Crônicas de Violência

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⁠A direita quer resolver os problemas, a partir do efeito, não tratando da causa, não trata a raiz do problema, que é o ser humano ter o direito a vida digna e boa. Coisas como pena de morte, diminuição da idade penal, controle de Natalidade, polícia ostensiva, rigor da lei, armamento da população, tudo sempre, violência contra o pobre.

“Pobre Rio de Janeiro dos ricos do Leblon e dos pobres das favelas; das assembleias de Deus e das Assembleias Legislativas; dos cariocas da gema e dos políticos de algemas; das belezas naturais e dos descalabros sociais... Triste Cidade Maravilhosa dos Morros e dos mortos; dos assaltos banais e dos arautos carnavais; das promessas de amor e das juras de morte; dos jogos de azar e dos dias de sorte... Confuso Estado Fluminense das Garotas de Ipanema e dos Garotinhos de esquemas; das celebridades globais e dos artistas reais; dos cartões postais e dos cartões de crédito; dos quarenta graus de temperatura na sombra e dos trinta e oito na cintura que assombram... Para o bem ou para o mal, melhor lugar não há, seja na areia da praia, seja no balanço do mar.”

Inserida por Gladstonjunior

⁠O espírito quando é pacífico ainda que num corpo jovem e cheio de saúde e energia continuará pacífico, já um espírito violento mesmo que esteja num corpo doente e debilitado não será pacífico, apenas concentrará sua ira e achará outros meios de se expressar o que comprova que a ira vem de nosso espírito ainda imperfeito e não do corpo.

⁠O pensamento “nós-contra-eles” sempre existiu, mas o que há de novo é uma espécie de indiferença pelo que é diferente. Não há mais o medo de violência entre "tribos", o que acontece é mais sutil, é um recuo em relação ao outro, como se o outro simplesmente não existisse.

Inserida por pensador

⁠Um dos dias mais importantes de minha vida foi o dia do parto. Jamais me esquecerei da enfermeira que me assistiu com boas práticas. A forma como ela me acolheu, a valorização da presença de meu esposo e depois de minha mãe e sogra, o ambiente de harmonia, a liberdade de posição e movimento, o banho de aspersão e imersão, a bola suíça, a massagem nas costas, os exercícios respiratórios, o contato pele a pele com meu filho logo após o nascimento. Hoje sei que ela trazia um partograma detalhado e o quanto fui protegida de práticas prejudiciais como episiotomia, a ocitocina, a amniotomia, a analgesia desnecessária, o toque e a posição litotômica durante o parto. Meu corpo e minha alma agradecem à sua cientificidade e humanização.

Inserida por marislei

Em um país com fissuras sociais tão profundas e que nunca deixou de apresentar altos índices de violência, imaginar que a perda de direitos e uma piora no padrão de vida passarão despercebidas é multiplicar por mil o wishful thinking que se abateu sobre a elite intelectual norte-americana e inglesa.

Inserida por pensador

Algumas pessoas fizeram escolhas tão negligentes na vida, que acabaram se tornando adultos que só compreendem a linguagem ‘do grito’. Quando são abordadas gentilmente, esbravejam, retrucam, reclamam, e muitas vezes sem perceber, adotam uma postura desagradavelmente agressiva. E assim fazem porque não aprenderam a linguagem da paz quando crianças, crescendo em lares onde os palavrões eram comuns e as surras gratuitas eram constantes. Na adolescência, escolheram a fuga das drogas. Na idade adulta, optaram por estilos frontais excesso. É lamentavelmente triste, mas quem está nessa condição, ainda precisará passar por situações extremamente complexas para perceberem o valor da paz. Quem só entende a linguagem da violência, atrairá mais violência como forma de aprendizado.

Inserida por admiradoresdotony

⁠Os que matam inocentes serão inocentados. Os doentes serão abandonados. Os que não olharem para frente serão pisoteados. Os bons combatentes serão desarmados. Os que lutam arduamente em prol da justiça e da liberdade serão amordaçados, apedrejados... Mas somente os que matam inocentes serão inocentados

Inserida por WendelBonatti

⁠Ser radical politicamente é tentar resolver nas raizes dos problemas sociais. Não confunda radical com intolerante. Assassinar pessoas, ou agir violentamente não é ser radical, e sim é ser covarde e imbecil, um INTOLERANTE pode ser o adjetivo correto. A raiz do problema não está em pessoas, mas sim em idéias, e não se acaba com ideias, ou ideais, assassinando pessoas e nem com violência.

Inserida por devesa

⁠Para combater o violento é quase impossível não se tornar violento também. Esse paradoxo que deve ser compreendido. A violência é justificável tão somente se for empregada como instrumento de defesa e preservacão da vida humana. Não há diálogo com quem só quer monólogo. Com violento, só a violência gera compreensão.

Inserida por LeonardoElia

Inimaginável no mundo contemporâneo de hoje com tantas liberdades, a quantidade absurda de estupros que ainda acontecem e na maioria das vezes as vitimas aos pedaços, omitem e envergonham se. Aos abusadores covardes, a lei cada vez mais severa, e as vitimas só um novo caminho de renovação, de se dar por entrega a quem se escolhe, por ternura, cumplicidade, compreensão e amor.

Inserida por ricardovbarradas

⁠Ouso dizer que a gota d'água não é quando uma mulher é agredida. A gota d'água é exatamente no começo da infância, quando não insistimos na educação antimachista. É de berço que construímos homens e mulheres mais justos, responsáveis, e feministas. Feminista, sim! Porque o verdadeiro feminismo vem pra acabar com essas impunidades e propor adequadamente uma convivência sem violências.

Inserida por MirlaSantos