Crônicas do Cotidiano
Tu és pó.
Interessante a supervalorização que damos muitas vezes a nós mesmos.
Somos um amontoado de pequenas virtudes, vaidades, orgulhos e pequenos mimos, que acumulamos em fase temporal.
O que são cem anos (elevando a idade humana) em eras que já se findaram e, em eras que virão.
Nosso tempo ante a criação chega a ser tão mínimo, que ouso a dizer que nem pode ser contabilizado.
No entanto, o homem farta de si. Herói de suas criações, algumas inegavelmente úteis, mas, esquecido o criador. Alguém sabe quem construiu o fogão? A geladeira? Ou, até mesmo o primeiro carro? E se sabe, qual a importância disso agora? Você usa o intelecto e a criação de alguém, que teve sua obra melhorada nas mãos de outros desconhecidos.
Tu és pó, tu és significante dentro do período de sua existência, mais para si mesmo, do que para as outras pessoas.
Por isso, e por ser tão insignificante, você deve, procurar ser pelo menos feliz em si mesmo. Fazer valer sua mísera, mesquinha e ridícula existência.
Ser feliz neste plano. Esse é o caminho. Se a alma, imortal for, não temos neste plano tal acertiva, até isso, especulamos.
Deixemos as teorias complicadas, a água do mar é salgada em qualquer praia, pare de complicar e criar obstáculos, pare de querer ter posse das coisas e das pessoas..
Nascemos e morremos e o que sobrará talvez, hoje com a modernização, uma mídia digital que com o tempo irá para a lixeira do esquecimento.
Aliás, você conhece a vida de seu tataravô?
Tu és pó.
Pense nisso.
Paz e luz.
Viva bem.
Você está exatamente aonde deve estar.
Você é o acúmulo de todas suas experiências vividas e de todas suas escolhas, boas ou más. Suas experiências lhe conduziram ao atual momento de sua vida, por isso, se o momento é bom, regozije, se o momento é ruim, não se martirize, antes, entenda que foram suas escolhas e suas decisões que fizeram com que você chegasse aonde chegou.
Muitas pessoas atribuem o fracasso pessoal às intempéries da vida, ou se escoram no erro alheio como justificativa de seus fracassos. Está errado, o único responsável por todas suas ações, deletérias ou não, é tão somente você.
Se deleitar na preguiça e nos prazeres mundanos, nas ações não produtivas não lhe levarão a lugar algum. Aliás, lhe trarão pequenos momentos de uma alegria rasa, seguida de muitos momentos de consternação e frustração.
Seja o dono de sua vida e pare de reclamar. Quem vive reclamando das dores e dificuldades do cotidiano, não tem tempo para evoluir. Quem dobra os joelhos ante a primeira dificuldade não merece sequer um apoio ou um ato piedoso, antes, merece sim sofrer, pois todos nós a nosso tempo, temos condições de ser melhores, e tudo nesta vida, ensina e nos conduz para uma evolução constante.
A pior pena é a pena de si mesmo, pois ela encarcera o ser humano na cela das frustrações, do desânimo, da submissão.
Assim, pense, você vê o mesmo nascer do sol, o mesmo raiar do dia, como todas as outras pessoas, ele é igual para todos.
Suas dificuldades momentâneas não são maiores ou menores do que a dos outros, são apenas momentos que somente você pode decidir mudar ou não.
Aceite que você tem o que merece ter, e tem exatamente aquilo pelo que trabalhou.
Pense nisso.
Paz e luz.
Viva bem.
E agora!!!
As vezes as proezas
Nem sempre são coesas
Andante, Andarilho
Mundos diferentes
Gestos confusos
Distrai minha mente agora
Onde vou o que eu quero
Simples vivo
Busca insensante
Caminhos variáveis
Bifurcações impostas
Posta a frente
Escolha chega
Não defino
Findo os pensamentos
Não chega conclusão
Hora! E agora!
Donde vou
Vejo-me entre
Ventre construo formas
Para renascer
Um novo jeito
Estiriopo sou
Retalhos de mim
Trapos jamais
Vivemos em um mundo estranho.
Como indivíduos, temos e vivemos de opinião coletiva.
Como indivíduos, não temos individualidade, isso é para poucos, e talvez para loucos.
Você não pensa, replica.
Você gosta dos gostares dos outros, e se engana achando que são seus.
Você tem alegrias, quem sabe felicidades, mas, só serão assim se forem reconhecidas pelos outros.
O coletivismo age como uma droga, entorpecendo a mente e te colocando cordas para lhe manipular como uma marionete.
Pare seu mundo. Desça dele.
Pense, o que é seu e o que é posto.
Você consegue, se desnudar e pensar por si só? Você consegue ter uma visão sua e friamente aceitar ela?
Pode parecer simples, mas não é.
Para pensar por si, você deve descobrir primeiro quem você é. Você não é um nome em uma carteira de identificação, você é alguém, representa algo mais. Você como ser vivente, tem a obrigação consigo mesmo de entender que existe uma diferença entre o que se é, e o que se quer. Saber diferenciar aquilo que realmente você gosta, das coisas que abomina.
Diferenciar, parece também algo fácil, mas, lhe digo, não é. Você reconhece o belo, porque alguém lhe disse que aquilo era belo. E você cultivou isso, e acreditou, e seguiu o padrão.
Ser você mesmo, talvez seja o maior desafio enquanto indivíduo.
Saia do modal, pense por si. Viva para você a sua vida.
Pense nisso.
Paz e luz.
Pense: Se pode ser feito depois. Deixe para depois.
Muitos de nós temos o hábito do imediatismo, querendo resolver todas as questões a tempo e de forma célere, e assim agindo, acabamos por criar ansiedade e sofrimento.
Ora, tudo tem o seu tempo, dizer que o melhor tempo é o agora, não está errado, para quem vive o agora, mas, viver agarrado em um futuro incerto, cheios de projeções que ainda irão ou não acontecer, ah, isso é pernicioso.
Queremos resolver questões futuras no presente. Para que? Tudo tem seu momento e sua forma de maturação.
Por isso, não sofra por antecedência.
Viva o presente, não somente esteja nele.
Se há algo para resolver hoje, resolva, os problemas de amanhã, amanhã se resolverão.
Diferente é do planejamento futuro. Você pode e deve planejar um futuro melhor, pode estabelecer planos e metas, mas, essas se realizarão no presente. E os fatores intervenientes ocorrerão, mostrando para você, que não é o dono de todas as situações.
Planejamento e realização são coisas distintas.
Você pode acumular dinheiro para adquirir um bem, isso se faz no presente, pensando no futuro. Agora, pode lhe acontecer algo, e você ter que gastar suas finanças, e o sonho do bem a ser adquirido, ficar para depois.
Por isso, não sofra, e não acelere o processo.
Apenas trabalhe por ele. O amanhã virá por si só e, sendo assim, amanhã eu resolvo.
Ilumine seu lado sombrio.
Pense nisso.
Paz e luz.
Pessoas são seres complexos e se afastam uma das outras por tão pouco.
Se afastam por bobagem, por orgulho, por pequenas faltas e pequenas falhas, que um simples desculpar se resolveria. Basta dizer ou aceitar que errei, que erramos.
Errar, faz parte de nosso ser, de nosso crescimento, como tambémfaz parte acumular. Sim, somos também, seres que acumulam.
Acumulamos experiências, pessoas, coisas. E dentro dessas experiências cultivadas, nós mudamos nosso comportamento e, até nossas relações de amizade.
Quantas pessoas entraram em sua vida em determinado momento, quantas destas pessoas você às mantém hoje em seu círculo de relação pessoal?
O mundo é dinâmico, sabemos disso.
Não há tempo para cultivar o orgulho, o preconceito e qualquer outra mazela.
Esperar pela velhice, se houver for, para poder se desculpar e reconhecer que deveríamos ter tido um empenho maior dentro de cada relação, acredito, será talvez, tarde demais.
Aproveite as pessoas à sua volta, todas tem uma forma de agir e ser, todas tem seu mundo e sua individualidade. Respeite isso.
Existe uma palavra falada que muda tudo, você sabe qual é?
Pense nisso.
Paz e luz.
Teu futuro é hoje.
Adoramos planejar, e logicamente algumas coisas necessitam de planejamento para podermos concretizar essas ações.
Porém no âmbito pessoal, muitas coisas se resumem no agora.
O que quero dizer é: Quem muito planeja, pouco executa. É como promessa de final de ano, sempre falamos que mudaremos velhos hábitos, que teremos novas atitudes, mas, entra e sai ano, as promessas se repetem e novas (velhas) são refeitas.
Ora, não espere o amanhã para ser feliz, busque se realizar no dia de hoje. Seja e esteja em consonância com seus desejos.
A vida é em relação a criação, algo totalmente insignificante no âmbito temporal. Por isso, aproveite e viva.
Dentro de suas limitações éticas e morais, e desde que não prejudique ninguém, a busca pela satisfação pessoal está liberada.
Desbrave seus horizontes internos. Seja você, para você mesmo.
Acredite e faça. A frase: "Amanhã, farei.", é recheada de ações incontroláveis.
Muitas pessoas pensam que o sacrifício de hoje, o acúmulo de agora, muitos lhe servirão na velhice, aonde poderão desfrutar calmamente seus últimos momentos. Cuidado, muitas pessoas vivem a vida para os outros, e sempre arrumam desculpas para protelar seus próprios projetos. Não é uma questão de egoísmo, mas, sim de preservar sua própria individualidade.
Pense nisso.
Paz e luz.
Massako
Coisificamos.
Impossível negar as influências digitais no nosso dia a dia.
Usamos redes sociais para buscar socialização. Usamos GPS para buscar uma localização. Usamos aplicativos para fazer compras e até alimentos dos mais variados.
Que é um imenso avanço, isso é inegável. Que a internet uniu e encurtou o mundo, isso é fato.
Mas, será que estamos preparados para tanta modernidade? Ora, a preguiça é amiga do progresso, mas, até que ponto isso pode nos ser bom em termos relacionais.
Recentemente em uma de minhas viagens, senti que estava perdendo mais tempo tentando registrar uma foto ou uma self, ao invés de parar, olhar e admirar o quadro que se apresentava.
Ora, a melhor memória é aquela que nos traz sentimentos vindos do coração. E, não conseguiremos sentir isso, através de uma tela digital.
Imagine um momento em que teu ente querido está fazendo algo importante, e você está ali, filmando, vendo ele através de uma tela, estando ele a sua frente.
O momento se replicará através do visor, mas, nunca mais se repetirá, ou seja, você não conseguirá ter o mesmo sentimento ou emoção, como se estivesse olhando ao invés de filmando.
Quando você filma, a situação se torna impessoal. Você se concentra no equilíbrio da câmera, no ângulo, na iluminação, no foco e em todas variáveis possíveis, e esquece de ligar seu coração.
E quando fazemos uma self? Nossa que coisa interessante. Caras, bocas, gestos, roupas, expressão de felicidade, esforço, realização. Queremos mostrar que estamos em uma frequência diferente, queremos nos empoderar através de uma autoafirmação e que se possível seja reconhecida por todas as pessoas de minha rede, de meu ciclo social. Quero elogios. Cuidado isso pode virar algo patológico, pode beirar a carência afetiva, será como se você quisesse que suas qualidades fossem evidenciadas para ser melhor reconhecido. Isso é perigoso é doentio.
Sou contra as redes sociais, não. Sou apenas um observador do comportamento social ante as redes sociais. Tiro fotos, self, me socializo. Mas, entendi a muito, que a melhor foto é aquela registrada pelos olhos e guardadas no coração. Que a melhor conversa, é ouvir a voz e ler o olhar estando frente a frente com as pessoas.
Que a melhor curtida é o abraço sincero.
Que a melhor expressão é a visão de um sorriso.
E que o tocar e melhor que teclar.
Pense nisso.
Paz e luz.
Tudo é fácil, nada é fácil.
Como um ser vivente, você é uma maravilha da criação. Você é capaz de realizar obras magníficas, de fazer coisas inimagináveis.
Você como ser vivente , é dotado de inteligência, perspicácia, sentimentos, força, e vários outros atributos, que são inerentes espécie humana.
Tecnicamente, poderíamos ser capazes de construir um paraíso na terra. Temos condições de acabar com a miséria e a fome do mundo. Temos condições de dar e ter uma vida melhor no meio em que vivemos.
Porém o homem, apesar de todo esse privilégio que possui, não consegue sair do ovo. E choca-se.
É fato que pessoas possuem habilidades distintas, umas mais, outras menos, mas, possuem.
É fato que vaca não dá leite. Você tem que tirar.
E fato que nada será fácil, quando se fala em construir um mundo melhor e com menos desigualdades.
E isso acontece, porque você tem que doar parte de si, para a construção deste mundo. E não raras vezes, você não quer fazer esse sacrifício.
Tudo é fácil, quando caminhamos juntos em busca de um ideal comum.
Nada é fácil, quando os ideais apresentados, não condizem com as nossas vontades interiores.
Este conflito leva somente há uma conclusão: Enquanto não largarmos nossas próprias vontades e paixões em prol do bem viver comum, tudo se manterá como está, ou seja, em desequilíbrio.
Tenha dias de paz.
Pense. Reflita.
Mesmice
Depois de um determinado tempo, acabamos por notar que os eventos se repetem, não estou falando apenas numa escala anual, mas mensal, semana e quem sabe até diária. Ficamos frente à frente com o marasmo, o comum, o cotidiano em si acaba nos tornando apáticos, é nesse momento que um antigo sonho humano acaba por não fazer muito sentido, o sonho de ser eterno, abandonar a possibilidade de abraçar a morte, a qual nos aguarda de braços abertos, não sabemos onde, não se sabe quando, não parece mais tão atraente. Será que o sentido da vida é escrito em cima do manto efêmero pelo qual a vida foi tecida? Deve ser por esse motivo que os Deuses da mitologia grega sempre são retratados como seres entediados, condenados à eternidade, que acabam encontrando na humanidade uma forma de passar o tempo, experimentando os prazeres humanos, mesmo aqueles os quais não são dignos de orgulho. Altos e baixos, alegrias e tristezas, vida e morte. Será a morte uma dádiva tão grande quanto a vida que nos foi dada? Não sei, deixo a resposta com vocês.
►Remédio
Não sei por quê
Não sei dizer o motivo
Me desculpe aparecer
Estou pensativo, abatido
Refleti enquanto caminhava
E, acabei não encontrando,
A resposta que eu procurava
Pensei que conseguiria pensar melhor,
Se eu saísse um pouco de casa
Falhei miseravelmente
Perambulei, solitário,
Só com os meus pobres pensamentos.
Me diga e irei embora
Me fale e te deixarei em paz
Só quero calar a tristeza,
Que em meus ouvidos sopra
Ela me incomoda, não aguento mais
Eu construí meus conceitos, minhas crenças
Mas, pareço ter feito uma curva intensa
Acabei atropelando certas advertências
Pelo descuido fui ensinado pela gentileza
Agora sofro, me vejo cada vez mais no abandono
Às vezes penso que seria melhor se eu estivesse morto
Não sei, por isso vim até aqui, buscar um remédio
Antes que eu acabe sobrecarregando o meu cérebro
Preciso saber se estou certo em ser um alguém sincero
Pois, ao meu redor, acabo me sentindo um inseto.
Eu ajudei quem tocou minha campainha
Eu acabei me tornando mais que uma simples companhia
Eu apoiei quem eu adorava, quem eu estava apaixonado
Mas, me diga, por quê fui desprezado?
Por quê fui deixado de lado? Reciclado?
Meu coração alcançou um estado irrecuperável
De tantas vezes que fora enganado, ele se tornou frágil
Eu confiei em todos, me magoei, me doei aos poucos
E, como no fim da tempestade, sobrou cacos
Pedaços borrados do meu eterno e dolorido fardo
Ainda cheguei a acreditar, tolamente, em um mundo encantado,
Onde todos se apoiavam, onde todos eram civilizados
Não canibais, individuais, egoístas, falsos.
Perdido, é como me sinto, incerto do caminho
Levando pela estrada o meu peito vazio
Até parece que o céu chorou comigo
Veja, estou todo encharcado, estou com frio
Mas, nada se assemelha a solidão que sinto
Quero saber se devo continuar ajudando,
Aqueles que não me perguntam como estou
Pois, continuo me magoando, o que faço, senhor?
Fé eu não tenho, a esperança eu estou perdendo
Não sei se as minhas ações pagaram o céu, ou o inferno
Mas, de todo o resto, sei que sou honesto,
Sou humilde, alegre, singelo
Então, devo continuar agindo assim?
Mesmo que isso signifique o meu fim?
Quanto mais insegurança temos, mais possessividade criaremos.
O medo, a frustração, as decepções fazem parte de nosso dia a dia.
Sofremos com as perdas, e nos sentimos impotentes quando as nossas realizações não se completam.
Todas as frustrações sofridas e sentidas podem nos encarcerar em nós mesmos.
Ficamos mais retraídos, aprendemos a desconfiar mais e começamos a ficar preso nas coisas que possuímos, e conquistamos ao longo do tempo.
Temos medo de faxinar nossa casa interior, jogando fora o desnecessário.
Acumulamos, e não nos libertarmos.
Para as coisas materiais, usamos o valor do bem ou o valor "sentimental" como justificativa, para não ter que jogar fora aquele excesso.
Para as questões pessoais, nossa insegurança fará com que fiquemos presos a relacionamentos que há muito já se findou, não se libertando dele.
Quanto maior a insegurança, maior nossa fragilidade, maior os nossos medos.
Entenda que tudo tem um propósito e uma causa primária.
A relação causa e efeito, permeia nossa vida.
Assim, você pode escolher e fazer a roda da vida girar a seu favor. Ter uma atitude positiva ante as adversidades, vislumbrar a luz na escuridão, ter o poder de refletir de forma sábia e serena, confiar em seu julgo, são, acredito, os construtores de um ser mais seguro e positivo.
Entenda também que as vezes é necessário, para subir a montanha, deixar todo o excesso para trás.
É do topo que conseguimos admirar a paisagem.
O valor das pessoas e o valor que damos as pessoas são distintos.
Pessoas possuem valor.
E esse valor é dado por si mesmo e pelas outras pessoas.
Você se valoriza quando se mantém firme na busca do saber, do desenvolvimento pessoal, e na harmonização com os outros seres.
Você valoriza as pessoas, quando as respeita, auxilia, e as trata bem.
E esse valor, funciona como um processo de troca. Se você é educado e zeloso com as pessoas, elas tendem a serem educadas e zelosas com você. Essa reciprocidade não ocorre na mesma intensidade, pois cada ser humano encontra-se em diferentes estágios de saberes e de desenvolvimento.
Essa diferença, é que mostrará o seu real valor.
Quantos de nós conhecemos pessoas que nos trazem paz, conforto e alegria? Ora, são somente pessoas, mas, você as valoriza, você reconhece que essas pessoas têm algo especial e, que estão em um nível acima do seu.
Quantos de nós também nos sentimos superiores a determinadas pessoas de nosso cotidiano?
Sim, sentimo-nos superiores, pois sabemos aonde nos encontramos na escala evolutiva.
Poderão me dizer que o sábio seria cultivar a humildade a ponto de não transparecer superioridade. Mas, a superioridade é dada pelas pessoas através do reconhecimento a você. Agora, sendo você, reconhecido como uma pessoa de maior valor, você não pode também se rebaixar, fazendo deste reconhecimento, um motivo para ser arrogante, autoritário e vaidoso.
Seja sábio, sabedoria se adquire.
Valorize a si mesmo não sendo estulto.
O conhecimento fechará as portas da ignorância.
Seu valor, começa com o que você se dá em si mesmo, e termina ma vitrine da vida aonde outros seres avaliarão.
Paz e bem.
Amanhã será comemorado o dia das Mães.
Confesso, fico procurando palavras para tentar descrever a grandeza que representa a força de seu significado. Como não sou capaz de tal proeza, falarei dos filhos.
Será que somos bons filhos?
Será que somos gratos em plenitude àquela que nos criou?
Será que respeitamos a mulher que cuidou, amparou, educou, que sacrificou sua vida pessoal, que chorou, e por vezes se humilhou em prol de sua cria?
Será que somos bons filhos?
Quantos filhos trazem na pessoa da mãe uma "empregada" para satisfazer seus descuidos e desejos?
Quantos filhos perdidos em suas ações errôneas não percebem o mau e o sofrimento que causam às suas mães?
Quantos filhos, maldizem sua própria mãe, esquecendo que se ali estão é por também, sua graça.
Filhos, alguns, não são gratos, e poucos em plenitude.
Filhos buscam o cotidiano para justificar suas ausências.
Filhos buscam justificar suas faltas e suas falhas, dando pequenos mimos, visando tão somente, diminuir a culpa de suas ações.
Fico imaginando, se não houvesse um dia que comercial é, quando homenagearíamos a mãe? Seria somente em seu aniversário? Ou com prantos em seu leito de morte?
A mãe tudo sabe, tudo acompanha, a tudo sente e, as vezes nervosa, triste e decepcionada, chega até mesmo a excomungar sua prole, mas, são palavras saídas da boca e não do coração. Essa mesma mãe é capaz de sacrificar sua vida em defesa de sua cria, as vezes ingrata e imerecedora. Será que somos gratos o suficiente por esse sacrifício?
De acordo com a bíblia, Deus em sua infinita sabedoria, fez seu filho nascer do ventre de Maria. Isso, por si só mostra a sacralidade da mãe e o respeito que a ela devemos.
Reflitamos, será que somos bons filhos?
Eu, particularmente tenho minhas dúvidas.
As mães presentes e ausentes, só posso dizer muito obrigado e pedir desculpas por não termos ou estarmos sendo dignos de vossas bênçãos, mesmo as recebendo.
Reflitamos.
Feliz dia das Mães.
Inveja.
Nossas necessidades são aparentemente maiores do que as necessidades alheias.
Nossa vontade de querer sempre nos impulsiona para a busca de algo mais.
Nossa satisfação é em muitos casos efêmera e superficial. Vivemos a eterna luta da comparação. Ele tem a melhor casa, o melhor carro, tem mais dinheiro, aquele homem ou aquela mulher é mais bonita, enfim. Vivemos o dilema em cima do dito: A grama do jardim do vizinho, é sempre mais verde.
Ter necessidades e desejos é algo natural do ser humano, pois, chegamos ao estágio atual de desenvolvimento, superando as dificuldades existentes, e criando alternativas e produtos para vivermos melhor conosco e para com a sociedade que nos rodeia.
O que não podemos desenvolver em torno das necessidades que criamos é a maléfica inveja.
A inveja sempre nos colocará em situação de inferioridade em relação ao invejado. Ninguém inveja coisas ruins.
Ninguém quer desgraças para sua vida.
A inveja não carrega somente o desejo de ter, mas a frustração e a indignação pela pessoa que tem. A inveja faz com que o sentimento de inferioridade que se sente em relação a outra pessoa, faça o invejoso, nutrir sentimentos de raiva, desprezo e, em alguns casos, até ser capaz de lançar mentiras contra a pessoa invejada.
Veja que todas essas ações nos arrastam para um abismo sem fim. Temos que combater a inveja com esclarecimento e reflexão. Ora, se a pessoa tem algo, é porque ela conseguiu, simples assim. Se ela é mais bela, beleza é um conceito tão somente estético, mudando em razão da cultura e do tempo. Se ficarmos sofrendo com as conquistas alheias, jamais conquistaremos algo, ou se conquistarmos, nada nunca será bom.
A inveja impede de ver nosso próprio crescimento.
Todos nós somos grandes, cada um a sua maneira. Entendendo isso, vendo que através do esforço individual e do trabalho, seremos capazes de estarmos melhor e sermos melhor, não há porque querer estar no lugar de outro.
Nossos sucessos serão sempre medidos pelos passos que damos no caminho do progresso. E o caminho do fracasso começa na estagnação, na falta de vontade de aprender, de não viver uma vida satisfeita com o que se tem e com o que se conseguiu.
Reflita.
Paz e luz.
Massako. 🐢
Nosso comportamento determina nossas experiências.
Se sou uma pessoa irascível, insensata, tudo a minha volta, tomará este tom.
É impossível querermos que o ambiente em que vivemos seja de paz e harmonia, se estivermos cheios de negatividade e mau humor.
Se quero e busco experiências positivas, tenho que trabalhar nesse sentido. Tenho que mudar meu comportamento, tornando ele mais altivo e sereno.
As vezes ficamos presos aos rótulos que criamos para nós mesmos. Se quero fazer algo ou me tornar alguém diferente, tenho que agir diferente. As mudanças, como sabem, estão em nós, e não conseguiremos mudar se não abrirmos a jaula dos rótulos cultivados e imputados a nós.
Não há problema em mudar. Posso hoje gostar e ser reconhecido por algo que eu faço e, amanhã, mudar totalmente o rumo de minha vida. Afinal, a vida é minha.
Imaginem ficar sofrendo por conquistas realizadas no passado, impossíveis de serem reproduzidas hoje. Tal ação gerará sofrimento e muita frustração.
Não tenha medo da mudança, antes, seja feliz com a mudança que propõe em sua vida. Aceite, fique em paz com seu ser.
Se faz algo que lhe incomoda e que você já não suporta mais, se já sente incômodo ao rótulo que lhe é imposto, acredito, seja a hora da mudança.
Reflita.
POR AÍ
Hoje saí pelas ruas da cidade
Vi edifícios com mil janelinhas
Cada qual com uma história para contar
Vi gente apressada mesmo sem ter onde ir
Vi a moça fazendo bala de coco no tacho
O coco queimado no açúcar tinha cheiro de infância
Por alguns minutos fui criança outra vez
Senti cheiro de terra molhada ao passar por um jardim regado
Senti respingar na pele águas de um chafariz
Senti alegria ao ver o abraço entre duas crianças
Senti uma vontade danada de sentar numa calçada
E sentei
Hoje saí pelas ruas da cidade
Achei tantos tesouros
Que jamais poderia pagar.
►Lembrete Na Cozinha
Eu pensei que se eu fechasse os meus olhos,
Toda essa minha dor acabaria
Mas quando os abri, o que restou foi o ódio
A tortura me deixara um lembrete na cozinha,
Dizendo que mais tarde voltaria.
Hoje eu disse a mim mesmo para me manter de pé
Disse a mim mesmo que faria o que puder,
Para ser feliz, para ser o que eu quiser ser
Eu me preparei para mais um dia comum,
E deixei minha tristeza fazendo jejum
Tudo se adequando, conforme o plano
Mas, infelizmente a vida fez sua jogada,
E me apunhalou com a garota das minhas fábulas
Aquela que dedilhei em linhas mágicas
Golpe baixo ou não, isso feriu gravemente o meu coração
E, quando retornei à minha cama, eu disse a almofada,
"Ela não mais me ama, minha saudade por ela clama"
E, inusitadamente, eis que o desânimo
Tomou posse da minha semana.
Mesmo que eu me previna
Mesmo que eu pressinta,
A dor da decepção sempre me humilha
Essa é minha vida, essa é minha sina
E a minha história sempre me ensina,
Que meus erros são apenas presságios
E que os meus ideais não passam de raios,
Que acertam duas vezes o meu retrato.
Às vezes, distraído, eu levo alguns tombos
Às vezes indago se, em minhas costas, há um anjo
O mal que sofro cada dia que uma lágrima caí,
Me deixa cada vez mais perto do precipício que vejo por aqui
Eu tento enxergar além da névoa do medo e ódio,
E, às vezes eu enxergo amor, ou algo similar
Enquanto meu espírito estiver sóbrio.
Ainda não desisti da minha rotina,
Muito menos da minha jovem vida,
Mas devo admitir que às vezes ela me intriga
Eu resolvo um problema, logo sou recebido com ironias.
O tempo cura tudo, menos as más escolhas
Elas irão me perseguir até minha cova,
Mas eu ei de aproveitar minha vida até o cair da última folha
Sei que tenho um caminho imenso a minha frente,
Mas a minha vontade de ser feliz me dará forças
Encontrarei alguém que poderei dizer que me entende
Tudo o que peço é que haja tempo para tudo isso,
Sei que meu futuro não será um desperdício,
Pois, em meus ombros, carrego a determinação do meu pai
E em minhas pernas, a resistência da minha querida mãe
E, quando eu sair de casa, sempre irei olhar para trás
Para que eu me lembre onde poderei voltar,
Quando os meus sonhos eu realizar.
Tijolos e Caniços
Estava acompanhando uma discussão em rede social sobre um determinado candidato à presidência. De um lado, o fã defendia o cara sob os argumentos de melhora na economia, reforma nas escolas e garantia de direitos humanos. Do outro, um grupo de cinco pessoas rebatia com xingamentos, emojis irritados e aquele tradicional: “Meu pensamento é melhor do que o seu”. Logo, o cara de cima respondeu embaixo reafirmando o pensamento, que, para mim, parecia muito melhor embasado.
Isso não tem a ver com direita ou esquerda. Vai muito além. Observando os comentários, eu percebi duas formas distintas de pensar: a forma estrutural e a superficial. Para mim, o pensamento superficial é como um tijolo sustentado por um caniço em riste. O tijolo representa as certezas, o pensamento imutável, aquilo que eu sei e todos os outros também devem saber. Basta apenas um sopro de vento para o caniço quebrar e o tijolo ir ao chão.
Já o pensamento estrutural é aquele construído tijolo a tijolo. Cada tijolinho é um conhecimento de mundo, uma descoberta sobre si mesmo, a formulação de um novo pensamento. Mas cada pensamento está co-relacionado com o tijolo anterior. Assim pode-se fazer afirmações, pois reconhece-se o porque do pensamento. Se eu tenho uma estrutura e sei porque penso desta forma, fica mais fácil de fazer o outro entender. Dá para explicar, tijolo a tijolo, os motivos para a construção da minha ideologia ou modo de pensar.
Quando o pensamento estrutural encontra o superficial há conflito, pois quem tem muitas certezas não pensa. Não reflete. Não reavalia as próprias escolhas nem ouve o outro lado. Quando dois pensamentos estruturais se encontram há diálogo. Há uma troca de materiais que auxiliam em ambas as construções. Mas quando o superficial encontra o superficial não há troca. Ou melhor, são palavras trocadas no vazio. Tão fracas e sem sentido quanto uma brisa que não levanta sequer a poeira de cima do tijolo.
Uma casa simples construída sobre base sólida é mais forte que uma mansão sustentada por caniços.
Meu tipo de gente
Eu costumava aplaudir gente famosa. Ia a teatros para ver palhaços, via entrevistas para dar risadas, contava piadas para ser notado. Mas, de repente, eu mudei o meu tipo de gente. Não vejo mais graça em palhaços do twitter, reviro os olhos pras piadas levianas e prefiro as conversas sérias, aprofundadas, principalmente sobre assuntos que eu não domino.
Meu tipo de gente é quem me ensina. Quem faz com calma. Quem estende as mãos, sem pudor, e sorri se não há nada a dizer. Meu tipo de gente não tem motivos para palhaçadas. Pois já são trapezistas, mágicos e bailarinas, no dia a dia do espetáculo da vida. E eles não têm medo dizer o que pensam. Mas respeitam que existem os que sabem mais, e que ninguém no mundo pensa igual.
Gosto de gente bem resolvida. Que escolhe por si e não depende de conselhos. Gente que repensa a própria vida, os próprios erros, acertos, vitórias e derrotas. Meu tipo de gente conhece mais a si que aos outros. Por isso impõe limite entre a privacidade e a rodinha de bar. Compartilha, se quiser. Apenas se o assunto somar.
Meu tipo de gente é de verdade. Sente, chora, dança, cai, se levanta e sonha. Tudo numa mesma medida. Pode até chorar de menos, sentir de mais, mas não se deixa carregar pela incerteza de um sonho. Mantém um pé na realidade e trabalha para conquistar o que deseja. Quando não dá certo, a minha gente sorri, pois já sabe que o mundo não está aí para embalar ninguém.
Minha gente escuta boas histórias, assiste bons programas, lê o que lhes convém. São Marinas, Vivianes, Beatrizes e Isabellas, que, no fundo, nada tem a ver comigo. São só elas. Mas quem é muito diferente e me respeita como eu sou, essa é a minha gente.
Aplausos. Vocês merecem.