Crônicas do Cotidiano
Miojo
Pode mais que, em um tempo tardio,
onde flores já não podem mais
Regar as dores com um sorriso frio
e dormir vazio dentre os jornais?
Pode eu, não mais tão meu,
viver dos ardores pela tv impostos?
Comer da sede de quem sacia
a supremacia de cobrar impostos?
Fosse tarde não mais diferenciaria
o torpor da carne, suor da escarne
a pingar no mar que está a lavanderia.
E se da culpa não mais me entorpecer
é da saudável vida, âmbar mordida
que de fadiga, hei de cozer.
O passo da conversa
Iniciar uma conversa despretensiosa é quase sempre um prenúncio de tragédia. Já reparou como o passo da conversa distrai?
Mal começa-se uma conversa e pronto, distrai-se! Perde-se o último ônibus, tropeça-se, cai no buraco.
O passo da conversa parece ter a função de ninar a nossa atenção. Você está atento, mas a sua atenção foca no diálogo, esquece do mundo ao redor, transforma-o em cenário para que o diálogo se desenrole. E um bom papo desarma a gente não é mesmo?
Nos transforma em poetas, em filósofos, em heróis ou em vilões, em seres mortais ou imortais, transforma-nos em expectadores de nossa própria realidade. Desperta em nós toda humildade ou arrogância contida na mais profunda e insubstancial dimensão de nossa alma, e as fazem aflorar num regozijo de palavras fugitivas,que saltam de nossos lábios, feito prisioneiros escalando em fuga muralhas robustas quase intransponíveis, na busca por uma liberdade falseada e efemeramente transitória.
A verdade é que o passo da conversa deixa a gente mais lento mesmo, parece diminuir a marcha do tempo, conspirando para otimizar o instante que antecede a despedida, que nos torna novamente à realidade, onde distrair-se pode ser muito oneroso.
E por fim...Cessa-se a conversa, os passos aceleram, a distração desaparece, ouve-se as buzinas dos carros e sente-se o cheiro da fumaça produzida por seus motores embrutecidos, a poluição invisível faz arder os olhos e secar a garganta. Tudo volta a sua normalidade habitual. Até logo, até amanhã!
Parede Azul
Na carcomida parede azul
da colônia de férias dos "insetos",
os mais variados...
Aracnídeos, fungos e até platelmintos
'origamam-se' no espaço reivindicado
pleiteando o seu lugar ao sol
o seu lugar ao sul.
Como que em um molde perfeito
a massa de mira dos olhos
encaixa-se na alça de mira da TV.
Pontualmente,
sistematicamente,
completamente sem controle.
Você vai sendo moldado dia a dia!
Vai sendo castrado
convencido e se deixando convencer
de que não convence mais ninguém,
nem a si mesmo.
E como se não bastasse tal disparate
assim como os fungos, insetos e platelmintos da parede azul
confinados à insignificância de sua mediocridade
você já até gosta de estar aí como está.
Sonho e inspiração artística na vida humana
jbcampos
O sonho se inicia pela mente humana ao se sonhar e plasmar desejos latentes, aqueles guardados pelo subconsciente. “Tudo é possível àquele que crê”. Assim crendo no sonho ele vai acontecer. O sonho pode ser a melhor alavanca a demover obstáculos na realização de um ideal. Basta meditar profundamente sobre ele e transformá-lo em realidade.
Realizar sonho é exatamente como a fé. “A fé sem as obras é morta”. Se não tomar atitude, fica difícil a realização de um sonho.
Para ver um sonho realizado é necessária a ação, ou seja: um empurrãozinho vai bem...
Sonho involuntário
O sonho geralmente acontece quando se está acordado. O desejo de ser ou obter algo que nos impressiona gera o sonho literalmente, e este fica no caminho do sonhador através de sua lembrança. Quando se admira alguém pelo que é ou pelo que possuí fomenta-se o desejo de se fazer igual inconscientemente. E todo esse desejo produz o sonho, na maioria das vezes à maneira onírica, lúdica e surreal. Porém, é um projeto duma construção a sair do papel vegetal do arquiteto. A composição da partitura do músico. A obra prima da tela do pintor, a melodiosa letra da voz do cantor etc.
Colocando o sonho em prática
Aqui se frisa literalmente a conscientização de realizar o sonho.
O sonho é a mais pura inspiração divina, é o desejo que o consciente manda ao inconsciente que na sequência devolve-o à lembrança mental de forma intrincada, então para colocá-lo em prática há de se desenvolvê-lo decifrando-o.
O sonho é a libido d’alma, algo incontrolável. Sonho é vida!
A romã e a abelha pouco antes de acordar
Gala, o sonho “Salvador” de Dali
a. Gala, nome da musa inspiradora do gênio sonhador, o pintor: Salvador Dali, retratada pelas mãos mágicas do artista. Ninguém pode ser melhor exemplo do que esse pintor surrealista na perfeição de seus sonhos plasmados sobre painéis lúdicos. Enquanto sonha, flutuando sobre rochas e o mar em divino banho de sol na calmaria dum dia suave, assim se encontra Gala sobre tela. (Gala foi mulher de Salvador Dali).
Elefante exótico
b. O sonho do artista transforma sua obra na mais onírica poesia.
Um elefante longilíneo, firmado sobre incríveis pernas longas e finas, dá a dimensão de um sonho realizado pelo gênio, mesclado com montanhas e o mar.
c. Duas gotas d’águas cristalinas se encontrando com uma romã, em seguida um peixe cuspindo um tigre ao encontro de outro tigre, deparando com uma espingarda apontada à mulher. O segundo tigre é diferenciado do primeiro pelas garras e pelos bigodes.
Grande explorador de sonhos
Dali nessa obra explora o universo dos sonhos, a espingarda significa a picada da abelha e o despertar inesperado da mulher, o elefante, visão surreal de uma escultura oriunda de Roma. Vênus pode ser a romã com a sombra formando um coração, com o simbolismo da mulher, representando a fertilidade e a sensualidade em contrastes com as demais formas de vidas na tela.
Evolução
Esse sonho do artista pode ser interpretado também como: A Teoria da Evolução.
Projeção astral e o sonho
Há aqueles que interpretem o sonho em viagem astral, onde o corpo interno, ego, espírito, ou seja, lá o que definirem sai literalmente do corpo e viaja aos planos terrenos e extrafísicos e após essas viagens acaba concretizando o sonho na vida real. Para que isso seja possível à maneira constante, há de se treinar através da meditação profunda. Portanto, sempre com a finalidade de acionar o sonho a se transformar em realidade.
Regressão de memória
Regredindo ao passado é possível sonhar com clareza sobre a infância tendo uma percepção bem nítida daquilo do qual se havia desejado, trazendo-o ao presente, se ainda continuar sonhando com o bem em pauta e realizá-lo aqui e agora.
Hipnose e o sonho
Qual é o doente que não deseja a sua cura, pois bem, pela hipnose chega-se ao sonho induzido através de um psicoterapeuta, e isto serve também ao mundo religioso, onde se induz o fiel à conquista dos bens divinos, dos quais não se descartam os bens materiais, aplicação importante no cotidiano humano.
Pelo caminho que lhe apraz dê uma forcinha ao seu sonho e tenha-o realizado!
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Em nome de Deus! Matem os gatos!
Contarei uma breve estória.
Dois seres eternos, porém, antagônicos em seus pensamentos se encontraram após muitos anos e se propuseram a colocar as suas ideias sobre os fatos que haviam presenciado no mundo.
Poppulix, era conhecido por apoiar a opinião das massas e se deliciar com as ideias da maioria, caminhar de acordo com os princípios morais e éticos impostos pela sociedade dominante e, ao final viver sob a névoa da razão que cobria seus olhos.
Já, Crittikix, ao contrário, era uma pessoa que questionava a sociedade. Que embora respeitasse as opiniões contrárias, tinha a sua própria forma de pensar sobre os assuntos que eram colocados em pauta. Tinha uma frieza de raciocínio, que incomodava a todos. Razão pela qual, não era bem quisto, e sempre estava sofrendo ataques e perseguições por sua forma destoante de pensar.
O encontro.
- Fala Crittikix! Há quanto tempo! Posso ver que o tempo, não lhe fora muito agradável. O que tem feito de bom, além de questionar o que estes humanos mortais fazem?
- Olá Poppulix! Respondendo a sua pergunta, continuo ainda questionando os humanos acerca de seus pensamentos, que são poucos, e suas ideias que são menores ainda. Quanto ao tempo ter sido agradável ou não, posso dizer que esta é mais uma interpretação sua, em cima de uma rápida observação que você faz, tendo como base o estado em que, agora me apresento a você, o que estimula o seu conceito e, não verdade. Se estou sujo ou maltrapilho aos seus olhos, isso não quer dizer que eu seja sujo ou desprovido de recursos. Isso só quer dizer que neste momento, estou. Não que eu seja. Eu apenas estou.
- É meu caro Crittikix, vejo que o tempo não lhe mudou. Continua preso a este pensamento questionador que dá uma canseira danada. Viva! Deixe a onda te levar. Viva os bons tempos e aproveite. Acompanhe a massa e seja feliz.
- Ora, Poppulix, desde quando seguir a massa, me tornará feliz? Massa, é algo para ser modelado na mão de alguém ou de algum grupo, simples assim.
- Meu caro Crittikix, a voz do povo é a voz de Deus, siga e não sofrerá.
- Me lembro dessa voz Poppulix. E, também me recordo de uma galera escolhendo Barrabás a Jesus. Você estava lá, lembra-se?
- Ora Crittikix, alguns erros foram, são e serão cometidos, mas isso não quer dizer que seja o fim do mundo. Afinal o mundo evolui assim, isso faz parte do processo, aprendemos com os nossos erros.
- Mas, Poppulix, o que você aprendeu naquele momento?
- Aprendi meu nobre Crittikix, que é melhor ter paz e viver, do que ser crucificado pela razão. (Risos).
- Quer dizer então Poppulix, que você ignora a razão apenas para não entrar em confronto com a opinião das pessoas? Se for assim, vejo que há muito, você perdeu sua identidade, perdeu sua capacidade de pensar por si próprio, ou pior, se tornou um ser capaz de apoiar uma ideia da qual poderá sugar benefícios, mesmo que esta ideia, entre em choque com seus princípios.
- Crittikix, veja bem. Os humanos, a massa humana, gritam em sua maioria, o coro da minoria. Ou seja, a maioria dos humanos são conduzidos por uma minoria que instala um pensamento e uma forma de viver que a eles são interessantes, e levantam as bandeiras. E o povo, achando aquilo bem dosado bonito e requintado, porque elas vem em lindas embalagens, seguem essas ideias. Ora, eu aprendi isso há muito tempo, e me aproveito disso. Veja que hoje, aqui no Brasil, a narrativa a ser seguida é de ir contra a “opinião de quem é contra”. Essa gente que é contra, tem que ser combatida e massacrada. Afinal isto aqui é uma democracia (risos). Fazer isto, defender esta bandeira, é legal. É estar de bem com a maioria, é ser respeitado, ter likes. Compreende?
- Continue Poppulix, estou ouvindo.
- Pois bem Crittikix, a moda agora são os crimes de opinião. Deixe eu explicar. Se a maioria diz que o Nazismo tem que ser combatido, então ele deve ser combatido. Não importa os meios, o que importa é denegrir qualquer pessoa que pense o contrário e, se possível destruir esta pessoa. Não importa a defesa, a opinião, ou o direito deles. Tudo isto é perdido, ao se posicionar contra o pensamento “dominante”. Afinal são a minoria burra e, sendo assim, eles estão errados. Apenas para reforçar esta ideia darei um pequeno exemplo: Você lembra da suástica e o que fizeram com ela? Se você hoje, tatuar, ou desenhar ela, já estará automaticamente sendo associado a um nazista, logo, tem que ser combatido. Pouco importa se o símbolo tem mais de 5000 anos e representa a paz, saúde e bem viver, tendo sido usado por várias religiões e pensadores, sendo que até mesmo a Coca-Cola a utilizou como estratégia de marketing. Mas, como foi usado pelos nazistas, um grupo disse que a suástica era ruim, logo, isso o transformou em algo ruim.
Ora, eu sei disso, então prefiro pegar a ideia rasa, me apoiar nela e surfar na onda das falsas verdades e narrativas, e aumentar meus seguidores e likes. Afinal, estou dentro do politicamente correto, não serei pego pela patrulha dos bons costumes.
- Sabe Poppulix, me lembro que a algum tempo atrás, a massa, como bem disse: “conduzida por poucos”, tomou ou seguiu hábitos que causaram sua própria ruína. Lembra do Papa Gregório IX, que mandou caçar e matar os gatos lá pelos idos de 1233? Pois bem, a humanidade ganhou com a proliferação de ratos e consequentemente, veio a peste negra que dizimou mais de 200 milhões de pessoas. E aquele chinês! O Mao Zedong, que mandou matar todos os pardais por considerar eles uma praga, lembra do resultado? 45 milhões de pessoas morreram de fome, por causa da praga de gafanhotos. E o “Galileusinho”, lembra? Teve que ficar calado sobre a sua descoberta, senão iria para a fogueira. E na Idade Média, que tomar banho era nocivo à saúde.
O ponto que quero demonstrar aqui, é que a massa além de burra, de tempos em tempos, fede.
- Meu velho Crittikix, você está preso ao passado. Suas ideias, embora sejam fatos, já foram superadas. Veja! O mundo está a todo vapor, e como disse, aprendemos com os erros. As pessoas que foram sacrificadas naquela época, serviram para mostrar que podemos aprender com os erros. Então, vale o preço. A evolução custa caro.
- Bom, Poppulix, então está me dizendo que os erros da sociedade passada, se tornam hoje; justificáveis visto que reconhecemos que a sociedade da época errou. E que as mortes, não importando de quem, nos servem apenas como uma lição. E, como tal, devem ser mais exaltadas, do que lamentadas, visto que nos deixaram uma lição nos apontando para o que não deve ser feito. É isso?
- Nobre Crittikix, tanto você como eu, somos eternos, não precisamos nos colocar em xeque. Eu, me beneficio da mente pequena, enquanto esses humanos não pensam por si, vou vivendo bem, navegando em seus erros conceituais, que os cegam para o obvio a sua frente. Veja bem: Vidas são importantes, toda vida o é, mas, um pequeno grupo, aproveitando de um triste momento em que uma pessoa negra foi morta, usando a morte como pano de fundo, levantaram a bandeira: VIDAS NEGRAS IMPORTAM!
Neste mundo repleto de abstrações, isso é legal. Uma turminha, aproveitando a ideia alheia, ficam agora levantando defunto da cova, presos a uma escravidão que atingiu todas as raças, e não somente aos negros, para que alguns poucos se beneficiem desta ideia renascida. A eles, que são condutores de massa, não importa se um branco passe fome, se um vermelho teve sua etnia destruída, se um oriental sofre bullying, o que importa é gritar: “Vidas negras importam! ”
Veja que hoje, sair do armário, é considerado um ato de sensibilidade do ser humano, de coragem, de amor extremo. Ora, se quero ser “cool” é lógico que vou defender essa bandeira. É o politicamente correto. Ser frágil e sensível, é a maior prova de que somos humanos modernos e politicamente corretos. E, ai de quem ir contra. Já vou logo gritando: HOMOFÓBICO! Pronto, será julgado e condenado pela opinião, isso no mínimo, e terá sua vida mergulhada na lama. A opinião que tem valia é somente a opinião da minoria dominante que grita alto suas palavras de ordem, e calem-se todos. Qualquer pensamento ou ato contrário tem que ser exterminado, e que comece a caça aos gatos, ou melhor às bruxas.
Sabendo que a roda está girando neste sentido, meu nobre Crittikix, eu que gosto de estar bem e não se preocupar com a razão, e muito menos ser perseguido por esta; pouco me lixo com a verdade dos fatos, mais vale a narrativa, pois esta será contada até ser transformada em verdade. E, no mais, não quero passar a eternidade, ensinando as pessoas a abrirem seus olhos. Deixe que vivam suas fantasias errôneas, suas vontades deletérias, suas opiniões recheadas de fracassos e erros, que desfrutem dos pensamentos alheios como se fossem seus, e os defenda. Enquanto isso, ficarei rindo, engordando e feliz.
Foi bom lhe encontrar. Mas como eu lhe conheço, e sei que irá me passar um sermão, vou já me despedindo, mas, antes de que eu me despeça, darei algo para que depois reflita: Se seu pensamento racional, no final lhe trará sofrimento, o que é melhor a dor da razão ou a alegria da fantasia irracional?
Boa tarde Crittikix.
- Boa tarde Poppulix.
Pense e reflita.
Graça e paz.
Me desculpe, muito obrigado, te amo.
Massako 🐢
Rolezinho no inferno.
Nada para fazer, resolvi dar uma voltinha lá nas profundezas do inferno. Afinal, já havia um bom tempo que não aparecia por lá, e confesso, queria saber as novidades quentinhas saídas do forno. Se é que me entendem.
Chegando lá, me deparo com um velho amigo, o Gabiru.
Quando ele me viu, já ficou todo emocionado, e perguntou: Já desceu? Veio para ficar? Bom, respondi-lhe que estava só de passagem, e que logo retornaria. Não sei o por quê, mas, senti que ele ficou desapontado com a minha resposta.
Mas, como o Gabiru sempre fora um bom anfitrião, deixou sua frustração de lado, e me levou para dar uma volta em seu reino e mostrar seus novos empreendimentos.
Em meu tour pude observar quase de imediato, que o número de pessoas existentes nos campos de tortura haviam aumentado consideravelmente. E, percebi também que o setor responsável por atormentar a alma dos vivos, estava basicamente sem funcionários.
Aquilo me chamou a atenção e indaguei a Gabiru, sobre o que tinha acontecido. Afinal, o setor de encosto e atormentação, funcionava a todo vapor, e seus colaboradores quase não tinham folga.
Gabiru, deu uma risadinha e me disse que havia acontecido algumas mudanças no comportamento das pessoas, o que de certa forma, fez com que os funcionários responsáveis pela atormentação e encosto, tivessem uma folga, e, que muitos destes funcionários, já haviam sido transferidos para o setor da tortura eterna, aonde eles eram mais úteis. Afinal, administrar é uma arte.
Curioso, perguntei quais foram essas mudanças, que afetaram tanto o comportamento das pessoas, fazendo-as se condenarem mais rapidamente.
Gabiru olhou espantado para mim, como se não acreditasse nas minhas indagações. Então, após um pequeno momento de reflexão, puxou uma cadeira, acendeu um cigarro, e me pediu que eu sentasse, pois iria me explicar o ocorrido.
Gabiru disse: Há muito trabalhamos de forma incansável, para conquistar a alma humana. Embora seja fácil esparramar a discórdia, o medo, a mentira e todos os pacotes que desvirtuam o homem de seu caminho, este ainda resistia muito, e sempre estavam se arrependendo dos erros que acabavam cometendo, e como a regra do perdão é clara, o pessoal lá de cima aceitava e, ficávamos sempre em desvantagem. Assim sendo, tínhamos que trabalhar dobrado para fazer com que eles, os homens, continuassem de olhos fechados para suas ações.
Bom, nem preciso dizer que o homem é dotado de racionalidade, de inteligência, mas, é bom lembrar que ele, o homem, é também um animal, e como tal, age para atender seus instintos. O famoso animal racional.
E foi aí, dentro do atendimento de suas vontades, que o homem criou mecanismos para alimentar seus desejos mais ocultos e profanos, expandir seu leque de ódio e mentiras, exacerbar na ampliação da vaidade e do egoísmo, enfim...caminhou sozinho para cá, sem escalas e sem o nosso auxílio.
O homem sem perceber, deu um passo grande para a condenação de sua alma, quando começou a contaminar mais a sua mente. Lembre-se, contamine a mente, contamine a alma.
E, ele o fez com suas próprias criações.
Como assim? Indaguei.
Ora, Massako, veja bem, vou lhe dar um pequeno exemplo.
As redes sociais. A ideia da criação delas, era e é um projeto interessante, pois tinha como objetivo, aproximar pessoas, e manter um relacionamento sadio.
Mas, o animal dominou o homem e, por consequente a sua razão. Atrás de uma tela, ele expõe todas as suas vaidades, suas mentiras, sua hipocrisia. Destilam ódio, desejam o mau, desinformam, criam medo, aterrorizam, barbarizam, se deliciam com a desgraça alheia. E, em alguns casos, mandam umas mensagens angelicais, para talvez, amenizar a consciência.
Ora, este homem de hoje, que ainda não sabe utilizar uma rede de relacionamentos, contribui em muito para a turma daqui. Afinal, ele está fazendo nosso suado serviço, de graça.
Este homem, a quem prosternamos nossas cabeças, passou a acreditar em falsas verdades, parou de pensar, e cego pela sua curta interpretação dos fatos, iluminou mais a ignorância. Deu vazão ao seu ódio disfarçado. Ofendeu, maltratou, e se justificou dizendo a si mesmo, que não era nada sério, que era apenas algo virtual.
O homem esqueceu que as únicas coisas sobre o seu controle, são suas opiniões, aspirações e desejos. E, que sempre tem uma possibilidade de escolha quando a natureza do assunto se diz respeito a nossa vida interior.
Como ele envenena a todo momento sua mente, sua alma se condena.
Por isso, é que o lugar aqui está tão cheio.
Sobre as redes, poderíamos ficar dias falando sobre, mas, vou agora lhe falar sobre aquele objeto já antiquado, a televisão.
Programas que tem audiência, são os que tem a lascívia e a luxúria em primeiro plano, são os que pouco agregam. Muito corpo, pouca mente. E, para uma mente que é contaminada diariamente, a programação, tem que ser assim. Nem nossos melhores cérebros aqui, conseguiram pensar nisso. Éramos mais sutis, um encosto daqui, um empurrãozinho dali, e tinha que ser assim, pois a patrulha lá de cima, estava atenta.
Neste momento, interrompi o Gabiru, e lhe perguntei, e a turma lá de cima, por que não estão fazendo nada?
A resposta foi simples: Livre arbítrio.
O homem escolhe e é responsável pelas ações que estão alojadas em seu coração. O comportamento, as suas escolhas, é que ditarão o seu caminho. Não sou eu e nem a turma angelical que tem o poder de mudar isso. É uma decisão humana.
Quem é fiel às virtudes, a moral e aos bons costumes, logicamente, sempre estarão no andar de cima.
Mas, observe, que o andar de cima, está esvaziando, e penso que é muito difícil ao homem reverter esse placar.
Enquanto isso, vou me deliciando com as almas que vem descendo, e se notou, estou até mais gordinho.
Depois deste pequeno bate papo, vi que já estava na hora de ir. E, embora, nossa conversa tenha sido proveitosa, despedi de meu amigo Gabiru, e disse-lhe que teríamos outras conversas, antes de descer definitivamente é claro.
Afinal, toda visita é boa, por no máximo dois dias.
Subi.
Pense, reflita.
Graça e paz.
Te amo.
Massako 🐢
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE...
Nove de Outubro de 2015, Sexta-feira, 7:45h da manhã.
Avistei ao longe um casal de velhinhos já octogenários. Ela na frente, os pés inchados por alguma patologia, arrastava com dificuldade um carrinho de feira vazio. Ele, logo atrás, magrinho-de-dar-dó, se equilibrava em uma bengala em passos trôpegos. Verdade que não havia faixa de pedestres ali; rua tranquila, sem outros carros passando. Parei o meu e fiz sinal para que pudessem atravessar calmamente, não me custando nada esperá-los. Um meio sorriso se esboçou na fronte da senhorinha e, passo a passo, foram tomando a rua rumo ao outro lado. O senhorzinho segurou o ombro de sua senhora com uma mão para dar impulso ao passo e ajudar a bengala em seu equilíbrio, vagarosamente.
Avistei pelo retrovisor uma motociclista que vinha logo atrás em uma velocidade baixa, mas suficiente para que eu pudesse colocar o meu braço para fora e balançá-lo, em sinal de “venha devagar… mais devagar”. A motociclista ignorou o meu gesto, ignorou a esquina… possivelmente embalada musicalmente pelos fones de ouvido logo abaixo do capacete. Ultrapassou o meu carro e freou bruscamente em cima do casal de velhinhos. O susto foi tamanho que os dois foram ao chão… corpos, bengala, carrinho de feira, respeito, civilidade. Tudo caído no asfalto.
A motociclista continuou “empinada” em sua moto e não fez nenhuma menção de ajudá-los, não moveu um músculo sequer… e eles estatelados no chão. Abri a porta do meu carro e saí e, antes que eu pudesse fazer algo, o velhinho, com toda a dificuldade e com certa rapidez olímpica para a sua idade, se levantou do chão, levantou a sua senhora com os joelhos ensanguentados e pegou a sua bengala. Em pé na porta do meu carro, pude ver uma cena similar às populares surras que ocorreram nas novelas globais “Senhora do Destino” e “Celebridade”. O velhinho, juntando as forças de seus braços magros, “empunhou” a sua bengala como se fosse uma espada e, como se tivesse tomado um elixir da juventude, desferiu golpes na motociclista posuda. Um, dois, três, quatro, no retrovisor da moto, no ombro dela, no tanque na moto, nas pernas dela. Aí sim, ela reagiu, se movimentou, pois AGORA sim, era com ela, antes não! Ela começou a gritar “velho louco! velho louco!” e ele, com a sua “bengala-sabre-de-luz”, tentava fazer alguma justiça com as próprias mãos, ainda muito trêmulas, pela idade e também pelo susto.
A motociclista arrancou a sua moto dali “gesticulando palavrões” deixando o velhinho ainda agitado e nervoso. Deixei o carro em direção aos dois para prestar alguma ajuda, pois os ferimentos físicos e emocionais eram visíveis. Peguei a minha garrafinha de água e ofereci a senhorinha sentada na calçada. Perguntei se poderiam entrar em meu carro para levá-los até o Pronto Atendimento, mas não aceitaram, alegando que estavam bem e precisavam fazer a “feira do mês”, em um supermercado próximo dali. Se levantaram, sacudiram a poeira; a senhorinha enxugou o suor e as lágrimas com um roto lenço, ajeitou seus cabelos e também o boné na cabeça de seu senhor, e, ambos, continuaram os seus vagarosos passos apoiados um no outro (creio agora que mais tristes e decepcionados do que quando se levantaram pela manhã).
Isso tudo não durou 5 minutos de relógio, e escrevo para que fique uma pequena eternidade em registro. Foi tudo muito rápido, mas não pude deixar de notar que, no veículo da descerebrada motociclista estava adesivado: “Livrai-me de todo mal, amém”.
No mínimo, irônico.
Acho essa história de “se fazer presente” muito subjetiva. Todos temos vidas corridas, trabalho, faculdade, curso, afazeres domésticos, animais de estimação... Tudo isso toma tempo e disposição sim! Acho importante reservar um tempo para as pessoas queridas, para o lazer e encontros familiares, acho importante a procura, mas não acho que ela deva vir de uma só parte.
Por que só uma das partes deve procurar, se disponibilizar, dar seu jeito? Por que só uma das partes deve ser compreensiva, entender, esperar? Quando ficou estabelecido que alguém deve seguir padrões e ideais de vida de outras pessoas para ser aceito, para ser amado e respeitado? Somente se é reconhecido como “ente querido”, parente, filho, irmão ou até mesmo amigo quando se vive sob as expectativas dos outros?
Num mundo tão confuso, violento e cruel penso que perder bons momentos baseando-se em preconceito e falta de compreensão é total perda de vida, tempo e amor. Espero pacientemente o dia em que as pessoas serão mais amorosas e somente o amor importe. Até lá fico aqui com minha vida corrida.
Ame a si mesmo.
Durante nossa jornada, em alguns momentos, procuramos o amor em outras pessoas. Procuramos o par perfeito, nossa alma gêmea.
Não raras vezes nos surpreendemos, seja pelas escolhas que fazemos, ou, pelos amores impossíveis que desejamos ter.
Somos esta junção de conflitos porque misturamos os sentimentos. Ao querer colher o amor, começamos muitas vezes o plantio de forma errada. Não preparamos a terra para este plantio. Jogamos ao vento desejo, paixão, gostares, e esperamos que estes ao final se transformem. Não acontecerá.
Afinal, não se ama alguém a primeira vista. Essa afirmação é mais poética e ilusória, do que real.
Você poderá ter uma chama acesa ao ver alguém ou conhecer alguma pessoa que faça seus hormônios saltarem, que lhe aqueça o coração, mas, isso pode ter vários nomes, menos amor à primeira vista.
Sentimentos platônicos, podem ser cultivados em uma relação. Mas, isso é mais loucura do que amor.
Para poder reconhecer o amor, você deve primeiramente a aprender a amar a si mesmo.
Para isso acontecer sua autoestima deve falar mais alto. Você deve buscar em si mesmo a resolução de seus conflitos e aceitar você, como você é. Você deve aprender a não ficar preso nos rótulos que você cria para si mesmo.
Você deve gostar de você, deve ser grato por ser quem é. Se você for capaz de deixar todo o sofrimento que produz de lado devido a vida mesquinha e sombria que volta e meia lhe assalta, você começará a amar a si mesmo.
Se você tem amor por si, você conseguirá amar outra pessoa.
Buscar o amor em outra pessoa, é o equivalente a ir para um restaurante para saciar a fome e ficar somente lendo o cardápio.
Olhe para você, olhe para seu íntimo, descubra a pessoa que é, isso não é estímulo ao Narciso, é apenas uma autorreflexão necessária ao seu crescimento.
Se você quer uma pessoa alegre em sua vida, não leve tristeza a vida desta pessoa. Se você quer uma pessoa que goste de você, não cause desgostos na vida dela.
Não se dá o que não se tem. Momentos são parte de um todo inacabado.
Pense e reflita.
Ilumine seu dia.
Paz e bem.
Seja luz.
Liberte sua alma.
Vejo e acompanho rotineiramente pessoas que se manifestam de todas as formas nas redes sociais.
A tecnologia evoluiu a tal ponto que parte de nossa vida, fica registrada nas mais diversas redes, e não temos controle sobre essas informações.
Tal divagação me faz voltar no tempo e me vem a mente uma passagem em que um índio viu sua imagem em uma fotografia, e achou que aquilo era obra do demônio e que sua alma fora aprisionada.
Desconhecimentos tecnológicos a parte, hoje estamos, enfeitiçados pelas redes. Ficamos presos a opiniões postas, criamos a necessidade de compartilhar momentos de nossa vida, ficamos avaliando a nossa popularidade pelos likes recebidos, ficamos presos entre um mundo real e um virtual.
Em um restaurante o primeiro pedido é a senha do Wifi, o menu, ah, este é secundário.
Tornamo-nos escravos e estamos presos a essa rede. Muitos se pudessem escolher, com certeza, optariam pelo virtual, afinal, lá não há problemas e, se houver, você resolve com facilidade. Se não gosta de uma opinião você se vinga com um deslike ou em casos extremos, você bloqueia a pessoa.
Casos a parte, todos nós estamos nos envenenando, estamos trocando nossa alma, nossa essência, por memórias virtuais.
Temos que voltar ao mundo real, o Reino de Nárnia, é fantasioso, fictício e cheio das mais diversas falácias.
Se existe algo de bom nas redes, é que estas aproximam as pessoas, e isto é inegável. Um parente distante, um amigo a tempos não visto, aquela turma do colégio, enfim. Tem sua utilidade e seu lado positivo. Mas, temos que ter controle e entender que vivemos no mundo real. Trabalhamos, comemos, relacionamos como seres humanos e não seres virtuais.
Pense e reflita.
Ilumine seu dia.
Paz e bem.
Seja luz.
Comecemos mais uma semana.
Desejo-lhe mudanças positivas em sua vida. Mas, entenda que você é a única pessoa responsável por fazer essas mudanças acontecerem.
Desejo-lhe que seus sonhos se realizem. Mas, entenda que seus sonhos você constrói acordado.
Desejo-lhe paz. Mas, entenda que a paz é uma ponte dourada que começa em você e liga as pessoas à sua volta, então construa.
Desejo-lhe saúde. Mas, entenda que muitos males podem ser evitados apenas mudando pequenos hábitos e evitando certos riscos, e você é o único responsável por isso.
Desejo-lhe sucesso. Mas, entenda que o sucesso começa em você. Suas ações determinarão o seu futuro. Você é o construtor de sua vida.
Desejo-lhe amor. Mas, entenda que para amar, você deve aprender a cultivar esse sentimento.
Desejo-lhe muitas coisas boas. Desejar posso. Provocar mudanças em sua vida e em seu ser, já são coisas distintas e, não terei esse poder.
No final, você será sempre o principal responsável por todas as mudanças positivas, ou, não em sua vida.
Comece a semana com a consciência devida. Comece querendo ser mais e melhor e, seja.
Não se deixe vencer pela mesmice que te deixa no mesmo lugar.
Desbrave novos horizontes para si mesmo.
Navio que não levanta a âncora, não sai do porto.
Pense e reflita.
Ilumine seu dia.
Paz e bem.
Seja luz.
Necessidades que criamos.
Já parou para pensar o quanto demandamos energia e tempo, buscando atender as necessidades que, sem necessidades criamos?
Qual é, ou, quais são nossas necessidades básicas? Pense. Será que realmente são necessárias as coisas que busco e quero?
Ora, somos ambiciosos e sempre iremos querer mais. Não nos contentamos com o pouco e nem nos satisfazemos com o muito. Quanto menos temos, mais sofremos. Quanto mais temos, mais buscamos.
Que isso é uma característica comum à muitas pessoas, isso é fato, poucas porém, se dispõe a viver somente com o básico para sua vida.
Por ser apenas uma característica, devemos entender que esta pode ser moldada ou aperfeiçoada. Ora, se você fizer uma avaliação sincera do que é necessário à sua vida, ficará surpreso pela quantidade de coisas que poderia deixar de lado, ou deixar para uma outra oportunidade.
Trabalhamos sempre no limite, pois, nossos desejos sempre falam mais alto.
Se compro um carro novo, já no próximo ano quero trocá-lo. Se compro uma roupa nova, logo estarei querendo outra. E assim, sucessivamente.
Querer ter algo, não é ruim, afinal você deve, e merece se presentear. O problema é quando você vive em função da satisfação supérflua que você cria.
Esse tipo de necessidade o fará sofrer.
Para ter mais leveza em sua vida, aprenda a cortar o que não é necessário. Aprenda a ponderar e agradecer as coisas que possui. Aprenda a valorizar os bens já conquistados.
Se você se escraviza para conquistar algo, pergunto, será que realmente vale a pena?
Pense e reflita.
Ilumine seu dia.
Paz e bem.
Seja luz.
Aprenda a se desafiar.
A vida muitas vezes nos aplica alguns revezes. Por mais que queiramos e trabalhemos para que as coisas funcionem ou aconteçam da maneira que esperamos, podemos ser surpreendidos com algo totalmente inesperado e fora de nosso controle.
Neste momento temos que aprender a ser resilientes. Entender que nem tudo está sob o nosso controle, e ao mesmo tempo compreender que não podemos deixar de ser vencidos pelos infortúnios surgidos.
Devemos aprender a desafiar a nos mesmos. Superar nossos medos e nossas dificuldades. Enquanto um sopro de vida houver, você tem a obrigação de não se sentir derrotado.
Se nada ao seu lado está bom, é porque você não está bem. Uma flor que nasce nos pântanos, não perde sua forma e sua beleza, mesmo estando cercada de barro e lodo.
Ser a flor é seu desafio.
Desafio implica em superação. E se você pegar a palavra superação e observar bem, verá que ela pode ser a soma de super+ação. Ou seja, deverá fazer algo além do seu normal, uma ação superior.
Que a vida é cheia de obstáculos e desafios, isso é fato, e isso é belo.
As dificuldades mostram as nossas fragilidades, a superação delas, mostra a nossa grandeza.
Se desafie sempre. Lute mais, se alegre mais, acredite mais, estude mais, vá mais além. Acredite em você.
Mesmo se o desafio for algo impossível de ser superado, desafie-se. Mostre uma atitude positiva ante qualquer situação. O que é ruim, não se mantém e nem se firma na positividade.
Os percalços encontrados no caminho, só te levam para cima. Acredite.
Faço-lhe um desafio: Seja uma pessoa melhor para si mesmo, esqueça de colocar o problema a frente da solução, pare de lamúrias e procure a resolução dos problemas.
Desafio lançado, vamos praticar.
Pense e reflita.
Ilumine seu dia.
Paz e bem.
Seja luz.
Mais uma vez eu acordo,
Porém deitado na cama eu permaneço e com os olhos abertos continuo sonhando com a vida futura que eu queria ter de volta.
Mais uma vez me levanto
e no caminho para o banheiro vou pensando quando foi a última vez que eu acordei sem pensar que o mundo está acabando.
Não sei, talvez, quando essa pandemia começou. Não sei, talvez, quando esse vírus me contaminou.
Vírus;
Vírus que me mata, me afasta e me transforma em algo diferente,
Como um reflexo embaçado,
Que mostra quem eu era,
Mas que não é quem eu sou.
Vírus;
Vírus que me mata, me afasta e tira meu motivo de respirar.
E os amores que me inspiram a continuar,
Esse vírus asfixia
E sobra para longe de onde eu não possa alcançar.
Vírus;
Vírus que me mata e já me matou, pois no momento em que eu acordo eu penso que mais um dia se passou
E que menos um dia de vida a morte me tirou.
Tíbio Entardecer
O Sol se põe tímido,
Em mais uma tarde de uma semana fria,
E eu tentando lembrar,
O que eu esqueci de fazer durante o dia?
O carro esta "na reserva",
Eu estou quase sem bateria,
E eu tentando esquecer,
O que eu deixei de fazer ao longo do dia,
Mais um trago na fumaça,
A nicotina de graça, para alegrar o dia,
Mais um gole na cachaça,
Uma bebida amarga, para as amarguras da vida,
Mais um trago na fumaça,
A poluição de graça, vida urbana que o diga,
Do horizonte a diante,
Um olhar distante, os pensamentos à deriva,
O Sol se põe tímido,
Em mais uma tarde de uma semana fria.
Ser mãe:
Tudo muda...
Nosso corpo, nossa mente, nossa alma.
Nossas noites e manhãs e todos os próximos dias.
O cabelo, a unha e o coração também...
Tudo muda...
O conceito, a precisão, a força, o medo.
Tudo muda...
O tempo, a oração, a direção.
Tudo muda, a propósito, aumenta...
A esperança, o Amor e a fé.
A cada dia que passa é uma realidade a mostrar uma evidência que muitos ignoram, a de que o dia e a noite são apenas meros instrumentos que o tempo sinaliza para mostrar o óbvio, que as ilusões do cotidiano não são o caminho para a felicidade.
Mais nas reflexões da vida jamais se analisa o tempo que passa na velocidade da luz, e sim a razão pautada nos acontecimentos diários. Aliás, este é um pretexto sempre usado por quem gosta de enganar a si mesmo.
Quando se sente calor intenso durante o dia, reclama se do sol mas, durante a noite admira se a lua cheia que nada mais é que o reflexo da luz do sol.
Em céu de diamantes durante a noite há um encantamento com as estrelas que ficam distantes anos-luz da Terra.
Durante o dia uma estrela bem próxima ilumina a vida daqueles que vivem a sonhar com as estrelas distantes.
As utopias do vivente e o niilista
Acamado por livre arbítrio, preso nas cognizações dos contatos humanos. Este vive na utópica arte dos amores imaginários; nada real, nada pode ser ou para ser.
(...)
Em decorrência o amável e singelo vivente; simplista. sem se opor, fé ele exalta/exaspera, salva ao toque qualquer sinal de introspecção de quem o tem contato.
- "O Choque de personalidades transladadas." Ele cala-se, outrora fala, mas transpira monologos em sua própria pressão mental de auto-sabotagem, há quem um dia oferecesse uma moeda por seus pensamentos; passado, isso nem devia ser relatado aqui. defronte aos "Ying-Yang's" de seus universos, os dois vivenciam um início de um ápice eros/agápe desconexo e tão diferente como as peças de um quebra-cabeças que se encaixam, o mesmo plug & play da vida; virtudes diferentes ardem.
- Neves Oliveira, Willian. Nascido em 05/12/95. Grunge Never Dies.
Made It In: Terça, 19 de outubro às 21:17.
Pessoas são pessoas.
Muitas vezes não conseguimos enxergar o óbvio que está a nossa frente.
Ora, pessoas são pessoas e todas possuem vidas próprias, logo, não podemos querer que as pessoas sejam, para nós, um adendo de nossas vontades.
Queremos que as pessoas atendam nossas vontades dentro de nosso tempo, espaço e necessidades. Isto, pode não acontecer e, não acontecendo, ficamos frustrados com aquela pessoa.
Se entendermos que cada pessoa tem seu espaço e vida, inclusive nós, veremos que esse conflito diminuirá. Daremos e teremos espaço para respirar e acredito, as relações ficarão mais leves.
É muito comum, principalmente em relacionamentos, pessoas se doarem além de suas próprias expectativas. Se dobram buscando agradar o outro, e esquecem de si mesmo. Acabam se sacrificando em prol do outro e, em razão disso, começam a cobrar uma postura da outra pessoa na mesma proporção e, não havendo o retorno esperado, começa aí a frustração.
Entenda, você tem sua vida, suas necessidades, suas vontades. A outra pessoa, também.
Assim, por uma questão de equilíbrio, não invada ou permita a invasão em sua vida.
Imagine que você queira sair com amigos, em qualquer dia da semana. Existe a partir deste momento um planejamento, que exigirá o aceite, dentro da possibilidade de cada pessoa convidada. Muitas vezes essa pessoa, não poderá lhe atender naquele momento, mas, isto não quer dizer que ela não se importa, quer dizer somente, que naquele momento ela tem outras prioridades e devemos respeitá-las.
Relacionar não é tarefa fácil. Entender que o bom relacionamento começa com o entendimento de si mesmo é também tarefa difícil.
Assim, seja leve com as pessoas que estão à sua volta. Afinal, pessoas, são pessoas.
Ilumine seu dia.
Tenha dias de paz.
Pense. Reflita.
Temos defeitos, mas, temos conserto.
Carregamos na nossa bagagem da vida vários defeitos que poderão e farão nossa caminhada ficar mais pesada e nossa evolução mais lenta.
Carregamos ódio, rancor, inveja, ambição, mentiras, enfim...Vários sentimentos que só causarão discórdia e mau estar.
Estes sentimentos que carregamos, e muitas vezes nutrimos são gerados pelas nossas frustrações e medos diversos.
Somos seres competitivos, lutamos pela vida, e usamos todos os ardis necessários para conseguirmos nossos objetivos, como somos seres competitivos, logo, eu disputo o meu espaço com meu semelhante.
Se eu começar a olhar meu semelhante como rival e, começar a fazer comparativos, rapidamente os sentimentos ruins surgirão.
Somos bombardeados pelos padrões existentes, e esta invasão cria parâmetros, e estes insatisfação. Nunca estamos satisfeitos. Se gordo, quero ser magro. Se pobre, quero ser rico. Se alto, quero ser baixo.
Nunca nos satisfazemos por completo.
Sempre falo que a solução está na aceitação de suas fraquezas e desenvolvimento de suas potencialidades. Assim, comece a consertar o que em você está quebrado.
Se quer ficar em melhor situação, trabalhe para isso. Se quer emagrecer ou engordar, trabalhe para isso. Mas, entenda que seus objetivos devem ser mensurados mais pelo trabalho do que pelo sucesso. Assim evitará se frustrar.
Consertar a si, não é tarefa fácil, porém é ainda mais difícil, admitir que está quebrado.
Ilumine seu dia.
Tenha dias de paz.
Pense. Reflita.