para não punir os adultos”; educar uma criança NÃO é somente enchê-la de mimos, carinho, presentes ou de tarefas… é sim fazê-la perceber o verdadeiro valor da vida e os seus diferentes momentos, fazê-la entender que não apenas tem direitos, mas também deveres. Por vezes ser duro com seu filho não é maltratá-lo, é sim prepará-lo para uma vida futura de muitos êxitos.