Crônicas para Crianças
Quando somos crianças o tempo todo estamos em cima do colo de nossos pais, quando somos adolescentes corremos para o colo de amizades, quando somos jovens nossos ouvidos se fecham para seus conselhos, quando somos adultos nos achamos mais maduros e quando envelhecemos é que vamos perceber o tamanho da solidão que causamos nos nossos pais.
Subi a colina onde costumava usar o trenó. Havia muitas crianças ali. Eu fiquei vendo elas voarem. Darem saltos e apostarem corridas. E pensei que todas aquelas crianças um dia iam crescer. E todas aquelas crianças um dia iam fazer as coisas que nós fazemos. E todos eles beijarão alguém um dia. Mas agora andar de trenó era o bastante. Acho que seria ótimo se bastasse um trenó, mas não é assim.
Era uma vez, duas crianças , um menino e uma menina, eles eram muito amigos, ate que um dia ele se separaram, depois de oito anos eles se encontram, e parecia que não havia acabado nada, mais ele havia mudado muito, e já não se importava tanto com os sentimentos de sua amiga, ate que acontecem coisas que vão os afastando, e quando ela menos esperava, ele a esqueceu. Ela ainda se importava, mais nada podia fazer, por que ela já tinha caído no mar do esquecimento dele. Até hoje ela ainda luta para que ele venha se lembrar dela, mais nada mudou.
Tenho que admitir: as crianças tem muito a ensinar. Quando querer alguma coisa pedem, insistem, choram, falam com um, não resolveu, fala com outro e conseguem. Se gosta ou não de algo demonstram na hora, são transparentes. São espontâneas, fazem amizade com facilidade. Já nós, intitulados "adultos" desistimos muito facilmente do que queremos, no máximo dois 'nãos', e já é motivo para repensar sobre o assunto. Nem sempre somos transparentes, omitimos opinião, fazer amizade então ... passamos por tantas pessoas na rua o tempo todo, e com nosso mal-humor, viramos a cara, como se elas tivessem alguma culpa de algo ter dado errado para nós. Tolo que somos, orgulhos, prepotentes, arrogantes, industrialistas. Solitários em um mundinho.
E no ultimo adeus, lembranças meio apagadas de quando ainda eramos meninos e crianças, um pouco de nostalgia daquele ultimo olhar de ontem...e sobre a lápide irretocável negra estava nesta hora toda molhada, pouco se sabia onde foi que começou a aguar pelos pingos da chuva e o que era aguado pelas lágrimas da saudade que já começava à crescer....sai da letargia e incompreensão me acordou no momento que todos os presentes em coro gritaram, Amém.
As roupas e os calçados estão entre as invenções mais importantes do mundo.Sem roupas as crianças e os adolescentes não poderiam estudar e nem aprender.Nas universidades seria improvável alguém conseguir se concentrar nas aulas caso as pessoas estivessem nuas,ou seja,as pessoas também não iriam ao trabalho.Nos locais frios as pessoas morreriam de frio por não estarem aquecidas.As ventimentas são marcantes e também podem revelar a personalidade das pessoas.
Quando somos crianças, sonhamos em crescer, quando crescemos sentimos falta de ser crianças, fazer o que não fizemos, quando envelhecemos sentimos falta de quando éramos um adulto na flor da idade, acontece que as pessoas são assim, sonham com o que teve e não soube aproveitar, e perdem por não aproveitar novamente, nossa vida é feita de ciclos onde a maioria vive dando valor ao que tinha e esquece de dar valor ao que tem.
Gostar de poesia, música, artes cênicas, literatura clássica, natureza, crianças, animais, pais, tios, primos, caminhar, observar, calar, falar o necessário, pedir licença, entender que o outro pode ter uma prioridade antes da minha... São pessoas dotadas de um espírito sensível ao bem... Em tempos de hoje raros. Época de egoísmo em que se deprecia o outro para se autoafirmar escondendo sua fraqueza espiritual até animal.
As vezes olhos as crianças e observo, elas querendo ser grande, e nem imagina, como é complicado ser adolescente, se apaixona, se iludir, nem imagina como é ruim, enem imagina, como é crescer e ter dívidas pra pagar, tem imagina como é ruim ser adulto, e aí, adultos que já foram crianças e já quiseram ser adulto, o que mais deseja é voltar a ser criança mais uma vez.
Para crianças há um pavor em descobrir as limitações daqueles que você ama. A hora em que você descobre que sua mãe não pode protegê-lo, que seu tutor cometeu um erro, que o caminho errado precisa ser tomado porque os adultos não têm força para tomar o correto... cada um desses momentos é o roubo de sua infância.
Privamos nossos filhos (...) da persistência. O que quero dizer é que precisamos falhar, as crianças precisam falhar, precisamos nos sentir tristes, ansiosos e angustiados. Se protegemos a nós e aos nossos filhos impulsivamente, (...) nós os privamos de habilidades de aprendizado relacionadas a persistência.
"Por um minuto fechei meus olhos e imaginei um mundo colorido onde crianças viviam felizes em sua inocência,e os adultos viviam em harmonia e unidos,mas ao abrí-los me vi nesse mundo cruel,onde inocentes são injustiçados,onde o amor é praticamente extinto e quando se tem é destruido por a inveja,falsidade, maldade,ambição. Isso me faz pensar que talvez,só talvez,o que fizesse o mundo girar não fosse o dinheiro,a vida fosse melhor."
XSomos todos crianças , sem sentido e sem motivos na esperança de que algum dia tudo vai fica melhor, que somos capazes de sonha, viver, querer é sentir , afinal a vida é só uma muito curta e passageira para perdemos tempo , então só viva , sorria , tenha sonhos , metas pra vida é o mais importante nunca desista por mais que seja difícil continue a nadar " , não tenha medo, ele só server pra atrasar e nos deixa paralisado. Mas não importa quanto medo você sinta , enfrente ele se reinventa, destruam seus medos. Vida é constante risco então não tenha medo de se arriscar , sabe é difícil sabe quando realmente estamos vivos de corpo e alma. São aquele momentos quem que vc não tem nada na cabeça , fica sem medo , e voar no seu próprio pensando sem rumo , de alguma coisa nova de novo recomeço , não há nada que esteja tão ruim que não possa melhorar, inclusive a vida .
Vá em frente, leve meus olhos. Eles não me são úteis. Quando eles olharem para crianças brincando, eu estarei sorrindo com eles. Leve meu coração para que outra pessoa viva e ame. Com este presente, saiba que meu amor permanecerá neste mundo. Leve meus pulmões para que outro cante. Se prestar atenção, ouvirá que estou cantando com eles. Lamento não ter dado mais abraços e contado mais piadas. Tentei fazer os outros sorrirem. E, quando eu morrer, não estarei aqui. Estarei em todos os lugares.
Aprendemos a sobreviver na água quando somos crianças. Depois, passamos décadas sem nadar. Mesmo se acabarmos na água de novo, ainda vamos flutuar. Você pode achar que esqueceu tudo, mas seu corpo se lembra. É a mesma coisa com o amor. Você pode achar que esqueceu como se ama, mas seu coração se lembra quando você começa a amar alguém.
Autistas depois que fazem 18 anos são esquecidos. A luta desenfreada é quando são ainda crianças e a gente acha que vai ser revertido o autismo. Na medida que crescem a gente vai ficando calejada de sair atrás da cura, e aí eles também são esquecidos como a gente... que é mãe. O mundo para aos 18 anos para o autista e para a mãe também que não vê mais horizonte. Quando criança a gente enxerga muito além do arco iris. Quando adulto o arco iris some...e a nossa porta se fecha, e o que nos resta é apenas uma janela aberta.
Sinceridade um dia um medico me disse que eu não era igual as outras crianças,isso foi um tremendo shock de começo, então com o tempo eu me deparei com o mundo e percebi que isso não era um defeito, "eu não era igual as outras pessoas mesmo", percebi que eu era super diferente, e eu dei um sorriso, por isso, porque isso foi um presente, não ser igual as pessoas lá fora.
Das crianças... agora comecei a ter contato com uma figurassa. O filho de 4 anos do síndico do meu prédio, o Gabriel, que vai jogar bola numa parte do terraço que é colada na minha varanda. É o filho do meio de uma família bem situada na sociedade e, como natural, muito mimado pelos pais e um outro irmão. Goza de perfeita saúde e leva uma vida normal das crianças da sua idade. Está sempre aqui no terraço brincando sozinho, jogando bola, tentando, pelo o quê eu escuto, imitar os craques da seleção. Aí começo a me identificar com ele. Como eu, ele também é, pelo que percebo, controlado por uma necessidade de fazer gol que lhe acompanha, diariamente, até o momento de dormir. Como eu fui um dia, apesar do carinho dos pais e do irmão mais velho, deve-se sentir sozinho nos períodos escolares, sem parceiros para as traquinadas da idade. A não ser nos dias de domingo, quando reparo que o levam para uma vila aqui atrás, onde ganha a rua para brincar com alguns garotos da sua idade, mas jamais afastando-se do local. Cópia do que eu fui, também ele joga sua bola imaginando dribles impossíveis e gols inimagináveis dos craques de hoje. Aí que entra a questão, quando ele dá um gritinho Vai "NIUMÂ" (Neymar) e a bola cai aqui na minha varanda hahaha. Como os chutes estão frequentes nos finais de semana, ele já me chama na intimidade, com uma ousadia impressionante: "XIÔÔ (tio), "QUÉ" PANHÁ BÓIA". E lá vou eu devolver a bola para que o jogo não pare por incompetência do gandula. E daí, talvez, a gratidão manifestada pelos cumprimentos e acenos de mão com que me agracia ao passar por mim agora na portaria. Tentando avaliar o peso da cruz que cada um carrega e, sobretudo, vendo o Gabriel, nos finais de semana me posicionando como gandula na varanda, e nunca deixando de me cumprimentar ao me encontrar na portaria ou na rua, espero que ele possa crescer sem encontrar maiores obstáculos no mundo cão em que vivemos, e que este século que ele irá enfrentar adulto seja menos violento e ofereça às pessoas maiores possibilidades de realização dos sonhos de vida. Sinceramente é o que eu desejo ao meu "amigo" Gabriel...
"O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade. Então que tenhamos com ela o Respeito, o Amor, a Autenticidade e que saibamos aprender com ela o Perdão, a Inocência e a Felicidade vivida, segundo a segundo. As vezes aprendemos mais com elas, do que possamos ensinar."
Mais uma esquina e nenhuma bola, bicicleta ou gritos. Ruas vazias, crianças recolhidas em seus aconchegos. Vento frio em noite escura. Hoje não tem lua. Pelos se arrepiam no anúncio da ausência de alguém que já faz falta por não estar perto. Dia após dia - decisões, planos, expectativas, aprendizagens.