Crônicas do Cotidiano
Cotidiano
Dizia ela: "És o meu amor, nada nesta vida, entre nós, vai se contrapor".
Ele encantado com tal declaração,tranquilizou o pensamento, acalmou seu
coração.
Os dias passam e com eles, modificam-se as coisas.
De todo aquele amor eterno, onde nada se interporia, seus fundamentos
começaram a ruir.
Vieram interferências, idéias contraditórias,brigas e a triste separação.
Hoje, ele vive como se o chão não estivesse sob seus pés.
Coração aos pulos, disparado.
Lembra quando o amor era vivido a dois,e os sonhos que ambos compartilhavam.
Por parte dela, não sei de nada que haja acontecido.
Talvez esteja ela mais satisfeita do que ele, tem seus filhos ao lado.
Provável que tenha esquecido a declaração feita.
Nada importa, o coração que acreditou nela, que procure uma saída.
O dela, tranquilo esta. O dele, que busque uma maneira para viver a sua vida.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
TARDES
Bem no meio do cotidiano
Quase sucumbido por números
E temores
A tarde sorriu pra mim
O horizonte estava lá
Uma tarde de sol despedindo-se
Ainda olhou uma vez
Sorriu outra
Um alaranjado tão forte
Que confundiu a vermelhidão
Das tardes cotidianas
...e agora... busco
o sorriso das tardes.
Viver é perguntar...
Os questionamentos fazem parte
do nosso cotidiano existencial.
Existem perguntas corriqueiras de superfície,
entretanto, há interrogações que vão mais fundo
com ressonância de eternidade tais como:
O que estou fazendo de minha vida?
O que posso realizar de concreto
para construir um mundo mais justo, mais humano?
Cabe a nós refletirmos e agir com responsabilidade.
DUALISMO
Ora sim, ora não, variável cotidiano
Vivo ansiando, em dúvidas e prece
Num dualismo, a arder, e assim tece
A alma, tumulto e clamor, vil insano
Fatal, no rir como no chorar, padece
E, como num sorvedoiro, o profano
Moro entre a crença e o desengano
Como se o azarão assim o tivesse
Pobre, capaz de maquinal ousadia
Temores, e das virtudes insatisfeito
Nem das alegrias, gorjeta e cortesia
E, no logro da obsessão do agora
Devora a maravilha do meu peito
Em assombros que a poesia chora
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
26/08/2019, 05'10"
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Doce Cotidiano a Dois
Clima de verão, no Parque do Ibirapuera, eu com o violão na mão,
Muitas crianças correndo e brincando, muitas pessoas caminhando, se exercitando, muitos casais passeando e namorando,
Clima de verão, os pássaros cantando, os gansos se refrescando, muitos jovens surfando com seu skate no asfalto, outros jogando o baquete, o futebol, ou até mesmo o frescobol,
Clima de verão no Ibirapuera, eu tocando o meu violão ao som doce da tua voz, teus olhos brilhando de felicidade e refletindo os meus, as pessoas passando ao nosso redor e aplaudindo, fotografando, parando ou apenas olhando e compartilhando conosco aquele momento de paz, amor e alegria que se espalhava no ar,
Clima de verão naquela tarde gostosa no Ibirapuera, eu, você e o violão, quem viu, viu, quem ouviu se emocionou, quem não ouviu, sem stress eu conto aqui para vocês.
“No cotidiano da vida, conflitos acontecem, porém combater fogo com gasolina, provavelmente ira gerar um incêndio e atualmente grande parte das pessoas estão com um galão na mão.
Aquele que tiver com a mente limpa, conhecendo a si mesmo, reconhecendo a ignorância alheia, não irá combater com o que não pode vencer”
Na Vizinhança ou em Situações Cotidianas
Elementos do cotidiano, como um parquinho que faz barulho, o trânsito, ou qualquer outra situação menor, tornam-se fontes de reclamação. Ele usa esses incômodos para demonstrar que o mundo “está contra ele,” reforçando o papel de vítima e permitindo que receba atenção.
"A GRANDE FÁBULA: A RAPOSA E A UVA", que se aplica ao nosso cotidiano e diz respeito ao nosso sofrimento em querer uma coisa que não está ao nosso alcance --- A RAPOSA, bicho esperto, passando embaixo de uma parreira de uva, olhou para cima e avistou muitos cachos ao ponto de DEGUSTA-LOS, deu o 1°, 2°,3°,4°....no 9° pulo, já exausta, olhou pra cima e disse; NÃO VALE A PENA, ESTÃO VERDES.
Quantas vezes insistimos com uma coisa que não é para nós. A melhor solução é DESISTIR E DIZER,-- NÃO VALE A PENA.
A moral e o valor são o resultado das escolhas nas entrelinhas de um fatídico cotidiano.
No abismo do consciente caminham lado a lado o homem e a mulher, o amor e o ódio, o céu e o inferno, a fé e a descrença, a política e a religião como facetas de uma mesma moeda. Sobre tudo um magnífico deus e um diabo estúpido também aliados e dependentes entre si.
Infidelidade,é o que resolve se ter no cotidiano das pessoas.
Incrível como se torna algo tão forte e tão banal ao mesmo tempo.
A vida colabora,os momentos ajudam,fazem com que as pessoas não confiem mais em seus amigos,familiares e muito menos com quem se divide sua intimidade.
Muitas vezes as pessoas tem receio de falar a verdade,pelo simples fato dela machucar demais.E ferir os sentimentos.
Assim como a infidelidade atua no meio das pessoas,principalmente homens e mulheres,casais,que vivem juntos.Ela também atua entre as famílias.
Mas a pior infidelidade é aquela que não se acredita,aquela que vem o mundo todo contra você,mas a pessoa virá as costas para você mesmo antes de saber a sua tal "infidelidade"
VIII
Comece escrevendo
sobre coisas simples
sobre o teu cotidiano,
poucas linhas
e o quê você está
sentindo que a sua
poesia, prosa ou poema:
você vai escrever.
IX
A tua poesia, poema
ou prosa devem
ser feitas com
as palavras
que você domina,
E busque dicionários
quando você sentir
que não conhece,
ou caso uma
dúvida te surja,
porque tenho
certeza absoluta:
você vai escrever.
X
Saiba que rimar
ninguém é obrigado,
E depois de certo
tempo e domínio
se verá obrigado
a criar novas palavras
e será imparável
nesta vida seja por
gente chata, qualquer
ironia ou pelo poder
que o momento domina,
e tenho total certeza
que aconteça
o quê venha acontecer:
você vai escrever.
Acordei, me limpei como todos os dias, este atos eram de um cotidiano amante e massacrante mas o fiz, como fazia todos os dias. Coloquei as escovas no lugar, joguei as toalhas no lixo e naquele momento pensei na idiotice que é ao voltarmos da Rua termos de tomar banho e o por que e a razão do porquê não lançarmos os chinelos e a toalha. É algo que se encontra fora de interpretação de minha vã filosofia.
Me arrumo como todos os dias, visto a cueca, é qualquer uma , mas sempre a primeira avistada, a escolha do terno, é por ordem, mas vai que talvez um dele me sorria e eu o antecipo ou o deixo lá descansando e evitando ,a lavanderia e a lavagem a seco. A camisa, preferencialmente azul ou rosa, o que deixa as brancas com um certo ar de desdém, porém no íntimo de todas as vestes da casa é eu mesmo, é apenas ciúme de adolescente. Escolha a gravata, todas são em tons de azul com detalhes diferentes ,mas para evitar uma rixa ou qualquer desavença, reveso-as. As meias, são como o gado, aceitam seus destino de servirem de anterior e acumulados de suores, bactérias e não se sabe mais o quê.
Os sapatos sempre solicitos , esperam felizes a oportunidade de sairem e tomarem um lustro na proximidade do fórum, é muito simples, mas há de ter sempre cuidado com a vaidade do todo existente no universo.
Prossigo para a cozinha, faço meu café, como umas frutas, rodelas de abacaxi , uma maçã e um pedaço de melancia.
Coo o café, passo a manteiga no pão e fixo-me na faça e no preenchimento da fatia de pão.
Há algo de estranho, o pão transborda de manteiga, minhas mãos e a faca estão untadas, fétidas com o cheiro nauseabundo, amoroso, repugnante misturando-se no ar. Miro mais uma vez as fatias de pão, a repugnante manteiga e a faca bezuntada, como se tivesse vida , move-se entre minha carotida, a femural e meus olhos. Naquele momento percebi o quanto Epícuro, estava tão certo sobre a natureza da vida e da morte enquanto você esta vivo a vida não tem qualquer importância, quando você está morto, ela tem menos importância. Aquele talvez tenha sido meu último pensamento, enquanto me divertia com a dança desconexa da faca, o afogamento das fatias do pão e ela a estúpida manteiga derretendo , morrendo e eu não consigo pensar em mais nada, consegui me manter sem pensar em nem um,qualquer pensamento, fugaz pensamento e inútil que seja. Era estranho, mas com uma leveza e liberdade, sem qualquer sentido, mas ainda liberdade.
Roberto Auad
Contratempos, adversidades e contrariedades, sempre estarão presentes em nosso cotidiano.
Alguns destes empecilhos resolvemos com muito esforço e tempo de dedicação, outros poderão persistir pela nossa vida.
O que nos incomoda é que demoramos quase nada para envelhecermos, o que nos tira o tempo necessário para adquirimos a sabedoria desejada.
(Teorilang)
Peixes x Aquário
Era só pra saber como está
O cotidiano compartilhar
Uma foto de ontem enviar
Um convite para uma noite brindar
E no teu corpo mergulhar
Mas já vi que estás a tranbordar
A peixinha não consegue mais nadar
Então ela vai se mandar
Ela não sabe agradar
Mas sabe rimar
Esse poema foi só para falar
Que mais uma vez ela quis te beijar
E te amar
PROGRAMA DA VIDA
Na volta pra casa
A janela do ônibus
Vira uma televisão do cotidiano...
Pessoas andando, pessoas passando
Os carros de hoje em dia não são tão coloridos
Mas o dia está lindo.
Ele olha pra fora
Viaja nas coisas
Vê crianças simples brincando
Vê as árvores na praça
Vê o céu
Tudo vira poesia
Nas mãos dele.
A tarde calma passa devagar
Assim como o ônibus no trânsito lento da cidade grande.
Ele sonha
Que são todos sonhadores.
Olha o comércio
Observa o cão passeando faceiro com seu dono
O melhor amigo do homem
Sem dúvida é Deus.
Ele crê em Deus
Ele enxerga Deus em tudo que acha bonito.
Na natureza, nas músicas.
E até num beijo de amor
O farol vermelho
As pessoas na faixa
Motos buzinam
Todos têm pressa
Menos ele
Que calmo
Continua ali
Impávido
Tem problemas como todos
Mas encara de frente
Faz da viagem enfadonha
Um acontecimento único
Um programa ao vivo
Da vida como ela é
Ele sorri sozinho em meio aos seus pensamentos
Levanta
Dá o sinal pra descer
Está leve
Está feliz
Chegando em casa vai escrever...
Seria exatamente o fim, porém melhor situação é apenas fazer uma pausa e deixar viver o cotidiano que me cabe...
Todavia, tornar possível o resquício do que ainda pode ser real sempre será vivido.
Vivo, mas agora como um beija-flor por volta de outros jardins, até vivenciar somente envolto a uma e tão somente uma flor...
Um amor nasce de mil maneiras. Uma delas é quando você conhece alguém, seu cotidiano, gostos, costumes, seu humor e o modo de lidar com as pessoas, com os amigos, parentes... Passa a admirar sua voz, seu jeito, o vocabulário vasto e as opiniões sobre os mais diversos assuntos. Inteligência dá muito tesão. Desperta interesse inerente. Uma boa conversa soa como música. A gente se apaixona mesmo é pelo modo em que admiramos alguém. Depois vem a troca, a confiança. O mais legítimo amor nasce em terreno de profunda admiração. É raiz resistente, forte, genuína como tudo que é raro deve ser. Isso sim é amor. Você admira tanto, que chega a amar. E ele existe por incrível que pareça.
Elder Black
Pandemia !!
As mudanças vem ocorrendo no nosso cotidiano, nos ambientes familiares e profissionais, pessoais, na vivência da fé.
Temos vivido restrições.
Ausência de pessoas que gostamos
O toque, o ir e vir.
O momento nos convida a refletir.
A volta dos valores.
A volta das coisas simples, da humildade e solidariedade, da união e do amor, do respeito, da responsabilidade individual.
O momento requer silêncio ,oração e auto conhecimento.
Alguns permanecem escolher viver na obscuridade, pela falta de anseio a busca ao crescimento , ao entendimento, por não querer refletir.
Neste momento, estar do lado das pessoas que sabem apreciar a alegria, a fé, a bondade, o amor, o bem, a gratidão e o otimismo, nos ajuda a viver o momento com mais qualidade , saimos mais revigorados e fortalecidos.
Paz e luz .
Simone Vercosa.
Não há mal que não traga um bem?
Você já deve ter escutado muito essa frase no seu cotidiano, principalmente das pessoas mais idosas que contam muitos ensinamentos para essa nova geração. Agora te pergunto, você já parou pra refletir sobre essa frase? Será que o mal trás um bem? Será que o mal não trás com ele sofrimento?
A resposta para o questionamento inicial não esta em nenhum livro de cabeceira muito menos em literatura e sim no desenvolvimento emocional de cada pessoa, o quanto a pessoa esta preparada pra encarar positivamente os acontecimentos sendo ele bom ou mal; todo mal em sim será mal, trás consigo suas mazela e sofrimentos, no entanto, a visão que o individuo terá e sua reação perante ao mesmo é que o definirá.
Toda resposta, para este estado mental de perceber no mal o bem; no ruim o bom; na raiva a tranquilidade; na ansiedade a calma; está no quanto o individuo se conhece; no quanto ele tem de gratidão na sua vida e acima de tudo no quanto ele enxerga a vida com positividade.
Essa atitude positiva de buscar ensinamentos em todos os acontecimentos ruins da vida, coloca o individuo numa especie de metamorfose onde ele sempre busca evoluir através de acontecimentos negativos. Talvez você já tenha se atrasado por o pneu do carro furado ou o ônibus deu prego, algo do tipo, e logo em seguida você tem a noticia de que naquele trajeto que irias fazer aconteceu algo muito trágico, ou melhor, a pessoa que você tinha como melhor amiga ou amigo você descobre através de uma discussão por uma cobrança ou algo do tipo de quem verdadeiramente é aquela pessoa. Então as mais diversas situações que nos mostrarão como as coisas verdadeiramente são, o que vai diferenciar o estado emocional de se sentir mal ou tirar um ensinamento de todo acontecimento é justamente a pratica diária de ver em tudo que acontece de ruim algo bom.
Esse exercício permite positivar nossa visão para tirarmos dos acontecimento ensinamentos bons dos eventuais momentos ruins. Esse estado evolutivo da persona humana faz com que o individuo perceba algo nunca visto por aquele que não tem essa capacidade, ele percebe as singularidades nos acontecimentos. Tudo é singular, impar, marcante e isso é o que faz a diferença junto ao olhar atendo daquele que percebe positividade na negatividade.
Acredito que esteja se perguntando, a isso deve ser fácil pra vocês que já fazem isso, te devolvo em outra pergunta, será que já não tivemos nesse mesmo estado em que se encontra? De achar que isso só funciona com os outros, porém, com você não. Te afirmo, todo aquele que procura evoluir tens passado por esse deserto e te tranquilizo, isso é normal, agora basta que queira mudar pra que as coisas comecem a acontecer e não desista no meio do caminho.
Portanto, não há mal que não traga um bem, é na verdade uma maneira de ver e enxergar a vida sob um ponto de vista da positividade.
Namastê
O mundo é ansioso e preocupado
O caráter descrente.
O devaneio cotidiano.
Uma loucura presente.
Deixar se ser crente.
É um ato leviano.
Crente no poder da oração.
Crente que ser coerente é a comunhão.
O desafio que se render a criação.
O mundo é ansioso e preocupado.
Engole a destreza onde o orgulho desafia.
O homem é auto machucado.
Onde estarás a vida e uma condição.
É certo.
Estar por perto.
A fé que traz salvação.
A palavra diz não turbe o coração.
Não estejais ansiosos por coisa alguma.
É o senhor que propõe o suporte.
Seja do sul a norte.
Entregue no amor da cruz a sua sorte.
O socorro é diante mil batalhas e não só uma.
A palavra é condicional ao temor e fé.
Porém tem nos dado o senhor muita misericórdia.
Ainda rebelde o mundo está de pé.
Não se entende sobremaneira.
O homem tendo o ciclo como brincadeira.
Até parece do mau uma paródia.
Giovane Silva Santos